Segredos Ocultos escrita por Emmyy, Agnes Julianna


Capítulo 3
Delegacia.


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, demorou um pouco mais está aqui. Por favor comente. Vou postar um dia sim e um dia não. :B



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Marie POV

Estávamos na delegacia e Lizziota não parava de me lançar aquele olhar maldito enquanto o delegado falava. “Que foi maluca? Eu quem sou a vitima da história!” Me sentia uma injustiçada, afinal de contas todo mundo erra alguma vez na vida.

A culpa de estarmos ali era toda de Josh, que decidiu que nós tínhamos que falar com a velha nojenta... Quando contamos pra ela o que havia acontecido a bruxa me chamou mais uma vez de irresponsável e varias outras coisas mais que eu não consegui entender, é claro. Já passavam das 3:00 da manhã e eu queria sair daquele lugar abafado o mais rápido possível.

— Você poderia descrever o homem que lhe atacou, senhorita Dumfrey? — Sorri abertamente assentindo com a cabeça, isso parecia ser moleza ao meu modo de ver as coisas.

— Ele tinha olhos grandes, na boca faltava pelo menos 15 dentes. — Gargalhei, não conseguindo conter o ataque de risos. “Ótima hora pra ter um ataque de risos Marissa, na delegacia, com vários policiais te olhando, sua avó que mais parece o cão te encarando com ódio, seu melhor amigo super nervoso por que possivelmente um assassino sanguinário pode estar atrás de você e sua irmã retardada ensaiando a coreografia idiota das lideres de torcida no meio da delegacia! “ Gargalhei ainda mais com a minha última observação. Minha visão estava ficando turva por causa das lágrimas que transbordavam a cada momento em maior quantidade dos meus olhos, resultado dos risos que eu ainda não tinha conseguido controlar.

Respirei fundo sentindo que o meu ataque, em questão de segundos passaria. Passei as mãos nos olhos em uma tentativa de tirar o excesso de lágrimas que se concentraram no local. Quando voltei a enxergar não me assustei ao ver todos me encarando como se eu fosse uma louca (menos é claro Makky que ainda estava saltitando e cantando feliz da vida, essa aí sim é que é uma doida varrida), encarei-os de volta totalmente séria. “Hora do show!”

— O que estão olhando? — Falei na maior cara de pau. — Tem um assassino à minha procura e vocês ficam parados me olhando como se eu fosse um ET? — Levantei-me da cadeira onde estava sentada peguei minha bolsa, fingindo estar decepcionada e me dirigin em direção à porta de saída. ”Um pouquinho de drama não vai fazer mal pra ninguém!“ Senti braços fortes e conhecidos envolvendo minha cintura e me puxando para trás. Não precisei olhar pra saber de quem se tratava. “Rápido não?!”

— Fica aqui. — Falou autoritário, mas dessa vez eu não estava disposta a obedece-lo. Virei-me para encara-lo aproximando minha boca de seu ouvido.

— Eu não vou ficar aqui! Vem eu preciso conversar com você! Sussurrei. Como eu já havia previsto ele soltou minha cintura e segurou minha mão pra que eu não tentasse fugir novamente.

— Com licença! —  Josh não esperou que ninguém consentisse, apertou forte minha mão e me puxou pra fora da delegacia. — Fala logo do que se trata! — Disse me encostando na lateral do meu Aston, ficando à minha frente com um braço de cada lado do meu corpo.

— Eu não vou sair correndo pela rua garoto. Dá pra me soltar ou está dificil?! — Falei aparentemente irrita (só aparentemente). Semicerrou os olhos em duvida, mas, finalmente recolheu os braços e os cruzou sobre o peito. Cruzei meus braços sobre o peito também e passei a encará-lo assim como ele estava fazendo comigo, nesses momentos eu sempre agia como uma criança. Não falei nada, era obvio que eu não tinha nada pra falar com ele! Ele que era exageradamente ingênuo e acreditava em tudo que eu falava. “Homens!! Sempre achando que somos as bobas da história!” De repente me deu uma vontade de cantar e dançar.

— They tried to make me go to rehab, but I said, "No, no, no" — Comecei a cantar e a dançar a primeira música que veio na minha cabeça, e foi justamente Hehab da Amy Winehouse. Só então me lembrei que Josh poderia me taxar como louca depois desse episódio o que me fez parar de cantar e dançar imediatamente. Me surpreendi quando vi que Josh ria da minha atitude. O estranho abriu a porta do meu carro ainda rindo, e ligou o som na música que à pouco eu cantara e dançara. Saiu do carro se mexendo no ritmo da música. Nosso gosto musical sempre foi bem parecido e eu sabia que ele adorava dançar, mas não imaginava que ele dançaria na situação que estavamos! “Ei, a louca e doente aqui sou eu!!”  Eu o olhava boquiaberta. Quando percebeu o meu estado, ele me puxou por uma mão passando a outra na minha cintura. Não resiti e quando vi já estavamos, dançando, cantando e gargalhando. Quando a música acabou ele me abraçou.

— Sua louca! — Falou rindo. — Precisamos voltar lá pra dentro. — Me soltou. Me vi sem alternativas então decidi fazer o que ele tinha sugerido, tudo que estava querendo quando saí da delegacia era fazer drama. Entramos na delegacia e me assustei ao ver que todos nos olhavam. “Será que alguém nos viu dançando lá fora?” Pensei animada, adorava quando isso acontecia.

