Ao Seu Lado. escrita por Adhara Merovíngio


Capítulo 8
Capítulo 8: O plano e o livro perdido


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores!
Como vocês estão?
Mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem.
Beijos e boa leitura,
Adhara.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/153537/chapter/8

(Narrado pela autora)


Era uma tarde ensolarada quando o time de quadribol da Gryffindor estava treinando para o próximo jogo que seria contra a Hufflepuff.


– Vocês estão indo muito bem durante os treinos. Por mais que seja fácil a Hufflepuff, estaremos prontos para os outros times. Por hora, continuarei pegando pesado. Já são cinco para as seis, vou liberar vocês para descançar. Tenham uma boa noite. – James Potter, capitão do time da Gryffindor, discursou ao termino do treinamento.


Ele, juntamente com Sirius, caminhou até o vestiário masculino. Depois de todos do time saírem e ficarem somente os dois, Remus entrou para fazer companhia a eles. Desde a aula que Snape ganhou a Felix Felicis, Remus andava quieto deixando seus amigos preocupados.


James lançou um olhar significativo para Sirius que acenou com a cabeça.


– Moony, o que você tem? – James perguntou enquanto colocava seu óculos no rosto.


– E não venha dar desculpa que a lua cheia está chegando. – Sirius falou.


– Estou com medo. – foi a única coisa que Remus expressou.


– Medo, Remus? De que? Do mal olhado? Você sabe que atraímos bons olhares. – brincou Padfoot numa tentativa de descontrai-lo.


– Para de falar merda, Sirius. – James o reprimiu e continuou – Medo de que, Moony?


– O Snape desconfia do nosso segredo há muito tempo. A diferença é que ele nunca conseguiu comprovar, mas com a Sorte Liquida em mãos... fico pensando o que ele irá fazer. – o loiro explicou.


– Calmo, Moony. Eu e Sirius também ficamos pensando em relação a isso. Ele não ousará fazer algo contra você. O Ranhoso sabe muito bem que nós vigaremos, caso ele faça algo contra nossos amigos. – James falou tentando acalmar Remus.


– É verdade, fica tranquilo, Moony. Nós estamos já pensando no plano para entrar no quarto do Ranhoso. – Sirius disse.


– Vocês ainda estão pensando nisso? – Remus perguntou preocupado.


– Sim. – a dupla respondeu junto.


– Adianta eu falar a vocês não fazerem isso?


– Não. – novamente eles responderam em uníssono fazendo Remus rir.


– Então Prongs, conseguiu achar seu livro? – Moony perguntou.


– Ainda não, cara. Não queria perder aquele livro, eu adoro ele.


– Calma, talvez alguém irá achar.


– Eu espero. Não consigo achar em nenhum lugar.


Sirius e James terminaram de colocar os uniformes escolares, foram guardar suas vassouras e, juntos com Remus, retornaram para o Castelo.


– Lembram quando a Lily respondeu para o professor Slughorn sobre a poção Amortentia. – o loiro perguntou durante o caminho.


– Sim


–Porque, Moony?


– Era impressão minha ou a Lily iria falar algo mais sobre o que a atraia ao cheirar a poção?


– Verdade. Também percebi que ela ia falar mais. – James falou com um brilho nos olhos.


– A ruiva não queria continuar, porque estava com vergonha de falar que sentia o suor do veado aqui. – Sirius brincou recebendo, assim, um tapa na nuca de James.


– Seu cachorro pulguento, eu já disse que é cervo. E além disso, sou muito cheiroso.


– Ei, eu sou cachorro, mas não pulguento. Eu sou o cachorro mais cheiroso do mundo. Cheira aqui, Moony!


- Está louco, Sirius. Sai pra lá. –Remus falou se afastando do Sirius.

–------------------------------------------------------------------------------------------

Ao entra na Sala Comunal da Gryffindor, Lily foi direto até o mural para colocar uma nota que a professora Mcgonagall tinha pedido. O aviso referia-se a um livro achado na torro de Astronomia por um casal.


