Destroy My Life escrita por AnnaCleawater


Capítulo 10
Suck That Bitch!


Notas iniciais do capítulo

Então, a fic é de 2011 e eu não atualizo desde 2012. Mas acho que vale a pena dar uma chance para a história. É isso kkk
Beijos



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Meus pulsos doíam, mas não havia nada a fazer. A corda estava apertada demais, e eu não podia vê-la, pois meus braços estavam atrás de minhas costas. Demorei alguns segundos para ver o quanto estávamos sujos e me lembrar da noite anterior. Foi uma burrice total e completa envolver Edward nos meus problemas e uma idiotice ainda maior beber além da conta perto daquelas pessoas.

A boa notícia é que eu sabia onde estava a má notícia é que Meredith era a única pessoa em uma cidade grande que conseguia se isolar. Ela morava a quilômetros do centro e mesmo que conseguíssemos fugir não iríamos muito longe sem que eles nos alcançassem de carro. Fiquei parada próxima à porta pensando enquanto Edward vasculhava o quarto ansioso.

Juliet estava completamente envenenada pelo seu desejo de vingança e talvez eu pudesse usar isso para distraí-la. Eu poderia sair do quarto e atrair a atenção dela enquanto Edward procurava uma maneira de sairmos dali.

Exigiu muito de mim ter que confiar em Edward completamente tonto de tanta ressaca, mas ele era minha única alternativa. Contei a ele o meu plano e, mesmo não me dando muita credibilidade, ele aceitou.

Abri a porta de costas e sai devagar. O único que me viu foi Samuel, mas por algum motivo ele não alertou Juliet, que estava de costas sentada no sofá da copa. Ele me deu uma piscadela e sacudiu a cabeça para algum lugar atrás de mim. Me virei e vi uma porta aberta que dava para um cômodo ainda mais claro. Entrei devagar e vi todos aqueles instrumentos extremamente uteis para uma fuga: facas, uma tesoura grande e uma arma em cima da pia.

Não tive tempo para ficar chocada com a mente absurda de Juliet, apenas peguei a arma de costa e voltei para o quarto. Meus braços ainda estavam amarrados, mas se Samuel continuasse me ajudando Edward poderia voltar para cozinha e pegar a tesoura, ou uma faca. Passei pela copa rapidamente e fechei a porta.

– Edward – chamei rápido. – Vem cá, rápido. Tem facas na cozinha e uma tesoura e eu preciso que você vá pegar.

– Você foi até lá e não pegou nada? – Ele me olhou indignado. Nessas horas me lembro porque eu o acho um idiota.

– Não me subestime, agora vá logo antes que eu atire em você. – Ameacei, mesmo sabendo que isso não era possível.

– Pegou uma arma? Caramba! Tinha uma tesoura que serviria tanto para nos soltar, quanto para ameaçar alguém e você pega uma arma que nem pode atirar porque seus braços estão amarrados nas costas? Fala sério.

– Edward, cala boca e vai logo. – Ordenei.

Ele fez cara feia e saiu do quarto. Eu voltei para o meu lugar e me sentei escondendo a arma caso alguma coisa desse errado. Eu ouço um grito e tenho certeza que deu errado.

– EI! O que está fazendo ai? – era Juliet. – Samuel, leve-o de volta e dessa vez, fique os vigiando até que James chegue.

Edward entrou no quarto de cabeça baixa com Sam logo atrás dele.

– Você é um imbecil – eu disse baixo.

– Sou mesmo? – Edward respondeu e virou-se de consta mostrando uma faca mal escondida em sua calça.

– Ah! – eu disse surpresa. – Sam, preciso saber se vai nos ajudar. – Fiz minha melhor cara de cachorro sem dono, mesmo sabendo que ele não podia me enxergar muito bem.

Vocês não, mas não posso te deixar na mão Bella. – Ele disse se aproximando.

– Ah, Sam, muito obrigada! Podemos fugir e deixar esse idiota pra trás. – Eu disse indicando Edward.

Samuel sorriu pra mim enquanto Edward suspirou indignado.

– Sempre soube que você era uma traíra mentirosa. – Ele disse com raiva, mas se virou para piscar para mim sem que o outro visse.

– Sam, pode me soltar, por favor? – Pedi e me levantei, deixando a arma no chão. Edward caminhou discretamente e parou enfrente a mesma.

