-Mãe, precisamos falar com você! – Lê falou.

-Podem falar meninas! – Ela respondeu ainda sorrindo.

-Vem cá! – A puxei e ela se sentou em um sofá, e eu e a Lê em outro na frente dela.

-O que foi? Estão me deixando nervosa! – Ela falou preocupada.

-Então mãe, é que...

Lê POV

-E que o que Letícia? – Ela perguntou já irritada.

Nesse momento, me veio a cabeça, um flashback de quando eu fui me despedir do Edu, antes de eu ir para o navio.

-Flashback on-

Quando fiquei sabendo que iria passar 1 ano e meio em um navio, liguei para o Edu, afinal, não iria sem me despedir dele.

-Oi meu amor! – Ele disse ao atender o celular.

-Oi Edu! – Respondi.

-Eu fiquei sabendo pela Luh, que o Gustavo falou pra ela, que vocês vão viajar... – Edu se adiantou.

-Sim, por isso te liguei. Queria passar o resto do dia contigo. – Falei sorrindo.

-Claro meu amor! Mas não vou poder sair, por que meus pais saíram, e eu tenho que ficar aqui com a Luh! Por que não vem aqui em casa? –Ele perguntou sorrindo, eu acho.

-Claro, só vou avisar a minha mãe, trocar de roupa e em 20 minutos já to ai! – Respondi.

-Ok, beijo! – Ele falou e desliguei o telefone.

Me troquei, avisei minha mãe, e fui a pé, já que a casa do Edu não é tão longe da minha.

Toquei a campainha e ele atendeu.

-Oi meu amor! – Ele falou e nos beijamos. – Entra.

-Cadê a Luh? – Perguntei.

-Ta no quarto dela com uma amiga.

-Ah, sim.

-Vem. – Ele disse e me puxou para o quarto dele.

Ficamos deitados na cama deles, abraçados e começamos a nos beijar.

O beijo foi ficando cada vez mais intenso, Eduardo deitou por cima de mim e continuou o beijo.

-Lê, você quer? – Edu perguntou amoroso.

-Ai Edu, não sei... – Falei, afinal, estava insegura ainda.

-Poxa Lê, só pra saudade não ficar tão grande, por favor! – Ele disse e eu dei uma risadinha.

Pensei melhor sobre isso, uma hora ou outra, isso vai acontecer, a também, acho que eu posso deixar de ser essa menininha certinha, pelo menos por hoje.

Não respondi nada, apenas o puxei pela nuca e o beijei.

[...]

Acordei e senti os braços de Edu me envolvendo.

Olhei para o lado, e vi que ele me fitava sorrindo.

-Oi meu amor! – Ele falou.

-Oi! – Respondi rindo.

Olhei no relógio e vi que já eram 18:30.

-Nossa, tenho que ir, vou sair com a Gabi e o Gu! – Falei me levantando enrolada no lençol.

-Ok amor, se quiser, pode tomar um banho ai no banheiro do meu quarto! – Ele falou.

Dei um selinho nele, recolhi minhas roupas e peguei uma muda de roupa minha no guarda-roupas dele. Sim, eu já dormi aqui varias vezes, e tenho roupas minhas aqui.

Tomei um banho e me troquei.

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 Voltei para o quarto dele e ele estava vestido, sentado na ponta da cama.

Arrumei minhas coisas.

-Vem, vou com você até a sua casa. – Ele falou.

Saímos e fomos andando a caminho da minha casa.

-E ai, o que achou? – Edu perguntou envergonhado.

-Do que? – Perguntei só para irrita-lo.

-Ah, você sabe... – Ele falou.

-Não eu não sei. – Disse seria.

Ele abaixou a cabeça e coçou a nuca.

-Aquilo lá... Que a gente fez... Lá no meu quarto... Na minha cama.... Sacou? – Eduardo falou envergonhado.

-O que ? Ah sim, o filme que a gente viu... Ah, era legal... – Falei me segurando para não rir.

-A HORA QUE A GENTE TRANSOU! – Ele gritou no meio da rua e a mulher que estava passando com uma criança começou a xingar o Edu e eu apenas ria. – Você sabia do que eu tava falando né?

-Aham! – Respondi rindo.

-Ah, mas vai ter vingança! – Edu disse e começou a me fazer cócegas no meio da rua.

