Apenas Um Sonho escrita por Rebecca


Capítulo 19
Iludida


Notas iniciais do capítulo

itsdanielleb [obrigado, isso me deixa tão feliz] rafazanela [ri com seu review] biaavieira [Tinha que ser A Selena, entendes? Não queria colocar a Caitlin] carolinaggl [coloca safado nisso] Holly26 [já até fez] SuzyCriis [VOCÊ ME DÁ MUITA MORAL, fico até constrangida! Obgd] Lemyha [eu ri do 'celular'. Aviso quando me lembrar]
Obrigado Claraa_F, de verdade, fez diferença sim, sua MP pra mim.
OBRIGADO AS OUTRAS FANTASMAS!
Algumas leitoras pediram que eu contasse a história da Parade Bieber no dia 25, no RJ. ↓



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Agita-se sobre a cama, incomodado por um barulho ensurdecedor vindo de perto. Sente um leve peso sobre seu corpo. Ryan espaça os cílios e vê tudo perdido. Pisca algumas vezes e avista Alice abraçando-o, enquanto dorme. O barulho vem de baixo de seu travesseiro. Tate-o e percebe que é o celular de Alice tocando. Tenta acordá-la para atendê-lo, mas é em vão. Poderia ser sua mãe do outro lado da linha, mas o que ela falaria se um cara atendesse o celular de sua filha a essa hora da manhã? “Dormiram juntos!”

Esperaria a pessoa falar “alô”.

Atendeu e levou o aparelho ao ouvido.

- Alô?! – Alguém com voz masculino diferiu.

- Oi. – Respondeu, em certeza que não era sua mãe, só que em inglês, não entendendo o que lhe falaram.

- O quê? Eu não te entendo! – Tentou se explicar em português, a pessoa do outro lado da linha.

- Você fala inglês? – Ryan perguntou, paciente.

- Sim, espanhol também. – A voz respondeu, dessa vez, na mesma língua do garoto de olhos azuis, que confundidamente, Alice achava que eram castanhos, de primeira impressão. (?) - Quem é?

- Com quem você gostaria de falar?

- Alice. Quem fala?

- Ryan Butler. E você?

- Erick. Cadê ela?

- Está dormindo. Quer deixar recado?

- O que o celular da Alice faz com você?

- Vai deixar recado ou não?

- Vou! Diz a Alice que eu quero conversar com ela. Fala que eu liguei e é pra mesma me ligar de volta.

- Seu nome é Erick, né? – Puxou um sotaque.

- Sim. Ela sabe muito bem quem é.

- Tchau.

Ryan desligou o celular sem ao menos a voz diferir um ‘tchau’ de volta. O jogou na cama e procurou as chaves de Alice. Não achara. Fora ao banheiro, fizera sua higiene matinal e retornou ao quarto. Viu a menina de tamanha beleza dormir feito anjo na cama, com a mão debaixo do travesseiro e uma perna dobrada e a mostra, pra fora do edredom. Riu com a cena. Apoiou-se com os cotovelos na cama e deu um selinho nos lábios de Alice. De súbito, ocorreu-lhe uma ideia. Saiu porta a fora, ao abrí-la com a própria chave que estava na fechadura.

Alice remexeu-se e nada esbarrou em si. Sentiu um vazio ao seu lado após tatear o colchão. Abriu os olhos com dificuldades e supôs que Ryan deveria ter saído rápido e já voltaria. Levantou-se preguiçosamente e se espreguiçou. Sua coluna ficou ereta e a mesma esticou os braços para cima, ainda sentada na cama, sentiu um alívio instantâneo tomar posse de suas vértebras. Ligeira, entra no banheiro, faz sua higiene e volta para a cama, a fim de esperá-lo.

Ryan, segurando o apoio do carrinho de café da manhã, abre a porta, que lembrou-se de não trancá-la por dentro para facilitar. Dá de cara com Alice acordada, mexendo no celular, na cama. Sorri e entra.

- Pra você! – Fecha a porta com tranca e aponta para o carrinho.

- Aw, que doçura! Obrigado. – Alice levantou-se, largando o celular na cama bagunçada e o abraçou. Ryan não sabia muito o que fazer, nunca uma garota o tratara daquela forma, nem ele mesmo tratou uma menina daquele jeito.

- De nada A. – Saiu de seu abraço, mas continou  a segurá-la pela cintura. Seus olhares se encontraram, Ryan selou seus lábios aos dela. Alice sorria enquanto saía de seu encontro.

Os dois estavam sentados de frente ao outro na cama, somente a bandeija de alimentos os afastavam.

- Alguma novidade? – Butler

- Só a parte que você me trouxe café da manhã praticamente na cama. E você Ry?

