Os Filhos da Aurora. escrita por Dan Rodrigues


Capítulo 7
O primeiro encontro...


Notas iniciais do capítulo

Yo-hõ!!! Esou aqui para mais um emocionante capítulo de Os filhos da Aurora. Desculpa gente, o capítulo ta muito grande, mas é que vem na cabeça e eu escreevo, não pode desperdiçar!, kkkkkkkkkkkk!
Enfim, espero que gostem, Bjokas do Rô.



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- Não vê que se ele fosse mesmo o herdeiro do Sanguinário, ele já teria atacado alguém? 

- Ninguém sabe ao certo, por que os poderes dele agora que foram mostrados, então é como se a parte do Sanguinário que está nele pode só agora ter uma chance de sair.

- Não! – Disse Sarah, quase chorando. – Não entendem, ele é uma ótima pessoa, não tem como isso acontecer, ele vai lutar contra isso, eu sei, ele vai lutar, não tem como, NÃO, NÃO DEIXA QUE ISSO ACONTEÇA COM ELE, TEMOSNOZES! – Sarah não se conteve. Ela queria sair dali correndo, ficar sozinha, mas não podia. Não podia deixar Ricoh naquela situação. Não poderia simplesmente ir embora, por mais que ela quisesse e pudesse

- Sarah, seu maior poder é a inteligência. Agora, você sabe mais do que ninguém aqui que ele pode sim matar muitas pessoas. Temos que tomar precauções, para com isso. Não podemos de modo algum deixar que o garoto se aproxime dos outros sem antes se certificar de que Hidarck não vive mais dentro do garoto. É só uma precaução. Ele pode representar perigo, Sarah.

- Temosnozes está certa, Sarah. – Disse Isabelle, com uma expressão de quem não acreditava nas próprias palavras. - É muito perigoso o deixar treinar com os outros, por que ele ainda não tem controle algum sobre os poderes. E mesmo por que ele não tem um espírito protetor. Ele está vulnerável a qualquer tipo de magia. Podem querer atacar ele, você sabe disso, os Casus são muito perigosos, eles vão querer a vida dele!

- Você estava com ele, Isabelle, você viu! Ele não é capaz de fazer mal algum, você sabe disso! – Berrou a pequena Sarah.

- Sim, eu sei, mas isso não está em minhas mãos. É Temosnozes quem decide. – Respondeu Isabelle, com a expressão mais triste que Sarah já vira. Isabelle sabia desde o começo que aquilo poderia acontecer. Mas no fundo ela acreditava que Ricoh não poderia fazer mal algum a ninguém.

Temosnozes apertou o pingente do colar em seu pescoço, e murmurou algo estranho, que Sarah não compreendeu. Então Salgueiro entrou correndo na sala do Primo major, olhando para o garoto que estava inerte no chão. Ele trazia algo como uma maca que flutuava no ar, e colocou o garoto, ainda desacordado em cima da mesma.

- Não precisa nem falar nada – Disse o homem com uma expressão indecifrável -, E vocês! – Acrescentou ele, olhando para a multidão de jovens ali observando.  – Dirijam – se para as outra partes do castelo. Vamos seguir a programação normal de hoje. É o primeiro dia de uma grande nação!

Sarah virou-se para Isabelle. As duas tinham lágrimas pesadas correndo pelo rosto. As duas dirigiram-se por uma ponte que girava e acaba ligando o primo major a dois castelos diferentes.

- Então, Isabelle! – Começou Sarah entre soluços. – Não tem nada pra me dizer?

- Você já deve saber, Sarah...

 E quando Isabelle disse isso, Sarah pareceu ainda mais raivosa e assustada. Seu corpo dava a entender isso, por que tremia muito. Mas em seu rosto, tinha uma expressão que não dava a parecer com nada a não ser desapontamento e sofrimento.

- ...Já deve saber que ele pode representar perigo por que herdou os poderes do Sanguinário, o sanguinário deve ser tetra,tetra avô dele, mas ainda assim, pode haver alguma parte dele viva em Ricoh. – Disse Isabelle, mesmo carregando em seu rosto uma aparente expressão de quem não acredita nas próprias palavras.

