Enquanto isso... Cebola acordava na beira do rio, e com um pouco de dor de cabeça.

Cebola – caramba! Acho que bati em uma pedra! Bom... pelo menos eu to vivo! Mas, onde ta a... Mônica!

Cebola avistou Mônica escorada em um tronco perto da margem do rio. Chegou perto dela e viu que estava desacordada, levou ela um pouco mais longe da margem.

Cebola – ela ta muito gelada... Melhor fazer uma fogueira aqui!

Cebola pegou alguns troncos e conseguiu acender com algumas pedras. Era umas cinco da manhã, logo iria amanhecer.

Cebola – caramba! Olha só o que aquele tigre fez no braço dela!

O braço de Mônica estava sangrando um pouco, então Cebola tirou sua camisa e cobriu fazendo um curativo para que ela não perdesse mais sangue. Cebola resolveu se aquecer perto da fogueira.

Cebola – nossa! Que frio!

Cebola também estava tremendo de frio, então resolveu se sentar ao lado de Mônica. Colocou ela em cima dele, para que pudesse abraçá-la. Mônica estava muito gelada e Cebola temia o pior, que ela estivesse morta. Abraçou Mônica com mais força e começou a chorar.

Cebola – por favor Mô... acorda! Eu não sei o que vou fazer sem você... eu te amo!

Cebola estava visivelmente desesperado. Não queria acreditar que Mônica estava naquela situação, muitas vezes Mônica se mostrava a mais forte, mas naquela hora ela parecia a pessoa mais frágil do mundo. Cebola tinha que protegê-la contra tudo, e mesmo que tivesse acontecido algo pior com ela, não iria sair dali. De repente Cebola ouve um barulho atrás dele.

Cebola – quem ta ai?

Entre os galhos de um arbusto o bendito do Tigre aparece de novo, ele esta meio sonolento, mas mesmo assim ira tentar ataca-lo.

Cebola – ah! Qualé! Como você não morreu? É filhote de Tigre misturado com peixe?

O Tigre estava se aproximando dele, mas Cebola já estava em pé e com um pedaço de madeira na mão. O Tigre tenta ir pra cima de Cebola, mas ele desvia e tenta acerta-lo com o objeto que segurava, Cebola acerta o Tigre na cabeça, mas ele o ataca e acaba arranhado parte de seu peito.

Cebola – Aahhh!!!

Cebola acha a mesma arma que usou contra o Tigre no penhasco, mas estava um pouco afastado dele. Ele tenta correr pra pegar, mas o Tigre o acompanha, Cebola em um movimento desesperado pegou a arma e atirou. O tiro foi certeiro, acertou bem na cabeça do animal que já estava pronto pra matá-lo. De imediato o Tigre desmaiou.

Cebola – ufa! Foi quase! Melhor eu amarra-lo, antes que possa me atacar de novo.

Cebola pegou uns cipós que tinha ali e amarrou o Tigre junto á árvore. Cebola estava cansado, seu peito sangrava, não agüentando acabou desmaiando um pouco longe de Mônica. Algum tempo se passou e já estava claro, o Tigre ainda estava amarrado e desmaiado. Enquanto isso Mônica estava acordando...

Mônica – Ai... minha cabeça! Mas o que...

Mônica avistou Cebola um pouco longe dela, estava desmaiado. Correu para ver se ele estava bem.

Mônica – Cebola! Meu Deus! Por favor, acorda!

Mônica olhou bem para o corte e era grande parecia um arranhão feito pelo Tigre, olhou para frente e viu o próprio ali preso ainda dormindo. Nisso, Mônica pensou que enquanto dormia, Cebola tentava lutar com o Tigre e o amarrado junto á árvore.

Mônica – meu herói... (eu sei que esse ferimento é meio feio, mas de qualquer forma ele é lindo sem camisa!)

Mônica arrastou Cebola para mais perto de onde ele tinha feito a fogueira. Arrancou um pedaço da camisa de Cebola, que havia feito um curativo para o braço dela, pegou e molhou um pouco na água, ela tentaria limpar o ferimento dele. Nesse momento Cebola já estava acordando. 

Cebola – Mônica?

Cebola tentou se levantar, mas a dor falou mais alto.

Cebola – Aaiii!

Mônica – hey! Calma! Não se levanta!

Cebola – você esta bem?

Mônica – acho que eu deveria perguntar isso a você!

Cebola – o que isso? Não foi nada!

Mônica – é não foi nada não... só o Tigre!

Cebola – ainda bem que eu achei a arma tranqüilizante! Senão eu... 

Mônica – já sei! Teria acontecido algo pior! Mas pelo menos estamos bem, agora deixa eu tentar limpar isso!

Mônica tenta limpar o ferimento, mas Cebola se mexe e acaba causando uma ‘pequena’ dor.

Cebola – perai! Aiii!

Mônica – não se mexe Cebola!

Cebola – e como não? Isso dói muito!

Mônica – é pro seu bem!

Cebola – faz isso devagar!

Mônica – tudo bem... olha, sobre aquilo que a gente falou ontem...

Cebola – quer mesmo falar sobre isso?

