Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 29
29 - Everybody's changing


Notas iniciais do capítulo

Desculpemm a demora, aqui vai mais um capítulo :)



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Capítulo 29

You say you wander your own land

Você diz que perambula em sua própria terra

But when I think about it

Mas quando eu penso nisso

I don't see how you can

Não vejo como você consegue

You're aching, you're breaking

Você está sofrendo, está pirando

And I can see the pain in your eyes

E eu posso ver a dor em seus olhos

Everybody’s changing - Keane

Rosalie POV

Naquela noite, Alice e eu não conseguimos dormir. Ouvimos sirenes de carros de polícia de todos os lados, e já deveria haver pelo menos umas cinco viaturas em frente ao escritório. Eu já havia ligado para meu pai e, graças a Deus, ele estava bem, assim como minha mãe. Ele tinha ido embora mais cedo e ela tirara o dia de folga.

Para “esquecer” um pouco da tensão do assalto, Alice e eu conversamos bastante sobre Emmett e, no meio tempo, brincamos com Daphne que, alheia a enrascada em que Jasper poderia estar metido, sorria sem parar.

Era para minha sobrinha já estar dormindo há muito tempo, mas ela tinha acordado fazia alguns minutos e nada do que Alice e eu tentamos a tinha deixado com sono suficiente novamente.

A distração em brincar com Daphne e conversar sobre outros assuntos, porém, não durou muito tempo. Alice e eu ficamos em silêncio profundo quando ouvimos um barulho estranho da rua, seguido de um grito.

Alice respirou fundo e olhou pra mim. O pavor estava estampado em sua face.

-Foi um tiro. – confirmei a pergunta que ainda não tivera sido proferida. Apesar de nunca ter ouvido o disparo de uma arma tão de perto, qualquer um saberia daquilo.

Alice se levantou depois da confirmação. Até Daphne, que agora estava no meu colo, se assustou.

-Você vai ficar aqui! – mandei. O pânico também se mostrava em mim.

-Preciso ir. – a voz de Alice era tremida e desesperada.

-Mas Jasper... – tentei argumentar.

-Jasper pode ter se machucado. – ela disse com certeza, apesar do desespero. – Preciso me certificar de que ele está bem.

-Vou com você, então. – me prontifiquei. Daphne se assustou novamente assim que eu me levantei. Ela já não sorria mais:  o pânico era palpável.

-E Daphne? – Alice perguntou. – Você precisa ficar e cuidar dela. Não posso levá-la pra lá.

Eu não estava gostando nada daquela história. Minha conversa com Alice se assemelhava bastante a uma despedida como daquelas de filmes, mas eu não estava em um. Não podia deixar Alice sair. Não queria tirar meus olhos dela.

Jasper podia ter se machucado, mas eu não deixaria Alice se expor ao perigo também.

-Não mesmo. – concordei com ela. Claro que ela não podia levar Daphne. – Mas você também não vai sair daqui.

-Rosalie, isso quem tem que decidir não é você. – Alice ganhou uma postura autoritária apesar do medo ainda estampado em sua voz. – Eu sou bem grandinha para medir meus atos.

-Alice, você é tão grandinha que já tem que pensar por duas! – apontei para Daphne com o queixo. – E se Jasper tiver mesmo se machucado? E se a polícia não tiver conseguido remediar a situação? Você quer mesmo estar entre fogo cruzado para se machucar também e correr o risco de deixar sua filha sem pai nem mãe?

Eu sabia que tinha apelado. Mas era minha única carta na manga.

Daphne, como se tivesse combinado comigo, começou a chorar, dando uma pitada a mais de drama à situação. Imediatamente comecei a consolá-la; mas ela só sossegou quando Alice a segurou.

-Que seja. – ela suspirou, olhando com carinho para sua filha. Eu respirei fundo e desabei novamente no sofá. Alice fez o mesmo. – Só que... É difícil, Rose... Não saber se ele está bem...

Alice começou a chorar discretamente para não assustar Daphne, que tinha acabado de se acalmar. Troquei de sofá e sentei-me ao lado de minha cunhada.

-Eu sei... – abracei-as. – Vamos rezar para que fique tudo bem. É tudo que podemos fazer.

Alice limpou algumas lágrimas e concordou com a cabeça. Ficamos em silêncio profundo depois disso.

Eram quase duas horas da manhã quando o telefone tocou.

Alice me encarou, morrendo de medo. Daphne estava em seu berço no andar de cima. Éramos só nós duas na sala.

-Eu atendo. – eu anunciei e Alice concordou imediatamente com um aceno de cabeça. Estiquei meu braço trêmulo em direção ao telefone.

-Alô? – minha voz era controlada na medida do possível.

-É da casa de Jasper Hale? – uma voz de mulher do outro lado da linha perguntou. Fiquei estática no lugar e olhei para Alice. Seus olhos eram um misto de pânico e ansiedade; e os meus não deviam estar diferentes.

Eu tentava parecer forte para ajudá-la, mas na verdade morreria se a pessoa do outro lado da linha tivesse alguma má notícia a respeito do meu irmão.

-Sim. – respondi finalmente. Era uma sensação estranha a que eu tinha: queria e não queria saber a resposta ao mesmo tempo.

-Aqui é do hospital Mount Sinai. – a mulher anunciou, fazendo minha pressão baixar um pouco. Eu estava zonza. – Ele foi encaminhado ao pronto-socorro após ser baleado na perna.

Levei minha mão à cabeça. O pânico no rosto de Alice só se agravou.

-O que aconteceu, Rose? Pelo amor de Deus! – ela implorou.

Fiz um gesto com a mão para ela esperar um pouco.

-E como está a situação dele? – perguntei. Mais uma vez, aquela sensação horrível: querer e não querer, ao mesmo tempo, a resposta.

-Acredito que seja melhor vir até aqui.


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Notas finais do capítulo

Como será que Jasper está, hein?! O que vocês acham??
Espero reviews :)