Os Filhos da Aurora. escrita por Dan Rodrigues


Capítulo 12
Provando Mango escam.


Notas iniciais do capítulo

nesse capítulo eu tentei ser um pouco divertido. não sei se consegui, nem se vão gostar, mas está ai... Gente, não esqueçam de comentar depois ><... Tô um pouco triste pq pararam de postar reviews!



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Os três caminharam por uma das pontes do lado direito do castelo, as que só iam até um lugar. Eles chegaram a um enorme (como tudo naquele castelo) sala circular. Vários jovens já se encontravam ali, conversando alto, como sempre.

Haviam várias mesas redondas espelhadas pelo salão, eram feitas de um material muito semelhante à madeira, mas com alguns vestígios de plástico, então ficou difícil para Ricoh descobrir do que se tratava. As cadeiras tinham encosto reclinável, e regulador de altura, sendo feitas do mesmo material bizarro.

- Peça o que quiser, menos as coisas da Terra. – Disse Belle, já sentada à mesa.

- Mas onde está a garçonete? – Perguntou Ricoh.

Sarah soltou uma gargalhada, que atraiu a atenção de todos ao redor. Ela caiu da cadeira de tanto rir. Quando se recompôs, disse:

- Não seja burro, qualquer idiota saberia que aqui não tem garçonete!

Ricoh virou-se para Belle e percebeu pelo olhar dela que a garota não sabia o que é garçonete.

- É só pedir, e ver o que acontece só isso!

- Bom, neste caso eu peço para ele, já que o Ricoh não conhece comida alguma daqui. – Disse Belle com um sorriso no rosto. – Bom, um, acho que você vai gostar desse. – Ela pôs o queixo nas mãos e pensou. – Um... Mango escam. – “O que é mango escam?”, Ricoh se perguntou. – E... um refresco de Surufa.

- Surufa!?

- Sim, Surufa, uma fruta muito gostosa. Tem gosto de... como vocês chamam? Tem gosto de doce de leite. Mesmo eu não sabendo o que é leite, e nem um doce, o que é doce? – Ricoh e Sarah se entreolharam. – Não, tudo bem, não me digam o que é doce, haha!

- Mas por que surufa? – Perguntou Ricoh.

- Ué, surufa, não sei, desde quando eu era criança eu conheço como surufa e...

A conversa foi interrompida por um leve tremor na mesa. Ricoh percebeu que a mesa inteira, ou pelo menos a parte em que coloca os pratos, tinha se erguido, deixando à mostra sua parte interna onde havia os pratos de prata, uma prata incrivelmente reluzente, e dentro o que parecia para Ricoh ser a comida. Sarah e Belle riram da cara de Ricoh, o garoto estava totalmente estupefato, não acreditava que era só pedir, e a mesa servia.

No prato, havia somente uma fruta, muito parecida com uma mistura de manga e pêra, mas a parte de cima era totalmente vermelha, e a parte de baixo amarela, sendo que as duas cores não se misturavam.

- Como-se primeiro a parte de baixo. É levemente apimentado. A parte de cima é a sobremesa, digamos, por que é totalmente adocicada. – E com outro sorriso daqueles que não mostram muita confiança, ela finalizou: - Coma!

Sarah pediu o mesmo, e não parecia tão apreensiva quanto Ricoh. Já o garoto, não teve sorte alguma em seu objetivo, esperou Sarah e viu que se comia com as mãos. Ele segurou a fruta pelo lado vermelho, o adocicado, e então mordeu a parte amarela. Sarah soltou outra gargalhada ao ver a expressão do garoto. Seu rosto ficou vermelho, ele começou a soar, parecia sair fumaça pelas orelhas. Tudo isso por que o pedaço da fruta que ele tinha mordido ganhou vida e começou a se mexer na boca dele, devia ter tentáculos por que ele sentia pequeninas perninhas com gosto de bife amanteigado mover-se em direção à sua garganta.

- Dificuldades parra digerir, Ricoh? – Perguntou Isabelle com o mesmo sorriso sarcástico no rosto.

Ricoh soltou uma exclamação, sua boca movendo-se com o movimento dos tentáculos da fruta, ele tentando não cuspir aquilo tudo.

- Prove o outro lado, quem sabe você goste. – Continuou Belle.

