Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 30
30 - Savin' me


Notas iniciais do capítulo

Saudade de voceeeess!! Queria atualizá-las com mais frequencia, mas sério, é impossivel pra mim :(
Tem alguem ai ainda?
Boa leitura!



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Capítulo 30

Heaven's gates won't open up for me

Os portões do paraíso não se abrirão pra mim

With these broken wings I'm fallin'

Com essas asas quebradas eu estou caindo

And all I see is you

E tudo o que eu vejo é você

These city walls ain't got no love for me

As paredes desta cidade não tem amor pra mim

Savin’ me - Nickelback

-Estou a caminho. – anunciei, desligando o telefone. Não tinha perguntado mais detalhes, nem nada. –Alice, precisamos de alguém para tomar conta de Daphne.

Minha amiga arregalou os olhos. Eu teria que pensar sozinha.

Peguei meu celular dentro da bolsa.

-Mãe? – liguei pra ela, que atendeu ao primeiro toque.

-Aconteceu mais alguma coisa, Rose? – seu tom de voz era desesperado. Ótimo, ela ainda não sabia de Jasper.

-Onde está o papai? – era melhor alguém mais controlado que Catherine Hale para receber a notícia.

-Ainda não voltou da delegacia.  – ela respondeu. Ele tinha ido fazer o boletim de ocorrência formalmente. – Rosalie, me conte logo o que aconteceu. É com seu irmão? Estou com uma sensação horrível.

É claro que ela estava. Eu conhecia minha mãe.

-Fica calma, tá? – pedi.

-Já fiquei nervosa! – a ouvi reclamar à beira das lágrimas do outro lado da linha. – Rosalie Lilian Hale, comece a falar!

-Ligaram pra cá e parece que Jasper... –senti o olhar atento de Alice em cima de mim. Então eu disse olhando para ela. – Ele levou um tiro na perna.

Alice desabou no sofá respirando com dificuldade. Pude ouvir minha mãe chorar.

-Ele está no Mount Sinai, mamãe. Na emergência. – a avisei antes mesmo que ela perguntasse. - Estamos indo pra lá agora.

Ela desligou o telefone sem se despedir.

Subi as escadas e peguei, com todo o cuidado do mundo, Daphne no colo. Sabia que o melhor seria ficar em casa com ela, mas Alice não estava em condição de dirigir. Tranquei a casa, arrumei minha sobrinha na cadeirinha e minha cunhada foi com sua filha no banco de trás.

Eu não estava exatamente acostumada a dirigir o carro de Jasper – e ele não costumava me permitir fazer isso também – então estranhei no começo e errei algumas marchas, mas no final o percurso foi tranquilo.

Evitei, é claro, passar em frente ao escritório.

-Angela! – exclamei quando vi minha amiga enfermeira no pronto-socorro. – Graças a Deus!

-Rosalie? – ela estranhou. – Está passando mal?

-É meu irmão, Ang! – respondi com desespero. Alice estava com Daphne no colo e parecia ainda mais aflita que eu. – O escritório foi assaltado e ele tomou um tiro...

-Acho que vi a movimentação. Eu sinto muito. – ela disse. – Venham comigo.

Assentimos e seguimos Angela até a ala esquerda da emergência, onde ela nos mostrou uma fileira de bancos para que pudéssemos nos sentar.

-Deixem-na comigo. – Angela referia-se à Daphne. – Não é nada bom para uma recém-nascida um ambiente como esse.

Alice, sem contestar, entregou sua filha àquela enfermeira confiável.

 E então esperamos.

-Rose?! Como ele está? – minha mãe perguntou esbaforida assim que chegou (o que não demorou dois minutos). Seus olhos estavam inchados de tanto chorar e sua aparência era péssima.

-Temos que esperar um pouco. – disse pra ela e então me levantei, já que não havia outro lugar pra sentar. – Senta aqui, mãe. Vou pegar uma água pra você e pra Alice.

Ao contrário de um dia normal, ninguém protestou quando disse isso. Se tudo estivesse como deveria estar, meu mínimo movimento de sair da cadeira alarmaria a todos por conta da gravidez.

Mas aquele estava longe de ser um dia normal.