- Um tal de Erick te ligou.

- Erick? – Alice alterou-se

- É! Falou que é pra você ligar pra ele.

- O que ele quer?

- Não sei. Não gostei do tom de voz sarcástico que ele disse “ela sabe muito bem quem é”. Soou íntimo de mais. Sem querer ser muito curioso, quem é ele?

- Ah! – Olhou para cima em busca de uma resposta – só um idiota sem ter o que fazer.

- Você vai ligar pra ele?

- Não! – Exaltou-se, de súbito.

- Desculpe, mas eu não gostei dele.

- AH! – Enfiou uma uva entre os dentes e inclinou-se para frente, com intenção de que Ryan também mordesse. Assim, ele fez. E ali, iniciaram um beijo. Butler afastou a badeija com a mão livre e juntou-se a Alice.

Seus lábios eram úmidos e quentes, sua boca exalava o aroma de creme dental misturado do uvas. Sua língua ia de lá pra ca na boca de Ryan, já ele, movimentava suas mãos por seu corpo em mesma frequência. Ela colocou a mão em sua nunca e não terminou o beijo, mesmo que lhe faltasse ar.

Um novo dia, o sol raia firmemente e a claridade ivnade a janela, criando duas zonas distintas: a clara, iluminada pelo sol; a escura, criando uma giante sombra.

Ryan havia recebido uma nova mensagem há minutos atrás de Alice.

“Vem aqui. A”

Ele deixou Justin dormindo no quarto e foi até o de Alice.

- Pode pegar o café da manhã pra mim Ry? Aroveita, você come comigo. – O puxou pela gola da camisa e mordiscou sua bochecha, logo o largou, sorrindo.

- Pode ser.

- Ah! Pega a chave extra e fica, por enquanto, com ela. Eu vou tomar banho e quando chegares, abas a porta com isso, ok?

- Uhum. – Concordou dando um selinho nela e saindo.

Chegara ao quarto e Alice ainda tomava banho. Ouviu o seu celular tocar e o pegou. “Número Desconhecido”. Empurrou o carrinho pro lado e resolveu atender.

- Alô. – Em inglês.

- Alô. Alice? – Em português.

- Quem gostaria? Não é a Alice. – Em inglês.

- Ryan? O que você faz com o celular da Alice de novo? Cadê ela? – Falou em inglês, Erick.

- Não importa. Tomando banho.

- Vocês estão juntos?

- Você não tem nada a ver com a nossa vida.

- Ontem, ela estava dormindo, hoje está tomando banho. Vocês dormiram juntos?

- Não te interessa Erick! – Alarmou, impaciente.

- Eu sou o namorado dela, me interessa sim.

- Você o quê? Namorado? Desde quando?

- Desde que ela me conhece. Era era minha antes de ir pra esse lugar.

- “Era”?

- É!

- Você é um idiota! Não liga mais pra cá!

- Calma... calma!

- Que é? – Bufou.

- Acha que eu estou mentindo? Ela tem um sinal de famíilia no seio esquerdo. Quer mais prova que isso?

Ryan encerrou a ligação, perplexo, estático.

Como ela escondeu isso dele?

E do Justin?

Largou o celular e sentou-se na cama.

- Quer suco de manga?

- Só um pouco. – Disse, indiferente.

- Porque você está assim Ry?

- Você mentiu. – Cochichou.

- Menti? – Perguntou sem entender.

- Não lembra do Erick? Seu namoradinho? – Falou, sarcástico.

- Namoradinho?

- Você poderia ter contado tudo, não fingir ser quem você nunca foi... Tchau! – Ryan levantou-se da cama e saiu do quarto.

Alice fica confusa. O que o idiota do Erick queria agora? Estragar de novo a sua vida? Ela o xingava mentalmente. Aquilo só podia ser ironia do destino. Ele não podia correr atrás dela, não mais, não depois de tudo, não depois de todas as palavras e sentimentos esquecidos à força.

Acordava com vontade de ir dormir novamente, só para evitar qualquer tipo de decepção. Não era exatamente carência, mas era vontade de ter algo que não podia. Os dias se tornaram os mesmos para ela. Alguém. Passava as tardes inventando os mesmos planos de sempre, os mesmos diálogos, nos mesmos lugares com as mesmas pessoas. Ela era fria, totalmente fria. Seu coração era congelado, para falar a verdade. Ela não queria se machucar de novo. Suas lágrimas já eram suficientes para mostrar o quão ferida ela estava. Ela queria começar do início, mas não podia. Deitava na sua cama e se cobria com o edredom mais quente que tinha. Lia livros, lia histórias de amor. Talvez isso poderia fazê-la acreditar que algo pode existir entre duas pessoas sem que uma tenha que sair ferida no final. As pessoas tinham um olhar diferente sobre aquela garota… ela era meio diferente demais. Nunca se sentia capaz de fazer algo descente. Todos conseguiam perceber que ela estava acabada, machucada, iludida.


