Between Earth And Wings escrita por ari_maknae


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Aiai, essa semana está muito tensa para mim i-i
Fiz esse capitulinho só para não deixar ninguém na expectativa.
Algumas explicações nesse capítulo :D

Estou escrendo outras historinhas também, uma delas é essa: http://fanfiction.com.br/historia/154558/Scarlet_Rose_-_A_Rosa_Escarlate

Se puderem ler, ficaria muito muito feliz ^-^



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Era madrugada ainda quando eu permanecia parado naquela sacada do apartamento de Yuri. Olhava o movimento do céu sem prestar muito atenção. Era como estivesse no automático. Minhas lembranças do dia anterior corriam como filmes em frente aos meus olhos.

“- O que eu sou?”

Olhei bem nos olhos delas e abri os braços, sentindo a marca em minha costas arder e minhas asas negras foram abertas, plenamente esticadas e escuras como a noite.

“- Eu sou a morte.”

É claro que eu esperava algum tipo de reação dramática da parte dela, talvez sair correndo, talvez gritar, ou quem sabe desmaiar? Não entendo como ela podia me surpreender tanto assim. Era como se eu não pudesse esperar nada que ela vinha e me pegava desprevenido, me pegava de guarda baixa.

Ao contrário de todas as expectativas, Yuri se abaixou no chão, ficando de joelhos na minha frente e colocou a mão na boca, me olhando. Aos poucos lágrimas começaram a cair de seu rosto e leves soluções preencheram o silêncio. Por que ela chorava? Eu esperava medo, pavor; nunca tristeza.

Pouco tempo depois, totalmente inesperadamente, ela se levantou e correu a me abraçar,envolvendo seus braços em meu pescoço e chorando ainda. Ela olhou em meu rosto e me disse as palavras que me confundiram mais que tudo que estava acontecendo ultimamente.

“- Eu sinto muito”

Senti minhas asas baixando levemente e voltando a se esconderem dentro de meu corpo e tudo que eu pude fazer foi ficar estático enquanto ela me abraçava e chorava.

Claro que não consegui ficar lá por muito mais tempo. Assim que ela adormeceu, eu saí para cá, tentando buscar respostas para as minhas tantas dúvidas. Como poderia ser que eu havia recuperado minhas asas? Somente os coletores tinham asas negras como a noite, para mostrar o pecado que haviam cometido e para aprisioná-los para sempre nessa escuridão. Tendo recuperado as asas deveria significar que eu havia deixado de ser mortal, certo? Bem, essa seria apenas uma suposição pela aparência das coisas.

Eu continuava sendo mortal. Como eu poderia ter tanta certeza? Eu me sentia tão fraco quando antes de tudo isso. Meu corpo agora não era forte o bastante para agüentar quedas, saltos, feridas e eu não possuía um corpo espectral para poder voltar ao trabalho.

Mas como isso havia acontecido? Subi em cima da mureta da sacada e dei um pulo, batendo as asas graciosamente e dando um vôo até o topo do prédio. Aterrissei ruidosamente, meio cambaleante. Minha força realmente não era o bastante para me sustentar num vôo agora.  Isso era estranho.  Eu queria respostas. E queria-as agora.

“- Pobre anjo caído. Como dúvidas o assolam agora que está tão desamparado”

Me virei no mesmo instante para encontrar os mesmo olhos do dia anterior. A garotinha que encontrara na rua e de onde começaram a ocorrer esses fatos tão estranhos.

“- O que houve comigo?”

Ela riu, sapeca, e se aproximou de mim. Usava um vestido rosa com babados e tinha os cabelos negros como a completa ausência de luz e olhos muito penetrantes. A pele era muito alva e muito contrastante com o resto dela.

“- Primeiro, você quebrou a lei primordial dos espectros coletores”

Tentei me manter calmo enquanto repetia  a mesma coisa que havia pensado muitas e muitas vezes e que não fazia sentido algum.

“-Eu... não... me... apaixonei... por ela”

Ela riu de minha constatação.

“- Não ainda; não de novo.”

“- Eu... não entendo.”

“- Pobre anjo caído. Por agora você viverá entre os seres que odeia e estará preso a outra dimensão. Se sobreviver a luta, terá que fazer a troca. Fui eu quem lhe concedeu a cura para sua ferida, assim como suas asas. No dia da batalha, você terá que fazer a escolha e eu irei vir cobrar sua dívida comigo.”

“- Que batalha? Que escolha? Do que está falando, garota?”

Ela apenas sorriu e me entregou um pacote estranhamente pesado e longo. Tinha um comprimento muito grande e uma largura pequena.

“- Agora você tem as armas. Então lute.”

“-Quem é você, afinal?”

Ela se levantou, indo até a porta do terraço, mas virando para me dar duas ultimas cartadas.

“-Eu sou toda luz em que você é trevas” – um sorriso inocente em seu rosto – “E você, a partir de agora, é o guardião da garota que fez você perder tudo.”


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Notas finais do capítulo

Lalalalala
E ai? Legal? Eu sei que ficou meio curto, mas o próximo fica maiorzinho, tá? ;D


Reviews, pleeeeeaase?