-Para Eduardo! – Falei rindo e ele parou.

Chegamos na minha casa e ele parou no portão, de frente pra mim.

-Não quer entrar meu amor? – Perguntei.

-Não precisa não minha linda! – Ele respondeu.

-Vou sentir tanto sua falta! – Falei e ele me abraçou.

-Eu também vou Lê! – Ele disse e nos beijamos.

-Te amo ta? – Falei sorrindo.

-Não, eu amo mais! – Ele respondeu e me deu um selinho.

-Ah, a propósito, eu amei ta?! – Falei sorrindo.

-Amou o que? – Ele TENTOU se fazer de desentendido.

-Para de fingir que você sabe que essa não cola comigo! – Falei rindo.

Ele me abraçou.

-Eu também amei. – Respondeu.

-Tchau meu amor! – Falei e lhe dei um selinho.

-Tchau amor! – Ele respondeu e me deu outro selinho.

Entrei em casa e uma lagrima caiu, mais logo a limpei.

-flashback off-

-Me responde Letícia! O que você e a sua irmã querem me falar? –Minha mãe já estava impaciente.

-Mãe, durante a viagem, a Gabi conheceu o Thomas, e antes da viagem, lembra que eu passei o dia na casa do Edu? – Comecei.

-Sim. Mas o que isso tem a ver? - Ela perguntou.

-Eu e o Edu transamos naquela tarde. – Falei nervosa.

-COMO ASSIM LETÍCIA, VOCÊ SÓ TEM 16 ANOS E...Bom, não posso falar nada, a minha primeira vez foi com 14 anos, e engravidei de vocês aos 17 anos. Mas... Vocês usaram camisinha né? – Ela perguntou, e eu e Gabi nos espantamos quando ela disse que a primeira vez dela foi aos 14.

-Então mãe, ai é que ta o problema... A gente não usou e... Bom, eu engravidei. – Falei nervosa e com lagrimas no rosto.

Minha mãe começou a rir.

-Como minha filha? Nem tens barriga... Ok, agora conta a noticia que vocês queriam me dar, por que a piada foi boa... – Ela falou parando de rir.

-Edu, vem aqui! – Gritei me levantando.

Ele entrou na sala com a Lindy no colo e eu a peguei do colo dele. -Mãe, essa aqui é a Lindsay, minha filha e do Edu. – Falei chorando e o Edu estava atrás de mim.

-Como assim Letícia? Me explica essa historia direito! – Minha mãe se alterou.

-Mãe, lembra quando a gente veio pra casa, no velório do papai, e o Gu disse que a gente vomitou no avião? Então, a gente já estava grávida, e eles nasceram há 1 mês e 4 semanas.

-Ah sim... Pera ai... A gente... Quer dizer que... GABRIELA SAMPAIO! – Minha mãe se alterou.

Gabi POV

Comecei a chorar e relembrei da ultima vez que chorei desse jeito.

-flashback on-

-Mas por que Jhoni? – Perguntei com algumas lágrimas escorrendo.

-Por que eu não quero mais namorar crianças Gabriela, eu tenho 17 anos, você tem 13, não posso perder meu tempo. – Nessa hora não me segurei e sai correndo, fui em direção á um beco que tinha na rua anterior, me encostei na parede e chorei como nunca antes.

-Você está bem? – Alguém perguntou sentado ao meu lado.

-Acho que sim. – Falei levantando a cabeça. - Sou Selena! – Ela falou estendendo a mão.

-Gabriela. – Respondi apertando a mão dela.

-Então, Gabriela, por que você estava chorando? – Ela perguntou.

-Meu namorado acabou de terminar comigo, de acordo com ele eu sou muito nova. – Falei secando os olhos com a mão.

-Quantos anos ele tinha? – Ela perguntou.

-17. – Respondi.

-Bom, você é realmente muito nova, mas quer saber? Você tem a vida toda ainda para se apaixonar, um dia você vai achar um cara que te mereça. – Ela disse e eu sorri.

-Obrigada. – Falei e a abracei.

-Não tem de que. – Ela respondeu e me ajudou a levantar.

-Então, você é nova por aqui? – Perguntei.

-Sim, sou do Rio, cheguei aqui faz três dias. – Ela respondeu e eu sorri.

