Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 5
Incursão


Notas iniciais do capítulo

Oii amoores da minha vidaa!
Tudo bem?
Feliz ano novoo! o/
E então, curtindo 2012? kkk'
Boom, esse capítulo está de+! Eu e a Caah preparamos pra vcs com todo carinho! Esperamos que gosteem!
Mais uma incursão.. No que vai dar, hein? Bom, só lendo!
Queria agradecer a todos que deixaram reviews no capítulo anterior! Obrigada, minhas lindas e lindos!! Espero que vcs estejam conosco este ano acompanhando a fic! E queria tbm agradecer a Deus, como eu sempre faço, mas agora aqui tambem. Pois, se não é ele, eu não estaria escrevendo essa fanfic, não teria uma florzinha tão linda como beta e não teria vcs e seus coment's lindos!
Bom, agora chega de falatório, neh!
Nos vemos la embaixo!



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Os primeiros raios de sol mais fortes começavam a entrar pelas fendas do teto da caverna. Estava tão acostumada a acordar com a luz que não coloquei o despertador para tocar. Não gostava de acordar com o barulho que ele faz. Desde quando morava em San Diego.

Coloquei um short jeans que ia até a metade da coxa e uma camiseta amarela.

Olhei o relógio e constatei que estávamos atrasados. Acordei rapidamente Ian e enquanto ele se arrumava, fui encher algumas garrafas de água.

-Bom dia, Peg. – Fernanda disse, com a voz um tanto quanto petulante.

-Bom dia, Fernanda. – Respondi educadamente, ignorando completamente o tom  que ela usou.

Ambas enchemos nossas garrafas em silencio. Ela saiu primeiro, sem dizer nada.

Fui para o quarto novamente e guardei as garrafas na mala. Hoje o dia estava muito quente. Mesmo com a roupa que eu estava, ainda sentia calor.

Arrumei o quarto e Ian foi ver se o caminhão em que iríamos estava pronto ou se ninguém havia tirado da garagem.

Fechei a porta e fui para a cozinha, me encontrar com os outros, como sempre fazíamos quando íamos a alguma incursão.

-Onde está Ian? – Melanie perguntou.

-Preparando o caminhão.

-Ah.

O outro grupo também estava la.

-Tudo pronto. Vamos? – Ian disse, enquanto chegava correndo à cozinha.

-Vamos. – Jared confirmou – Cal já está trazendo o outro caminhão?

-Já. Logo, logo ele chega. – Andy afirmou.

-Então vamos. – Ele disse e desejamos boa viajem aos outros.

Saímos da caverna e caminhamos em direção ao carro. O calor era insuportável. O sol estava alto no céu agora. Acordamos muito tarde e depois acabamos perdendo tempo arrumando as ultimas coisas. Eu e Ian andávamos na frente, e em pouco tempo eu estava exausta. E esse corpo não ajudava nem um pouco. Era frágil demais para andar no deserto em um dos dias mais quentes que tivemos. Desacelerei o passo e Ian me acompanhou, olhando-me preocupado. Deixei que passassem na nossa frente; seria menos constrangedor se eu caísse. Minha respiração estava alta. Seria tão mais fácil se tivéssemos ido viajar a noite...

-Peg, está tudo bem? – Ian perguntou ao ver meu esforço. Reprimi um gemido. Ele havia percebido.

-Está. – Menti com a voz arfante.

Ele me envolveu com o braço e fez com que parte de meu peso passasse a ele.

-Espera. – Ian disse de repente.

Tirou a mochila das costas e pegou uma das garrafas d’água, estendendo-me. Peguei-a relutante em acabar com tudo e coloquei levemente a borda na boca, ingerindo apenas um pouquinho.

Mas não esperava uma reação tão desgovernada. Quando o líquido chegou a minha garganta, meu corpo rapidamente pediu mais, tirando-me do controle. Bebi até a metade, amaldiçoando-me por tê-la pego. E se acontecesse alguma coisa e precisássemos de mais água? Ah, que ótimo!

Entreguei-a com pressa a Ian, antes que a água me chamasse novamente à atenção e acabasse tomando mais.

Ele deu um sorriso torto e guardou de volta na mochila.

Continuamos andando até finalmente chegarmos à pequena caverna onde o caminhão – assim como o jipe e o sedan – ficavam escondidos.

Melanie e Fernanda ficaram no banco do carona e Jared no volante. Eu, Lucas e Ian fomos no furgão. Seria besteira levar o carro. Perda de tempo.