– Claro! Mas não sei como vamos fugir daqui docinho. Juliet deixou o carro sob os cuidados de Meredith.

– Aqui. – Edward disse e entregou a faca para Samuel. – Eu poderia cuidar disso. Não conheci mulher que consegui resistir a mim.

Revirei os olhos instintivamente, mas concordei em voz alta para induzir Sam a aceitar o plano. Ele me soltou e eu o abracei, morrendo de nojo por dentro. Voltei para perto de Edward e peguei a arma. Apontei primeiro para cabeça de Edward. Sam ficou surpreso, mas não pareceu fazer nenhuma objeção.

– Se você fizer alguma gracinha, eu mato você e fujo com meu Sam sozinha. – ameacei. – Sam, solte-o, por favor.

Ele se aproximou e cortou as cordas, pisquei para Edward e assenti. Ele foi rápido com o soco que acertou em cheio o rosto de Sam, que caiu inconsciente na mesma hora. Edward pegou as cordas e amarrou suas pernas e braços.

– Vamos. – dissemos juntos e saímos do quarto.

Juliet gritou furiosa e eu não pude me conter. Mirei em seu joelho e atirei, sem pensar duas vezes. Edward gritou um palavrão surpreso e me olhou com seus olhos arregalados. Eu imitei sua expressão surpresa, mas comecei a gargalhar como uma maníaca logo depois. Ela se contorcia de dor no chão segurando seu joelho cheio de sangue.

– Eu sempre quis fazer isso. – Eu disse sorrindo. – Toma essa, vadia!

Saímos correndo e vimos Meredith encostada na porta do carro completamente assustada. Eu apontei a arma para ela, mas Edward a tomou de minha mão.

– Chega de tiros por hoje. – ele disse sério e se aproximou do carro. – Pode nos dar a chave, por favor?

Ela entregou a chave pra ele de bom grado e saiu do caminho. Fiquei totalmente frustrada. Não pretendia atirar, mas qual é! Ameaçar pessoas era extremamente divertido depois de uma noite tão pesada. Entramos no carro e eu disse o caminho de volta para casa.

– Não acredito que você atirou em alguém! – Edward gritou.

– Ah, qual é! Ela nos sequestrou. E pretendia nos matar. Foi a melhor coisa que fizemos.

Você fez. E se ela morrer? Sua louca! E você colocou uma arma na minha cabeça!

– Está resmungando demais. Primeiro: ninguém morre com um tiro no joelho, fala sério! Segundo: foi parte do plano e eu não atiraria em você a menos que... – parei. Eu odiava Edward. Meu plano era acabar com a vida dele. Mas... Eu não sei. Depois de tudo que passamos, eu não conseguia me imaginar fazendo mal a ele.

– A menos que? – ele repetiu indagando.

– Nada. – eu disse e me encolhi no banco do passageiro.

Não queria mais conversar e ele pareceu entender o recado.

Ele tinha razão sobre muitas coisas. Sobre eu ter atirado em alguém ser errado, sobre eu ser louca e sobre não ter ninguém ter resistido a ele antes. Eu estava sendo completamente boba de novo. Me deixar levar pela minha proximidade com Edward, pelos nossos momentos juntos, como se ele se importasse comigo.

Voltamos para casa e Edward contou para minha mãe tudo o que ocorrera e eu ouvi calada a bronca sobre o tiro. Ela disse que precisaríamos ir à polícia o mais rápido o possível, para dar queixa, antes que as coisas se complicassem para o meu lado. Tomamos um banho, almoçamos e passamos o resto da tarde dando depoimentos e fazendo nossa queixa na delegacia mais próxima.

Depois de muita conversa da minha mãe, eles resolveram me liberar, mas pediram que eu não saísse da cidade pelos próximos dois dias.

Meu humor estava pior que o normal, mas eu não sentia a raiva comum dos últimos anos, apenas uma tristeza fraca e desanimadora. Minha mãe pareceu perceber meu estado de espírito e me deixou em paz pelo resto da noite.

Quando chegamos em casa fui direto para o meu quarto me deitar. Talvez no dia seguinte eu me encontrasse animada o suficiente para mostrar a cidade para Edward e prosseguir com meu plano de deixá-lo louco.


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Notas finais do capítulo

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