-Vem aqui. – Falei a puxando em direção á minha casa.

-Essa é a sua casa? – Ela perguntou.

-Sim, vem quero te apresentar para algumas pessoas.

Entramos e subimos até o quarto que eu dividia com minha irmã.

-Lê? – Falei entrando e ela estava com Emy. – Essa aqui é a Selena, Selena essa é minha irmã, e aquela ali é a Emily, melhor amiga dela. – Falei sorrindo.

-Prazer, sou Letícia. – Lê falou estendendo a mão.

-Prazer, Selena. – Selena respondeu apertando a mão da Lê.

-flashback off-

-Gabriela, me responde! Você também engravidou durante essa viagem? – Minha mãe perguntou e eu sequei minhas lagrimas.

-Sim mãe... Thomas, vem aqui! – Gritei me levantando e Thomas entrou com o Thiago nos braços. -Mãe, esse é o Thiago, meu filho e do Thomas. – Falei tremendo e peguei o Thiago no colo.

-Meu Deus! Como vocês tiveram coragem de fazer isso? Vocês são crianças! Gabriela, você não consegue cuidar da sua prima de 8 anos, como vai conseguir tomar conta de um filho?

-Ta, e você vai brigar só comigo? A Letícia também engravidou, e foi antes de mim ok?! – Me alterei.

-A Letícia é responsável, você não! E eu não vou apoiar nenhuma das duas! As duas vão agora à Agencia de adoção levar essas crianças! – Minha mãe falou e eu, Letícia, Thomas e Eduardo nos desesperamos.

-Eles também são nossos filhos, e a gente vai ajudar elas a cuidar deles, não vamos deixa-las sozinhas! –Eduardo falou se segurando para não gritar.

-Eu me recuso á levar meu filho para a adoção! – Comecei a gritar. – Ele é MEU filho, eu que carreguei essa criança na minha barriga durante 7 meses, eu que cuidei dela até agora, e sempre vou cuidar, ele é meu filho, e não vai ser de mais ninguém!

-E eu? Ele não é meu filho? – Thomas se meteu.

-Gabriela, olha o pai que você foi arrumar pra essa criança!

-MÃE CHEGA! A GENTE PODE NÃO TER TIDO RESPONSABILIDADE NA HORA DE FAZE-LOS, MAS ESTAMOS TENDO AGORA, NA HORA DE CRIA-LOS, E VOCÊ QUERENDO OU NÃO, VAMOS CUIDAR DELES, SE QUISER, PODE NOS EXPULSAR DE CASA! AINDA TEMOS O DINHEIRO, AS CASAS, OS CARROS E TUDO MAIS QUE O PAPAI NOS DEIXOU, E VOCÊ NÃO PODE SE RECUSAR A DAR ISSO Á NÓS, ISSO É PROPRIEDADE NOSSA, ESTÁ NO NOSSO NOME AGORA! – Letícia gritou chorando.

Nessa hora, Gustavo entrou de mãos dadas com a Luana e levantou as mãos.

-Uou, uou, uou, o que é que ta rolando aqui? – Ele perguntou assustado.

-Gustavo, meu filho, conheça seus sobrinhos, Lindsay e Thiago! - Tatiana falou irônica.

-Como é que é? – Gustavo se alterou e foi pra cima do Thomas e do Edu.

-PARA GUSTAVO! – Gritei e ele parou.

-Então meninas, vocês escolhem... Ou vocês levam essas crianças para a adoção, ou vocês saem de casa! – Minha mãe falou. Ok, por essa eu não esperava, ela exagerou!

-Ah é, mãe? E se, quando você engravidou de mim e da Gabi, a vovó mandasse você fazer essa escolha, o que você faria? – Lê falou e ela ficou quieta. – E então? Ah, não sabe? Agora você sabe como isso é difícil pra gente, mãe! A gente ama muito essas crianças mãe, e nunca vamos abandona-las! Já perdemos o nosso pai, não gostaríamos de perder nossa mãe também, mas parece que esse é o jeito né? Você pode tentar nos subornar como quiser, mas nunca vamos desistir dos nossos filhos!

-Se é assim... Os certificados para poderem pegar os carros e as chaves e o endereço das casas estão na 3° gaveta do meu guarda-roupa.