A garota pareceu não entender, por um momento o que Isabelle estava falando. Mas logo limpou o rosto com as costas das mãos, e revelou que o mesmo estava manchado e os olhos inchados, como se ela tivesse chorado por dias. Ela fez um único movimento para a frente e continuou caminhando, agora as duas estavam na metade da ponte, esperando a mesma se ligar ao castelo onde queriam chegar. Sarah tinha passado mais horas do que Ricoh em Aurors, então ela tinha um pouco mais de afinidade com o castelo do que o garoto ela conhecia quase tudo, e sua mente super racionalista a ajudava muito com isso. Isabelle a seguiu.

- Espera Sarah, o que achava que tinha acontecido?

Sarah voltou-se para trás, come se estivesse prestes a atacar a garota. Agora que tinha seus poderes e sua arama, poderia matá-la.

- NÃO, CLARO QUE NÃO, EU SEI DO ÂNGELUS FUSTIBUS! EU SEI, TÁ? – Berrou a garota.

- Sarah, não grite!

Mas Sarah voltou para o Primo Major, e saiu pela entrada principal do castelo. Isabelle a observou correr por entres as plantas e sumir, soluçando como nunca.

Isabelle continuou caminhando em direção aos dormitórios, mas decidiu ir atrás de Sarah na floresta, ela podia estar em perigo. E Isabelle queria entender do que Sarah estava falando.

Sarah encontrava-se em um choro sem consolo, parecia até que acabara de receber a notícia de morte de seus pais... Sentada em algo muito parecido (poderia não ser) um tronco de árvore caído no chão. Ela abraçava os joelhos, tremia, e balançava, chorando freneticamente. Belle a espiou entre as plantas.

Entre os soluços, a garota dizia:

- Não pode ser! Ele não devia ter se separado de mim, naquela droga de corrida até o santuário! Ele tinha que entrar naquela galeria! Ele tinha que seguir a voz daquela garota, não podia simplesmente continuar conversando e procurando comigo?Não é justo, não pode ser, ela teve uma oportunidade, eu não tive, e eu não sou boa nessas coisas, eu não gostava disso, mas era pressionada, me diziam que eu não poderia, que eu nunca conseguiria. E ninguém nunca gostou de mim, nunca! As pessoas me tratavam como uma aberração da natureza, eu era A estranha! É claro, eu já devia ter desconfiado, ele nunca, nunca! Ah, deixa pra lá, você não entenderia, meu mundo é diferente.  – Sarah poderia estar falando com alguma pessoa, desabafando com alguém que Isabelle não conhecia. Belle só sabia que era muito estranho o fato de Sarah estar chorando daquele jeito, por que Ricoh não corria nenhum risco de vida, ele só seria vigiado, observado.

Sarah não parava de chorar. Passou meia hora conversando com a pessoa que Belle não conhecia, e nem conseguia ver do lugar em que estava. Isabelle esperou mais um pouco, então decidiu tomar uma iniciativa. Ela sabia que o garoto de quem Sarah estava falando devia ser Ricoh, então seria melhor que o próprio resolvesse a situação.

Belle voltou para o Magna Movens, ela sabia muito bem onde procurar. Tinham exatamente seis portões que se seguiam de pontes de um metal muito forte, e quatro delas, leva as pessoas para um lugar só, e duas levava para dois sub-castelos diferentes, os dormitórios, dois masculinos e dois femininos. Uma ponte seguia diretamente para o pequeno castelo que parecia ser onde ficavam os mestres, que ensinariam as crianças a lidar com os poderes. Outra dava no lugar onde estava Ricoh, o lugar onde cuidariam dali para frente das enfermidades. Ricoh e Sarah chamariam aquilo de hospital, mas não sabiam como havia de ser chamado na língua dos Astranos.

A garota caminhou quase correndo e sem pestanejar até o lugar onde estava o garoto. Estava deitado em posição fetal na cama, mirava o vazio, como se tivesse enlouquecido, e pensasse em coisas muito estranhas. Suas asas agora desaparecidas.

- Ricoh! – Sussurrou Belle.

- Ah? – Sussurrou o garoto em resposta, voltando levemente ao normal.

- Preciso que você saia daqui, agora, ta, venha comigo!

 Rico Saiu da cama, muito diferente da cama dele, era de madeira entalhada com desenhos estranhos. Ele vestiu os calçados, e seguiu Belle.

