Carro do Donghae

Donghae e Tiffany conversavam rindo bastante até que Donghae parou em frente a um prédio alto de vidro espelhado que parecia ser altamente caro desconhecido por ela.

– Onde estamos? – perguntou ainda rindo um pouco.

– Ah, eu preciso pegar a chave, lembra? – falou ele e ela assentiu – Você espera aqui ou vem comigo?

– Vou com você – disse ela com um sorriso, Donghae desligando o carro em seguida e ambos saindo do veículo.

Ambos caminharam para dentro do prédio e Tiffany seguiu Donghae que se dirigiu ao que parecia uma recepção. Aquilo parecia mais um prédio de negócios do que o local onde alguém moraria, mas percebeu que provavelmente não era, pois dentro não havia movimento.  Havia dois sofás, um tapete, uma mesinha de centro e alguns quadros e vasos de vidro com plantas estrategicamente colocados. Um ambiente realmente bem decorado, porém, vazio. Mais adiante estavam os elevadores, dois, e do outro lado uma mulher de uns 20 e tantos anos com uma roupa de secretária sentada em uma cadeira atrás de uma bancada de vidro relativamente espaçosa. Podia-se ver uma televisão que mostrava vários quadrados, cada um com uma imagem diferente, que provavelmente séria das câmeras do prédio, e um computador.   

– Posso ajudá-los? – perguntou ela com uma voz simpática levantando os olhos do computador quando nos aproximamos.

– Sim, eu vim buscar uma encomenda para Lee Hyukjae de Kim Sunghyun. – falou Donghae e ela abaixou a vista para sua mesa, pegando uma agenda e folheando atentamente.

– Sim claro. – disse ao ler algo e voltar sua vista para Donghae nós – Senhor...

– Lee Donghae. – completou ele e ela assentiu.

– Aguarde um segundo, sim? Preciso interfonar para o Sr. Sunghyun antes de lhe entregar. – disse ela sem esperar uma resposta, virando em seguida para um telefone fixo, discando um número e o levando ao ouvido.

– Boa tarde, Sr. Sunghyun. – falou ela com uma voz ainda mais simpática da que usara conosco – Desculpe incomodá-lo, mas o Sr. Lee Donghae veio buscar a encomenda para o Sr. Lee Hyukjae. – esperamos enquanto ela ouvia uma resposta e assentia – Sim, senhor. – disse e então desligou, abrindo uma gaveta e estendendo uma pequena caixa por cima bancada para Donghae, que a pegou logo em seguida agradecendo com seu belo sorriso. Tiffany sendo incapaz de sorrir ao vê-lo sorrir assim.

Ambos então fizeram uma reverencia e saíram do prédio, voltando para o carro. Sem muitas perguntas sobre os planos de Hyukjae, Donghae levou Tiffany para fazer tudo que havia prometido a Hyukjae, e isso durou em torno de 50 mins, algo que passou incrivelmente rápido, pois, quando a sós como no carro, Donghae, ou Tiffany, sempre fazia uma atmosfera bastante agradável, com brincadeiras, piadas, risos ou aegyo.

Era o ultimo ponto, finalmente, ele colocou a chave dentro de um caixa e a colocou em um esconderijo na frente de uma estaca, a alguns metros do píer, criado pelo dono. Não dava para ver o iate de lá, havia algumas árvores bloqueando a visão, o que tornava tudo ainda mais perfeito. Assim que terminou passou suas mãos uma na outra, as limpando, e, em seguida, sorriu para Tiffany, que retribuiu, ambos voltando para o carro. Donghae havia feito tudo que seu hyung pedira e agora tudo que o restava era sua tão sonhada tarde com Tiffany.

– E então, o que quer fazer? – perguntou Donghae com um sorriso após sentar-se diante do volante pousando suas mãos no mesmo, o carro parado.

– Lembra o que eu disse no telefone? Você escolhe. – falou ela sorrindo com seu eye smile altamente visível, e ele ficou pensativo por alguns segundo até olhar para ela com um sorriso meio tímido.

– O que acha de vermos um filme? Eu gostaria de ter tido tempo para preparar algo como você Eunhyuk sshi fez com Hyoyeon. – falou com um tom de quem se desculpa.

– Perfeito. – falou Tiffany feliz, fazendo com que ele sorrisse para ela e desse a partida no carro.