Letícia subiu e pouco tempo depois, estava de volta com tudo.

Como não tinha mais nada nosso aqui, por causa da viagem, não precisamos pegar mais nada.

-Hoje a gente fica num hotel, amanha vemos isso direito. – Lê falou. – Você vem com a gente Gustavo? A casa também é sua...

-Vou! Essa não é a minha mãe, eu não acredito que ela fez isso. Prefiro ficar com vocês, vai que um dia, ela decide me expulsar de casa também, não é? – Ele subiu e foi arrumar as malas.

-Luh, você também, se quiser, você também pode vir com a gente, será muito bem-vinda na nossa casa... Afinal, você também é a tia da Lindy né?! – Lê falou e a Luh foi pegar a Lindy no colo.

-Muito obrigado Lê, e ela é linda! – Luh respondeu.

Não demorou muito e Gustavo desceu com as malas.

Fomos saindo de casa, mas eu parei e olhei para trás.

-Muito bom saber que você iria desistir da gente mãe!

-Eu só fiz isso por que se a mãe de vocês não tivesse feito isso, eu não teria vocês, e isso inclui você, Gustavo! – Minha mãe falou.

-Como assim? – Lê perguntou desconfiada.

-Isso mesmo, Gabriela, Letícia e Gustavo, vocês são adotados! – Depois que ela disse isso, meu mundo desabou.

-Isso é serio? – Gustavo perguntou com lagrimas nos olhos.

-Sim! O pai de vocês, abandonou a mãe de vocês quando ela ainda estava grávida do Gustavo e as meninas estavam com quase 1 ano, e como ela ficou sem condições de cria-los, ela deixou vocês na adoção. Eu sempre quis ter um filho e uma filha, mas eu não posso engravidar, então, quando eu fui no orfanato, eu vi vocês três juntos, não me aguentei e adotei logo os três, foi tipo, amor a primeira vista. – Tatiana, aquele que se diz não ser nossa mãe, contou a historia, e a cada palavra, vinham mais e mais lagrimas...

-Por que você não nos disse isso antes? – Lê perguntou incrédula.

-Por que eu fiquei com medo de que vocês me rejeitassem e fizessem o que estão fazendo agora, que é sair de casa. – Ela falou com uma voz de arrependimento, que deu para perceber que era falsa.

-Agora é tarde de mais... Até nunca mais! – Lê falou e finalmente saímos da casa.

Para a nossa sorte, tinha um hotel perto daqui, então, fomos andando mesmo.

Alugamos o quarto mais barato, só para passar a noite, afinal, já eram 20:16.

Eu, Thomas e Thiago, fomos para o nosso quarto.

Tomei um banho e me troquei.

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Dei um banho no

Thiago e o vesti.

Thomas tomou o banho dele e saiu só de cueca, como ele costuma dormir.

Amamentei Thiago, o coloquei para arrotar, limpei a boquinha dele e o fiz dormir, em seguida o coloquei no carrinho, com o bico e o macaquinho de pelúcia dele no lado.

Me sentei na cama e comecei a pensar naquilo de que sou adotada.

Então isso quer dizer que, o meu pai, aquele pelo qual eu sofri tanto quando morreu, não é mesmo o meu pai? Mas isso na faz sentido, eu sempre fui parecida com ele, em tudo... No jeito de ser e até na aparência... Mas mesmo assim, ele é meu pai, pai é quem cria. E não posso negar que to com uma puta saudade dele.

Thomas, que estava no banheiro escovando os dentes, percebeu que eu estava chorando e veio até mim. Não falou nada, apenas me abraçou.

-Eu sinto tanta falta dele! – Falei em meio ao choro. – Eu os amava tanto, por que eles fizeram isso comigo e com os meus irmãos? Isso não tem sentido!

-Eu sei meu amor, relaxa ok?! Com o tempo, tudo isso vai se resolver, você vai ver! – Thomas falou e me deu um beijo na testa.

-Obrigada por estar aqui comigo Thomas! Eu preciso muito de você aqui comigo nesse momento! – Falei, nos separamos e ele limpou minhas lagrimas.

-Hey, você sabe que pode sempre contar comigo, que eu sempre vou estar do seu lado, aconteça o que acontecer, eu nunca vou te deixar sozinha, principalmente nesse momento! Eu te amo minha pequena! – Thomas falou e me beijou.