Mônica – você sabe que não gosto de brigar com você!

Cebola – e nem eu com você! Mas ontem você tava muito nervosa! Se eu fosse você acho que teria feito o mesmo... não correr pra floresta, mas em parte eu faria!

Mônica – é... aquilo foi uma péssima idéia!

Cebola – mas... e aquele papo de eu nunca mais poder olhar na sua cara e tal?

Mônica – ah! Aquilo eu falei sem pensar! Não falei sério!

Cebola – e eu não fiz aquele plano de propósito, você sabe que eu nunca iria te machucar de verdade!

Mônica – é, eu sei disso!

Cebola – mas... então a gente pode ficar de boa?

Mônica – bom, sim! Mas isso não quer dizer que eu não vou fazer nenhum plano de vingança!

Cebola – é... já tava desconfiando!

Mônica – ah é? Então quer dizer que já sabe todos os meus passos?

Cebola – bom... sim!

Mônica – então o que eu iria fazer agora?

Cebola – provavelmente me matar agora que tem chance! Por que ai todo mundo vai achar que eu morri afogado!

Mônica – tem certeza de que eu faria isso?

Cebola – o que você...

Mônica se aproxima de Cebola e o beija. O beijo acaba ficando cada vez mais profundo e intenso. Logo eles se separam para buscar ar.

Cebola – o que foi isso?

Mônica – nada, só um agradecimento por me salvar!

Cebola – acho que vou começar a te salvar mais vezes!

Mônica – haha! Bobo!

Cebola – e falando nisso... acho que você ta me devendo três favores! Por eu ter te salvado!

Mônica – três?

Cebola – claro! O tiro que eu dei no Tigre, a cachoeira e um pouco mais cedo quando tive que lutar com ele de novo!

Mônica – pior que você ta certo... O que quer que eu faça?

Cebola – bom... primeiro: quero que você pegue leve comigo quando for fazer sua vingança!

Mônica – ok...

Cebola – segundo: que você me perdoe de verdade pelo que fiz!

Mônica – ta... E a terceira coisa?

Cebola – Bom... eu vou pensar na terceira coisa...

Mônica – é bom que você saiba escolher sem nenhum ‘planinho’

Cebola – ai é pedir demais!

Mônica – pois se não quiser que o seu primeiro pedido seja ignorado... Melhor não bancar o espertinho e aprontar de novo!

Mônica, de brincadeira ‘limpou’ o machucado de Cebola com um pouco mais de força.

Cebola – AAii!

Mônica – ops! Falha minha...

Cebola – num faz isso não!

Mônica – por quê? Neném ta dodói?

Cebola – uhum...

Mônica – então... tenho que cuidar muito bem dele né?

Mônica se senta ao lado de Cebola.

Mônica – ta doendo aonde, Nenê?

Cebola – ati...

Cebola aponta pra sua cabeça. Mônica beija no local onde Cebola apontou.

Mônica – melhorou?

Cebola – inda não... (gostei da brincadeira)

Mônica – ta doendo mais aonde?

Cebola – ati...

Agora Cebola apontou para seu peito, ( a parte que não tava machucado obviamente) Mônica se deita por cima dele. Cebola sente um pouco de dor, pois ali estava um pouco dolorido, mas não se importou... só ficar com Mônica todas as suas dores sumiam. Logo Mônica começa a beijar seu peito.

Mônica – e ai? Melhorou?

Cebola – uhum... mas pode ficar melhor!

Cebola puxa Mônica pra mais perto dele, ficando a milímetros de quase se beijarem.

Mônica – to vendo que gostou da brincadeira...

Cebola – uhum... e eu que conhecer mais desse jogo!

Mônica – então pode começar, é a sua vez!

Quando Mônica termina de falar, Cebola a beija. Mônica aprofunda mais o beijo, ela aperta um pouco as suas mãos nas costas de Cebola, fazendo ele sentir um pouco de dor, mas nada que o fizesse parar aquilo. Quando precisaram tomar ar de novo, Cebola começou a beijar seu pescoço e Mônica o rosto dele. Logo começaram a se beijar novamente, mas logo se separam pra tomar ar.

Cebola – eu te amo, muito!

Mônica – eu também Cebola!

Cebola – posso te pedir uma coisa?

Mônica – claro!

Cebola – pode sair de cima de mim? É que eu to meio dolorido!

Mônica – ata! Desculpe!

Mônica sai de cima de Cebola.

Cebola – acha que os outros devem estar procurando a gente?

Mônica – acho que sim!

Cebola – será que vão demorar?

Mônica – hum... não sei! Mas gostaria de saber como a Dani esta! Ela me protegeu contra o Tigre!

Cebola – é! Antes de cair do penhasco eu a vi! Tava muito machucada!

Mônica – tomara que ela esteja bem!

Cebola – não se preocupe! Ela é forte! Vai sobreviver!

Mônica – como pode saber disso?

Cebola – ela é sua parente!

Mônica – hahaha! Mas, nem todos da minha família tem parte do meu gênio forte.

Cebola tenta se sentar, mas ao fazer isso sentiu uma dor um pouco forte.

