A Proposta escrita por MagB


Capítulo 18
Despedida De Solteira, Só Pode Dar Besteira I


Notas iniciais do capítulo

Alelui, alelui, aleluia.
Gente lá em baixo eu explico.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/153654/chapter/18

Ahh, sexta feira, o céu esta num tom de azul celeste e sem nuvens, o sol brilha e até os passarinhos cantam, um dia perfeito não?

Pois eu digo, NÃO!!!

O motivo? Eu vou me casar amanhã.

Sim, você deve estar achando que sou louca, mas eu posto que se você fosse se casar com seu melhor amigo/primo gay você também se sentiria assim.

–Bella será que você poderia tirar essa cara de quem está segurando pum? - perguntou Alice se sentando na poltrona da sala e lixando uma unha

–Não. -respondi cruzando os braços na frente do peito e fazendo biquinho.

–Ah, vamos lá Bellinha animo, você vai se casar amanhã. -Emmett olhou para mim sorrindo de orelha a orelha.

–Obrigada por me lembrar Emmett. -berrei enterrando o rosto nas almofadas do sofá-E eu já disse que "Bellinha é nome de cachorro."

–O que foi que você fez Em. -senti Rose se sentar ao me lado no sofá e automaticamente me deitei em seu colo.

–Nada, eu só disse que ela iria se casar amanhã. -ele levantou as mãos em sinal de rendimento se sentando no sofá de couro vermelho. Não é para ser um dos momentos mais alegres da vida de uma mulher? –em minha opinião o meu irmão ainda não havia entendido a verdadeira razão do meu casamento com o James.

–Emmett como você pode ser tão insensível? -Alice largou a lixa de unha e sentou no chão passando as mãos em meus cabelos. -Ela vai se casar com um homem que não ama e viver uma mentira, não tem nada de animador nisso.

Emmett suspirou parecendo arrependido de suas palavras.

–Desculpa Bells, a Ali tem razão- ele se levantou e chegou perto do sofá a ponto de fazer sombra em cima de mim, Ali e Rose. - Hoje é a véspera do que será inicio do maior tormento de sua vida, nenhuma dor, sofrimento, frustração é comparado ao que você sentira depois de amanhã. -ele estava voltando a sofá quando se virou novamente parecendo que havia se esquecido de me dizer algo. - Ah e eu havia esquecido, as mentiras só aumentaram e ficaram mais frequentes e sombrias, o que vai piorar se alguém descobrir a verdade. - finalizou sorrindo enquanto nós três olhávamos abismadas para ele.

–AHAHAHA, minha vida será uma droga!!! - eu enterrei o rosto nas pernas de Rose chorando descontroladamente.

–EMMETT!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!- Rosalie e Alice berraram tão alto que eu fui obrigada a levantar do colo de Rose para ver se o pobre Emmett não seria espancado, ele era meio desligado, mas não merecia apanhar.

–Como você pode dizer essas coisas para Bella? -Alice estava partindo para cima de Emmett.

–Mas, mas... -gaguejou Em nervoso.

–Sabe eu fico me perguntando se a Terra não girasse haveriam menos tontos no mundo! - Rose lançou um olhar homicida a Emmett.

–Por favor, não me batam, eu só queria ajudar. - ele se encolheu como uma bola na parede oposta a mim.

–Ajudar, você só queria AJUDAR!!! - berrou Alice dando pulinhos de raiva.

–Sim eu quero ajudar apenas, eu sonho com um mundo melhor Ali. -respondeu fazendo as duas olharem para ele.

–Você, Emmett Swan, sonha com um mundo melhor. -Rose apontou para ele com um olhar de descrença.

Emmett se levantou e colocou a mão fechada em punho no coração, ou melhor, tentou.

–O coração fica do lado esquerdo Emmett. -o corrigi batendo com minha mão na testa enquanto ele muda rapidamente a mão de lado e murmurava um obrigado.

–Sim, eu Emmett Swan sonho com um mundo melhor, onde a Dona Chica não atira o pau no gato-to-to.

Eu olhei para aquela cena tentando processar o que Emmett havia dito aquilo me lembrava um episódio quando estávamos no ensino fundamental.


16 de setembro de 1997, Los Angeles.