-Também te amo meu amor! – Falei e o beijei.

Ele me abraçou forte e me deu um beijo no topo da cabeça.

-Vou no banheiro! – Falei e rimos.

-Ok, vai lá! – Thomas respondeu, e quando eu virei, beliscou bunda.

-Thomas! – Falei.

-Ué, com tanta carne, tenho que aproveitar né?!

-Tolo! – Ri e fui para o banheiro.

Escovei meus dentes e lavei o rosto, tirando a maquiagem junto.

Voltei para o quarto e Thomas já estava deitado.

Deitei junto com ele, deitei em seu peito, e assim dormimos.

Lê POV

Ainda não consegui assimilar direito essa historia de que somos adotados...

Teve uma época, que eu vi a minha “mãe” mexendo em uns papéis de um orfanato, mas na época, eu tinha só 12 anos e não sabia direito o que pensar. Dei um banho rápido na Lindy, coloquei a fralda nela, a vesti e a amamentei enquanto Eduardo tomava o banho dele.

Quando ele saiu, deixei a Lindsay com ele e fui tomar o meu banho.

Que, aliás, foi um tanto demorado, fiquei pensando em tudo o que aconteceu hoje e comecei a chorar.

Ouvi Lindsay chorar e me toquei de que o mundo ainda gira.

Sai do banho e me vesti.

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 Escovei os dentes e penteei os cabelos.

Sai do banheiro e comecei a rir da cena.

A Lindsay chorando um monte e o Eduardo todo desesperado sem saber o que fazer pra ela parar.

Fui até eles e peguei a Lindy no colo, que parou de chorar na hora.

-Me lembra de nunca deixar você sozinho com ela! – Falei rindo e ele fechou a cara.

Ela logo dormiu e eu a coloquei no carrinho dela.

Sentei na ponta da cama e comecei a ver os papeis das casas e dos carros.

-Amanhã mesmo, vamos nos mudar, e pegar os carros, já que o Thomas já tem carteira de motorista, e esse ano você faz 18, já vai poder pegar a carteira de motorista. Ainda temos o dinheiro que sobrou do navio, e que foi muito por acaso, com esse dinheiro, conseguimos pagar as passagens de todo mundo e ainda sobra, afinal, eles deram 50 mil para cada um, e eu, pelo menos, ainda tenho 47 mil, a Gabi me disse que ainda tinha 42 mil, e o Gu ainda deve ter 42 e poucos, afinal ele ficou pouco tempo lá. Ah, sem contar o dinheiro que ainda temos que o nosso “pai” nos deixou, que se eu não me engano é 100 mil para cada um! – Falei e me assustei quando me dei conta da quantidade de dinheiro. – Não entendo, por que, mesmo sendo adotados, eles nos deram tanto dinheiro para a viagem, e ainda deixou tanto dinheiro de herança, com mais 2 casas e 3 carros, afinal, é um carro pra cada.

-Por que mesmo vocês sendo adotados, eles amam vocês, eles que criaram vocês até hoje, e provavelmente, com medo de perde-los, eles queriam dar tudo do bom e do melhor pra vocês, caso vocês descobrissem isso! – Eduardo falou e me beijou. –Vem, vamos dormir!

-Ok! – Respondi com um sorriso fraco no rosto.

Me deitei abraçada com ele e assim dormimos.

[...]

Acordei pela 3° vez com a Lindsay chorando, olhei no relógio e já eram 08:20.

Troquei a fralda dela, afinal, ela mamou a 1 hora e meia, então, não era fome.

Aproveitei para trocar a roupinha dela.

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 Como já havia tomado banho ontem à noite, não vou tomar hoje para poupar tempo.

Antes de tomar banho liguei para a Gabi

-Inicio de Ligação-

-Alô? – Gabi falou com a voz sonolenta.

-Sou eu, a Lê! – Falei.

-O que é que tu quer? Ainda é cedo, e eu quase não dormi essa noite por causa do Thiago! – Ela falou com raiva.

-É pra vocês acordarem, por que daqui a pouco a gente vai pra nossa nova casa, em Nova York! Eu já troquei a Lindy, vou só me arrumar e estamos prontos! Agiliza ai! – Avisei.

