I Accept The Consequences escrita por yune


Capítulo 3
The last time - pt.1




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Me levantei, assim como os outros participantes. Ao longe vi Tyler me lançar um sorriso, retribui feliz. Como eu amava aquele sorriso, aquele rosto, aquele corpo, aquela presença. Eu o amava por inteiro.

Flashback

Eu olhei para aquele trem gigante e de cor vermelha, sempre sonhei com este dia, mas agora que chegou, estou com medo, por quê? Do que? Eu não sei, talvez porque seria a primeira vez que ficaria tão longe dos meus pais, e por tanto tempo. Talvez seja de não fazer nenhum amigo. Eu sei que toda minha família estava em Hogwarts, e que durante esses dois anos, desejei ir pra lá, ficar perto do Thiago. Mais agora, Hugo, meu melhor amigo, já tinha se enturmado, Thiago já tinha sumido com os amigos assim como Rose e Alvo, como era simples pra eles conseguir amigos, porque pra mim nunca foi assim? Respirei fundo, ainda encarando a porta do vagão. Meus pais conversavam com meus tios, nem me olhavam. Vi uma mão aparecer na minha frente, e ali um lindo garoto de cabelos morenos com sorriso super branco, tinha a mão esticada na minha direção. Não pude evitar suspirar. Ele era lindo.

– Quer ajuda com o malão? – Eu sorri, lindo e com voz melodiosa, ele pegou o malão que estava ao meu lado, e ofereceu uma mão, pra me ajudar a subir.

– Hey, Lilian. O que esta fazendo ai parada? – A voz conhecida indagou, e depois olhou pro menino, na hora pensei que ele ia dar um soco no moreno, ele odiava quando me via perto de garotos, mais na realidade ele acabou por me surpreender. Thiago o puxou para um abraço, enquanto eu ficava com cara de taxo, não tava entendendo nada! O moreno retribui o abraço, com um sorriso – Eae Tyler? Como foram as férias? – Então ele se chamava Tyler, e ele conhecia meu irmão, ao mesmo tempo em que isso era bom, já que eu tinha uma desculpa pra falar com ele, sem que meu irmão ficasse com ciúmes, era péssimo pois ele me veria apenas como ‘a irmãzinha do meu amigo’.

– To bem cara, e você?

– De boa! Valeu por ajudar minha irmã! – Ele falou sorrindo, como sempre, sem perceber a minha vontade de matá-lo!

– Então, essa princesa – MORRI, fiquei vermelha na hora, provavelmente mais que meus cabelos, abaixei a cabeça, mania minha de quando fico envergonhada. - é a tão falada Lilian Potter? Você é mais linda do que os boatos falaram – Ta agora eu juro que senti fumaça saindo das minhas orelhas. Senti braços me agarrarem me colocando no trem, quem dera se eles fossem do Tyler.

– SE TA LOUCA? QUERIA FICAR NA PLATAFORMA? – Gritou Thiago, só então eu notei que o trem já tinha começado a se mover.

– Não fale assim Thiago, ela só estava distraída – Tyler me dirigiu mais um sorriso – venha Lili. – Então ele me olhou preocupado, será que eu havia feito algo? Mais ele me surpreendeu quando continuou – Posso te chamar assim? – QUE FOFOO, ele se preocupou se eu ia me incomodar *-* acenei afirmativamente com a cabeça, ele deu um sorriso aliviado. – Quer se sentar com agente? – Eu afirmei novamente. – Você não fala? – Ele perguntou sério, só então eu reparei que não tinha falado nada até agora.

– D.Des.Desculpa –gaguejei nervosa, ele abriu um sorriso.

– Sua voz é linda – então ele pegou minha mão e meu malão e saiu atrás do Thiago, que levava minha coruja, e cumprimentava ¾ do trem, deixando claro que era popular, mas isso era obvio afinal ele era o primogênito dos Potters. Tyler cumprimentava alguns aqui, outros ali, o que mais me deu raiva é que a maioria era menina, e eu não podia evitar apertar a mão dele, quando ele as cumprimentava. Fomos até mais ou menos a metade do trem onde um vagão estava relativamente vazio, o que queria dizer que cabia apenas nós três ali. O bom era que todos naquela cabine eu conhecia, lá estavam: Alvo, Rose, Hugo, Dominique e Marie , filha do professor Longbottom, eu a achava ela meio estranha, tinham o mesmo ar sonhador da mãe Luna, e de um jeito fofo parecendo com Neville . Logo Thiago começou a zuar Alvo. Hugo, Dominique e Marie conversavam e Rose lia um livro. Fiquei sem reação, todos já estavam ocupados, mais meu silencio não durou muito, já que Tyler fez questão de começar uma conversa comigo, ignorando todos os outros. Ele sempre me ajudou, quando eu não tinha amigos, ele sempre esteve ao meu lado, e os deveres que Thiago tinha comigo, como por exemplo, me mostrar Hogwarts, foi passado pra Tyler, ele também me ajudava com os deveres. Thiago só me ajudava quando Tyler não estava por perto, ou seja, à noite quando ele ia pra torre da Corvinal, mais na maioria do tempo Thiago tinha que cuidar da população feminina de Hogwarts. Mais Tyler sempre, sempre, me ajudou. Então é por isso que eu o considero o meu príncipe, desde o começo.

Fim do Flashback

Comecei a andar devagar com a intenção de Tyler me alcançar e irmos juntos para o 4º andar, plano que foi brutamente estragado por gritos, um estrondo e então uma multidão que corria, me levando pra mais perto da escada e pra longe do meu príncipe. A primeira coisa que eu vi quando (finalmente) parei, foi sangue, uma pequena possa. Scarlet Bones estava caída aos pés da escada, totalmente imóvel. Todo mundo começou a cochichar sobre quem provavelmente era o culpado. A mancha de sangue continuava a crescer e parecia que ninguém via. Fui até ela, vendo que ninguém ia fazer nada, levantei sua cabeça, os cabelos estavam empapados com sangue, não demorou muito pra Tyler seguido de Thiago aparecer na orla da multidão, Thiago correu até mim, pegando a Bones no colo, e com todo cuidado pra não olhar pra mim em nenhum momento, enquanto Tyler rasgava um pedaço da própria camisa e pressionava o tecido contra o corte, logo os dois desapareceram, aparatando. O normal seria, a dona da casa foi para o St. Mungos isso iria significar o fim da festa, mais não pra 400 adolescentes bêbados e com os hormônios a flor da pele. 400, porque 100 decidiram ir pra casa ou foram para St. Mungos atrás da Bones, entre esses que não estavam mais na festa, estavam todos os meus amigos, famílias, e colegas, eu sei disso porque eu não estava reconhecendo NINGUEM naquela casa. Eu tava mal, não por que eu vi sangue, ou porque a musica estava alta e o cheiro de fumaça (cigarro, incenso, maquina de fumaça, drogas [SIM, LÁ TINHA DROGAS]). Eu tava mal, porque o jogo que eu esperei a noite inteira tinha sido cancelado, pois é! A festa tava rolando normal, mais o jogo tinha sido cancelado, simplesmente porque os três jogadores da Lufa-lufa, 1 da corvinal (Tyler) e 1 da Grifinória (Thiago) estavam no St. Mungos, e Hugo sumiu. Então dos 12 jogadores, só tinham 6 na festa. E tipo eu só participaria desse jogo pra mostrar a Tyler, Thiago e Hugo que eu não era mais uma criancinha que eles achavam, então não tinha sentido eu participar dele, sem eles estarem ali. Eu preciso pensar em algo pra provar isso. Além de que eu usaria a festa pra seduzir o Tyler. Outro plano fracassado... Mais eu acho que pra conseguir realizar o meu segundo objetivo eu preciso ter o primeiro completo. E tenho que realizá-lo rápido, afinal, este vai ser o penúltimo ano de Tyler em Hogwarts.. Respirei fundo, e virei a garrafa de cerveja amanteigada. Tinha sobrado pouco, me permitindo acabar a bebida em um único gole. Pensando em ir embora, me levantei, e outra idéia fracassada, já que um ser retardado, passo correndo me jogando contra a parede.