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Notas finais do capítulo

→ Eu saí da casa da minha melhor amiga com uma mochila lotada de comida o.o Nós fomos pegar o trem, ficamos cerca de 10 minutos esperando-o. Saímos do trem e adentramos a supervia. Do nada, surge um grupo de garotos 'favelados', digamos assim, do meu lado e da minha amiga, a Luiza. Um chegou ao lado dela e falou com a mesma, eu fiquei tipo: ah deve conhecer, não vou falar nada. Mas, o garoto ficou querendo agarrá-la, sei lá. Foi tosco. Daí, o mesmo menino veio ao meu lado querendo conversar comigo, eu nem dei atenção. A Luiza quis descer a escada rolante rápido, mas eu não, fiquei na frente dos garotos, estática, ai dele se tocasse em mim. Eu estava me segurando para não rir e passar uma pose de superioridade, aliás, talvez eu realmente estivesse nesse status, porque olha... Enfim, os garotos foram nos seguindo até lá em baixo, onde se espera o metrô. E o mais tosco é que um deles deu um puxão no meu braço e eu falei: Se você continuar a falar comigo, eu vou chamar o meu tio, ele é segurança daqui. [algo parecido] Daí, o garoto ficou todo assustadinho e me deixou ir pra junto da Luiza. Meu tio realmente trabalha como segunraça, mas não naquela estação, e se o garoto quisesse fazer alguma coisa, eu estaria fodida o.o Nós esperamos o metrô chegar e as pragas foram no mesmo vagão [é isso?] que nós, fiquei bolada. Do NOSSO LADO! Tem noção? Mas, quando eu olho pro meu outro lado, vejo Luiza rindo. Entendi segundos depois o motivo. Tinha um garoto MUITO LINDO ao nosso lado, junto de mais dois meninos. Velho, que guri lindo, ai ai. Enfim, ele ficou trocando olhares comigo o tempo TODO! Os amigos dele falaram pra eles saírem dali por causa dos 'favelados', daí o menino disse que não queria sair [óbvio, comigo e a luiza lá, quem saíria?] ~convencidas~ Eles foram pro outro lado, enquanto atrás de nós, os favelados ouviam funk e falavam no nextel. Tinham que morar no RJ mesmo... tsc tsc. Eu fiquei encarando MUITO o garoto, eu ri pra ele, ele riu de volta e pá. Nós flertamos. Eu olhava pra cara dele e ria, não aguentava. Luiza ficava encarando o guri também. Mano, foi muito legal. Na hora que eu saí do metrô, ele ainda me deu um tchau com o olhar. Ai se eu pego aquele garoto...
Enfim, chegamos em frente ao Copacabana Palace, havia um grupo de meninas lá, eram Beliebers. Nós nos misturamos com elas. Naquele dia, 25 de setembro, pensávamos que o Justin iria chegar no CP porque haviam colocado grades lá, e só colocam quando algum famoso vai chegar. Começamos a atrair a multidão, quando eu olhei para trás, tinha muitas pessoas atrás de mim, MUITAS! Todas as Beliebers gritavam na frente do CP, cantavam músicas do Justin, foi massa de mais. Depois, nós fomos pro posto 3, que a Globo tava lá, e ali, era o lugar mesmo do encontro. Nós íamos tranquilamente quando uma limusine ROXA passou ao nosso lado junto com um carro preto. E ainda abriram a janela preta e uma mulher parecida com a Carin deu tchau pra gente. PRA QUÊ? Todas as meninas que estavam conosco, cerca de umas 11, saíram correndo atrás da limusine,
desesperadas, gritando, chamando a atenção de geral. Alarme falso pela segunda vez. Fomos novamente para o Posto 3, só que minha HAVAIANA NOVINHA arrebentou. Fiquei puta! Em plena Copacabana, eu descalça. Aff. Enfim, o encontro foi muito lindo. Apareci na Globo e tal. Conheci várias meninas que eu até as encontrei no show depois. Pena que tava nublado o dia, daí nem fui à praia. Cara, cada momento que eu passei atrás das coisas relacionadas ao Bieber, valeram a pena. Quando eu crescer, quero contar pra minha filhinha quem foi meu ídolo e o que eu fiz por ele. E claro, ainda vou ser Belieber se Deus permitir. Gente, esse ano eu cometi tantas loucuras em relação ao Bieber, é até estranho. Eu agradeço muito a Deus por ter me protegido.