Capítulo 9

I've got sunshine

Eu tenho o brilho do sol

On a cloudy day

Em um dia nublado

When it's cold outside

Quando está frio lá fora

I've got the month of May

Pra mim é como se fosse a primavera

Well, I guess you'll say

Bem, acho que você vai perguntar

What can make me feel this way?

O que pode me fazer desse jeito?

My girl

Minha garota

Talkin' 'bout my girl, my Girl

Estou falando da minha garota, minha garota...

My girl – Tiago Iorc

Emmett POV

Meus pensamentos importunavam minha cabeça, o que já me dava um início de enxaqueca.

-Preciso respirar um pouco. – avisei aos três homens que ainda estavam em minha frente. Jared parecia tentar ler meu rosto, Paul se mostrava completamente à vontade mediante a situação, tentando demonstrar controle; enquanto Carlisle mantinha o semblante preocupado.

-Vocês se importam de eu conversar com ele por alguns minutos? – meu chefe perguntou a Paul e Jared. Os dois, é claro, não fizeram nenhuma objeção e saíram sem dizer nenhuma palavra. – Você sabe que pode contar comigo, não sabe, Emmett?

Assenti, querendo gritar para extravasar todos os sentimentos confusos que assombravam dentro de mim.

-Você é como se fosse meu filho. – Carlisle pôs uma mão em meu ombro, e eu sorri minimamente. - Sabe que vou sempre apoiá-lo. Tenho conhecimento de seu passado, garoto, mas acredito que ele só o fez crescer. Olhe para o que você se tornou.

-Queria ter conseguido isso sem ter feito aquelas escolhas de adolescente idiota. – revelei, passando nervosamente a mão em meu cabelo.

-Eu sei. – ele concordou. – Mas o que você foi teve grande parcela no que você se tornou. Talvez você nunca estivesse aqui se não tivesse tomado aquelas decisões.

Era muito a se pensar. Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos.

Rosalie POV

No segundo em que vi Jasper, minha preocupação com Emmett foi deixada de lado pela minha mente. Ele sorria tão radiante, era impossível não ser atingido por aquela onda de carinho e amor que ele emanava com aquele simples gesto.

Meu irmão tinha um sorriso de orelha a orelha e uma de suas mãos estava no vidro do berçário, onde podiam ser vistos vários bebês.

-Onde está ela? – eu também sorria e minha voz já estava emocionada. Sem dizer uma única palavra, Jasper apontou para a única manta lilás de todo o berçário.

-Alice quis que fosse diferente. – ele explicou depois que eu ri um pouco. Daphne definitivamente chamava mais atenção em meio a tantas mantas cor-de-rosa e azuis. Ele então se virou para mim, com o semblante um pouco menos animado, mas não menos feliz. – Como ela está?

-Grogue. – não deixei de olhar Daphne quando respondia sua pergunta sobre Alice – Vai estar ótima quando acordar daqui a umas horas.

-Que bom. – ele pareceu aliviado e voltou a admirar a filha.

Não conseguia ver muito bem, já que ela estava muito longe do vidro de proteção.

-Você conseguiu entrar? – perguntei para o meu irmão, que apenas negou.

-Vou fazer isso quando Alice acordar. – ele riu por um segundo. – Ela me fez prometer que esperaria por ela.

Sorri ainda mais abertamente e continuei a encarar o bebê, que estava tão longe do meu alcance. Não sabia como Jasper tinha conseguido ficar todo esse tempo só observando de fora. Era uma tortura deixar aquela preciosidade sozinha lá dentro. Ela era tão pequenininha...

-Como ela é Jazz? – indaguei, não me contendo de curiosidade.

-Perfeita. – ele não tirou os olhos de sua filha. – Quando ela nasceu e eu pude segurá-la... Rose, você não sabe que sensação é essa. Ela chorava e eu só queria aninhá-la em meu peito; mas não podia. Entregá-la ao médico foi a coisa mais difícil que fiz em muito tempo.

-Alice teve chance de conhecê-la?

-Ela até conseguiu vê-la, mas não pôde segurá-la... – Jasper fez uma careta. – Você sabe o quanto isso deve tê-la chateado.

Assenti.

-Ela tem o cabelo da cor do seu. – meu irmão sorriu. – E todo cheio de cachinhos. Parece muito com você quando bebê.

-Você não pode ter certeza. – afirmei, rindo um pouco. Ele era dois anos mais velho do que eu, apenas.

 -Claro que posso. – ele deu um soquinho de leve em meu braço. – Mamãe não se cansa de mostrar nossos álbuns de bebê. Já vi várias fotos suas. Umas inapropriadas, diga-se de passagem.

Rimos juntos.

-Você é realmente um idiota. – disse de brincadeira.

-Você também é.

Jasper me abraçou pelos ombros e ambos ficamos ali, apenas contemplando Daphne do outro lado, ansiando pela oportunidade de vê-la com mais clareza, de poder segurá-la...  E, dali a alguns meses, seria o meu bebê que estaria ali. Eu não poderia estar mais feliz do que estava naquele momento.