— Somos populares até na delegacia agora, Josh! — Murmurei toda orgulhosa, o que fez Josh gargalhar.

— Achei que não iriam mais voltar! — Trovejou a velha maldita. “OH, como sofro!” Eu não entendia por que aquela velha chata não me deixava em paz.

— Mas como pode ver, Lizzie “querida”, nós voltamos! — Ela me encarou vermelha de raiva por causa do tom sarcástico que eu havia usado quando a chamei de “querida”.

Sentei-me onde estava antes de sair de lá e descrevi o ladrão azarado do jeito que lembrei. Não foi tão fácil quanto eu pensei que seria. Quando terminamos me mostraram como havia ficado o retrato falado do ladrão. Sinceramente não estava nem um pouco parecido. Mas eu não estava ligando mais, afinal de contas, a surra que eu dei nele nem foi tão grande assim.  

— Então senhorita Dumfrey, esse é o cara que estamos procurando? — Sorri para o delegado. Qualquer coisa que eu falasse ali seria a verdade mesmo. “Tudo pra sair logo desse moquifo!”

— Sim. Espero que o achem o mais rápido possivel.— Levantei-me virando as costas para o delegado, puxei Josh pela camiseta e ele me acompanhou. A doida da Lizziota ainda tinha que ficar e assinar alguns papeis e minha irmã lesada ficou pra pegar carona com a velha. Chegamos no meu carro e Josh abriu a porta do passageiro pra mim.

— Surtou? — Falei, já correndo pra dar a volta no carro e chegar primeiro do outro lado. Estava ofegante quando cheguei no meu destino, correr não era muito meu forte. Puxei a trava da porta e ela não abriu, tentei novamente mais foi em vão, procurei a chave e me lembrei que estava ainda com Josh. Dei a volta novamente me sentando no banco do passageiro emburrada.

— Não fica com raiva de mim, gata. — Falou enquanto dirigia meu bebê. — Eu te trouxe então eu me sinto na obrigação de te levar de volta. — O cretino estava rindo da minha reação.

— Um dia você vai me pagar tudo o que está me fazendo e esse dia meu caro, está pra chegar! — O ameacei com os olhos queimando de raiva.  Não adiantava, nada que eu fazia ou falava deixaria Josh nervoso, não nessa noite, mas outras noites viriam... Josh ligou o som e começou a tocar a musica Where is the love? do Black Eyed Peas. O lesado começou a balançar a cabeça no ritmo da música e a cantar... bem eu não sei se posso chamar o que ele estava fazendo de cantar só sei que a animação dele era contagiante. Sim, ele me passou a animação dele e comecei a cantar e a me mexer também. Quando chegamos na minha casa já estava pra amanhecer e amanhã começariam as aulas. “Uhuuu! Estou louca pra ver os novatos!” Pensei super animada, afinal de contas os garotos do de lá já estavam cansando a minha beleza. Josh deixou meu carro na garagem se despediu de mim, e foi embora no Lamborghini que havia deixado na minha casa antes de irmos na delegacia. Assim que atravessei a porta da minha casa ouvi meu estomago roncar, joguei minha bolsa no sofá me dirigi até a cozinha. Abri a imensa geladeira tirando de lá uma torta de chocolate muito convidativa que Lizziota tinha comprado pra Makky. Como eu sabia? Estava escrito na torta:

Para minha querida e amada neta, Makky.

Makky diferente de mim gostava de Lizziota não sei se é falsidade, mas juro que já tentei milhares de vezes fazer a cabeça oca da garota se distanciar da velha. Essa foi uma das únicas vezes que não consegui convencê-la de fazer o que eu queria.

Corri para o meu quarto com a torta em mãos, passando no sofá no caminho pra pegar minha bolsa. Atravessei a porta do meu quarto coloquei a bolsa e a torta em cima da escrivaninha e fui correndo fechar a porta. “Merda com que eu vou comer?” Corri até a cozinha pegando uma colher e uma garrafa de Heineken. Ouvi o barulho do carro da Lizzie chegando e me apressei mais ainda pra chegar no meu quarto. Bati a porta fortemente trancando-a segurando a colher com os dentes e a garrafa com uma mão. Fui saltitando até a escrivaninha cantarolando animada.

— Minha torta, minha torta, minha torta, minha torta... — Não pretendia comer toda torta como também não pretendia devolvê-la. Quando não aguentava mais comer da torta, tive uma excelente ideia. Coloquei o que sobrou da torta dentro de uma sacola peguei a chave do carro e saí de casa silenciosamente. O sol já estava nascendo e eu havia perdido todo o sono, logo logo as docerias estariam abertas e Makky só acordaria por volta das onze horas da manhã, tinha tempo de sobra. “Makky, eu não te odeio, mas, eu preciso fazer isso pra que você se toque da avó que têm.” Dirigi meu carro até uma farmácia e comecei a por meu plano maquiavélico em prática. 


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Notas finais do capítulo

Se tiverem dúvidas em alguma coisa é só perguntar meus amores, não sejam tímidos.
Beijokaass ;*



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