O que mais intrigava a ruiva é o conteúdo do livro. Na capa dura marrom, o título Hours of Idleness, escrito em escarlate, chamou a atenção dela. Era uma coletânea de poesias escrita pelo Lord Byron.
Durante o século XVIII, Byron era um dos melhores poetas ultrarromânticos e um dos autores favoritos da Lily.


Com cuidado, a menina abriu aleatoriamente o livro na página marcada por um pedaço de pergaminho. No tempo que a ruiva vivia era difícil de achar pessoas que gostassem de ler esse tipo de obra. Lily observou que no pergaminho fora escrito um poema e ela pôs-se a ler.


Nas letras redondas, ela comtemplou um exemplo tipicamente shakespeariana. As palavras fez amolecer o coração da ruiva e quem escreveu, de fato, sabia escolher elas corretamente.


– Oi Lily. Livro novo? – Marlene chegou juntamente com Dorcas.


– Na verdade, não. É um livro perdido, coloquei um aviso no mural para me procurar caso seja de alguém.


– Espera ai. Acho que já vi este livro em algum lugar. – Dorcas falou enquanto analisava a capa marrom.


– É do James! – Marlene falou de repente.


– O que? – Lily perguntou arregalando os olhos.


– Nossa, é verdade. Ele estava louco procurando este livro.


– Vocês estão loucas. O Potter nunca iria ler esse tipo de livro. – Lily contestou.


– Alguém me chamou? - James falou enquanto chegava por trás da ruiva fazendo-a se assustar


– Jay, não é o seu livro? – Lene disse apontando para o objeto.


– Caramba, é sim. Onde acharam ele? – o moreno perguntou indo pegar o livro, porem Lily o afastou.


– Potter, é claro que esse livro não é seu. Você nunca leria Lord Byron.


– Por incrível que parece, lírio, leio sim.


– Então, prove. – Lily falou com um sorriso maldoso nos lábios.


James não sabia o que fazer. O Remus nem estava presente para ajuda-lo. Mas o moreno não queria depender sempre de seu amigo para a ruiva passar acreditar nele. Ele olhou o objeto nas mãos da menina e percebeu que o pergaminho no qual tinha escrito um poema, estava um pouco fora do livro. James ficou atônito. Ele não sabia como, mas teve impressão que ela tinha lido a poesia.


Foi ai que ele levantou o rosto, olhou-a profundamente e começou a recitar:


SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.


Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.

Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,

Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto;
Por ti todas as culpas eu suporto.


Ao final do poema, Lily estava desnorteada. Por mais que ela odiasse o James, a ruiva não poderia negar que o livro pertencia a ele. Com muito custo, Lily entregou-o e James pegou sem desviar os olhos dos dela.


A menina rapidamente apanhou sua bolsa e partiu em direção ao quarto. Antes de subir a escadaria para o dormitório feminino, Lily virou-se para o moreno e falou:


– Toma mais cuidado com o seu livro. Da próxima vez, talvez ninguém conseguirá acha-lo.


– O que foi isso? – Marlene perguntou logo após Lily ter desaparecido.


– Não sei. Só sei que a Lily ficou abalada. Que lindo, Jay. Essa poesia é do Lord Byron? – Dorcas perguntou.


– Na verdade, não. Eu mesmo que escrevi.


– Adoro esse seu talento poético. A Lily deveria conhecer mais você. – Lene comentou.


–Bem que eu gostaria que ela me desse uma oportunidade para nos conhecermos melhor, mas vocês sabem como é sua amiga. Vou subir para o meu dormitório. Tchau, meninas.


- Tchau, Jay. – ambas falaram juntas. ____________________________________________________________________________

–O que foi, Lily? - Alice se assustou quando sua amiga irrompeu no dormitório.