Carro do Eunhyuk

Hyoyeon continuava a olhar atentamente para todos os lados, fazendo com que Eunhyuk soltasse um riso baixo, após em torno de uns 5 minutos o carro parou e ela o olhou, confusa. Eles estavam em um parque florestal que parecia abandonado. Estava em perfeito estado, com bancos, árvores, grama, flores, mas não se via ninguém lá.

– Essa é a primeira parte da surpresa – falou ele e então desligou o carro e saiu, indo até o bagageiro enquanto ela também saia.

Hyoyeon o seguiu até onde ele estava, o olhando, cautelosa, até que o viu tirar uma cesta de piquenique e uma grande toalha de lá e olhar com um largo sorriso.

– Surpresa! – disse ele sorridente – O que acha? Um piquenique em um lindo parque, muito bem pensado não acha? – falou ele com um sorriso brincalhão levantando uma sobrancelha e ela apenas riu e o empurrou de leve, o fazendo rir também.

Enquanto andavam, ela não parava de sorrir ao seu lado, parecia que ele havia pensado em tudo e ela já estava gostando muito.

– Obrigada oppa – ela disse sorrindo para ele e ele passou seu braço livre ao redor dos ombros dela, puxando-a para si, e andaram assim até que ele parou em uma área com sombra, perto de uma árvore e um bebedouro de passarinhos, pegando o pano e o estendendo na grama, sentando-se logo em seguida e ela o acompanhando.

– E então, quer comer agora ou... – perguntou ele, seu sorriso parecia não deixar seu rosto sempre que estava com ela e Hyoyeon parecia se sentir do mesmo modo.

– Você está com fome? – ela perguntou e ele negou.

– Nem um pouco.

– Ótimo, nem eu, vamos esperar um pouco então e aproveitar esse lugar – falou ela com um sorriso que ele retribuiu.

– Eunhyuk oppa... – começou ela – Eu andei pensando, como os outros membros reagiram? Quer dizer, quando você contou sobre nós dois – perguntou ela e ele riu.

– Você conhece os meninos, então deve ter uma idéia. Eles brincaram e reclamaram invejosos. – falou ele com um sorriso e ela riu.

– Você é o único namorando no momento, não é? – perguntou ela e ele assentiu orgulhoso desse fato.

– Hyuk... – o tom dela já havia mudado – Eu prometo contar o mais cedo possível certo? Assim que der eu vou... – mas antes que ela pudesse terminar a frase seus lábios foram selados pelos de Eunhyuk, que após beijá-la recuou um pouco com um sorriso.

– Não se preocupe. Eu já disse que não me importo em esperar. – falou com um sorriso compreensivo e gentil que faria o coração de qualquer garota ou garoto se derreter.

Não agüentavam mais nenhum segundo separados, voltando, assim, a se beijarem.

– Hyoyeonnie... – sussurrou Eunhyuk sem fôlego após algum tempo, entre os beijos. Seus braços ao redor da cintura dela e os braços dela ao redor do seu pescoço, entrelaçando os dedos em seus cabelos.

– Sim? – sussurrou ela de volta, com um sorriso e igualmente sem fôlego.

– Eu quero você. – disse ele, observando-a com atenção e percebeu que ela recuou um pouco, e era isso que ele temia. Talvez estivesse sendo apressado, mas não podia conter o desejo que sentia por ela. Isso não era algo de dias ou meses, era algo que já durava anos. Há quantos anos Eunhyuk não se envolvera verdadeiramente com alguém que realmente amasse? Muito tempo. Claro que tivera alguns relacionamentos curtos e sem grande importância, mas no fundo sabia desde se apaixonou que seria apenas ela que o faria se sentir completo.

– Eunhyuk oppa eu... – ela tentou, hesitante, com medo de falar algo errado e o magoar, especialmente por ela também querer ele – Eu amo você Hyuk, muito, mas – ele a observava e procurava as palavras corretas – não ainda, certo? – falou ela temerosa da reação dele, mas, incrivelmente ele apenas franziu a testa.

– Você não é virgem, é? – perguntou ele e ela deu um sorriso de leve, constrangida.

– Eu tenho 21 anos, o que você acha? – disse ela brincando e ele sorriu.

– Eu não quis dizer agora Hyo – falou ele gentil – Só queria que soubesse que estou pronto, há muito tempo, apenas esperando por você. – disse ele ainda no mesmo tom acariciando seu rosto, ela logo voltando a beijá-lo, começando com um beijo de leve, sendo aprofundado em seguida.