Os dois chegaram à floresta, Ricoh totalmente normal, se esquivando de uma árvore que tentava puxá-lo, e empurrando outras, para ver o que acontecia. Quando Isabelle chegou ao local percebeu que o choro de Sarah cessou, mas não teve uma surpresa feliz. Já podia ver o quê, ou melhor, quem, estava em pé diante da garota. Um Casus.

Como por extinto, a armadura de Isabelle começou a cobrir seu corpo. Primeiro surgiu uma tiara na cabeça da garota, Ricoh observava a tiara crescer, mudar, e começar a envolver o rosto da garota formando um elmo, deixando somente seus cabelos dourados saindo ao lado da testa. Depois, caindo do elmo tinha algo como crochê de metal, que protegeria muito bem se algo a atingisse. E então foi surgindo à parte dianteira e traseira cobrindo todo o tronco, envolvendo o corpo da garota perfeitamente, então algo que parecia uma saia, uma saia do metal mais poderoso que já existiu. Ela puxou o colar, com o desenho de uma lança, e o mesmo foi crescendo, mudando, reluzindo à luz da alucinante aurora, até se tornar uma lança feita do mesmo metal que cobria totalmente o corpo de Belle.

O Casus virou-se de esguelhapara mirar quem estava a observá-los. Então logo viu Ricoh e Belle por detrás das árvores.

- Olhe, temos visitantes, vou cuidar deles por você, afinal não é o tal garoto Ricoh de quem você falava? – Disse o Casus em tom de escárnio.

- O que você vai fazer? – Perguntou Sarah, nervosa.

- Você verá! – Respondeu ele, soltando uma gargalhada cortante e gélida.

- Transforme-se Ricoh! Para sua forma astrana, agora! – Gritou Belle, com medo.

Mas o garoto não tinha a menor idéia do que fazer. Ele não entendia como suas asas e a clava tinham desaparecido tão rápido.

O Casus avançou para Belle e Ricoh, puxando uma adaga do bolso. Ricoh fitou mais de perto. Uma aparência realmente repugnante, a dele. Olhos totalmente amarelos, as unhas como garras enormes, tentando de alguma forma segurar a adaga. Pelos marrom-acinzentados nas mãos e em todo o rosto, seus olhos pareciam saltar das órbitas, grandes e redondos. O rosto parecia ter sido cortado e espancado. O nariz torto e a boca anormalmente grande e aberta mostrando presas enormes e amarelas, em um sorriso realmente repugnante que deu náuseas em Ricoh.

Ele chegou realmente perto de Ricoh, seu rosto quase colado no rosto do garoto, os olhos amarelos o encarando e a adaga pronta para atacá-lo. Ele ergueu a adaga, e na metade do caminho de volta ao corpo de Ricoh, a mão dele parou bruta e rapidamente, o coração de Ricoh batendo forte, e o Casus bufando de raiva.

Então, como em um piscar de olhos o Casus começou a se desfazer, transformando em uma mistura de luz e cores e subindo para o céu. Quando Ricoh olhou para o céu viu que a essência de luz unia-se à aurora.

- O que você fez com ele? – Perguntou o garoto assustado.

- Enfiei minha rma nele, coisa que você não fez! – Exclamou Belle, Sarah observava os dois, com os olhos cheios de medo.

- Eu não sabia o que fazer! Mas até que foi fácil você foi demais!

- Ele poderia ter matado você, você não se mexeu! – Cortou a garota, a armadura agora desaparecendo e o a lança se transformando em colar novamente. – Agora, você precisa... – Ela fez um gesto com a cabeça indicando Sarah. – Você precisa resolver um problema. Já faz mais de uma hora que ela estava ai, conversando com o Casus e chorando, acho que se trata do você. – Disse Belle com um olhar sério, mas sereno e confortante, mas o que deixava o garoto boiando.

Ele dirigiu-se até Sarah, e deu-lhe um longo e confortante abraço. Iria começar uma longa e triste conversa com a garota. Ah, se tivesse outro remédio para o amor!!!

- Eu vou deixar vocês sozinhos. Mas não vou muito longe, só até a orla da floresta.

E então, a conversa teve início...


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Notas finais do capítulo

Não percam!, no próximo capítulo as desilusões de Sarah.. kkkkkkkkkkk muito bom. Obrigado por lerem, muito mesmo!
Bjokas do Rô.! O.o...



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