Cara Matemática.

Não poupei esforços para encontrar o seu X, mas infelizmente não encontrei.

Soube recentemente por um amigo que você está pedindo a todos para que a ajude a encontrá-lo, não quero ser mal educado, longe disso, mas isso faz com que você pareça uma desesperada.

Aceite o fato de que ele se foi, sinto muito.

Com carinho Emmett Swan.


Depois de escrever a carta ele perguntou a professora se ela poderia fazer o favor de enviar a carta para Matemática, pois ele não sabia qual o endereço dela.

Eu já havia perdido a conta de quantas vezes o Emmett tinha feto besteiras, senti meu peito tremer tão fortemente que eu abri a boca deixando uma gargalhada sair dela.

–HAHAHAHAHAHAHAHA. –eu ria histericamente enquanto todos olhavam para mim assustados.

–Bella você está bem? –Alice estava com a boca apertada enquanto se aproximava de mim com as mãos na frente do corpo.

–Sim, eu vou dar uma volta por ai para arejar a cabeça. –eu estava cansada de fazer drama, a escolha era minha e eu iria aceita-la.

Sai pela porta da sala ainda dando pequenos risinhos, caminhei pela fazendo observando tudo ao meu redor.

Havia 25 anos que conhecia aquele lugar, mas nunca havia reparado verdadeiramente nele pensei comigo mesmo sonhadora.

Nunca havia reparado que as árvores que o ladeavam eram cerejeira, ipês, macieiras e mangueiras; nunca havia reparado que para qualquer lugar que você olhasse tinha uma visão privilegiada do mar azul e que era possível sentir daqui o cheiro do mesmo; nunca havia reparado que o lugar era calmo o suficiente para se sentar a sombra de uma árvore e refletir sobre toda a sua vida e nunca havia reparado que Edward sabia construir botes.

Para tudo!! Desde quando Edward sabia construir barcos?

Desci o morrinho em que estava, quase rolando, e fui caminhando em direção ao lago.

–Desde quando o Ken fica sem a Barbie?- sua única reação foi martelar mais fortemente o fundo do barco. –Falando sério, desde quando você passa seu tempo livre dedicado à construção de barcos?

Desta vez ele me lançou um sorriso superior, lindo por sinal.

–Desde quando o que eu faço da vida é da sua conta Isabella? –perguntou me olhando de lado.

–Desde quando você me chama de Isabella? –questionei erguendo uma sobrancelha para ele. Havia anos que alguém próximo a mim não me chamava de Isabella.

–Desde o dia em que você me disse que o que nós tivemos era só uma “diversão”. -respondeu sarcasticamente o que me irritou mais que profundamente.

–E quando foi que nós tivemos algo? –perguntei dando um falso sorriso. –Você quer dizer o dia em que nós nos beijamos no parque e depois você me disse que havia sido um erro enorme ou no dia do lago quando você disse que me amava e depois quando voltamos para o sítio disse a sua noiva que não havia acontecido nada demais e que se ela estivesse no meu lugar seria melhor, então, qual dos dois foi?

Ele trincou o maxilar e serrou os olhos.

– Eu já disse que falei tudo aquilo para não magoar a Tânya e o meu irmão. –suas palavras eram raivosas e descontroladas. –Para mim tudo aquilo que vivemos era verdadeiro, mas se para você não. Eu menti para proteger aqueles que amo se você não consegue entender isso não é problema meu.

Ele deu de ombros, superior, e voltou a bater no bote.

A raiva me dominou, como ele ousava dizer que eu não sabia mentir para proteger aqueles que eu amava. Nos últimos quatro meses a única coisa que eu havia feito era mentir para proteger meu melhor amigo, eu mentia para minha mãe e meu tio Carl. Edward é que não sabia o que era mentir para proteger alguém que se ama, a dor, o rancor, o nojo de si mesmo e muitos outros sentimentos que acompanhavam essa mentira.

–Não Edward, se alguém aqui não sabe o que é mentir para proteger que se ama esse alguém é você. E eu nem sei por que estamos tendo essa conversa, meu casamento com o seu irmão é amanhã, já que você foi incapaz de dizer a verdade a sua noiva- fiz questão de lembrá-lo de que ele não havia contado a verdade para Tânya para que ele ficasse magoado.