– IMBECIL!! – Gritei, ele nem me deu atenção, continuou correndo, fingindo que não tinha acontecido nada. COMO EU ODEIO PESSOAS ASSIM! Quando ia voltar a andar, me vi barrada. Um braço de cada lado da minha cabeça, braços levemente musculosos, firmes e com pelos claros. Ali estava certo loiro, com cabelos desgrenhados, roupa amarrotada, sorriso maldoso e maçã do rosto vermelha, isso provavelmente por ter passado do limite com as bebidas.

– Já vai? – Perguntou Malfoy... E ponto pra mim, o hálito dele era puro firewhisky, e não sei se era de propósito, mais ele falava bem perto do meu rosto, deixando meu nariz levemente irritado. – Ah é! Por um momento esqueci que tava falando com a ‘princesinha do papai’. Provavelmente a caçula dos Potters tem que estar em casa antes da meia-noite. – Ironizou ele. Merlin, acho que nós devemos ter uma rápida e séria conversa! Meu príncipe me vê como uma irmãzinha, O RESTO DO MUNDO me vê como uma princesinha, meu melhor amigo e meu irmão são ciumentos ao cubo, mais os dois juntos nem se comparam ao Malfoy, essa barata fantasiada de Polly consegue me deixar mais puta que eles dois, mais meu pai e meu tio Ron, JUNTOS! Ai vem a pergunta: VOCÊ ME ODEIA? Porque COMO? COMO VOCÊ DEIXA UM SER DESSES EXISTIR? Por que se você me odeia, me mate, mais para de me torturar! Eu te imploro! Respirei fundo. Não adiantaria nada socá-lo até ficar roxo.

– Sim, eu já to indo embora, mais não por eu ser a ‘princesinha’ que todos vocês acham que eu sou! – Falei ignorante – Estou indo embora, por que respirar o mesmo ar que você me da náusea – Coloquei uma mão na boca e a outra sobre o estomago, me curvando levemente para frente, numa imitação de alguém vomitando. Levantei com um sorriso debochado, e aproveitando a distração dele, tentei sair dali, e tenho que dizer alguma coisa? Novamente meu plano foi frustrado. Percebendo que eu ia sair, Malfoy pressionou meu corpo contra a parede, O corpo dele jogava todo peso em cima do meu... E MEU MERLIN que corpo era aquele? Ele me pressionava de tal modo, que eu podia sentir cada músculo dele e ESPERA UM POUCO! Mais que putaria é essa? Desde quando EU LILIAN POTTER acho que o Malfoy tem algum atrativo? Tem algo muito errado aqui! Ele colocou a mão na minha cintura, e eu não sei por que, mais não pude evitar suspirar, a mão mesmo por cima da minha blusa, dava a sentir que era um pouco áspera, e tinha um aperto firme. Abaixei minha cabeça, envergonhada com meus próprios pensamentos. Mais por quê? Pra que eu fui ter essa mania já que, assim que abaixei, dedos gélidos se encostaram no meu queixo, levantando meu rosto, um arrepio se passou pelo meu corpo, ele me obrigava a encara-lo. Nunca reparei no Malfoy, mas não tem como evitar isso, quando se esta tão perto. Ele tem um nariz fino e levemente arrebitado. Olhos misteriosos e indecisos entre ficarem no cinza e no azul, as duas cores se intercalavam, nunca vi nenhum olho parecido, além de mistério, tinha algo mais ali: Malicia? Não, era algo além, um pouco mais forte! Desejo! Então era isso, Malfoy me desejava. Não pude deixar de abrir um sorriso safado, afinal, achei um ponto fraco do Malfoy. Isso era ótimo. Mais minha alegria durou pouco, pois vi a bochecha corada dele se elevar, ele sorria divertido, duas fileiras perfeitas de dentes brancos emoldurados por lábios finos e rosados que de certo modo eram sensuais, fiquei tentada a tocá-los, beijá-los e tê-los para mim.

– Você me xinga, me ignora, me odeia, me ameaça. Mais Lilian querida, posso ver claramente que você me deseja, seu olhar diz que você me quer! E não tente negar, isso é óbvio! – Falou, como se fosse o fodão, coisa típica de Malfoy. Quando ele terminou de falar, o feitiço (sim, era um feitiço, afinal nunca que eu ia reparar no Malfoy, ou achá-lo bonito em sã consciência) se quebrou. Senti o sangue subir, como uma polly defeituosa se achava tanto? É isso que chamam de alto-ego? Me deu vontade de bater nele até ele jorrar sangue e de preferência ficar irreconhecível. Mas novamente respirei fundo. Eu poderia perguntar quem é que desejava quem ali, mais fiquei quieta. Usaria aquela arma mais tarde.

– Sem piadas Malfoy. Até parece que alguém iria se sentir atraída por você, um inseto oxigenado! – Sorri, pensando ter ganhado a batalha, mas tão rápido quanto veio, meu sorriso desapareceu, ele sorriu, o que não significava nada bom.

– Acho que você esta um pouco atrasada Lili – O modo como ele me chamou, como se fosse meu amigo, me fez levantar a mão , teria sido um tapa lindo, é TERIA, mais adivinhem? Merlin ainda não mudou de opinião quanto a mim, e novamente arruinou meus planos, o loiro segurou minha mão no ar e pressionou ainda mais meu corpo... Se é que isso era possível – 95% das garotas de Hogwarts dariam tudo pra ter um momento como este.- Ele colocou a boca próxima a minha orelha, e sussurrou baixinho – Coladinha em mim – mais um arrepio que ele me causou. Tenho pontos baixos, assim como todo ser humano, um deles era minha orelha, eu tive que me controlar muito, pra não cair, minhas pernas ficaram bambas. Tive que reunir cada partícula de força que tinha no meu ser e empurrei-o – inclusive sua priminha sabe-tudo – ele havia caído em cima do sofá e ria divertido.

– Calado Malfoy, Rose não é assim! Além de que as garotas só ficam com você por interesse, afinal você não tem nenhum ponto positivo! – aquilo pareceu abalá-lo ligeiramente, eu virei às costas, iria embora. E novamente fui impedida, só que desta vez o loiro segurou meu braço, eu me virei e o olhei.