Carro do Donghae

Foram conversando como sempre até o shopping, lá Donghae estacionou e ambos desceram.

– Certo, já que eu escolhi o que íamos fazer você escolhe o filme. – disse Donghae sorridente e ela riu, abaixando a cabeça, dando-se por derrotada.

– Terror, romance ou ação... – falou ela pensativa, é claro que preferia romance, mas Tiffany estava avaliando todas as circunstâncias. Se fosse terror ela provavelmente teria medo e ele poderia “protegê-la” como nos filmes, mas então se lembrou que Donghae ama filmes românticos e seria injusto fazê-lo assistir um filme de terror no qual havia uma boa chance de ele também se assustar só para ela poder abraçá-lo.

Só de pensar nisso se sentiu uma adolescente em seu primeiro encontro e então decidiu ser mais madura que isso. Mas e se Hyoyeon estivesse errada e Donghae não gostasse dela? O filme romântico poderia deixá-lo tenso. E ação definitivamente não era o gênero que Tiffany gostava. O que fazer?

– O que acha de vermos um romance? – perguntou um tanto insegura e rezando por dentro “por favor, que isso não estrague tudo”, mas, felizmente, ele abriu mais um de seus lindos sorrisos e fez que sim, fazendo com que ela sorrisse de volta.

Em seguida ambos se aproximaram da bilheteria e Donghae comprou os ingressos. Ele já pegava sua carteira novamente para comprar a pipoca quando ela pós sua mão sobre a dele, abaixando-a para que guardasse a carteira e ele a olhou confuso enquanto ela sorria de leve.

– Eu pago a pipoca – disse ela. Donghae, claro, recusou, disse que ele pagaria e ela retrucou dizendo que ele já havia comprado os ingressos e não era justo, até que ele disse o que ela tanto queria ouvir.

– Eu convidei você para sair comigo, eu deveria pagar tudo – disse ela.

– Mas quando eu convidei você não pôde ir então o nosso primeiro encontro de verdade deve contar como se eu a tivesse convidado e você só me ligou lembrando-me do convite que eu fiz. – falou sorridente e orgulhoso por ter um argumento convincente. Ele nem esperou resposta, só virou-se após alguns segundos para comprar a pipoca antes que ela tentasse rebater.

Tiffany ficou aliviada por ele ter deixado-a a sós por alguns segundos, pois ela parecia um misto de surpresa, felicidade e incredulidade. “encontro”, foi isso mesmo que ele disse. Eles estavam em um encontro! Hyoyeon podia estar certa! E se estivesse...! Tiffany pensava apenas nisso, felicidade jorrando por todos os poros. Ela parecia que ia explodir de tanta alegria, mas conseguiu se acalmar pouco antes que Donghae voltasse com duas pipocas e dois refrigerantes em um daqueles suportes.

Trocaram sorrisos, Tiffany entregou os ingressos ao rapaz que trabalhava lá e entraram na sala. O filme não demorou muito para começar. Era um drama romântico e nenhum dos dois foi capaz de segurar as lágrimas, foi então que Tiffany sentiu a mão de Donghae envolvendo a sua. Ele não olhava para ela, continuava concentrado no filme, as lágrimas escorrendo, e ela já esquecera completamente o motivo pelo qual chorava. Ele estava segurando sua mão. Era fantástica a sensação de sua mão quente e macia ao redor da mão gelada pelo frio de Tiffany. Ficaram de mãos dadas até o filme acabar. Donghae parecia nem se lembrar. Ambos haviam se acostumado às mãos entrelaçadas, que, quando acabou o filme e as luzes acenderam ele ficou vermelho, ainda que com um sorriso, ao perceber que ainda estava segurando a mão dela, fazendo com que ela tivesse a mesma reação. Saíram da sala e foram até a praça de alimentação, acomodando-se uma mesa para dois.

– O que você acha que eles estão fazendo agora? – perguntou Tiffany e Donghae checou a hora em seu celular.

– São 5:15 então acredito que já estejam no iate. Devem jantar umas 7h e Eunhyuk sshi me disse que deveriam voltar perto das 9h. – falou Donghae e então sorriu para ela – E o que fazemos agora? Sua vez de escolher. – disse ele fazendo-a sorrir também.

– Achei que você tinha me convidado, então você não deveria escolher? – falou ela levantando uma sobrancelha se segurando para não rir.

