Minha Vida Antes... (annabeth) escrita por Marina Leal


Capítulo 23
Capítulo 23: TEMPO LIVRE, OU QUASE ISSO




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Este capítulo será dedicado a uma leitora que me apoiou quando eu estava prestes a desistir desta fic. MarryFiion, muito obrigada por me encorajar todo esse tempo. E quero agradecer a todos vocês, meus leitores, que tiraram de seu tempo para ler minha fic. Eu quero dizer que escrever essa parte da vida de Annabeth foi uma experiência incrível e me fez admirar ainda mais essa personagem criada pelo Rick Riordan, sinto que estou mais próxima de compreender tudo o que foi escrito. Me sinto feliz e satisfeita por ter concluído essa parte tão importante da vida dela. Não quero que os outros autores que também fizeram versões sobre a vida dela pensem que estou me sentindo melhor que eles, cada um tem seu ponto de vista sobre a vida dela e esta fic mostra o meu. Obrigada a todos vocês, sejam meus leitores ou não. Boa leitura, até a próxima fic.



Algumas horas depois, todos estavam indo embora e se despedindo de mim e Luke.

“Talvez os vejamos novamente no próximo verão.” Luke falou ao meu lado quando as vans partiram, levando nossos amigos para seus destinos. “Elizabeth disse que não é certeza, mas que vai tentar aparecer aqui ano que vem.”

Concordei com a cabeça e sorri.

“Até lá vamos ter treinado muito.” Falei. “E vamos melhorar bastante.”

“Sim.” Ele falou e me levou de volta para o pavilhão do refeitório. “As coisas vão ficar meio estranhas com o acampamento vazio.”

Olhei em volta e compreendi o que ele quis dizer. A quadra de vôlei estava vazia, a não ser por alguns sátiros que estavam sentados no chão e batiam papo animadamente.

“Por onde será que o Grover anda?” Ele se perguntou ao ver a mesma cena que eu.

Eu suspirei, estava relutante em contar a ele o que minha mãe havia me contado, mas não parecia justo fazer aquilo com ele.

“Ele não vai aparecer agora.” Falei tentando esconder a tristeza e ele me olhou um tanto alarmado. “Não se preocupe, ele não morreu. É só que houve uma coisa que ele tem que fazer e só pode voltar quando terminar.”

“E o que é?” Luke questionou.

“Não faço a menor ideia, a pessoa que me contou não quis falar qual era essa tarefa.” Falei esperando que ele entendesse.

Ele concordou com a cabeça e olhou para o pinheiro depois para mim.

“Apesar disso, eu não queria que isso acontecesse com ele.” Disse e eu concordei.

Tentei me manter calma enquanto caminhava para o chalé de Atena com Luke ao meu lado. Ele parecia carregar algo pesado sobre seus ombros.

“Eu não queria ser conselheiro de chalé.” Ele falou amargamente ao perceber que eu o encarava. “O que vou fazer? Como vou agir? E ainda tem essa história de líderes do acampamento, como vamos fazer isso?”

“Eu não sei, também estou responsável pelo chalé. E por mim tudo bem enquanto for apenas eu, mas e quando chegar novos irmãos para mim?” Falei e terminei como pergunta para mim mesma.

“Boa pergunta.” Ele comentou. “E alguns que forem para o chalé de Hermes nem serão meus irmãos.”

Eu suspirei.

“Mas acho que vai ser bom, você vai ter companhia todo dia enquanto eles estiverem com você.” Disse tentando ver o lado bom das coisas.

“Talvez.” Ele disse pensando no que eu disse. “Imagino que sua mãe logo vá mandar um irmão para você não é?”

Pensei por um momento.

“Acho que sim.” Falei dando de ombros. “Então, o que a gente vai fazer amanhã?”

“Bem, acredito que vamos poder escolher nossos horários e como só há nós dois no acampamento vamos treinar juntos.” Ele falou. “O que você quer fazer depois do café?”

“Podemos ir para a arena, ou talvez estudar grego.” Falei rapidamente. “Por mim tanto faz, e para você?”

Ele deu de ombros.

“As duas opções são boas para mim.” Ele falou. “Agora precisamos ir para o chalé. Boa noite Annabeth.”

“Boa noite.” Falei e ele caminhou para o chalé onze enquanto eu entrava no chalé de Atena.

Me deitei e rapidamente dormi.

Meus sonhos foram uma mistura de imagens do que eu havia vivido até aquele momento.

Os momentos de solidão em casa, apenas com meu cachorro me fazendo companhia. O casamento de meu pai e as brigas com minha madrasta. A noite que fui embora, o primeiro monstro que enfrentei. O encontro com Courage e em seguida com Thalia e Luke. Todo nosso tempo juntos até o momento que chegamos ao acampamento e conhecemos nossos irmãos, exceto Thalia.

Talvez Luke estivesse certo e nós dois não estivéssemos prontos para liderar o acampamento, será que Kurt e Elizabeth fizeram o certo em deixar tudo em nossas mãos? Eu queria muito acreditar que sim, mas não conseguia.