– Mesmo que for por interesse, eu pelo menos tenho relacionamentos duradouros, diferente de você, quanto durou seu relacionamento mais longo, Lilian? Duas horas? – Ele zombou

– Foram três dias – Grunhi, ele mexeu numa ferida aberta, e ainda tinha um sorriso zombeteiro no rosto.

–Você nunca ia durar num relacionamento verdadeiro – Sabe, uma coisa que eu nunca aturei, foi que duvidassem de mim, sempre provei que superava qualquer coisa.

– Você não me conhece! – Rosnei, dando um passo pra frente, mesmo passo que ele deu pra trás. Encostando-se à parede.

– Cão que muito late, não morde. Fale o que quiser, eu não vou acreditar, não até você provar! Prove Potter! Namore com alguém até o natal. Duvido que a princesinha ira conseguir um namoro por 4 meses.

– Isso é mole – falei entre dentes.

– Então me namore. – Ele sorria debilmente

–Mais.... V. Vo.Você? ... N.Não... Quer dizer você é um Malfoy, inimigo declarado dos Potter e Weasley – Gaguejei, Ele tinha que estar brincando!

– Medo de não resistir? – Ele me cortou antes que eu pudesse dar uma resposta bem ‘ignorante’ - Ou não é do gosto do seu papai? Sou proibido? Papai me proibiu? – Ele falou com voz de adulto quando brinca com bebe. – Você reclama tanto de ser ‘princesinha’, mais não faz nada que seu pai não gosta, não muda. Aposto que isso é só charme, aposto que você gosta de ser mimada. Você tem medo de deixa o posto de filhinha do papai, sempre vai precisar de aprovação! Sempre vai ser essa menininha fraca e covarde!

– VOCÊ ESTA ERRADO! – Gritei, ele conseguiu, ele venceu a batalha. Mais aquilo era só o começo da guerra.

–PROVE, LILIAN – ele me observava atentamente, tentando decifrar minha próxima atitude. Cheguei mais perto dele, agora eu o prensava contra a parede, ele tinha um sorriso malicioso e me analisava dos pés a cabeça. Eu odiava aquele sorriso. Ele tocou minha cintura, só que dessa vez, a blusa não estava de barreira. Mão fria na pele quente, mais um arrepio. De repente o sino começou a tocar.

– A aposta esta fechada. – Falei logo após a 12º badalada me sentando no sofá. Ele ria divertido.

– Então nos vemos em Hogwarts... Namorada – aquilo me causou um cala frio.

– Não ouse m chamar assim, até dia 1º - Ele se virou, e foi embora rindo. Apenas um pensamento dominava minha mente: “QUE PORRA QUE EU FIZ??” coloquei a cabeça entre as mãos tentando evitar as lagrimas.

Eu queria mudar! Mais não de ‘princesinha do papai’ para ‘cachorra do Malfoy’.

– Eu não acredito que fiz isso – sussurrei pra mim mesma. E levei um susto quando fui respondida.

– Fez o que Ruiva? – perguntou um menino desconhecido que estava sentado ao meu lado, vendo minha cara de ‘QUEM É VOCÊ?’ ele continuou – Sou Scott – falou o garoto abrindo um sorrisinho tímido.

– Lilian – Falei demonstrando minha ‘alegria’ momentânea. Mais parece que ele não se tocou.

– Eu sei quem você é! Afinal, quem não conhece a família Potter? – ele falou agora divertido

– Se sabe quem eu sou, esta aqui por quê? – ELE NÃO SE TOCAVA QUE EU NÃO TAVA PRA PAPO?

–Só vim me apresentar – ele respondeu agora sem sorrir.

– Ótimo, você já o fez. Agora quer fazer o favor de se mandar? – MERLIN, PORQUE EU? PORQUE EU TENHO QUE ATURAR ISSO?

– Relaxa Ruiva, sem stress – Mano, se ele não tivesse um sorriso tão charmoso, eu já teria quebrado os dentes dele.

–Ninguém merece! – me levantei, ali não seria um lugar bom pra raciocinar. Espera um pouco Lilian, você não tem o que raciocinar! Você simplesmente aceito um namoro com o ser mais repugnante da face da terra, e se não manter esse namoro até o natal, terá que admitir que ele estava certo. Parabéns sua retardada. VOCÊ ESTÁ NAMORANDO SCORPIUS MALFOY. É isso mesmo sua imbecil, você trocou o perfeito do Tyler pela barata do Malfoy, você merece palmas!

–Ei... – SHUAHSUAHUSUAS Esse povo gosta do meu braço hein? Já é a segunda vez que vou tentar ir embora, e sou impedida, por um otário segurando meu braço. Desta vez não me virei. – O que eu te fiz?

– Bom, a primeira coisa: VOCÊ NASCEU! – Lilian, o que seu pai pensaria se ouvisse você falando assim? (isso foi minha consciência) Como se ele fosse se importar com uma coisa destas, perto da noticia, que a filhinha dele ta namorando, e não um garoto qualquer, um filho de comensal kkkkkk’ ( e isso fui eu respondendo, pois é eu discuto comigo mesma) – Segunda: Esse foi o pior dia da minha vida, eu tava na minha, quieta, tentando achar uma saída e o que me aparece? – eu ri – Você. Que não deixa eu nem sofrer em paz!

– Olha eu não sou Legimente ok? Não sabia que você tava mal. Mais você não se tocou de uma coisa, Lilindinha, eu posso ser sua saída, sabia?

– Acho que meu problema não tem saída, muito menos essa seria alguém que eu não conheço.

– Talvez sua saída seja só se distrair um pouco, e com isso eu posso te ajudar! Toma uma cerveja comigo? – Eu sorri, não tinha como não o fazer, ele era irritante, mais era muito fofo. Talvez seja isso mesmo.

– Eu até tomaria, mais tenho que ir pra casa. Meus amigos me abandonaram, então não é bom eu ir embora tarde. – Olhei para o relógio na parede, ali marcava 01:01.

– Então me deixa te acompanhar?

– Eu, não acho que isso seria muito bom...- Ele fez uma carinha de cachorrinho abandonado. Indo com ele, teria companhia mais tinha chance do Tyler ver, se ele estiver com Thiago na casa do Hugo, e isso não seria bom. Mais se eu não fosse, ia ficar mal provavelmente. Afinal ele tinha um pouco de razão, precisava me distrair. – Ok – Falei cedendo. Ele colocou o casaco dele sobre os meus ombros.

– Esta frio lá fora, e não seria agradável uma dama pegar uma gripe. - Mordi meu lábio inferior, outra mania de quando estou nervosa. Não sei porque, mais ele tinha um rosto safado, mais sabia ser fofo e cavalheiro. E claramente ele não me via como uma ‘menininha’ – Você fica muito sexy, mordendo o lábio – Ele sussurrou no meu ouvido. PQP desse jeito eu vou acabar morrendo hoje, duas vezes meu ponto fraco!

