E vários anos se passaram e Vladmir e Laura se tornaram belos adolescentes. Tanto os Solteirus como os Caixão mudaram-se para uma outra nova cidade, cujo nome era Belavista. Simis e Gusmão receberam propostas de seus respectivos empregos e, lá em Belavista, haviam mais condições de vida e trabalho, melhores do que as de Sunset Valley.

Vladmir se situava em sua mansão, que tinha a decoração completamente gótica, mais gótica que o pequeno quarto de Laura. Os cômodos eram decorados com velas, crânios e vários tipos de ossos. Eram locais extremamente escuros iluminados somente pelas velas. Assim era a grande mansão da Família Caixão.

Seu novo quarto se assemelhava ao da melhor amigha, porém, era também decorado com fotos de zumbis e havia uma enorme prateleira repleta de livros e filmes de terror.

Os pais do menino, Gusmão e Cornélia, já haviam ido se deitar, enquanto o filho permanecia as noites em claro, no terraço, observando as estrelas através do novo telescópio comprado pelo querido pai. Estudar o céu era uma das atividades favoritas do herdeiro dos Caixões. Passava várias noites em claro na mesma rotina, como havia sido nessa vez.

Como era de se esperar, a aparência dos pais do menino também era gótica. Cornélia utilizava vestimentas e maquiagens escuras, geralmente pretas, enquanto Gusmão utilizava vestimentas de coloração azul marinha. A mãe do menino tinha cabelos negros curtos e picotados, enquanto o cabelo do pai era extremamente longo e castanho claro.

Laura, naquele momento, também estava virando a noite acordada, porém, estava estudando para uma prova difícilima que ocorreria na semana seguinte. Sempre fora a menina mais inteligente de sua turma e muitíssimo dedicada aos estudos. Praticamente cochilava na mesa, quando repentinamente escutou o toque de seu celular, correndo para atendê-lo, evitando assim que seu irmão e seus pais escutassem o barulho.

- Alô, quem é a essa hora? - perguntava, extremamente curiosa para saber de quem se tratava a pessoa do outro lado da linha, um pouco medonha, pois a última coisa que iria querer era que seus pais e seu irmão acordassem naquele momento e enxessem a paciência da jovem com reclamações.

- Laura, sou eu. Vladmir. - respondia ele, com um tom de voz baixo. - Vi a luz de seu quarto acesa. Também não tô conseguindo dormir. Tá afim de dar uma saída? - seu tom de voz baixo e sério se tornou um tom mais alto e ousado.

- Está louco? Tá muito tarde, cara. - respondia, chateada, devido ao fato de não poder sair de casa naquele momento. Uma proibição dos pais.

- Ah, vai, Laurinha. Só essa vez, por favor. Vamos?! - implorava, também chateado, pois adorava a companhia da melhor amiga.

- Tá!

- Jajá passo aí pra te buscar!

Ambos possuíam dezesseis anos de idade, portanto, já eram considerados maiores de idade (A maioridade no mundo dos Sims se conquista com essa idade aqui nesta história). Vladmir chegava de fininha ao armário no quarto dos pais, para que não os acordasse e estragasse a noite, procurando pela chave do grande veículo. Depois de tanta procura, encontrou o objeto e correu em direção à garagem, adentrando o veículo, se dirigindo à casa da amiga, que não era muito longe dali, pois até era possível vê-la através da janela de seu quarto. 

- Desce aí, já tô aqui!

Esta obedeceu, descendo as escadas de sua residência, se retirando desta. O local era um pouco grande, mas não se comparava à mais nova mansão dos Caixão, que era maior ainda do que a de Sunset Valley. 

Laura também adentrou o veículo e ambos foram para uma discoteca no Centro da Cidade. Dançaram durante horas e horas, até que, exaustos, se dirigiram até o carro, pois precisavam chegar em casa antes que os pais acordassem, apesar de ser sexta-feira e não haver aula no dia seguinte. 

- Laura, eu preciso te dizer uma coisa. - afirmava Vladmir, extremamente nervoso. Suas bochechas ficaram rosadas.

- O-O que? - Laura estava extremamente curiosa e também nervosa, pois o amigo jamais havia falado com ela desta forma.

- Eu sei que você é minha melhor amiga, mas, mesmo assim, eu preciso te falar. Eu não aguento mais viver escondendo isso. Desde pequenininho eu... Eu te amo! E não consigo mais esconder isso de ninguém. - berrava, retirando das costas um segredo carregado por anos.

Os dois ficaram em silêncio. Laura, extremamente surpresa, ficou sem palavras, pois sentia o mesmo pelo jovem.

- Eu... Eu também te amo, Vlad! - confessava Laura, que, desta vez, surpreendeu Vladmir. Sem jeito, quis imediatamente alterar o assunto. - Vamos pra casa. Se nossos pais derem nossa falta, ferrou pra gente. Depois falamos disso. - Estava prestes a segurar o volante do carro quando o amigo a beijou. Laura ficou paralisada e radiante, sem reação. Apenas se entregou ao momento. Os dois se beijaram apaixonadamente.

- Laura, aceita ser minha namorada? - propunha Vladmir, abraçando fortemente Laura, beijando seu rosto e seu pescoço.

- Eu... Aceito! - gritava aos quatro ventos, sorrindo, abraçando mais forte ainda o novo namorado. Os dois permaneceram nessa durante alguns minutos e Vladmir mais tarde a levou para casa, retornando para a sua.

Ambos chegaram às suas camas sem que ninguém percebesse que saíram naquela madrugada, que selou suas vidas para sempre.