Ao Seu Lado. escrita por Adhara Merovíngio


Capítulo 7
Capítulo 7: Novos amigos


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores,
Mais um capítulo. Esse capítulo faz referencia a uma passagem no Harry Potter e o Enigma do Principe. Por isso, tentei não ficar muito ligada ao livro e so filme, porque queria escrever no meu jeito.
Demorei, mas postei.
Só fiquei um pouco triste que no ultimo capítulo eu tive somente um Review de uma grande amiga. Queria que vocês pudesse participar mais, por que eu não sei se o capítulo ficou legal ou não.
Espero que gostem.
Beijos e boa leitura,
Adhara



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(Narrado por Dorcas Meadowes)

Acordei com os raios do sol nascente tocando o meu rosto fazendo os meus olhos piscarem varias vezes. Levantei da cama com calma para não acordar minhas amigas. Pelo que entendi, essa cama era ocupada por uma menina do sétimo ano no ano passado.


Fui realizar minha higiene pessoal e, depois, arrumar meu material que eu iria usar nas aulas de hoje. Fazia mais de um mês que tinha iniciado as aulas e, apesar de sentir saudades de alguns colegas da minha antiga escola, fiz amizades fortes e verdadeiras aqui em Hogwarts.


Passei pelo Salão Comunal sem parar por não ter ninguém para conversar lá. Caminhei tranquilamente nos corredores deste castelo sem medo de me perder, pois os meus novos amigos, Marotos, me passaram vários truques para eu lembrar onde estava. Assim, adentrei no Salão Principal e avistei Lily na mesa da Gryffindor tomando o seu café da manhã enquanto lia o Profeta Diário.


- Bom dia, Lily. – cumprimentei-a.


- Bom dia, Dorcas. Eu estava tão entretida que nem te vi entrar.


- Desculpa, juro que vou ficar quieta.


- Que isso, Dorcas. Já terminei de ler. Senta ai para nós conversarmos. – ela falou sorrindo.


Sentei de frente a ela e conversamos sobre os acontecimentos que ocorriam dentro e fora de Hogwarts.


Lily Evans é a bruxa excepcionalmente inteligente e um talento especial para poções. Ela é uma pessoa extremamente bondosa e sempre via o melhor nos outros, mesmo quando não podia ver a si. Sempre organizada com os seus materiais e defensora para com os fracos.


- Bom dia! – após trinta minutos, Marlene e Alice chegaram e vieram sentar-se conosco.


- Olá, meninas, Bom dia.


E assim, o Salão Principal pôs-se a encher de alunos numa esfera contagiante.


Marlene Mckinnon é extremamente moderna. Além de ser bonita, ela tem bons gostos para escolher roupas. Por isso, nós dizíamos que ela é a nossa personal stylist. Apesar de parecer uma patricinha, Lene tem um bom coração e é a mais centrada do grupo.


Já Alice Owstranger, é a pessoa mais romântica que eu já conheci. Ela é uma ótima pessoa para desabafar. Alice é uma pessoa carinhosa e difícil de estressar, exceto pela presença de Slytherin.


- Qual é o nosso primeiro horário, Lily? – Lene perguntou.


- Poções. – ela respondeu.



- Que ótimo, vamos ver nossos amigos Slytherins. – Alice comentou.


Olhei para a entrada do salão e a comitiva dos Marotos estava chegando. Remus, com seu uniforme impecável, andava a frente. Atrás dele vinha James e Sirius, eles estavam se arrastando com as caras de sono. E Peter, bem, ele estava normal de sempre.


- Bom dia, meninas. – eles nos cumprimentaram.


- Bom dia, meu Lírio. – Jay disse tentando puxar conversa com sua amada Lily.


- Mal dia, Potter. – a ruiva falou sem tirar os olhos de seu prato.


-Veja pelo lado bom, ela respondeu alguma coisa. – Six tentou animar James.


Após as formalidades de todos os dias, Marlene começou a tirar sarro da cara dos dois marotos preguiçosos deixando a manhã mais engraçada.


- Qual é a nossa primeira aula, foguinho? – Sirius perguntou a Lily.


- Poções é a nossa primeira aula. E eu não quero ver vocês dois fazendo brincadeira com os Slytherin. – a ruiva disse chamando a atenção deles.


- Mas nós não fizemos nada! – Jay e Six falaram juntos.


- O pior é o que vocês irão fazer. – Remus brincou.


- Obrigado, Moony! Nós também te amamos. – James falou fingindo estar bravo.


- Nosso dia vai começar muito bem. – comentei.