-Pra onde, Peg? – Jared perguntou, já ligando o carro.

-Hum... – Pensei. – Tucson é mais perto. Vamos pra lá primeiro, seguindo depois para Safford. Também podemos passar por Ajo, Tempe, e Glendale, onde conseguiremos bastantes coisas. Quem sabe depois Phoenix, ou então Mesa, que é mais perto, se não estiverem cansados. – Dei a ideia, lembrando-me do mapa que Pet tinha em sua antiga residência.

Senti que eles me olhavam pasmos.

-Uau. – Murmurou Ian.

-Hã... Está bem, então. – Jared disse, recuperando-se de minha “aula”.

O carro percorreu a areia por um bom tempo. A caverna se distanciava muito da estrada, estando no meio do impetuoso deserto.

Encostei a cabeça no ombro de Ian e comecei a planejar mentalmente como faríamos a incursão.

Não era difícil. Não para mim, de certo modo. Tudo o que tinha que fazer era entrar numa loja qualquer e fingir que era outra pessoa. Ninguém desconfiava. Só me preocupava com os outros. Se algum buscador desconfiasse de alguma coisa... A probabilidade não é grande, pois do jeito que são, não levantariam falsas suspeitas, mas e se quisessem só fazer perguntas? Descobririam que havia humanos. E levar Ian comigo sempre me deixava com um pé atrás. Não que eu não me preocupasse com os outros; daria minha própria vida por cada um deles, mas Ian era... Ian, e sempre tentaria me proteger, o que poderia ser um motivo a mais para os buscadores pegarem-no. Seu jeito desafiador e decidido realmente seria um problema. Mas é impossível irmos separados em uma incursão. Ele nunca concordaria. E eu também não gostaria de ficar longe dele, por mais egoísta que isso possa ser. Mas se acontecesse alguma coisa comigo, ele continuaria vivendo.

 -Pensando em alguma coisa? – Ian perguntou, tirando-me de meus devaneios.

 -Nada em especial. Apenas pensando na incursão. – Não era exatamente uma mentira. Disse que estava pensando na incursão, a única coisa que mudava era minha preocupação com ela.  

-Hum... – Ele disse e apoiou o queixo em minha cabeça.

O resto do caminho foi silencioso, a não ser pela conversa paralela de Melanie e Jared na frente.

Tucson não era longe, mas perderíamos uma boa parte do tempo.

-Chegamos. – Jared disse com um suspiro após estacionar em uma ruela pouco movimentada. Já estava tarde...

Meu coração saltou como de costume. Sempre ficava assim em incursões.

-Tome cuidado. – Ian disse, os olhos intensos.

-Tomarei. – Prometi e saí do caminhão, junto com Lucas.

Havia três lojas nessa rua. Duas de roupas e um supermercado.

Fomos primeiro à de roupas - onde demoraríamos menos – e eu peguei o suficiente para todos da caverna, assim como Lucas fez para com seu grupo. Saímos com cinco sacolas grandes, lotadas de roupas e calçados. Ele levou-as ao caminhão enquanto me dirigia ao supermercado.

Quando nos encontramos, eu já estava com varias coisas no carrinho. Dei para ele, começando a encher um novo, dando preferência aos alimentos perecíveis.

-Preciso pegar algumas coisas naquele outro corredor – Lucas disse apontando para onde iria. – Você ficará bem aqui?

-Claro. Pode ir. Também preciso ver algumas outras coisas. Nos encontramos no caixa número dois, às 7:30hs?

-Combinado.

E cada um partiu para um lado.

O relógio do mercado ficava bem no canto superior da parede esquerda, e podia ser facilmente visualizado.

Comecei pegando o necessário, mas não tinha muita coisa que não estragasse ao longo da viajem, então me dei ao luxo de pegar objetos supérfluos, mas que faziam falta na caverna.

O supermercado era bem grande. Demasiado espaço para um lugar que podia ser pequeno, eu diria.

Quando o relógio apontou 7:30hs, fui para o caixa, onde se encontrava Lucas.

A balconista já ensacava tudo, com um grande sorriso estampado no rosto. Coloquei o que estava no carrinho em cima da esteira e prontifiquei-me a ajudá-la.

-Obrigada. – Agradeci ao pegar metade das sacolas que tínhamos.

-Imagina. Foi um prazer ajudá-los. Volte sempre. – A moça disse ainda sorrindo.

Acenei brevemente e saímos do mercado.

-Pode deixar, Peg. Eu carrego. – Lucas disse, tirando as sacolas de minha mão.