Abri os olhos e tentei colocar tudo em perspectiva, mas era muito difícil e complicado de entender.

Eu só queria que a minha família estivesse sempre comigo, Luke e Thalia. Talvez eu estivesse pedindo demais, era muito egoísmo querer que ela estivesse viva e que Grover estivesse ali? Eu imaginei que se fosse Zeus, poderia ter salvado a vida dela, poderia ter feito algo melhor, disso eu tinha certeza.

Parei de me torturar e levantei da cama, me arrumei e fui tomar café no pavilhão do refeitório, com apenas Luke me fazendo companhia, mesmo que ele estivesse várias mesas longe de mim.

Quíron estava na mesa principal e olhava com tristeza as mesas vazias, como se ver o acampamento praticamente vazio o deixasse deprimido, ao lado dele o senhor D. parecia exatamente o oposto, parecia alegre e satisfeito em ter apenas dois campistas.

Eu e Luke estudamos grego depois do café, depois fomos para a arena treinar um pouco de esgrima e depois arco e flecha.

Logo essa se tornou uma rotina fácil de seguir que nem reparei na passagem do tempo, um dia, remexendo em minhas coisas encontrei o cartão que Zoe havia me dado, por um momento pensei em jogá-lo fora, mas resolvi guardá-lo.

Apenas me dei conta do dia em que estávamos quando Luke me esperava na porta do chalé com um presente nas mãos.

“Feliz aniversário Annabeth.” Ele falou e eu pisquei completamente surpresa.

Olhei para o calendário pregado na parede e vi que ele estava certo, realmente estávamos em 23 de outubro.

“É para você.” Ele falou com um sorriso caloroso para mim. “Espero que goste.”

Peguei o embrulho e abri o presente, era um livro grosso feito em grego. Na capa estava escrito: Arquitetura clássica para o século XXI.

“Uau!” Falei virando a página. “Eu adorei!”

Ele sorriu.

“Agora vem, a gente precisa tomar café.” Ele falou. “Deixa o livro dentro do chalé, acho que hoje o Quíron vai dar uma folga para nós dois.”

Deixei o livro em cima da minha cama e voltei para fora.

“Vamos!” Sorri.

O que eu não esperava era: Quíron e o senhor D. estavam em frente a um bolo com glacê branco com o desenho de uma coruja castanha em cima com aqueles chapéus em forma de cones.

Contive uma risada quando eles começaram a cantar o “parabéns pra você”.

Cada um de nós comeu um pedaço de bolo e Quíron confirmou o que Luke havia me falado antes e nos deu o dia de folga.

Eu e Luke passamos algum tempo conversando, mas ele precisou voltar ao chalé para arrumar as coisas que estavam espalhadas.

Assim que ele se afastou eu caminhei em direção à praia.

“Se posso opinar na escolha de seu passeio, eu prefiro que você vá para os bosques.” Uma voz de mulher falou atrás de mim.

Me virei e a vi.

“Oi mãe.” Falei tentando esconder minha surpresa. “Não esperava ver você aqui.”

Ela sorriu.

“Não podia deixar seu aniversário passar sem ver você.” Disse. “Venha comigo.”

Ela apontou para a direção oposta da que eu estava indo.

“Mas...” comecei.

“Tenho uma quantidade certa de tempo para ficar com você.” Ela cortou e eu decidi segui-la.

“Fico feliz que a senhora veio.” Falei.

“Eu também.” Ela disse. “Observei você sempre que pude. Sei que você sofreu minha Annabeth.”

Eu baixei a cabeça.

“Suas aventuras deixaram marcas em você não foi?” Ela perguntou.

Concordei sem conseguir expressar em palavras.

“Mas você é uma semideusa.” Ela falou como se fosse um peso sobre minhas costas. “E suas aventuras estão apenas no começo.”

Eu a olhei.

“Será que a senhora pode me dizer quantas eu vou ter?” Perguntei.

Um trovão soou no vale e minha mãe olhou para mim.

“Infelizmente meu tempo se esgotou.” Ela falou e andou até mim e me abraçou. “Feliz aniversário minha filha.”

E desapareceu, deixando no ar apenas um leve perfume que não consegui identificar.

Olhei em volta, mas ela realmente não estava mais ali.

E eu acreditava no que ela havia me dito antes de desaparecer, minhas aventuras estavam apenas começando.


Como eu disse nas primeiras notas, esta fic foi um tributo a Rick Riordan, os direitos autorais de personagens como: Annabeth, Luke, Thalia, Grover e etc. pertencem a ele. Os outros campistas que aparecem são de autoria minha. Espero, sinceramente, que tenham gostado tanto quanto eu gostei, foi uma ótima experiência.

Um agradecimento especial a: NaileC, LuhGrace, almawolf, Balii, luh12345, Babbi, Patty16 e todos aqueles que puderam ler minha fic.

Beijos e cupcakes, Marina Leal (ou como me conhecem: Marina_Jackson)



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