-Ok! Vou dar um banho rápido no Thiago, me arrumar e nos encontramos na recepção! – Gabi falou e desligou o telefone sem esperar eu responder. É a cara dela.

-Fim da Ligação-

Troquei de roupa.

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 Penteei meus cabelos, escovei meus dentes e passei só um lápis de olho e um rímel.

Eduardo se arrumou, pegamos nossas coisas, e fomos esperar o pessoal na recepção. Gustavo e Luana já estavam lá.

Gabi POV

QUE PORRE!

O Thiago chorou praticamente a noite inteira, nem eu, nem o Thomas conseguimos dormir direito.

E quando eu consigo dormir, 10 minutos depois a Letícia me liga.

É, hoje estamos indo morar em Nova York.

Confesso que estou muito nervosa, mas fazer o que... É o jeito, já que a nossa mãe nos expulsou de casa.

Thomas ainda estava dormindo.

Ao contrario de namoradas normais, que acordam o namorado com beijinhos, eu acordei Thomas com uma mordida no ombro.

-AI GABRIELA! – Thomas acordou com raiva e eu ri. – Não tem graça!

-Ai meu amor, desculpa! – Falei tentando parar de rir.

-Não! – Thomas retrucou.

-Ta bom então! – Falei me levantando da cama e pegando uma roupa na mala.

-Ta bom, eu te desculpo! – Ele se rendeu, levantou da cama e me abraçou por trás.

-Eu sabia! – Falei rindo e me virei pra ele.

Dei um selinho nele e fui para o banheiro me arrumar.

Troquei de roupa.

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 Penteei meus cabelos e os deixei assim:

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 Passei lápis de olho, rímel, uma sombra rosa fraquinha a delineador.

Sai do banheiro e peguei o Thiago no carrinho.

Dei um banho rápido nele e o troquei.

http://www.polyvore.com/thiago/set?id=45984314&.locale=pt-br

 Thomas também já tinha tomado banho e estava pronto.

-Vamos descer? – Perguntei e dei um selinho nele.

-Vamos! – Thomas respondeu.

Ele levou algumas malas, eu levei uma frasqueirinha e coloquei a bolsa do Thiago em baixo do carrinho dele.

Fomos para o elevador e descemos.

Encontramos o pessoal na recepção.

Abracei Lê e Gu e pegamos um taxi, daqueles grandes.

Letícia tinha comprado as passagens ontem á noite.

Chegamos ao aeroporto quase em cima da hora, como sempre. Fizemos o Check-in, despachamos as malas e os carrinhos da Lindy e do Thiago e fomos para o avião.

Por coincidência, era os mesmos lugares de quando viemos para o Brasil, voltando do navio.

Como era voo internacional, e estávamos em 1° classe, tinha umas tiasinhas que cuidavam dos bebês e das crianças, então deixamos o Thiago e a Lindsay lá.

Uns 20 minutos depois que o avião decolou, eu e Thomas dormimos.

Ao contrario de mim, a Lê não conseguiu deixar a Lindsay lá nem por 30 minutos e já a pegou de volta, com a desculpa de que tava frio e ela tinha que trocar a roupinha dela.

Não acordei nem para comer.

Só acordamos quando estávamos quase pousando e a mulher veio nos trazer o Thiago.

Sim, conseguimos dormir 09 horas e meia direto. Isso é que dá não se certificar de que a camisinha não esteja furada. O Thiago chorou literalmente a noite inteira. Quando ele se acalmou e conseguimos dormir, a Letícia ligou 10 minutos depois.

Desembarcamos e pegamos as malas e os carrinhos.

Pegamos um taxi, e como a Letícia é a única que fala inglês fluente aqui, ela falou com o taxista e entregou o papel com o endereço da casa para ele.

Quando chegamos e tiramos as coisas do taxi, ficamos de boca aberta.

http://www.decorandoacasa.com/wp-content/gallery/casas-de-luxo/casas-de-luxo-9.jpg

 -Jura que é aqui que vamos morar? – Perguntei ainda de boca aberta.

-Pra quem era adotado, ganharam uma boooa herança ein?! – Thomas falou.

Pegamos as coisas e entramos na casa.

-FIM DA TEMPORADA-