- Pois é! Se eles vierem fazer alguma coisa, eu juro que não vou medir minhas ações. – Alice disse olhando para a mesa dos Slytherin.


- Pirralha em ação, minha gente! – Sirius brincou fazendo todos rirem.


Levantamos da mesa e fomos junto para a sala de poções que fica na Masmorras. Entre brigas do nosso “casal” favorito, conversava com Remus e Alice sobre a nova pesquisa que foi publicada no The Alchemist (O Alquimista).


Desde quando eu entrei em Hogwarts, os Marotos sempre andavam com segredos e um deles é os estranhos apelidos. O apelido do Sirius é Padfoot, do James é Prongs, do Peter é Wormtail e do Remus é Moony.


- Será que o professor vai demorar? – perguntei enquanto esperávamos o professor em frente à sala.


- Eu espero que não. – Lene falou observando para o grupo verde e prata que nos encarava.


- Eu acho que sou lindo demais para todos ficarem me olhando. – brincou Six.


- Eu é que sou lindo. –Jay disse contradizendo-o.


- Seus mentirosos. Sou eu. – Remus falou entrando na brincadeira.


- Até você, Remus? – perguntou Alice.


- Ei, eu sou um Maroto. – Remus disse fazendo-nos rir.


Sirius Black é o garoto mais engraçado que eu já conheci. Six é o “ovelha branca” da sua família negra que tem uma mania elitista. Era fato que Sirius é um menino revoltado, mas isso não faz dele um marginal. Apesar de sua posse arrogante e seu sorriso malicioso, ele é um garoto inteligente e leal para com os amigos.


Horace Slughorn, nosso professor de Poção, chegou com sua beca impecável e abriu a porta para deixar-nos entrar na sala. Depois dos estudantes se acomodarem nas carteiras, o professor iniciou a aula.


- Muito bem classe, hoje eu irei mostrar a vocês essa poção. – ele falou enquanto retirava a tampa de um caldeirão revelando uma poção de aspecto perolado exalando uma fumaça em espiral.


- Alguém saberia me dizer que poção é esta? Senhorita Evans?


- É amortentia, Senhor. Ela pode ser identificada pela aparência brilhante como de perolas e pelo vapor que sobe na forma de espirais características. O cheiro varia de pessoa para pessoa de acordo com o que mais a atrai. No meu caso, sinto cheiro de orvalho da manhã, folhas envelhecidas de livros, almíscar e ... – Lily explicou. Tive a impressão que ela iria falar algo mais.


- Muito bem, Srta. Evans. Cinquenta pontos para a Gryffindor.


Sirius e James sorriram por Lily tem conseguido pontos para a nossa casa.


James Potter é o tipo de garoto de não gosta de mostrar sua verdadeira face. Todos conhecem o lado maroto dele, porem não conhecem o lado que lê Shakespeare e Lord Byron. James é contra sobre
preceitos elitistas em relação a nascidos-trouxas e outras espécies como
lobisomens, elfos e duendes.


- Amortentia não é como muitos pensam, ela não produz o amor, mas sim uma leve paixão, ou em casos mais fortes, uma obsessão. E por causa disso, ela é a poção mais poderosa do mundo. Entretanto não é essa que vocês iram fazer. Não queremos uma epidemia de apaixonados dessa escola, não é? – o professor concluiu fechando o caldeirão da Amortentia e continuou - Hoje, vocês farão a Poção do Morto-vivo. Quem for o primeiro a terminar corretamente terá esse prêmio. – ele falou mostrando um pequeno frasquinho contendo um líquido amarelo-dourado – Alguém sabe o que tem aqui dentro?


- Sorte Liquida, Senhor. – Lily mais uma vez respondeu.


- Sorte Liquida! – escutei Sirius sussurrar.


- Você está pensando no que eu estou pensando, Pads? – James perguntou.


- Sim, Prongs. Esse frasquinho vai ser a chave para o nosso sucesso.


- Com certeza, Pads. Com certeza.


- Correto, Srta. Evans. Mais vinte e cinco pontos para a Gryffindor. Essa poção, conhecida cientificamente como Felix Felicis, é difícil de fazer e quando ingerida em grande quantidade se torna tóxica. Uma colher de sopa no café da manhã é suficiente para um dia de sorte! Abrem o livro Estudos Avançados no Preparo de Poções na página 10. Os ingredientes estão no armário cinza. Então, que começem.


Todos os alunos foram pegar seus calderões e os materias e cada um se posisionaram em seus lugares para iniciar a poção. Na minha mesa estava Lily, Marlene e Alice e na mesa do lado estavam os Marotos.