Saímos na rua, a casa provavelmente estava com algum feitiço, já que do lado de fora nem dava pra ouvir a musica ou a gritaria. A rua estava deserta e silenciosa. Scott não falava nada, só andava calmamente ao meu lado, segurando minha mão. Ele tinha razão, um vento forte passava pelo meu rosto. Às vezes ele me olhava e dava um sorriso. Andamos até um ‘beco’ e ali ele ergueu a varinha. Não demorou muito para um ônibus gigante de 3 andares aparecer na nossa frente. Scott subiu primeiro e me deu a mão pra me ajudar a subir, fazendo eu me lembrar do dia em que eu conheci Tyler. Eu aceitei a mão e subi. Ele pagou o cobrador, e me lançou um olhar sério quando eu ia reclamar.

– Aonde vocês vão ficar? – O cobrador falou.

– Expresso Coffe LD. – Falei. Ele acenou e passou a mesma informação para uma cabeça que parecia vodu de macumbeira. Logo fomos pra parte de trás do ônibus. Eu sentei numa das cadeiras, que tinha lá atrás, Scott sentou ao meu lado. – Me desculpa, ok? – Falei baixo, só pra ele ouvir. Ele me olhou com cara de ‘HÃN?’ – Por eu ter sido ignorante, mais tenta me entender, eu tava brava, e você me deixou nervosa. Por isso eu descontei em você. –expliquei, ele abriu um sorriso, agora quem tava com cara de ‘WTF?’ era eu.

– Não se incomode com isso Lilindinha, eu tenho esse problema de deixar as mulheres nervosas – O normal seria eu bater nele, assim como eu queria fazer quando o Malfoy se achava. Mais eu comecei a rir, ele tinha falado num tom tão engraçado que eu não conseguia parar. Ele ficou sério e colocou o rosto bem perto do meu. Parei de rir na hora, senti meu rosto esquentar. – Vai me dizer que me acha feio? – Eu comecei a rir novamente, ele tinha ficado tão sério e tinha o tom de voz tão preocupado, como se a beleza dele fosse tão valiosa quanto à própria vida.

– Você é lindo – falei apertando a bochecha dele, o fazendo imitar um peixinho. Soltei e voltei a rir.

– Tssc. Sou lindo, hilário, gostoso e rico preciso de algo mais?

– Vai lá. Dono do mundo! Claro que falta algo... Cérebro.

– Agora magoou. – ele fez bico e eu ri. O cobrador falou que já tínhamos chegados, então descemos.

– Se você quiser pode voltar, estou bem perto da casa dos meus tios, e acho que ainda vou comprar um cappucino.

– Não gostou da minha companhia? – Ele tinha uma cara tristonha. E eu sorri pra ele, pegando na mão dele e levando-o até o café. Fomos até o balcão, lá tinha uma mulher de costas, ela nem deu atenção quando eu pigarreei, mais ela só se virou quando Scott pediu licença. Ela era bem bonita, tinha a pele morena, cabelo preto ondulado no máximo 23 anos, usava um decote profundo que mostrava até o umbigo (detalhe, eu sou muito exagerada). Ela olhava pra Scott com uma cara pervertida, que me fez revirar os olhos.

– Um cappuccino. – HAHAHA Lilian, ingênua, você realmente achou que ela iria te ouvir, enquanto estava tão ocupada comendo o Scott com os olhos. – UM CAPPUCINO! – falei mais alto, mas sem gritar. Desta vez, ela me olhou. Ela me olhava como se eu fosse um inseto comparada ao ‘Deus da Gostosura’ que estava ao meu lado, e que estragara a visão dela. Não pude evitar pensar em como ela ficaria na frente do topo dos garotos mais lindos de Hogwarts, composta pelo meu irmão (Thiago), Meu príncipe (Tyler), Meu futuro ‘ECAA’ namorado (Malfoy), O ‘rei da gostosura’ (Scott) e meu melhor amigo (Hugo). Ela teria um infarto. Não pude evitar de rir, fazendo os dois me olharem estranho.

– E você? – Ela perguntou pro Scott, Se curvando sobre o Balcão, tentando mostrar bem o decote pra ele, e me ignorando totalmente.

– Só pra ela, mesmo. – Ele falou abrindo um sorriso. Tive que revirar os olhos. Ele nem era cara-de-pau.

– Certeza? – Ela perguntou, ele acenou afirmando com a cabeça. Ela fez uma carinha triste e me olhou com raiva. Que louca. Ela se virou e voltou com um copo de cappucino saindo fumaça. Ela passou pro computador - Quatro e cinquenta. – Vi Scott mexer no Bolso.

– Eu pago. – Ele me ignorou, dando o dinheiro pra moça, vi ela escrevendo algo na notinha, e entregando pra Scott, que leu e piscou pra ela, enquanto saímos da loja. Quando ele fechou a porta, jogou o papel fora. Olhei pra ele com cara feia.

– Fica com essa cara não Lili. Não posso fazer nada se nasci irresistível. – Aiai como eu amo piadas.

– Então vai lá delicinha – Comecei a rir

– Sabia que não ia demorar muito tempo pra dizer isso, mais foi a que aguentou mais tempo – ele falou, me abraçando.

– Ei! – dei um tapa no braço dele – Tem como parar de ser convencido? – Falei ainda rindo, cara, faz tanto tempo que não ria assim, desde que parei de falar com... ESQUECE!

– Acho meio impossível – ele falou rindo.

– Você não presta – parei de rir e tomei um gole. Começava a andar, ele não parava de me olhar, senti meu rosto começar a esquentar. O bom era que podia usar a bebida como desculpa. – Você quer? – Falei tentando arranjar algum assunto.

– não, se quisesse teria comprado um, não? – isso, patada na Lilian. Vai sua imbecil!

– Talvez seja por que você queira dividir um comigo. Beber onde eu já bebi. Talvez o meu seja o melhor – Falei passando a língua nos lábios. Claro que aquela provocação era brincadeira. E estava na cara que ele se segurava pra não rir.

– Como você descobriu meu plano – ele fez cara de surpresa – Agora que não adianta mais fingir – Ele pegou da minha mão e virou o copo na boca.

– DEIXA UM POUCO PRA MIM! - Fui pra cima dele, mais ele jogou o copo vazio no chão, e me olhou com lagrimas nos olhos.

– QUEENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! – Ele começou a abanar a própria boca, e eu ri da cara dele. Comecei a correr atrás dele. Ele entrou na mesma cafeteria e pegou uma garrafa de água na geladeira ali fora e bebeu tudo de uma vez. Eu não me aguentava de Tanto rir. Ele respirou aliviado, e pediu uma BananaSplit e se sentou numa mesa, eu me sentei na frente dele, enquanto a mulher me olhava com raiva. –Porque você não me avisou? – Ele falou arfando, e eu comecei a rir novamente.

– Isso que da roubar meu cappuccino – ele me olhou feio – Você tinha razão, você foi minha saída – Sorri pra ele. Mais ele estava sério. – Que foi? Ainda ta doendo?

– Você quer falar sobre isso? – a mulher colocou uma taça GIGANTE de sorvete no meio da mesa, sorriu pro Scott, coisa que foi totalmente ignorada por ele, ele tinha os olhos fixos em mim, pegou uma colherada e aliviou suspirado quando colocou na boca. – Se não quiser eu entendo, mais acho que faria bem desabafar.

– O que você sabe sobre mim? – Perguntei interessada, ele pareceu surpreso.