–Aquele bastardo, como ele ousa! – ele falou depois de sentar abraçando as pernas e ficar balançando para frente e para trás.


A morena ficou preocupada já que nunca ter visto Lily daquele modo. Ela estava com o rosto rubro de raiva, porém com o semblante... desolado.


– Lily, fala alguma coisa?


– Aquele garoto! Recitou um poema.


– Quem recitou um poema e porque?


– Foi o Potter e eu tinha pedido.


– Você pediu para ele recitar um poema? – Alice perguntou com uma pontinha de esperança.


– Não. Quer dizer... não. Ai, você está me deixando confusa. – a ruiva falou com as mãos no rosto.


– Eu é que não estou entendendo nada, pessoa querida. Calma, respire fundo.


Depois de alguns minutos, Lily contou detalhe por detalhe sobre o ocorrido indesejado. E sua amiga ficava com os olhos brilhando mais a cada palavra que ela pronunciava.


– Ah, que lindo! Você não viu nada o que o James pode fazer. – Alice comentou por fim.


– Nem quero saber. Ele deve levar esse livro para recitar poemas para as garotas ingênuas que ele leva na torre de Astronomia.


– Deixa disso, Lily. Fala que você ficou desconcertada com a revelação.


– Claro que não. Eu só fiquei... surpresa. Nada de mais.


– Sei. Mas você concordar comigo que o James é o garoto mais bonito de Hogwarts.


– Aff, Alice.


– Fala logo.


– Ah, ele é... bonitinho.


– Bonitinho é sinônimo de feio.


– Ai, tá legal. Ele é bonito e só. Porque, como pessoa, ele é um otário.


– Bom, eu tenho que ir, porque vou encontra-me com o Frank. Tchau. – Alice disse enquanto abria a porta e, antes de sair, continuou – Lily, não seja dura com você mesma. O James pode estar a qualquer momento a mercê de você, mas vai haver uma hora que ele irá se cansar e você vai acabar perdendo-o.


Já sozinha Lily abraçou as pernas e sussurrou para si mesma:


- Vai ser melhor assim.

____________________________________________________

– Cara, você está legal? – Sirius perguntou ao James que estava deitado com um olhar perdido.


– Acho que sim.


– Você acha? Eu não tenho tanta certeza assim. – brincou ele.


– Velho, eu não sei o que eu faço com a Lily?


– O que aconteceu dessa vez? – Sirius perguntou sentando em frente de seu amigo.


James sabe que pode contar com seu irmão de coração, mesmo que fosse para falar sobre assuntos ... ”melosos”. Palavras de Sirius Black.


– Sinceramente Prongs, ela ficou meio balançada. – Sirius comento no final do relato sobre o acontecimento “livro perdido e achado”.


– Você acha? Eu pensei que ela ficou brava.


– Cara, pensa um pouco. Ela acha que você é um desordeiro filha da puta que não faz porra nenhum na vida e de repente ela conhece um lado totalmente diferente que ela sempre criticou. – Black falou como se fosse algo normal.


– Valeu, cara. Isso foi muito animador.


– De nada. Estamos aqui para isso. Mas falando sério agora, ela adorou o seu momento poético.


– Você acha? – James perguntou enquanto endireitava o óculos no rosto.


– Tenho certeza. A tomatinho ficou sem jeito, porque percebeu que você estava certo.


– Não tinha cogitado isso. Pensei que ela estava brava comigo, quando ela deu aquele recado e saiu depressa.


– Bom, ela saiu rapidamente, porque estava com vergonha.


– Valeu, Padfoot.


–De nada. Deixemos de falar na pimentinha para falarmos do plano Felix Felicis.


– Okay, senhor Eu-sou-inteligente. – James brincou.


– Mas eu sou inteligente. Continuando, eu estava pensando não ir com sua capa de invisibilidade... – Sirius falou, mas logo foi interrompido.