Vi a dor em seus olhos e me encolhi, eu sabia que havia feito aquilo para que sentisse o mesmo que eu, mas se eu não queria isso para mim porque ele teria que sofrer o mesmo?

–Edward... –tentei, mas ele interrompeu.

–Bom... Você também não contou ao James a verdade. –ele me lembrou, esperei ver a vitória estampada em seu rosto, mas a única coisa lá era uma expressão fria e distante.

Eu suspirei e me sentei pesadamente no morro passando as mãos nervosamente pelos cabelos.

–É mais complicado do que parecesse. –respondi.

–Com isso pode ser mais complicado do que parecesse? –ele perguntou se aproximando, pela primeira vez, de mim.

–É complicado. –respondi frustrada escondendo o rosto nas mãos.

Ouvi Edward suspirar e caminhar em minha direção, logo senti braços ao redor de meus ombros em um meio abraço tranquilizador. Imediatamente meu corpo se relaxou ao seu toque e todos os problemas sumiram.

–Você quer me contar o que há de tão complicado no seu casamento com o James? –sua voz era tão macia quanto o veludo.

–Eu não posso. –respondi ainda com o rosto escondido.

–Você não pode dizer nada? –ele perguntou

–Sinto muito, não. –respondi sacudindo a cabeça.

–Se você não me disser nada eu não vou poder ajudá-la.

–Eu não preciso de ajuda, preciso de paz. –respondi olhando para ele. – pelos próximos dois anos. –acrescentei mais baixo.

–O que você disse? –perguntou confuso.

–Nada. –completei rapidamente virando a cabeça para o outro lado.

Eu olhei para o lago que estava com as águas calmas e paradas, um gavião cortou a água com suas garras e eu pareci senti-las em meu coração. Eu estava nos braços de Edward o homem que eu amava, tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

–Eu preciso ir. –respondi sinceramente, eu não aguentava mais ficar naquele lugar.

–Espere. –ele segurou minha mão fazendo com que eu me virasse para olhá-lo. – Aquilo que você me disse era verdade, eu fui só uma... Diversão para você?

Ele baixou os olhos e eu o vi ficar corado com a pergunta.

–Não. –foi a única coisa que eu disse antes de me virar.



O céu era de um azul límpido, o ar estava fresco e parado, o clima era quente, quase sufocante. A minha frente se estendia um longo tapete vermelho-sangue cheio de pétalas de rosas brancas e amarelas, em ambas as laterais estavam dispostas cadeiras baixas de madeira branca e nelas havia pessoas com sorrisos abertos, uma tenda havia sido montada em cima delas. Eu vestia um lindo vestido de noiva e havia um buque de rosas em minha mão direita, meu braço esquerdo estava enlaçado ao braço de um homem. Olhei para cima, curiosa, para saber quem era o home.

–Papai? –minha surpresa fora tamanha que eu acabei tropeçando na calda do meu vestido e quase caindo se não fossem os braços protetores ao meu redor.

–Vejo que você continua a mesma. –ele sorriu e rugas apareceram ao redor de seus olhos.

–Papai. –lágrimas vieram aos meus olhos.

–Olá meu amor. –ele me levantou e me olhou da cabeça aos pés. –Você se tornou uma linda mulher.

–Ah, papai. Por que você nos deixou. –eu deixei que seus braços me envolvessem num abraço de urso que só os pais sabiam dar.

–Eu não deixei você, eu estou sempre com vocês.

Eu chorei em seu peito, eu não podia acreditar que meu pai estava aqui comigo, eu tinha uma leve noção de que aquilo era um sonho, mas eu não me importava nem um pouco.

–E então meu bem? –perguntou depois que nos sentamos numa colina que eu não fazia idéia de onde havia surgido. –Sua vida está uma confusão nos últimos tempos não é?

–Você está brabo comigo não está? –perguntei abaixando a cabeça e sentindo meu rosto corar

–Não meu bem, é claro que não. –respondeu olhando para mim.

–Mas eu estou mentindo para minha família.

Ele soltou a gargalhada que conhecia, senti meu coração apertar com a saudade.