– Seu nome é Lilian Luna Potter. Tem 15 anos. É do 5º ano da Grifinória em Hogwarts. Seus pais se chamam Gina e Harry. Tem dois irmãos mais velhos Thiago e Alvo. Seus padrinhos são Molly e Arthur Weasley. Você odeia quando falam que é a filhinha do papai. Seus parentes são super-protetores e você esta brigada com Thiago, porque ele não deixa você crescer.

– Normalmente, falam que eu sou filha do Grande HARRY POTTER e começam uma biografia dele, me deixando em segundo plano... – Eu não sei porque eu havia perguntado aquilo, e muito menos porque continuaria – Ninguém me vê como Lilian, todos sempre me veem como filha do Harry Potter. E por isso me chamam de princesinha. Eu sempre tento mudar, mais é um pouco difícil, quando se tem um irmão ciumento e protetor. Ele não me da espaço, por isso brigamos. Eu só fui a festa pra mostrar que cresci e irritar Thiago. Só que não deu muito certo... Teve o acidente da Bones que atrapalhou tudo. Daí pra frente foi uma bagunça, e você não vai entender, então vou resumir: A partir do dia 1º de Setembro eu vou ser a namorada oficial de Scorpius Malfoy. – Ele me observava sério, até a ultima frase, em que ele me olhou assustado. – Eu sei, é complicado. Eu não quero namorar, não com ele. Mais eu também não posso simplesmente terminar.

– Se você não quer, porque você aceitou? – Foi tudo que ele conseguiu falar, ele estava obviamente abalado.

– Eu estava alterada. Foi um erro. Por favor, não me julgue. Não agora. – Eu tava segurando o máximo que podia pra não chorar. Se até alguém brincalhão como o Scott me julgasse, como seria a reação dos meus amigos? É, você é egoísta e muito burra Lillian. Abaixei a cabeça, não tinha como evitar as lágrimas, eu não tinha pensado nos meus amigos. E em ninguém. Eu não queria ser filhinha de papai, mais eu também não queria decepcioná-lo. Eu queria mostrar a Thiago que eu cresci, mais não que ele me odiasse. Rose iria me odiar quando soubesse. E Tyler? Meu Deus, ele iria me achar uma vadia! Senti minha visão ficar embaçada. Estava chorando. Senti braços ao meu redor, me virei me agarrando ao peito do Scott enquanto ele fazia cafuné nos meus cabelos. Chorei tudo que tinha acumulado durante a semana, a raiva de Thiago, a tristeza por nossa briga, Saudade do Tyler, essa bendita aposta, tudo veio à tona naquele momento.

– Vai ficar tudo bem – ele sussurrava baixinho, me acalmando. Ainda demoro alguns minutos pra parar de chorar.

– Nossa, como eu sou boba, chorando na frente de um garoto que conheci não faz nem 12 hrs. Me desculpe – Sorri pra ele, ele me abraçou, o cheiro dele era bom. Abri os olhos, e advinham? Ali na minha frente o relógio marcava três e meia. – MEU MERLIN! TENHO QUE IR – sai da cafeteria correndo, Scott logo me alcançou.

– Queria sair sem pagar? – Ele falou rindo

– Você sabe que horas são? Era pra estar em casa á duas horas atrás! – Sai em disparada, até para em solavanco e empurrar Scott pra trás de uma arvore ali por perto.

– Hum.. Que você quer fazer atrás da arvore hein Lili? –Ele falou com a voz maliciosa, segurando minha cintura e colando mais ainda nossos corpos.

– Para Scott, meus tios estão na porta – Merlin, que fogo era aquele? Ele virou o rosto e olhou pra casa ao nosso lado, ali parados, meus tios se beijavam, NOJENTO. – Eles não sabem que eu fui a uma festa. – Ele me olhou com um sorrisinho de canto.

– Que pestinha, indo pra festas durante a madrugada, sem os responsáveis saberem. Arrumando um namorado, e estando colada com outro atrás de uma arvore. Você é bem danadinha né Potter? – Ele ria da minha cara

– É sério Scott, como eu vou entrar agora? – ele deu de ombros – ORA mais essa, se você não tivesse ido falar comigo, eu já estaria na minha cama! Você vai me ajudar, queira sim ou não! – ele bufou.

– Você fica muito fofa nervosa! – eu abaixei a cabeça – Eles entram, e nós vamos pra trás da casa. – Agente esperou, e fomos, pulamos um muro e paramos perto da arvore que tinha ali. –Onde é o quarto que você esta? – apontei a janela a esquerda, a mais perto da arvore.

– Ta agora como eu subo? – ele me olhou incrédulo.

– Sério que você não sabe? – Eu sei que não sou uma Rose da vida, mais ele não precisava exagerar né? Neguei com a cabeça. Ele revirou os olhos. – É bonita, mais bem burrinha hein?

– Desculpa se nunca entrei numa casa pela janela, muito diferente de você pelo jeito, né? – ele riu.

– A janela ta aberta e tem uma arvore super perto da janela, o que você acha que vai fazer?

– Esta louco? Eu vou cair! Vou morrer! Pronto, acho que o sorvete congelou seu cérebro! não é mais fácil você me levitar? - perguntei esperançosa.

– Um dos únicos feitiços que eu sou péssimo. - ele riu sem graça.

– Eu não subo pela arvore nem que me paguem.

–Então você prefere entrar pela porta, ser descoberta e ficar de castigo? – O pior de tudo era que ele tinha razão. Mais ainda tinha que pensar – E eu que sempre achei que o leão da Grifinória significa coragem. Parece que estava muito errado. – Filho da mãe, ele sabia que eu não recuaria com o nome da minha casa em jogo.

– Vamos logo com isso! – fomos fazendo o Máximo de silencio possível até a arvore, onde Scott me pegou no colo e me colocou entre dois galhos. – E se eu cair? – Vamos dizer que eu só gosto de altura quando estou em cima de uma vassoura! ESTRANHA, sim eu sou. Mais eu tenho medo de altura, quando não se trata de vassouras.

– Do chão você não passa! – ele riu, e eu o olhei com cara feia. – Eu te seguro, Prometo! – comecei a subir, olhei pra trás pra ver se Scott ainda estava lá, não deveria, já que fiquei com medo, tava muito alto. Minhas mãos começaram a suarem. Eu ia cair. Scott já estava abaixo de mim esperando minha queda, que não demorou a acontecer. Mais o impacto foi tão forte que nós dois fomos parar no chão, eu por cima dele.

– Desculpa. – Ele deu um sorriso fraco. – E agora o que vamos fazer? – Ta se vocês acham que meu dia tava péssimo, ficou pior! Ouvi um galho quebrando, virei meu rosto, e tirei o cabelo da frente, jogando-o para o lado. E adivinhem? Meu ‘querido’ irmão e meu príncipe estavam ali, estáticos olhando pra mim, só então eu lembrei que ainda tava por cima do Scott.

– Fodeu – Scott sussurrou. Me levantei. E Scott fez o mesmo, se colocando na minha frente. – Não estávamos fazendo nada. Relaxa cara – Ele falou andando pra trás e me empurrando.

– SEU GRANDE SACO DE MERDA! VOCÊ ACHA QUE EU NASCI ONTEM? SAI DE PERTO DELA AGORA! – Thiago tava vermelho, e só não tinha ido pra cima do Scott por que Tyler o segurava com certo esforço.