- Não podemos deixar que o Ranhoso ganhe a Sorte Líquida! – Sirius falou para os Marotos.


- Por que não? – perguntou Peter.


- Ora Peter, pense um pouco. – James brincou.


Abri o livro na página pedida pelo professor e começei a ler as instruções. Depois de terminado de picar a raiz de valeriana e levado ao fogo, passei a cortar, ou melhor, tentar cortar a vagem suporífera. E foi ai que percebi que muitos alunos empacaram nesta etapa.


Tal vagem escapava a todo o momento que tentavamos cortá-la. Às vezes, ela sai quicando como se estivesse viva.


- Ai, droga! – olhei ao lado e vi Alice segurando o dedo mindinho sangrando.


- Pelas barbas de Merlin, Alice! Não tem uma vez que você não machuca a sua mão. – Lily falou preocupada.


- Eu não tenho culpa que esses negócios são escorregadios.


- Dê uma olhadinha na minha nécessaire. Eu sempre levo um frasquinho de ditamno. – disse apontando para minha mochila.


- Depois sou eu que levo tranqueira na nécessaire. – comentou Lene com um sorriso brincalhão no rosto.


- Não é tranqueira! Eles são úteis de vez em quando.


- Sei.


O professor Horace estava se divertindo a beça com as tentativas dos estudantes. Olhei na mesa dos meninos para saber se eles saíram da fase “cortar a maldita vagem”. James e Sirius estavam como loucos maltratando a coitada.


-Merda de hipogrifo! – Six falou enfiando com tudo a ponta da faca na vagem fazendo-a escorregar e voar direto para o meio da testa do Remus.


- Caramba, Sirius! Toma mais cuidado. – ele reclamou. Peter e Jay não aguentavam mais em pé de tanto que riram.


- Assim você vai afetar o terceiro olho do Remus. – comentou James.


- Foi mal, Moony. Foi sem querer.


- Tudo bem, Padfoot.


- Imagine Pads, você lançar um balaço bem no meio da testa num jogo contra Slytherin. – brincou Jay.


- Seria super legal. Mas lembra-se que eu quase consegui esse feito no terceiro ano.


- É verdade. Mas no próximo jogo...


- Como você conseguiu isso? – Marlene perguntou desesperada ao ver Lily extraindo um líquido da vagem.


-Na hora que eu estava cortando, acabei apertando a vagem com a bainha da faca.


-Mas Lily, o livro diz cortar e não amassar. – Alice falou contrariada.


- O único jeito que está dando certo é amassar. Ou você acha que vamos conseguir cortar esse negócio.


- Então, porque o livro vai passar a informação incorreta? - perguntei.


- Para perdemos tempo. – respondeu Marlene nervosa enquanto esmagava a vagem.


Depois de a Lily ter encontrado um solução, passamos tal instrução para a mesa dos Marotos que passaram para a mesa do Frank. No final, todos da sala tinham conseguido passar a fase “cortar” corretamente a vagem suporífera.


Era fato que não estavam dando certo. Marlene conseguiu deixa sua poção mais fedida que alimento de Explosivins. Já a da Alice, virou uma gosma esverdeada. Peter, como sempre, conseguiu explodir o caldeirão.


Peter Pettigrew conhecia os mais variados tipos de doces. Ele vivia na cozinha e da cozinha. Sempre estava junto da dupla dinâmica. Além disso, não é tão inteligente quanto os demais Marotos. As vezes ele se torna engraçado pelo seus próprios erros.


- Faltam 10 minutos para o termino da aula. – o professor falou enquanto passava entre as mesas dos estudantes.


- Agrh! – escutei um grunhido vindo a minha direita. Olhei para ver do que se tratava e vi uma Lily Evans totalmente descabelada.


- Calma, Lily!


- Eu não estou conseguindo fazer essa ordinária.


- Se você não consegue, imagine a gente. – Lene brincou tentando anima-la.


Logo após alguns minutos, um aluno se pronunciou.


- Terminei, professor.


- O que?


- Como?


- Quem?


- Severus Snape. Sabia que você iria conseguir. Vamos ver se você fez corretamente. – Horace disse caminhando até a mesa onde o Snape estava.


- Ele tem que errar, aquele idiota. – James comentou.


- Uma gota de gordura daquele cabelo tem que ter caído na poção. – Sirius falou de um jeito maldoso.