–Convenhamos meu bem, as únicas pessoas da família que não sabe são Carlisle,Edward e Reneesme. Você já contou para todo o resto.

Eu ri também.

–Mas e a mamãe?

–Sua mãe sempre foi muito observadora, ela já desconfia que há algo errado com esse casamento.

–Ah papai, eu só queria ajudar o James mas tudo ficou tão complicado. Ainda mais depois que o Edward apareceu.

Ele beliscou minhas bochechas carinhosamente.

–Eu sei meu bem.

Ficamos alguns minutos em silêncio encarando o lindo mar a nossa frente.

–Pai, você acha que eu e o Edward devemos ficar juntos? –perguntei encarando-o

–Bom... Isso só você podem decidir.

–Eu sei, mas...

–Mas?

–Ah, não parece estar dando certo. –suspirei meio frustrada.

Ele apenas me abraçou e beijou o topo da minha cabeça.

–A tia René também está aqui? –perguntei, sentia falta dela.

–Ah sim. –ele respondeu sorrindo bobamente.

Ergui uma sobrancelha olhando sua expressão, mais tarde eu iria ter uma conversa com minha mãe.

Ele gemeu, contrariado.

–Está na hora não está? –perguntei entristecida

–Está.

–Foi muito bom ver você papai. Sinto sua falta.

–Eu também amor. Mas eu sempre vou estar aqui. –ele tocou o lugar onde ficava o meu coração.

–Eu te amo papai. –eu o abracei sentindo seu cheiro e guardando aquele momento.

–Eu também, Bells. –sorri ouvindo o apelido que ele me dera.

Ele se levantou e me ajudou a levantar também.

–Lembre-se eu vou estar com você para sempre. E sobre toda essa confusão na sua vida, ouça o seu coração.

–Obrigada. –ele sorriu e depositou um beijo em minha testa.

Depois tudo sumiu.

Acordei assustada, agora eu olhava para um teto meio inclinado com vigas a mostra. Ri meio histérica, tudo havia sido um sonho, mas eu ainda podia sentir seu beijo em minha testa.

Fechei os olhos novamente, mais exausta do que antes e logo a escuridão me tomou por completo.


Dessa vez eu olhava para James que me olhava sorrindo, eu sabia que não fazia o mesmo.

–James Cullen você aceita Isabella Swan como sua legitima esposa? –perguntou o padre.

–Sim, eu aceito. –respondeu estonteante

O padre se virou para mime começou.

–Isabella Swan... Assim você me mata, ai se eu te pego, aii se eu te pego. – começou a cantar o padre sendo acompanhado por todos, inclusive James

Delícia, delícia, assim você me mata, ai se eu te pego aii, seu eu te pego.


Sentei-me na cama desesperada e notei que estava no quarto, passei as mãos no cabelo e suspirei aliviada.

Levantei da cama percebendo que alguém estava cantando Ai Se Eu Te Pego, no corredor ouvi som de um chuveiro ligado e na direção das escadas vozes.

Desci as escadas encontrando Rose e Ali sentadas a mesa da cozinha conversando animadamente, mas o que me chamou a atenção foi que as duas estavam arrumadas como se fossem sair.

–Bella, por que você não está arrumada ainda? –perguntou Rose assim que me viu.

Dei de ombros enchendo um copo de água e encostando-me a bancada.

–Por que eu deveria estar arrumada. – perguntei tomando um grande copo d`água.

–Para sua despedida de solteira. –respondeu simplesmente Alice.

Cuspi ruidosamente toda água que estava na minha boca enquanto as duas faziam cara de nojo.


–Minha o que? –perguntei aos berros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Finalmente depois de meses eu postei novamente.
Bom, desculpa a demora, mas eu estava sem ideias e sem tempo.
Mas não temam os próximos vem rapidinho.
Tenho duas péssimas notícia, aprimeira é que faltam apenas 4 capitulos para acabar a fic.
E a segunda, para quem só le fics Bedward, não tem muitas chances da Bella e do Edward ficarem juntos.
Gente, eu resolvi corrigir os erros da fic inteira, nossa tinham uns bem grotescos.
O tema dó cap é Because of you da Kelly Clarckson.
Bjs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Proposta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.