– Thiago, não estávamos fazendo nada! – falei saindo de trás do Scott, que me deu um olhar ‘CORRE’

– CALA BOCA LILIAN! NÃO SE METE NA CONVERSA! – Preciso falar que fiquei horrorizada? Thiago nunca gritou naquele tom comigo, como se eu fosse um inseto, senti as lagrimas vindo a tona.

– Quem você pensa que é pra falar nesse tom com a Lili?

– SOU O IRMÃO MAIS VELHO DELA! ME SOLTA TYLER! CARALHO, ME DEIXA ACABAR COM A RAÇA DAQUELE FDP!

– Nossa, que irmão maravilhoso, que trata o próprio sangue como se fosse barata. Você é realmente um retardado se acha que pode falar assim com a Lilian! E outra quem te deu direito de falar da minha mãe? Você por acaso conhece ela? Não né? Então cala a boca, e vai xinga a própria mãe seu cuzão! – Thiago agora se debatia, e parecia que ele ia explodir

– Scott, para! – implorei puxando o braço dele.

– Porque Lilian? Esse retardado te trata assim e você não faz nada? Não importa se ele é seu irmão ou a reencarnação do Merlin, você não merece ser tratada assim!

– Mais que barulheira é essa? – Sabe aqueles momentos em que sua vida é uma droga e fica pior ainda? Tão ruim quanto a minha? DUVIDO! Ali na porta, estavam meus tios com cara de ressaca e de roupões. Hugo com cara de sono. E Rose atrás de Hugo com as mão na cara, em óbvio sinal de que o plano fracassou. Mais um pra minha coleção AHSUASHUAHUS – Lilian? O que esta fazendo aqui fora? Thiago, Tyler o que vocês estão fazendo por aqui? E quem é você? – Minha tia falou reparando no desconhecido entre nós. Desta vez até Rose me olhava com cara de interrogação.

– Todos pra dentro AGORA – foi a segunda vez que vi meu tio sério, a primeira, foi quando Rose iria pra Hogwarts pela primeira vez. Logo todos estavam entrando, eu e Scott fomos os últimos, preferimos tomar uma distancia segura de Thiago.

– Agente pode ir pra cama? – Perguntou Hugo com sono

– Claro que sim, e você também Tyler – Tyler me deu uma piscadela e saiu da casa, enquanto Rose e Hugo subiam as escadas. Minha tia voltou o olhar para nós, eu estava entre Thiago e Scott. E minha tia parecia suspeitar que o núcleo do problema era eu. - Quem vai começar? – Não poderíamos falar da festa, por causa de Hugo que esteve na festa, e Rose que me deu cobertura. E agora que desculpa poderia dar?

– Posso? – Scott tinha se levantado, minha tia fez sinal afirmando com a cabeça. – Bom pra começo de conversa meu nome é Scott, 7º ano da lufa-lufa. Bom eu sou amigo da Lilian, e to tendo uns problemas familiares, e mandei uma coruja pra ela falando que tava mal, então ela falou pra eu vir aqui. E então eu vim aqui e agente foi até uma cafeteria aqui perto, onde eu desabafei com ela – ele falava com um rosto triste, sofredor, como se doesse lembrar-se de alguma coisa, muito convincente – então ela me animou, e voltamos, mais quando chegamos aqui, vocês dois tinham voltado. Então ela ficou com medo de vocês brigarem com ela, então eu dei a ideia de ela entrar no quarto usando a arvore, atrás da casa, mais ela caiu em cima de mim. O Potter chegou, e pensou besteira, e tentou me atacar, e o resto vocês sabem.

– E porque vocês estão tão arrumados?

– No meu caso, eu passei a noite fora de casa, já faz uma semana que não vou pra lar, estou ficando no caldeirão furado. E mesmo que seja pra jantar eu tenho que estar apresentável. – Scott respondeu e me olhou.

– Eu peguei a primeira roupa que eu vi. – falei o mais natural que pude.

– Eu estava numa festa – pronto, tinha esquecido, Thiago certamente ia nos denunciar, apertei Levemente a mão de Scott por debaixo da mesa esperando ele nos dedurar. Tia Mione suspirou.

–Ok, mais da próxima vez que quiser falar com Lilian que seja num horário normal e não de madrugada, é perigoso. E Thiago, tente pensar em to das às opções antes de agir! – DEU CERTOOOOOOOOOOOOOOOO! SCOTT SEU FODA *-* - Scott pode usar a rede de flu, pra sair no caldeirão furado. – ele agradeceu e seguiu minha tia até outra sala, chegamos lá, ele me deu um beijo na bochecha e entro na lareira, gritando Beco diagonal, ele me sorriu antes das chamas verdes o engolirem. – Adolescentes! – Resmungou minha tia, subindo as escadas. Voltei pra cozinha, Thiago ainda estava lá sentado. Como eu queria abraçá-lo e pedir desculpas, pena que não era tão simples.

– Obrigada. – Falei, ele nem se virou ou respondeu – Nós não mentimos, eu realmente cai da arvore. – Ele se virou e me encarou. Os olhos azuis que antes eram tão claros, estavam escuros.

– Porque não da pra voltar a ser como era antes? – ele perguntou, com voz rouca, eu NUNCA tinha visto Thiago chorar, e naquele momento parecia que ele fazia muito esforço pra não derramar lagrimas.

– É só você aceitar que eu cresci! – falei, você tem noção de quanto é ruim ver seu irmão mais velho, que sempre foi forte e sempre foi seu super-herói chorar? Pois é, meu pai não era o meu herói, ele hera o super-herói do resto do mundo bruxo. Mais Thiago era o meu herói, ele sempre esteve ao meu lado, até em Hogwarts quando via que eu não tava bem mandava todo mundo a merda, e ficava ao meu lado. Lembro de uma vez que eu tava com febre, ele xingou a enfermeira de macaca velha abortada, falou que ela tinha a voz pior do que o grito da mandrágora, e era mais pesada que um dragão Norueguês. Ele perdeu 100 pontos pra Grifinória, mais me fez rir, um verdadeiro show na enfermaria, só por que ela não me permitiu visitas. Ele de um jeito ou de outro, sempre tava por perto. Foi ele que me ensinou a voar, e viu meus tombos, mais foi por causa dele que eu era artilheira da Grifinória desde meu 2º ano. Ele era meu herói. E Sempre seria. – Faça isso Thiago – Falei me sentando ao lado dele, chorando, não tinha como não chorar.

– Eu não consigo, pra mim você sempre vai ser minha irmãzinha, frágil e pequena. Eu não gosto de te ver com garotos, porque sei que de qualquer jeito, eles vão te magoar. Que eles novamente iram falar que te amam, mais só é encontrar alguém do gosto deles, e iram te trocar, falar que se precipitaram. Ou irão te forçar a fazer algo, simplesmente pro prazer deles. Eu não aguento a ideia de alguém te usando, te machucando. Você não sabe o quanto isso me machuca, ver você chorar é meu inferno Lilian! Então não me peça pra aturar isso. – Eu o abracei aquilo era mais como uma despedida. Ficamos um tempo assim.