– Isso não é justo! – reclamou ele, brincalhão e os dois riram.

– Tudo bem então, quero mostrar algo para você e então podemos jantar, o que acha? – falou ela e ele sorriu, assentindo, então franziu a testa, ainda com seu sorriso no rosto.

– O que quer me mostrar? – perguntou e ela sorriu, misteriosa, levantando e estendo a mão para ele, meio que por impulso, mas ele não hesitou em levantar-se e segurar a mão que ela estendera. Eles caminharam de mãos dadas até o carro, quando ele olhou para ela confuso.

– Aonde vamos? – perguntou Donghae.

– Como na sala de ensaio da SM é perigoso, pois alguém pode ver, vamos até um estúdio de gravação que eu conheço. É relativamente pequeno e não é usado com freqüência por grandes empresas, então será perfeito. – disse Tiffany deixando-o ainda mais confuso, fazendo do a rir – Não se preocupe você vai entender em breve. – falou ela e Donghae sentiu que era o dia de todos esconderem seus planos dele.

4pm – No parque

Eunhyuk e Hyoyeon já comiam, Eunhyuk colocando uvas gentilmente na boca de Hyoyeon e enquanto mastigava o fazia morder um sanduiche que dava na boca dele. Geralmente começavam a rir quando percebiam o modo como estavam comendo e em outros momentos apenas olhavam um para o outro, sorridentes.

Quando terminaram, Eunhyuk afastou o pano com a cesta e os restos de comida para que se deitasse na grama, puxando Hyoyeon consigo, ela deitando-se ao seu lado com a cabeça apoiada em seu peito enquanto ele mantia seu braço ao redor dos ombros dela.

– E então – começou ela, brincando com seu dedo pelo abdômen de Eunhyuk, por cima da camisa, ele amando o toque dela, desejando apenas aprofundá-lo, porém, sabia ser paciente – Qual a outra surpresa? – perguntou ela olhando em seus olhos e ele riu. Era por isso então que ela estava brincando por seu corpo, distraí-lo para que ele estragasse a surpresa.

– Muito inteligente, mas não vou falar. Você vai ver – disse ele com um sorriso e ela suspirou, voltando a deitar sua cabeça em seu peito.

Era uma sensação muito boa. Em contato com a natureza, nesse local belíssimo e juntos. Devem ter passado em torno de uns 10 minutos assim até que Eunhyuk cuidadosamente se sentou, ela fazendo o mesmo em seguida e o olhando confusa.

– Temos que ir – disse ele, levantando-se e estendo os braços para ajudá-la – Surpresa número 2. – disse com um sorriso e ela segurou as mãos dele, levantando-se. Eles guardaram as coisas do piquenique e foram para o carro. Hyoyeon não conseguia parar de se perguntar sobre qual seria a “surpresa número 2”.

6:30pm – Donghae e Tiffany

Donghae estacionou no local que Tiffany indicou e em seguida saíram do carro. Como ela disse, estavam diantes de um estúdio de gravação. Donghae ainda estava confuso, mas ela deu-lhe um sorriso e adentrou o edifício, Donghae a seguindo. Assim que entraram uma moça abriu um largo sorriso ao ver Tiffany e correu ao encontro dele.

– Mi Young! – a moça exclamou o nome coreano de Tiffany, que apenas sorriu de volta – Como você está?

– Muito bem, obrigada, Ae Young. – falou Tiffany.

– Fico feliz em saber, então, o que a trouxe aqui? – perguntou Ae Young.

– Ah, teria alguma sala livre agora? Gostaria de mostrar uma música para o meu amigo. – disse Tiffany dando uma piscadela para Donghae.

Ae Young assentiu sorridente e pediu aos dois que a acompanhassem. Ela os deixou na sala, mexeu em alguns botões e disse a Donghae o que fazer caso não estivesse ouvindo bem. Ele agradeceu curvando-se para ela, que curvou-se também e saiu da sala. Em seguida Donghae sentou-se na cadeira de frente para os milhares de botões e para a salinha fechada com o microfone na qual Tiffany já se encontrava, com os fones de ouvido. Ela parecia um tanto tímida e ele sorriu encorajando-a. Ela então se aproximou do microfone e perguntou “Pronto?”.