- Hum... só espero que ela não tente me matar engasgado. – Disse Ricoh, já conseguindo engolir a fruta.

Ele segurou a fruta novamente, meio apreensivo, e abocanhou o lado vermelho, tentando engolir de uma vez, para que a fruta não tivesse tempo de se transformar em uma lula doce e tentasse descer goela abaixo. O pedaço de fruta nem chegou a se mexer. Ao contrário do que Ricoh pensava, ele sentiu uma leve sensação de estar nadando em cauda de chocolate. Ele nunca tinha provado algo tão perfeitamente gostoso como aquilo. Sentiu frio, calor, e calafrios, tudo ao mesmo tempo, uma vontade muito grande de correr, como se ele tivesse tomado cafeína suficiente para derrubar um leão, ou deixar o mesmo maluco.

- Então, Ricoh, o que achou?

- Alucinante! – Exclamou Ricoh tentando manter-se sentado.

- Então, vocês dois estão gostando? – perguntou Belle.

- Da comida? – perguntou Sarah. – Está ótima, para quem sabe comer direito! – E lançou um olhar de dó para Ricoh, que não parava quieto na cadeira.

- Sim, estou adorando este lugar! Sim, sim, sim, estou adorando, adorando! – Ricoh parecia ter algo vibrando dentro de seu corpo, ainda sob o efeito da fruta que segundo Sarah, ele comera de modo errado. Mas lembrou-se de que seus pais ainda estavam na Terra e não tinham um segundo de imagens deste maravilhoso mundo guardado em suas cabeças. – Sinto saudades dos meus pais. Sem eles, isso tudo... – Ele deu uma boa olhada ao redor e viu um cartaz vivo, algo como uma árvore que se mexia e mudava de cores, formando imagens e letras, como cartazes e anúncios. – Isso tudo sem eles é só um sonho. Mais nada. – O efeito da fruta chamada surufa passou e ele encolheu-se na cadeira. – Você não sente o mesmo?

Não precisou dizer o nome para saber que se tratava de Sarah. Ela assumiu uma expressão séria, e começou:

- Não conheci meu pai, ele é astrano, não sei onde ele mora. Minha mãe sempre contava histórias de Aurors para mim. Ela contava histórias sobre ele, mas com um tempo eu fui percebendo que aquilo não era nada normal para a sociedade onde a gente vivia, e que não tinha como meu pais ser de outro mundo. Foi então que aconteceu de eu acabar vindo pra cá.

Ricoh ficou constrangido por ter perguntado.

- Eu... sinto muito. Desculpe.

- Puft, besteira, qualquer dia eu encontro ele. – Ela falava como se para ela aquilo não importasse. Mas dentro de seu coração um de seus maiores desejos era encontrar o pai, viver com ele. Queria poder encher ele de orgulho. – Belle tem muita sorte. Os pais são mestres daqui. São muito simpáticos, conheci eles assim que cheguei aqui.

- Seus pais serão nossos mestres, Belle? – Perguntou Ricoh, mostrando-se impressionado, e também um tanto de inveja.

- Sim, sim, minha mãe vai ensinar sobrevivência na floresta, e meu pai vai ser mestre em armas.

- Bom, nossa, que sorte.

- Bem, nem tanto, como são meus pais, é claro que eles pegam um pouco no pé. – Respondeu a garota, agora ficando vermelha.

Os três fizeram silêncio, por um momento. Então, um garoto entrou correndo, aparentemente alegre.

- VAI COMEÇAR! É A PRIMEIRA AULA, É SOBRE TÁTICAS DE BATALHA! – Exclamou o garoto.

Tática de batalha só lembrava a Ricoh uma coisa. Ou melhor, uma pessoa. Lorem. No momento, a última pessoa que ele queria ver. Ele ficou confuso, por que logo depois dos gritos de alegria do garoto, uma sineta tocou. Ele virou para Belle e lançou um olhar de “ o que é isso”? Ela encolheu os ombros e disse:

- Não sei, deve ser um chamado. Vamos?

- Sim, claro.

Levantaram-se e seguiram a multidão de jovens à frente. Eles passaram novamente peã ponte, e foram em direção à saída do castelo. Lorem estava esperando eles. Tinha alguns instrumentos estranhos em mãos. Ricoh não admitiu, mas estava muito curioso para saber para que eles serviam.


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