– Você não pode falar, que não te dei chance! –sussurrei saindo dos braços dele – Até o dia em que você entender. – levantei enxugando meu rosto. Ouvi barulho de aparatação, subi as escadas correndo, chorando. Abri a porta onde tinha um R dourado com pedras vermelhas. Rose me olhava com rosto assustado, me joguei no colo dela, não conseguia parar de chorar, eu sei bobeira, já estava brigada com ele. Mas aquele abraço foi como se fosse a ultima vez, como se naquele momento deixamos de sermos irmãos. Eu amava Thiago, ele era um herói pra mim. Sempre conseguiu fazer de tudo, me deixando sempre admirada. Quando era pequena, tinha medo de trovões, em noites de chuva, ele colocava um dos fones de ouvidos em mim, e o outro nele, ficava perto de mim até eu dormir, ele sempre foi meu anjo da guarda. Sempre que eu me machucava, ele me ajudava, cuidava de mim. Era o único que conseguia me acalmar durante meus choros. Era o único que sabia ler minhas emoções sem eu dizer uma palavra. Ele sempre foi a pessoa em que eu podia confiar. Lembro quando dei meu primeiro beijo.

Flashback

– O que foi Lili? Porque ta chorando? – Era Thiago, correndo até mim. Com olhos preocupados. Eu olhei pra ele, chorando ainda mais. Ele me puxou pro colo dele, me balançando e me fazendo um cafuné, enquanto eu me agarrava a camiseta dele, chorando e soluçando, na curvatura do pescoço dele. Contei a ele, que o vizinho tinha falado que gostava de mim, então me pediu em namoro e me beijado. Mais quando sai na rua depois do almoço, ele falou que gostava da aninha, uma morena de 10 anos, um ano mais velha que eu.

– E então ela chegou e ele beijou ela na minha frente! Eu não sei porque, mais ta doendo muito, THI! Bem aqui ó. – E apontei pro meu próprio peito, onde estava meu coração. Ele me abraçou.

– O John? – perguntou ele, entre dentes. Eu acenei, afirmando. Então ele beijou o topo da minha cabeça, me colocou sentada na cama e se levantando. Duas horas depois, Thiago passou pela minha porta, com um olho roxo e cortes nos lábios e na sobrancelha.

– THIAGO! O que quê aconteceu? – ele me deu um sorrisinho fraco.

– Eu fui me resolver com o John, mais ele tava com dois amigos. – ele me deu um sorriso fraco – Você sabia que ele faz Judô desde que tinha 6 anos.

– Você é louco? Ai meu Merlin! Vou chamar a mamãe. – fiz questão de sair dali, mais ele começou a rir, me virei, como eu tinha um irmão estranho. Todo ferrado, mais ainda ria. Será que ele era masoquista?

– Relaxa Lilian, eu to bem. - Olhei pra ele com cara séria – Pelo menos fiz um estrago muito maior nele. Acho que ele vai ter que passar um tempinho no hospital, Me lembre pra mandar flores, ok? – Então ele começou a rir, então gemer de dor. Me virei em direção a porta, ele ainda precisava de cuidados – Não Lili. Se mamãe souber vai ficar brava!

– E você quer que eu faça o que? As feridas precisam ser fechadas, se não pode inflamar! – Me sentei ao lado dele. – E como você pretende esconder esses machucados?

– Ah Lilian, isso é fácil. Papai e Mamãe ficam fora o dia inteiro. O jantar eu não como. E o café eu tomo mais tarde.

– Isso nunca vai dar certo. – Thiago apertou minha bochecha. – Mais de todo caso você não deveria ter ido falar com ele!

– Ele disse que se eu fizesse isso com a irmã dele, ele me matava. Ai eu perguntei se eu podia matar ele, já que ele fez isso com a minha. Ai ele falou ‘Tenta’. E deu nisso. Eu ia apenas dar um soco nele. Mais ele pediu por mais né?! – Thiago Sorria, abracei-o e ele gemeu de dor.

– Esse é seu castigo! – falei sorrindo sapeca. Apesar de tudo, eu gostei do Thiago ter me protegido, e especialmente do John ter apanhado.

Fim do Flashback

– Eles vão contar pros seus pais? – Rose perguntou, me olhando com uma cara de preocupação. Balancei a cabeça negativamente e lhe falei sobre a desculpa que demos. - Então porque esta chorando Lili?

– Thiago! – falei soluçando, acho que depois de ter chorado com Scott e Thiago, minhas lagrimas pararam.

– Oque que ele fez? – Ela me olhava com uma cara revoltada. E eu expliquei nossa conversa.

– Ele me odeia. – agora minhas lagrimas voltaram. Rose tinha um sorriso no rosto. – muito obrigada, e eu ainda te considero minha melhor amiga, E VOCÊ RI DA MINHA DESGRAÇA. – bufei brava.

– Lilian, uma das únicas certezas que eu tenho nessa vida, é que Thiago nunca poderia te odiar, do mesmo jeito que o tio Harry nunca te odiaria, nem mesmo se você cometesse o pior pecado de todos. – do que ela tava falando? Ela soltou uma risada. – a, sei lá Lilian. Uma coisa terrível, que muitos iriam te olhar de cara, Ex.: virar uma cachorra. Acho que o único jeito dele te odiar, é uma coisa impossível, exemplo: namorar um inimigo dele, ou pior, namorar um Malfoy. – ela começou a gargalhar. E eu dei uma risada sem graça. É, se ele não me odiava, a partir do dia primeiro, ele vai. – Agora me conta! O que você estava fazendo perto do Miller? Pensei que ia dar uns pegas no Tyler! Mais ele também é um ótimo partido.

– Você conhece o Scott?

– E você não o conhecia? – neguei – Meu Deus Lilian! Onde você andou pelos últimos tempos? Ele ta em 2º lugar dos TOP5 masculino. – disto eu já sabia (N/A: TOP5 é uma maneira de se referir aos cinco garotos ou garotas mais bonitos de Hogwarts) – Ele era monitor chefe da Lufa-lufa, tem a 4º melhor nota em Hogwarts, 7º ano, Capitão do time de quadribol. Sério que você não sabia quem era ele? – eu neguei com a cabeça, novamente – Aiai, só você mesmo – ela soltou uma risada. – mais você parecia tão chegada nele.

– A Bones caiu da escada, foi pro St. Mungus. O jogo foi cancelado. Todo mundo que eu conhecia foi embora, então ele se ofereceu pra ser minha companhia. – Não sei por que, mais depois do exemplo de algo impossível, preferi não citar meu ‘namoro’ com Malfoy. Preferia ter a amizade dela, nem que fosse só até dia 1º. – E então agente conversou, e ele me trouxe aqui. Seus pais já tinham chego, e então ele sugeriu subir pela arvore. Só que tem meu pequeno problema. Então eu cai em cima dele. Thiago chegou, e o resto você deve imaginar. – ela me fez uma careta.

– E a senhorita só aproveitando né? Safada! – eu joguei o travesseiro nela. Depois de vários comentários sem noções sobre um namoro inexistente entre mim e o Scott, Travesseiro voadores e risadas, Rose dormiu. E só depois disso, percebi que havia ficado com a blusa dele, ao pude evitar cheirá-la, era bom, inebriante. Senti meus olhos pesarem e me deitei na cama no chão, logo para dormir.