Emmett POV

Acordei assim que os primeiros raios solares entraram pela cortina do hotel. A pouca claridade nem era assim tão ruim e, se eu estivesse bem, continuaria dormindo na mais perfeita normalidade.

Mas eu estava ansioso quanto ao meu encontro com meu advogado naquela tarde. E também não tinha deixado de pensar em Rosalie e na sua estranha atitude da noite anterior.

Algo estava acontecendo e ela não queria me contar.

Levantei da cama e, após fazer minha higiene pessoal e trocar de roupa, decidi dar uma volta pela cidade. Esfriar um pouco a cabeça.

Assim que passei pela recepção, as atendentes me desejaram bom dia. Respondi-as apenas com um sorriso tímido e continuei seguindo até a porta.

-O senhor quer um táxi? – um homem que trabalhava no hotel perguntou.

-Não obrigado. – respondi-o educadamente. – Conheço bem a cidade. Vou ficar feliz em ir andando mesmo.

-É o senhor quem sabe. – o homem sorriu e eu passei por ele também. O dia estava tranquilo em Chicago. A maioria das pessoas provavelmente estaria acordando àquela hora para mais um dia atribulado.

Desejei  ter pegado um casaco quando o primeiro vento frio fez meus pelos do braço eriçarem. Era o inverno dando as boas-vindas.

Já tinha caminhado pelo menos uns dois quarteirões quando a vi novamente. Tanya estava com  um casaco preto e um cachecol vermelho bastante chamativo, e por isso não foi difícil encontrá-la. Sua enorme bagagem azul também era possível ver de longe.

O vento bagunçava seus cabelos e, chegando mais perto dela, pude ver o quanto isso a irritava. Ela tirava os fios loiros da boca e dos olhos o tempo todo e parecia se desequilibrar na calçada irregular com seu salto.

Ri da cena. Ela era engraçada até sem querer.

Ela elevou os olhos até me encontrar e sua face nada amigável indicava que ela estava pronta para me xingar. Mas aí ela me reconheceu e abriu um sorriso.

-Quem diria que nos veríamos de novo! – ela afirmou. – E eu, como sempre, pagando mico.

Peguei sua mala e comecei a caminhar com ela.

-Obrigada por isso. – ela agradeceu e então reparou em minhas roupas. Eu vestia apenas uma camisa polo e uma calça jeans. – Não está com frio, Emmett?!

Dei de ombros.

-Esqueci de pegar um casaco. – sorri timidamente. – E você está com bastante frio, hein?

Além do casaco sobretudo preto e do cachecol, ela ainda usava luvas de veludo e botas.

-Ainda não. – ela riu. – Mas sou uma mulher precavida.

-Estou vendo. – concordei. – Está indo para Paris?

-Na teoria. – ela fez uma careta, me deixando confuso.

-O que quer dizer? – perguntei.

Tanya, então, apontou para o céu. Eu nem tinha reparado que o pouco sol que havia quando eu acordara havia desaparecido, cedendo lugar às nuvens carregadas de neve.

-Mas já?! – fiquei surpreso. Era cedo demais para começarem as tempestades de neve.

-Aquecimento global, Emmett! O clima fica louco. – Tanya riu. – As condições de voo estão péssimas hoje. Ainda mais para a Europa. Provavelmente ficarei aqui por mais uma noite.

-Quer companhia até o aeroporto? – perguntei.

-Tenho que ficar lá do mesmo jeito. – Tanya fez uma careta. – Ajudar as companhias aéreas a conter as pessoas nervosas. Esses dias são os piores...

-Imagino. – concordei.

-Vou ficar lá o dia todo. Você ficaria entendiado. – ela continuou com um sorriso. – Mas nós podemos nos ver mais tarde. Você pode conhecer minha irmã.

Ponderei por um segundo. Mas que mal teria ficar rodeado de pessoas um pouco, não é?

-Está combinado então. – afirmei, e então Tanya e eu trocamos nossos números de celular. Fiquei conversando com ela normalmente até que chegamos ao ponto de táxi e ela pegou um veículo em direção ao aeroporto.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?? hahuahuahuah espero vê-las comentando! :)



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