No dia seguinte, Carol abre os olhos e se encontra amarrada na cama, ela arregala os olhos e tenta tirar suas mãos e pés amarrados na cama com pano, Jonathan entra no quarto com uma sacola cheia de comida, assim que ele passa pela porta, a chuta, fazendo ela bate com força.

- O que pensa que esta fazendo seu lunático de merda? – Pergunta Carol.

Jonathan põe a sacola no balcão e vira-se para Carol.

- Ah! Agora é pra falar sério? – Ironiza Jonathan.

Carol fica assustada, de seu rosto escorre uma lágrima, ela recua para o lado.

- Ta eu falo... Eu vou te ajudar e você vai me ajudar – Diz Jonathan, ele pega todas as drogas que havia no quarto e as tacam fora, dentro de uma sacola preta.

Carol lembra-se dela debaixo do chuveiro tremendo de frio, conforme ela continua a tomar o banho gelado seus lábios ficam roxos e tremidos, em seguida lembra-se de vomitar na pia, depois de trocar a roupa e deitar na cama, foi quando Jonathan pula em cima dela e amarra seus pés e mãos.

Então uma luz forte a cega, Carol vira para o lado e abrem os olhos, assustada ela rapidamente olha para suas mãos, que estavam amarradas em seu sonho, ao seu lado estava Jonathan lendo um livro, ele o fecha e olha para Carol, naquele momento ele sorrir levemente.

- Esta na hora – Diz Jonathan.

Naquele mesmo dia todos se encontram num parque, Jonathan pede para que Carol senta-se no banco em frente à câmera, Bruna olha o carinho que Jonathan estava com Carol, ela respira fundo e liga o áudio, Lucas liga a câmera e Carol desde então passa a ser filmada. Com sua aparência mais leve, mais carinhosa mais doce, com seu cabelo preso e sem nenhuma maquiagem Carol concorda em fazer parte da reportagem, ela olha para câmera.

- Sei que querem que eu fale mais sobre o filme, eu não lembro muito... Eu... Eu não fiz quase nada nele – Diz Carol.

- Você chegou a assistir ele todo? – Pergunta Jonathan.

- Não, não assisti todo – Responde Carol.

- Seu pai não deixou você assistir? – Pergunta Jonathan.

Carol nega com a cabeça.

- Ele me disse que aquele filme não era para crianças – Ela relata.

Carol lembra-se de correr entre as árvores com sangue em seu rosto, ela fecha os olhos fortemente, em seguida os abre, Bruna segurando o microfone olha para Lucas desconfiando de Carol.

- Ah... Hm... Ta bom, isso é tudo por hoje – Diz Jonathan.

- Ficou legal – Diz Lucas.

Carol da um sorriso e se levanta, ela caminha em direção ao carro.

- Vamos indo – Diz Lucas, enquanto Carol caminhava.

Assim que Carol passa por Bruna ela lhe segue com um olhar ciumento, quando Lucas e Carol já estavam um pouco longe dela e de Jonathan, Bruna se dirigi até ele.

- Precisamos conversar – Diz Bruna, enquanto observava Jonathan guardar algumas coisas.

Ela olha para o chão, Jonathan fecha a mala e olha para ela.

- Bruna, era a minha única chance eu tinha que aproveitar... Ela estava perdida, ferrada e longe de casa, eu tinha que ajudar – Diz Jonathan.

- Transou com ela longe de casa? – Pergunta Bruna, tentando o máximo o possível não chorar.

- Vai por mim não foi nada romântico – Brinca Jonathan, ele passa por ela.

Bruna se vira.

- Você sumiu por um dia e quando aparece esta com uma morena gostosa e você acha que eu tenho que ficar feliz com isso? – Pergunta Bruna, irada.

Carol dentro do carro observa a briga dos dois.

- Se eu não amasse você eu não estaria aqui – Diz Bruna.

Lucas guardando o tripé da câmera observa Bruna discutindo com Jonathan.

- Não tem ninguém te obrigando – Diz Jonathan.

- Eu to me obrigando... Lucas e eu conversamos sobre isso – Diz Bruna, pondo o cabelo atrás da orelha.

Lucas fecha a mala do carro e olha para eles.

- EI! Vamos por o pé na estrada e gastar mais filme – Diz Lucas.

Bruna continua a encarar Jonathan.

- Acho que perdi a reunião – Diz Jonathan, ele se vira e caminha para o carro.

Bruna fica parada por alguns segundos, até que ela volta em si e corre até o carro, eles pegam a estrada, e ficam horas dirigindo.

- Que droga cara... – Diz Lucas, segurando o mapa ao lado de Jonathan que estava dirigindo o carro – Esse lugar parece até a Califórnia, já viajamos por horas e nada de chegar o lugar chamado Posto da Bia – Ele termina.

