Destroy My Life escrita por AnnaCleawater
Notas iniciais do capítulo
Decidi postar mais um pedaço de The Hangover para alimentar o apetite de vocês. É curto, mas espero que gostem.
Beijos!
Sabe aquela sensação de que todas as partes do seu corpo doem incessavelmente, você não se lembra qual foram as últimas coisas que você fez antes de apagar e provavelmente nem vai descobrir, e aquele maravilhoso pressentimento de que estar em um quarto escuro com um homem desmaiado no seu colo não é uma coisa muito boa? Eu acordei com isso.
Não sei ao certo qual dor se apresentou primeiro, mas as mais gritantes vinham do olho e dos meus pulsos. Por que diabos meu olho doía tanto?! Tentei erguer meu braço para tirar Edward de cima de mim, mas eles estavam amarrados - provavelmente por um cabo de aço, porque aquela dor nos pulsos era fora do normal!
Aos poucos meus olhos foram se acostumando com a falta de claridade e eu pude enxergar os contornos supérfluos do ambiente a minha volta. Até onde eu sabia, estávamos no chão, cercados por um tapete com o pior cheiro de xixi de gato do mundo, paredes com uma quantidade de quadros exagerada e uma porta velha - que por algum acaso se encontrava do outro lado da sala.
Ah! Tinha apenas mais um detalhe peculiar: um garoto com um sorriso maquiavélico escondido nas sombras.
- Isabella Swan! - o filho da mãe disse.
- Não, Tina. Muito prazer! - sorri sarcástica. O ódio queimava em minha língua.
- Se eu fosse você não seria tão grosseira comigo, meu bem. - Samuel daiu da sombra e começou a caminhar na minha direção. - Você e o seu namoradinho estão nas nossas mãos agora.
- E o que pretendem fazer comigo? Colocar fogo em mim? Roubar meu namorado? Ou fazer com que meus pais se separem, sendo que eles nem estão mais juntos? - respondi com raiva.
- A primeira ideia foi interessante... - ele arreganhou ainda mais o seu sorriso. - Mas não. Iria acabar rápido demais... Você queima, nós rimos e depois... Nada.
Seu sorrisso murchou e ele lançou um olhar perdido para um canto isolado da sala. Ele era completamente maluco!
- Sammy... - eu chamei com a voz melosa.
A única maneira de lidar com pessoas malucas, é ser no mínimo "doidinho" também. Eu e ele já fomos "namorados" por duas semanas - trocamos no máximo dois beijos, mas de alguma forma isso significou alguma coisa para ele, então talvez funcionasse meu pláno de sedução.
- Esquece isso, sabe? - eu comecei. - Eu estraguei tudo, mas posso concertar. Lembra de como nós éramos felizes? - eu sorri para ele. - Eu, você, seus pais... Todos nós juntos almoçando no domingo!
Ele olhou para mim e tive a impressão que seus olhos brilhavam.
- E eu tenho um jeito de recompensar sua irmã por todas as vezes que não fui uma boa amiga... - olhei para Edward, que ainda estava apagado no meu colo. - Me livro desse namorado horrível que eu tenho e ficamos todos juntos de novo! Como nos velhos tempos...
Quase engasguei com as minhas próprias mentiras. Ele se abaixou e tive certeza de que ele ia me beijar, então segurei o vômito.
- Samuel! - Juliet gritou, abrindo a porta com rompante. O pobre coitado deu um salto e se afastou de mim. - Te deixo sozinho com essa vadia por cinco minutos e já cai na lábia dela?
- Não é nada disso... - ele tentou dizer.
- Saia já daí! - ela gritou, puxando ele para fora.
Aproveitei a claridade vinda de fora para tentar identificar algum detalhe específico. Consegui enxergar um retrato na parede. Uma criança com cabelos com de fogo sentada no colo do Papai Noel. Era a casa de Meredith Bogard!
Juliet bateu a porta e ouvi seus pés batendo contra o piso frágil.
- Edward, Edward. - eu chamei sacudindo minhas pernas. - Acorda!
Ele gemeu. Levantei minhas pernas o máximo possível, depois abaixei bruscamente, fazendo com que sua cabeça caísse no meu colo.
- Acorda!
Ele gemeu, levantou um pouco a cabeça e vomitou a três centímetros da minha cintura.
- Eca! - reclamei e vireio rosto. Usei toda a força das minhas pernas para tentar me lenvantar, enquanto apoiava meu cotovelo na parede atrás de mim. - Edward, você se superou... Eu oficialmente tenho nojo de você agora.
Ele gemeu - talvez de dor dessa vez - e ergueu a cabeça. Eu não podia enxergar muita coisa, mas vi que seus olhos estavam semicerrados, tentando enxergar algo a sua volta, exatamente como eu há dois minutos atrás.
Suspirei e tentei ajuda-lo a se levantar. Olhei-o nos olhos por alguns segundos e beijei sua bochecha.
- Desculpe por te colocar nessa. - eu disse séria.
- Eu não sei o que está acontecendo, mas... - ele suspirou. - Vamos sair dessa. Ninguém tenta destruir sua vida, além de mim.
Ele sorriu e eu fui obrigada a sorrir de volta. Ele fez uma cara de enjoo e eu me afastei instintivamente. Ele riu.
- Tudo bem, acho que eu posso segurar. - ele disse. - Agora, onde é a saída?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!