- Temos um vencedor. – o professor sorriu e tirou do seu bolso o pequeno frasquinho da Felix Felicis – Parabéns, senhor Snape. Use-a bem.


Todos os Slytherins da sala começaram a bater palmas e a parabeniza-lo pelo bem sucedida tarefa. Já os Gryffindors, saíram da sala reclamando da poção ser difícil e do livro ter passado as informações erradas.


- Injustiça! Se o livro estivesse corretamente, a Lily ou o Remus teriam terminado primeiro. – James falou estressado.


- Injustiça mesmo. Aquele Ranhoso. – Sirius comentou.


- Bom, isso significa que eu tenho que estudar mais para Poção. Então, vou indo para a biblioteca. Até a hora do almoço. – Lily disse mudando o seu caminho.


- Ah não! Agora, ela vai se matar de estudar como no final do quinto ano. – James falou preocupado olhando para o lugar onde a ruiva tinha desaparecido.


- Fica tranquilo, Jay. Vamos tentar falar com ela mais tarde. – Marlene tentou acalma-lo.


- Obrigado. Vamos lá para a orla da floresta?


- Vamos. – concordei alegre. Eu estava necessitando de respirar um ar puro.


- Ah, eu vou para a Salão Comunal. Preciso deitar num sofá. – Alice falou cansada.


- Eu também vou junto. Mais tarde nos encontramos. Tchau.


Eu e os Marotos voltamos a andar tranquilamente. Era muito bom ter a companhia deles. Os Marotos eram sempre otimistas e brincalhões. Enquanto caminhávamos, Jay e Six chingavam o Snape dos mais variados tipos de nomes que eu nunca escutado. E Peter os acompanhava rindo. Já Remus, ele estava quieto demais.


- Remy, tudo bem?


- Ah, sim. Está tudo bem.


- Tem certeza?


- Claro.


- Qualquer coisa, você saber o que fazer.


- Muito obrigada, Dorc. Mas esta tudo bem mesmo. Só um pouco cansado. – ele explicou sorrindo.


- Okay.


- Ora, ora, se não é o quarteto fantástico. – escutei uma voz irritante mais a frente.


- O que quer Malfoy? – Sirius falou empunhando a varinha.


- Está nervoso porque o nosso amigo Severus conseguiu a Felix Felicis.


- Não precisamos de porra nenhuma para conseguir o que quisermos. – James bradou entediado.


- É. Vai pensando desse modo, Potter. Vocês estão em maus lençóis. – Malfoy disse saindo com um sorriso vitorioso nos lábios.


- Vai nessa, idiota. – Sirius sussurrou nervoso.


- Não ligue para ele, meninos. Vamos lá para a árvore.


O que eu estava me referindo era a árvore na qual os Marotos sempre passavam as horas vagas como se fosse um refúgio para eles. E por ser um dos locais favoritos dos Marotos, ninguém chegava perto de lá.


Sentei em uma das raízes da tal árvore com os meus amigos já tranquilos e ficamos a observar os raios de sol matutino refletindo no lago Negro no qual a lula gigante nadava. Estava ficando preocupada uma vez que Remus andava quieto desde o termino da aula.


Remus Lupin é o mais centrado dos Marotos. Com sua calma, sempre ajuda quando pode. Apesar de parecer cansado de tempo em tempo, está sempre se empenhando em estudar. O que acho um tanto peculiar nele é a cicatriz que ele tem no rosto. Não que seja feio, mas sim um pouco... exótico (espero que o Sirius não lê este meu pensamento).


- Estava pensando... – Sirius começou a falar, mas logo foi interrompido.


- ...em conseguirmos pegar a Sorte Líquida? – James terminou a frase do Six.


- Parem de ler a mente do outro. – Peter disse revoltado.


- Não tenho culpa que você não sabe, Wormtail. – Sirius comentou.


- O que você esta em mente, Pads? – Jay perguntou.


- Hum, deixe-me pensar. – Six encostou as costas na copa da árvore e coçou o queixo – Podemos entrar no quarto do Ranhoso.


- Você está louco! – foi a primeira vez que Remus se pronunciou.


- Excelente, Padfoot! Mas tem que ser disfarçados.


- Claro. Vou pensar a respeito do disfarce.


James e Sirius formularam as mais variadas possibilidades de entrar no Salão Comunal dos Slytherins. Assim, Remus alegrava com as bobeias de seus amigos. E minha manhã terminava entre risos exaltados que ecoaram pela orla do lago de águas negras.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Eu sei que esse capítulo ficou meio sem sal e açúcar, principalmente, o final.
Abraços,
Adhara.



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