Cebola – Aiii!

Mônica – Cebola! Por favor! Fica deitado!

Cebola – ah! Já to ficando cansado dessa posição!

Mônica – fica assim, só por enquanto! Senão você vai sentir mais dor!

Cebola – tudo bem...

Cebola se deita novamente.

Cebola – parece que é a sua vez de cuidar de mim né?

Mônica – é! E prometo que vou cuidar muito bem... bom, eu vou tentar achar algo pra a gente comer ta?

Cebola - tudo bem...

Mônica logo se afasta de Cebola e vai procurar algumas frutas, Cebola pela teimosia tenta se levantar.

Cebola – Aii... Caramba!

Ele sente um pouco de dor, mas mesmo assim consegue se levantar.

Cebola – finalmente! Agora, vou tentar tirar um pouco dessa lama.

Cebola foi em direção a margem do rio e lavou uma de suas pernas que estava com lama. Depois, Cebola se levanta novamente. Ele ouve um barulho, olha em direção ao local onde o Tigre estava e o próprio tentava se soltar.

Cebola – haha! Você não vai sair daí tão cedo!

O Tigre estava bem amarrado e não tinha mesmo nenhuma chance dele sair. Cebola tentou se sentar, mesmo sentindo uma dor forte não se importou, ele conseguiu e ficou imaginando como faria na hora do show. Logo Mônica já estava se aproximando do local onde ele estava.

Mônica – o que eu disse sobre se mexer?

Cebola – que era pra eu continuar deitado! Mas, nem ta doendo tanto!

Mônica – nem vem me falar que eu não te avisei!

Cebola – hey! Calma! Por que o estresse?

Mônica – nada não! Apenas você e eu que estamos machucados, a gente caiu de dois locais altos, tem um Tigre ali que pode se solta a qualquer momento e eu não faço a mínima idéia de onde estamos!

Cebola – só por isso? Ah Mônica... calma! Daqui a pouco aparece alguém!

Mônica – ou alguma coisa né?

Cebola – é aqui é mal assombrado!

Mônica – ta brincando com a minha cara?

Cebola – quem? eu? Não... Bom, eu vou ali na água um pouco! Que vir?

Mônica – não! Talvez depois!

Cebola – ok!

Cebola sai e vai para o rio, Mônica o observava. Mesmo Mônica dizendo que não queria nadar, Cebola teve um plano.

Cebola – Mô!

Mônica – que foi?

Cebola – da pra me ajudar a sair daqui?

Mônica – você acabou de entrar!

Cebola – é que... eu quero pegar uma coisa!

Mônica se aproxima de Cebola que esta dentro da água, Mônica estende a mão para puxa-lo, mas antes de Mônica usar um pouco de força, Cebola a puxou pra dentro d água.

Mônica – Cebola!!!!!!!!

Cebola – C-calma Mô...

Mônica se aproxima de Cebola e tenta afoga-lo, mas Cebola mergulha e se afasta rápido dela.

Mônica – Cebola! Eu vou te matar!

Cebola – você mesma disse que não queria que eu sentisse dor!

Mônica – garanto que não vai sentir nada... muito forte!

Mônica vai em direção a ele, Cebola nada com dificuldade mas consegue chegar em terra firme de novo. Ele começa a correr, Mônica estava logo atrás dele. Cebola decide desistir, ele para, mas Mônica estava com uma certa velocidade e os dois caem juntos.

Cebola – Aiii!

Mônica – meu Deus! Cebola, desculpa!

Cebola- hahahahahahahahahahaha! Tudo bem! Até que não machucou muito!

Os dois caem na risada daquela situação. Mônica tenta sair de cima de Cebola, mas ele não deixa.

Mônica – o que foi?

Cebola – lembra que eu disse que iria pegar uma coisa?

Mônica – lembro...

Cebola – eu queria você...

Cebola se aproxima e começa a beija-la. A mão de Mônica desliza na cabeça de Cebola, enquanto Cebola puxava Mônica para mais perto dele com a mão em suas costas. Quando precisaram de ar, Mônica começa a beijar o pescoço de Cebola, e Cebola beijava seu ombro. Os dois estavam gostando muito daquele momento... só os dois, sem ninguém pra atrapalhar.

Mônica – então eu sou uma coisa?

Cebola – claro que é! A coisa mais linda e única que eu tenho na minha vida!

Mônica – own! Ce, que fofo!

Mônica o beija.

Cebola – sabia que eu tive muito medo hoje?

Mônica – por quê?

Cebola – antes de você acordar eu achei você desacordada, sangrando e muito gelada. Tive medo de que a tinha perdido...

Mônica – e eu? Como você acha que eu fiquei quando te vi desmaiado e com esse arranhão no peito?

Cebola – é... sobrevivemos a mais uma!

Mônica – até que dessa vez foi interessante... tava com saudade dessas aventuras!

Cebola – e eu tava com saudades de ficar com você!

Eles começam a se beijar novamente. Já eram 10:04 e os meninos já estavam procurando os dois a um tempo. E já estavam chegando ao local onde Roberto suspeitava que eles haviam passado a noite.