Donghae apertou o botão que Ae Young mandou apertar quando quisesse que Tiffany o ouvisse e respondeu que sim. Apertou um outro botão para o instrumental da música começar e a olhou com atenção. Era uma música lenta. Após alguns segundos Tiffany começou a cantar com sua voz incrivelmente bela. A letra era um tanto triste. E no começo Donghae teve que se exforçar para impedir suas lágrimas de caírem. A letra falava de uma perda muito grande, que tinha significados um tanto semelhantes para ambos. Donghae perdera seu pai, Tiffany fora abandonada por sua mãe. Ambos compreendiam a falta que o outro sentia. Eles tinham esse entendimento mútuo.

Mas o objetivo de Tiffany cantando essa música para ele não era deixá-lo triste, o refrão mostraria isso a ele. Dizia que apesar de tudo continuavam fortes, pois tinham em quem se apoiar, tinham pessoas que sempre estariam lá para segurá-lo, nesse momento Donghae abrira um sorriso por trás das poucas lágrimas que se recusaram a ser contidas. Assim que a música acabou ele ficou sem palavras. Ela então saiu da sala onde estava e foi até a que Donghae se encontrava. Sentou-se na cadeira ao lado dele e o olhou nos olhos.

– É uma música muito bonita Fany – disse ele – Onde você vai cantá-la?

– Será o meu solo na próxima tour que fizermos. Lee Sooman permitiu. – falou ela, então decidiu in direto ao ponto – Oppa, eu só queria que soubesse que eu estou aqui. Quer dizer, eu conheço a sua história, mas não sei se conhece a minha, e gostaria que soubesse que eu entendo você.

– Eu conheço sua história. Você talvez seja a única que poderia me entender. Muito obrigado Fany. – falou ele e então deu um leve sorriso – Mas eu que deveria estar aqui para ajudá-la, eu deveria ser forte aqui, você sofreu bem mais quando era pequena.

– Sim, eu sofri bastante, mas foi há muito tempo, tive tempo o suficiente para superar em grande parte isso, você não.

– Ainda assim, eu tenho minha mãe e meu irmão a alguns kilômetros, seu pai está além do oceano. Tiffany, eu tenho recebido amor, apoio, e, mesmo que nunca supere isso, consigo lidar, você continua longe da sua família e... Eu quero ajudá-la. Eu quero estar aqui por você. Sempre que estiver triste, me ligue, certo? Você promete?

– Oppa... – ela tentou falar, seu coração se enchendo de uma enorme felicidade.

– Promete? – perguntou ele com seu sorriso e ela fez que sim, também sorrindo por trás das lagrimas.

– Prometo. – falou ela e ele levantou-se, entendo-a sua mão para ajudá-la a ficar de pé também e, assim que ela o fez, ele se aproximou dela e enxugou gentilmente suas lágrimas – Vamos comer, então? – perguntou ele sorrindo e ela fez que sim novamente. Era impossível não sorrir na presença dele.

5:10 pm - Carro do Eunhyuk

– Chegamos – falou Eunhyuk sorridente ao parar o carro e desligá-lo, saindo logo em seguida, acompanhado por Hyoyeon. Ela tentava entender aonde estavam. Tudo que ela via era uma estaca de madeira de mais ou menos 1metro a sua frente, nada na esquerda, e umas duas árvores na direita, bloqueando uma visão mais ampla. Teria ele levado-a a outro parque? E então ela percebeu que eunhyuk estava agachado diante da estaca e abria uma portinha de metal virada para cima e revestida externamente por grama, desse modo invisível quando fechada. Isso apenas aguçava a curiosidade dela. Eunhyuk então tirou de dentro uma caixinha, abrindo-a em seguida e sorrindo ao segurar uma chave. Hyoyeon ainda o olhava, confusa, mas ele apenas guardou a caixinha de volta, com  chave na outra mão, e fechou a portinha de metal, a grama fazendo com que sumisse completamente.

Assim que se pós de pé novamente ela o já se preparava para perguntar o que ele estava fazendo, mas antes que qualquer som pudesse sair de sua boca ele disse:

– Você vai ver. Vem comigo. – falou ele com um sorriso e ela apenas obedeceu. Caminharam na direção as árvores e, após ultrapassá-las pode-se ver um píer, mas o mais incrível foi o que estava diante do píer, dentro do lago. Um iate. Não um gigantesco, era de um tamanho considerado pequeno, mas ainda assim parecia enorme. Hyoyeon não conseguia mais andar, apenas admirar aquilo a sua frente, sem palavras.

– Surpresa! – disse Eunhyuk sorridente.