- Não esta no mapa – Diz Jonathan logo depois.

Bruna olha para Carol.

- Faz quanto tempo que não vai lá? – Pergunta Bruna.

Carol olha para eles.

- Lá é meio escondido... – Responde Carol.

- Não-saia-da-cidade – Comenta Lucas.

Bruna revira os olhos e encosta sua cabeça no vidro.

- Obrigada voz do além – Diz Bruna.

- Não, não, não é sério, o problema de todos esses chamados filmes de terror é que eles ignoram a existência da civilização – Diz Lucas – Os personagens sempre vão pro meio do nada, certo? E de repente os celulares, os carros, a tecnologia não pode, mas salvá-los, até que ninguém pensa em levar uma arma.

Jonathan da uma risada.

- Né? E de repente esses caipiras de merda de não sei aonde acabam com a raça deles – Diz Lucas.

Jonathan continua rindo.

- E isso não aconteceria se eles não tivessem deixado a cidade – Diz Lucas.

Jonathan passa com o carro por uma placa onde estava escrito “ Você esta saindo da cidade de Monrray”.

Numa parada para irem se aliviar, Carol sai de trás da árvore fechando a calça, ela põe as mãos no bolso e anda em frente.

- Acho que o pai dela a queimou com cigarros – Diz Jonathan, enquanto via a gravação da Carol.

Lucas olha para ele.

- O pai cuja reputação você quer ressuscitar? – Pergunta Lucas.

- Não, ele esta morto – Responde Jonathan.

- O que? – Pergunta Lucas, espantado.

- É, ela disse que ele morreu há 10 anos – Diz Jonathan.

- E onde estamos indo? – Pergunta Lucas, sem entender.

- Vamos para o último lar dele – Diz Jonathan, sorridente - A casa.

- Casas têm sótãos – Diz Lucas.

- E garagens e celeiros... – Diz Jonathan.

- Talvez um arquivo de filmes? – Pergunta Lucas.

- Exato – Responde Jonathan.

Carol os observa, ajeita sua blusa e caminha em direção a eles, Carol sem qualquer intenção olha para baixo, ela repara algo estranho entre a folhagem, então para e se agacha, Carol espantada espalha a folhagem e pega sua boneca que tinha o rosto rasgado, ela arregala os olhos e fica completamente assustada. Carol se levanta preocupada, ela continua encarando aquela boneca que no filme servia de aviso antes que o assassino atacasse, Carol da uns passos para trás segurando aquela boneca, ela lembra-se de umas cenas do filme.

Com muito medo ela olha para trás bem devagar, não havia absolutamente ninguém lá, Carol solta à boneca e continua andando, ela limpa suas mãos umas nas outras, até que ela ouve um barulho de chocalho, Carol arregala os olhos, naquele exato momento ela olha para trás desesperada, entre as árvores estava ele, Baby Face, o assassino que Carol podia jurar que nunca mais o viria em sua vida, em seguida escorre uma lágrima de seu rosto. Ela muito assustada continua vidrada olhando para aquele homem de casaco vermelho e máscara de boneco.

- Não pode ser – Diz Carol.

Ela vira para tentar correr, no entanto bate de frente com Jonathan, chorando e muito assustada ela o abraça.

- Ei, ei... Calma, o que foi que houve? – Pergunta Jonathan, ele olha para ela.

Carol se vira, não havia ninguém lá.

- O que foi? – Pergunta Jonathan, preocupado.

Carol se vira e o abraça, ela chorava muito assustada, deixando Jonathan assustado com o que poderia ter acontecido, ele olha ao seu redor e não havia nada além deles lá.

- Calma... Vamos voltar pro carro – Diz Jonathan.

Ele a abraça e a tira dali, de longe uma câmera os filmava, então a mão de Baby face aparece e desliga a câmera.

Carol olha para trás com receio de vê-lo novamente, ela olha rapidamente para frente, por conseqüência ela tremia demais e chorava controladamente.

- O que foi que você viu? – Pergunta Jonathan.

Na estrada, Bruna esta encostada no carro e Lucas parado um pouco distante com os braços cruzados, ele olha para Bruna.

- Ele sabe... né? – Pergunta Lucas, ele caminha até Bruna – Afinal... Como não saberia?

Bruna olha para ele com uma expressão de choro.

- Ta brincando? Ele só sabe o que precisa saber – Diz Bruna.

- É – Diz Lucas, ele toca no braço de Bruna.

No exato momento ela tira seu braço da mão de Lucas.

- Lucas... Foi só uma noite – Diz Bruna – Nós só ficamos, o assunto morreu aqui.

Lucas levanta as mãos.

- Ai, falo... Foi o que eu pensei – Ele diz.

- Que bom – Diz Bruna, irritada, ela dentro do carro.