ALEGRIA!

[O bebê não tem a ver com a história, e sim com a nota acima.]

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Ravena levou todos para a torre T.

Estava chovendo.

  Robin corria como um doido pelos corredores. Os outros acompanhavam atrás, só que andando devagar, como se estivessem acompanhando um enterro.

23:55

 O caminho não era longo. Era só pegar o elevador e chegar até a enfermaria. Pronto, simples e rápido. Mas os segundos eram tão rápidos quanto o elevador.

23:58

 Os andares passavam. Devagar demais para quem tinha pressa.

23:59

  Enfim Robin chegou à enfermaria. Estelar estava deitada numa cama, perto da janela. O frio a embaçava. Robin não parou para olhar. Correu, antes que o tempo estourasse. 

 00:00

[E pôs o vidrinho nos lábios de Estelar. O líquido não estava mais no vidrinho]

  Todos estavam atrás, com cara de que alguém havia morrido.

- Estelar, responde.

Sem reação.

  Uma gota escorreu do rosto do menino prodígio (como, se ele usa máscara? Ops, não vou estragar este momento emocionante com meus comentários).

  Era uma coisa que havia aparecido há muito tempo. Mais precisamente, no circo. Isso nunca mais aconteceu, e ninguém nunca mais viu acontecer. Até agora.

  No vidro da janela, estava tudo embaçado. A água da chuva desenhava imagens na janela. Uma não muito nítida, mas parecia com... com uma cruz.

  Até que Robin fez uma coisa nada incrível. Uma coisa já tradicional em muitas fics. 

Gotas salgadas escorriam de seu rosto.

  Começou a se aproximar mais de Estelar.

Seus narizes encostaram um no outro.

*

  Até que seus lábios se tocaram com os da garota.

E aconteceu o que sempre aparece em todas as fics. O beijo. Que sempre salva tudo.

 Mas parecia não salvar dessa vez.

  Estelar continuava imóvel, como se tivesse desmaiada. Parecia não estar.

Agora não chovia só lá fora. Chovia dentro da torre também.

  Robin desviou o olhar, baixando a cabeça, e deixava cair mais gotas.

Até que algo tocou na sua mão.

 Era a mão de uma tamaraniana, que sorria, olhando para todos, e fixando o olhar em Robin.

  A janela desenhava um coração por cima da cruz.

 E tudo voltou ao normal, recomeçando junto com a manhã, que veio trazer alegria e emoção após tanta dificuldade.

    The end