– Por quê? A minha capa sempre está ao nosso lado quando mais precisamos dela. – Jay disse de um jeito dramático.


– Deixa de ser dramático. homem. A gente vai leva-la
conosco, mas só vamos usá-la se for preciso.


– Entendi. Então, como vamos entrar?


– Nós vamos entrar com isso. – sorrindo Sirius retirou da sua mochila um livro e abriu em uma determinada página para mostrar a James.


– Brilhante, Pads!


– O que é brilhante? – Peter, que acabou de chegar, perguntou aos amigos.


– O nosso plano para entrar no quarto do Snape. – Sirius explicou.


– E você vai nos ajudar. – James disse se postando ao lado do Black.


– Eu? – Peter sussurrou enquanto ficava branco.


– Calma, Wormtail. Você só fará um pequeno trabalho. - James esclareceu.


– Eu tenho escolha?


– Não. – a dupla disse em uníssono.


– Tudo bem. Mas o Remus sabe disso?


– O que eu não sei? – Remus perguntou calmamente à medida que entrava devagar devido aos livros que estava carregando.


– Sobre o nosso plano. – James falou.


– Vocês sabem que não é necessário fazer isso. É só ficarmos alertas em relação ao Snape. – Remus suplicou a eles sobre por em prática o plano.


– Moony, você sabe que quando estamos falando de Slytherins, estamos falando de pessoas asquerosas. – Sirius disse.


– Okay, vocês venceram. Mas eu precisar ir também?


– Não, Moony. Esse esquema será feito somente por nós três como um presento ao nosso lobinho favorito. – Potter brincou.


– O que eu fiz para ter esses amigos, Merlin. – Lupin comentou revirando os olhos.


– Nós te amamos muito, Moony. – Sirius falou enquanto abraçava Remus.


– Sirius, dá para parar com isso. Daqui a pouco vou pensar que você é gay. – James e Peter gargalharam com o comentário do amigo.


–Você é o lobinho mais lindo do mundo! – Sirius disse correndo atrás de Lupin.


Depois de Remus conseguir fugir do “cachorro louco”, James e Sirius foram para a Sala Precisa para iniciarem a poção. A Sala Precisa,
também conhecida como a Sala Vem e Vai, está localizada no sétimo andar e sua entrada fica oculta. Só aparece quando se necessita de algo e a pessoa deve passar por ela três vezes para assim ela surgir e se transformar naquilo que a pessoa precisa.


Ao abrirem a porta, os meninos observaram uma sala típica de uma aula de poções. Uma mesa estava posta no cento com alguns objetos sobre ela. No canto esquerdo da sala, estava uma estante com os ingredientes e, à direita, estava outra estante com alguns livros.


– Beleza, temos tudo! – comentou James.


– O ruim disso é que nós teremos que fazer tudo certinho, a poção não pode dar errado. – Sirius falou.


– O pior é que o poção demora um mês para ficar pronta.


– Mas nós vamos dar conta. Como diz Marlene, “força na peruca”. – Sirius falou sorrindo.


– Então, mão na massa. – James foi em direção a sua mochila para pegar o livro e ler as instruções da poção Polissuco.


Mesmo que o preparo da poção seja um tanto trabalhoso, já que a poção Polissuco requer muita atenção por ser complexa, a dupla conseguiu se divertir a beça. Afinal, eles eram James Prongs Potter e Sirius Padfoot Black.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, o soneto é do Shakespeare. Infelizmente, eu não tenho tanto talento para escrever sonetos. Mas eu adoro ler poemas.
O livro Hours of Idleness (Horas do Ócio) foi escrito por Lord Byron. Esse livro apresenta poesias.
Eu gosto de Lord Byron, gente. Ele é tudo. rsrsrs
Esse capítulo foi escrito em especial a minha amiga Carolina(perfil:Dama da Noite). Ela é uma ótima poetisa.
Beijos a todos e até o próximo capítulo,
Adhara.