01 de Setembro, King’s Cross.

– Pra que chegamos tão cedo aqui? – Era Hugo reclamando pela décima vez em uma hora.

– Mais que saco Hugo! Já disse que a mamãe tinha uma reunião, e o único jeito era nos trazer a essa hora, porque não daria depois. – ele soltou um grunhido. Senti braços me levantarem, e me puxarem pra um abraço apertado, eu conhecia bem aquele cheiro, devolvi o abraço, ele tinha me livrado de uma baita confusão, além de ter sido meu confidente mesmo por uma noite.

– Lilindinha. – ele me deu um beijo no rosto, por cima do ombro dele, vi que Thiago desapareceu. Não pude não fazer uma careta. – Ta bom, eu não te chamo mais assim.

– Não é isso Scott, mais até que seria bom se você parasse. – eu sorri.

– Se não é por isso, esquece Lilindinha- revirei os olhos e dei um tapa no braço dele.

– Hum, Scott esses são meus primos Hugo e Rose, e meu irmão Alvo – falei apontando respectivamente pra cada um. Ele apertou a mão dos meninos, que logo saíram, com a desculpa de ver onde Thiago foi. E beijou a mão da Rose sorrindo galanteador.

– As lindas donzelas já tem uma cabine? – negamos com a cabeça. Ele pegou nossas malas e abriu os braços – Venham – Rose me olhou, e eu assenti sorrindo. Fomos até ele, entrelaçando nosso braço ao dele, e o seguimos para uma cabine mais para o final do trem. Rose se sentou na minha frente enquanto Scott se sentou ao meu lado. – isso é mal de família? – Rose o olhava com cara de duvida, e eu devia estar com uma cara bem parecida – Ser tão lindas assim – Foi engraçado, Rose na mesma hora ficou um pimentão e eu me rachei. Mais minha alegria não durou muito tempo. Pela porta do nosso vagão Thiago entrou, nem olhou pra mim ou Scott. Não pude evitar segurar a mão de Scott e apertá-la, desde a noite da festa ele nem me olhava. Nos tratávamos como se não existíssemos. Todo mundo lá de casa me olhava estranho, e o mesmo com Thiago, mais eles temiam perguntarem. Mesmo assim, era difícil ficar perto dele e não chorar ou me mostrar indiferente. Já pra ele parecia que era uma facilidade, rindo das piadas do papai, zombando do Alvo, continuava como sempre, Talvez eu nem tenha feito tanta diferença na vida dele. Senti Scott acariciando minha mão, tentei sorrir pra ele mais provavelmente ficou mais parecido com uma careta. Ele se virou e saiu. Rose me olhava examinando minhas reações.

– Parece que faltam cinco minutos para dar o horário – tinha se passado tanto tempo assim, desde que entramos no trem? – ou seja, cinco minutos pra reunião de monitores. – ela me olhou preocupada. Thiago era o Inspetor, ou seja, eu teria que falar com ele, já que era a monitora da grifinoria. Tipo o 5º ano cada casa tem um casal de monitores (ex.: eu & Hugo), o melhor desse casal no 6º ano se torna monitor-chefe da casa (ex.: Rose), e dentre esses quatro monitores chefes, no 7º o melhor deles se torna o Inspetor (ex.: Thiago). – Quer que eu fale que não estava se sentindo bem? – acenei positivamente, ela me sorriu. – Então vou procurar Hugo e Thiago pra não ir sozinha. – Então ela saiu da cabine, me deixando sozinha com Scott.

– Parece que seu irmão não acreditou no negócio da arvore, não é? – ele falou me olhando e afagando minha mão. Eu sei vocês devem me achar louca pra confiar num adolescente que eu só encontrei uma vez antes, e que quase me matou. Mais acho que o perfume dele tem poção veritasserum porque eu simplesmente abri a boca e contei minha conversa inteira com Thiago, desta vez não chorei. Não tinha mais lagrimas. – Você deve estar mal. - Ele falou me puxando pro colo dele, e agora afagando meus cabelos. Quando éramos menores Thiago sempre me fazia isso enquanto eu chorava.

– Na verdade, agora só com sono – falei me aconchegando nele, aquele cheiro gostoso, senti ele jogando a blusa dele, que eu tinha devolvido quando chegamos a cabine, sobre mim.

– E posso saber o que a senhorita estava fazendo a noite e não dormir. – Ele tentou soar sério, mais eu pude detectar uma pitada de malicia na voz dele.

– Idiota – murmurei, dando um leve tapa no braço dele. – Eu não dormi, porque só de pensar que no dia seguinte (N/A: lê-se HOJE) eu seria a namorada oficial daquela Polly, me causava insônia. Além de saber que Rose, Hugo, Alvo e meus amigos têm uma grande chance de pararem de falar comigo.

– Você ainda não contou á eles? – ele não parecia surpreso com isso. E eu sentia que de certa forma ele me entendia.

– Só por agora vamos parar de falar nisso, ok? – pedi, tentando controlar as emoções, estava sentido que os próximos quatro meses seriam muito longos. Ele me apertou um pouco mais, e começou a canta a melodia de uma musica. Eu não vou mentir, eu consegui dormir um pouco, acordei com barulho da porta se abrindo, e logo a voz de Rose

– Ela dormiu? – Ouvi ele murmurar um sim, e logo um silencio se estabelecer. Eu estava acordada, mais ali era tão quentinho e confortável, além de que ele me passava segurança. Fiquei acordada depois disso, os dois conversavam baixinho, coisas sem nexos, e ele jogava cantadas nela, e eu me segurava pra não rir. Descobri mais algumas coisinhas, como por exemplo, que ele só não se tornou Inspetor porque ele já ia ser capitão de quadribol e ele sabia que tinha gente que queria mais que ele. Ele é mestiço, a mãe era uma nascida trouxa, o pai um sangue-puro. E deu a entender que ele foi criação de uma noite de muito álcool, o pai assumiu, mais quando Scott entrou em Hogwarts nunca mais apareceu, e parece de que algum jeito o pai dele era um seguidor do Voldemort. Ele pareceu meio desconfortável quando contou sobre a família. Mais logo a tensão passou. Achei melhor levantar, afinal e se alguém entrasse por aquela porta, e me visse ali, não seria nada bom, nada mesmo e adivinhem? TARDE DEMAIS, ouvi a porta se abrir, abri meus olhos com medo, e se fosse Tyler ou Hugo? Se Thiago me visse ali ia ser péssimo. E adivinhem novamente? Merlin me odeia. Eu me levantei, brutalmente. E o que se seguiu foi muito rápido, quando dei por mim, Rose tinha uma cara assustada e Scott estava no chão, mais não demorou muito pra ele se levantar, me colocando atrás dele, e se colocando em posição de luta.

– Parece que hoje as pessoas não tão indo com minha cara. Tão me batendo a beça. E sim Lilindinha, isso foi uma indireta pra você. – Ele falou, com a voz calma, mais com pitadas do típico humor. Uma risada preencheu o ar, vindo da porta, mais não parecia uma risada alegre, estava mais para uma risada raivosa.



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