Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 32
32 - Never give up


Notas iniciais do capítulo

Consegui uma brecha e vim postar mais cedo, yay! hahaha :)



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Capítulo 32

Never give up, never give in

Nunca desista, nunca ceda

If you believe it, you can win

Se você acreditar, pode vencer

There are things that blind and control you

Existem coisas que cegam e atacam você

But don't let those thoughts get to you

Mas não deixe esses pensamentos chegarem até você

Never give up - Sunstorm

Eu ainda estava um tanto assustada depois daquele berro da minha mãe, mas tinha que confessar que eu adorava aquele lado dela. Ela sabia ser doce, mas sabia ser decidida também – e essa minha característica eu herdara exatamente da mulher que me dera à luz.

Catherine levantou-se depois de alguns segundos me encarando, como quem dissesse “saia daí e você vai ver”, e então foi fazer o que eu tinha em mente. Assim que ela saiu de vista, ri sozinha. Eu não me sentia acuada assim perto dela já fazia pelo menos uns 15 anos. Era extremamente engraçado voltar a ter uma lembrança da infância daquele modo.

Passaram-se alguns minutos até que Alice finalmente voltou. Ela já estava com os olhos inchados e não parava de chorar. Assim que me viu, ela sentou-se ao meu lado e me abraçou.

-Alice, o Jasper... – meu coração já dava saltos e meu corpo já tinha começado a tremer.

-Ele está bem, Rose. – ela me tranquilizou. – Só... Foi demais pra mim. É alívio, exaustão, tristeza, alegria... Tudo misturado.

Dei um beijo estalado em sua bochecha e a abracei mais forte.

-Você não vai vê-lo? – ela me perguntou quando já tinha se controlado. Ela limpava as lágrimas com a própria mão.

-Acho melhor não. – ri um pouco ao lembrar do ataque de minha mãe. – Sua sogra me mandou ficar quietinha.

Ela estranhou meu jeito de agir até que expliquei a ela o que tinha acontecido. E então rimos juntas.

Emmett POV

Continuei andando pela cidade, relembrando meus tempos de adolescente aqui. Edward e eu jogávamos futebol todas as tardes em um clube próximo do nosso bairro. Com 15 anos, nossa ambição na vida era a de nos tornarmos jogadores profissionais.

Mas é claro que aquilo só passava de um sonho mesmo, que sabíamos que nunca iria para frente. A aquela altura, Edward já queria seguir os passos de seu pai e se tornar um médico. E eu... Bem, eu estava começando a fazer minha vida se tornar tudo aquilo que eu me envergonhava.

Quando Carlisle ganhou uma oferta de emprego em Nova York, Edward mudou-se com ele. Ficamos nos falando apenas pela internet (que naquele tempo não era lá grande coisa), mas principalmente pelo telefone. Nas férias de verão, eu e minha família íamos a Nova York para visitá-los e, nas de inverno, eram eles que voltavam a Chicago.

Tudo seria perfeito, não fosse minha necessidade de me encaixar em outro grupo. A vida inteira sempre fora Edward e eu juntos, e, naquele momento, eu estava sozinho. Surgiram outras pessoas e, junto com elas, as drogas. Eu era fraco demais para dizer não. Naquela minha mente de adolescente imaturo, era melhor fazer aquilo a não ter amigos.

E então tudo aconteceu. Conheci minha namorada da época, Jennifer, e comecei a ficar violento com qualquer um que se aproximasse dela. Na verdade, com qualquer um que olhasse pra ela; Kevin Reynolds cruzou meu caminho e então o deixei em coma... Fora tantas outras coisas que eu me lembraria a vida inteira.

Quando a família de Kevin me processou e eu fui absolvido da primeira vez, minha família e eu fomos fazer a vida em Nova York. Lá já conhecíamos os Cullen, então saberíamos nos colocar naquela grande metrópole. Fui para uma clínica de reabilitação já na Big Apple e então comecei a consertar a minha vida.

Andando por aquelas ruas que fizeram parte do meu passado obscuro, Chicago havia perdido todo aquele brilho de cidade da minha infância. Por mais que me esforçasse, eu não conseguia me sentir feliz naquele lugar.

Naquele lugar que eu deveria considerar minha casa, afinal foi onde nasci, cresci, fiz amizades, dei meu primeiro beijo... Eu deveria me orgulhar daquela cidade, daquele momento do retorno; mas era exatamente o contrário. Quanto mais cedo voltasse para Nova York, mais aliviado eu ficaria.

Tendo meus pensamentos interrompidos pelo celular vibrando em meu bolso, peguei-o para conferir o que havia de novo.

“Sem voos por hoje. Não te disse?” Tanya escreveu em uma mensagem de texto. Ri sozinho e a respondi.

“Prevendo o futuro, dona Tanya?”

Não demorou um minuto para que ela respondesse.

“Sempre!”

Revirei os olhos de brincadeira, mesmo que Tanya nem mesmo pudesse me ver, e guardei o celular no bolso novamente.

Mas não demorou dois minutos até que ele alertasse a chegada de uma nova mensagem.

“Te vejo mais tarde?”

Hesitei por um segundo. Mas então a respondi e pronto.

“Me ligue quando sair do trabalho.”

“Combinado, então.” Tanya retornou.

Vi o horário no visor do celular e, percebendo que já se passava do meio-dia, me dirigi ao restaurante no qual almoçaria com meu advogado para a discussão do meu caso judicial.

Cheguei a um restaurante com uma ampla região externa que deveria ser um atrativo nos dias de sol, mas, naquele momento, a clientela estava no lado interno do local. Entrei, me identifiquei, e sentei em uma das mesas. Marcus chegou poucos minutos depois.

-Olá, Emmett. – ele me cumprimentou com um aperto de mão. Ele sorria; parecia estar tranquilo.

-Oi. – dei um meio sorriso.

-Primeira lição, Emmett: seja confiante. Lembra? – ele disse assim que se sentou na cadeira em frente à minha.

-É difícil... – comecei, mas ele logo me interrompeu.

-Não é a primeira vez que você vai ao tribunal. – Marcus deixou claro. – Você já venceu uma vez, garoto. Vai vencer de novo.

-Eu espero. – fiz uma careta e olhei pro chão. Naquela situação em que estava, não poderia estar mais desacreditado em uma vitória.

-Você está agindo como um derrotado. – Marcus observou. – Emmett, vou deixar bem claro a você: se não acreditar em si mesmo e não demonstrar isso, ninguém acreditará. Se você pensa desse jeito é um direito seu, mas nosso papel é fazer com que ninguém perceba isso.

-Está certo. – concordei.

-Sem sentimento de derrota? – ele perguntou e eu assenti. – Eu acredito em você, Emmett. Sua família acredita também. Você deveria fazer o mesmo.

Sorri com sinceridade daquela vez.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do capítulo?? Espero as opiniões, hein :)
Beijos e até mais :)



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