-Não, é muito pesado. Dê aqui algumas delas pelo menos. – Disse ao vê-lo negar.

-Esqueça. Já estamos chegando.

Mesmo com Lucas recusando ajuda, peguei-as de volta mesmo assim, arrancando um suspiro cansado dele.

-Você é teimosa. – Ele disse.

-Posso muito bem carregar essas sacolas. Não tem o menor sentido você querer carregá-las sozinho – Retruquei.

Ele suspirou novamente, vencido.

Certifiquei-me de que ninguém estava olhando quando entrei no furgão.

Arrumei as sacolas em um canto e sentei-me, cansada.

Ian me puxou mais pra perto e encostei minha cabeça em seu peito.

-Tudo bem? – Ele perguntou.

-Sim, tudo bem. – Disse com um sorriso. Ele retribuiu.

Melanie e Jared trocaram de posição, ela ficando no volante.

-Quer que eu dirija, Mel? – Perguntei.

-Não, pode deixar, Peg. Eu assumo aqui.

Concordei.

Mesmo Pet não sabendo dirigir, eu ainda lembrava-me de como era, pois tive de fazê-lo quando Jamie estava doente, no corpo da Mel. Não era difícil... Precisava apenas me concentrar um pouquinho.

Continuamos nesse ritmo acelerado durante o resto do dia. Pelo menos, conseguimos bastante coisa, sendo que não demoramos a chegar à cidade.

À noite, eu estava exausta. Melanie continuou dirigindo, mas Fernanda tomou seu lugar quando estava tarde.

Amanha de manhã Lucas, eu e Ian dirigiríamos. Eu precisava descansar, pois logo que as lojas abrissem, deveria começar minha missão, como os outros diziam.

Bocejei.

Ian pegou uma das sacolas e colocou sob a cabeça, improvisando um travesseiro. Ia fazer o mesmo quando suas mãos me impediram.

-Isso é muito desconfortável. Deita aqui. – Ele disse, me fazendo deitar em seu braço. Aconcheguei-me e Ian beijou o alto de minha cabeça.

Fechei os olhos e desejei que o dia de amanhã tardasse a raiar.

Meus olhos abriram-se assustados com o barulho. Ian puxou minha mão e me tirou rapidamente do caminhão. Eu estava desamparada, perdida, sem saber o que acontecia.

-Vamos, Peg, vamos! – Ian gritou enquanto me puxava cada vez mais rápido.

-O que está acontecendo?! Ian!

-Corre!

Foi então que eu percebi o porquê do medo na voz dele. Os Buscadores. Atrás de nós. Gritei e tentei a todo custo correr mais rápido. Meu corpo protestava, mas tudo o que eu queria naquele momento era sair dali, me salvar. Salvar Ian.

Corríamos pela noite, as sombras de arvores assombrosamente projetadas no chão.

Minha respiração estava alta, assim como a dele. Virei a cabeça para trás, sem parar de correr, e notei que eles se aproximavam cada vez mais. Tentei soltar minha mão da de Ian, mas ele negou, apertando-a mais forte.

Eu não podia deixar isso acontecer. Não podia deixar Ian ser apagado. Meu corpo era frágil demais para agüentar isso, e eu sabia, em sã consciência, de que não agüentaria por muito mais tempo.

-Ian, vai! Não se preocupe comigo. Vá embora! – Gritei enquanto as lagrimas de desespero chegavam a meus olhos.

-Não! Peg, eu não vou te deixar. Nunca. – Ele grunhiu e forçou-nos mais para frente.

De repente, os buscadores entraram em nossa frente, nos fazendo parar abruptamente. Tentei correr para o outro lado, mas eles havia nos cercado. Gemi de medo, a respiração arfante. Ian entrou na minha frente e apertou-me contra ele. O desespero estava estampado em seus olhos safira.

Um homem carrancudo pegou a arma do suporte e puxou o gatinho. Minha respiração parou. Ian caiu desfalecido ao meu lado, sangrando.

-NÃOO!!!!!


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Notas finais do capítulo

Gentee, e o Ian?!
Meeu Deus! Proximo capítulo vcs saberão oq vai acontecer. Não percam!!
Alguem tem um palpite? Kkkk'
Queremos saber tudiinho nos coment's! Façam duas autoras hiper mega felizees!
Booom, logo postamos mais, ok?!
Gentee, sei que é cedo pra isso, mas quem achar que merecemos, pq não uma recomendação, não é mesmo? hehehe
Nos vemos nos reviews! Beijoooões!