Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 11
11 - Fix you


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um capítulo hoje! :)
Boa leitura amores.



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Capítulo 11

Could it be worse?

Isso poderia ser pior?

Lights will guide you home

Luzes vão te guiar até em casa

And ignite your bones

E aquecer seus ossos

And I will try to fix you

E eu tentarei consertar consertar você...

Fix you - Coldplay

Edward POV

Não precisava ser um gênio para saber que Emmett estava preocupado demais. As coisas dariam certo, eu tinha certeza; mas sabia também que ele se sentia culpado. Culpado o suficiente para querer pagar pelo seu erro indo para a prisão.

Estava para chegar o dia que meu melhor amigo parasse de se culpar pelas escolhas de seu passado. Eu tentava fazê-lo entender que aquilo já tinha acabado, que ele já tinha se redimido por todos seus atos equivocados de todas as formas que podia; mas Emmett nunca achava que tinha agido bem o suficiente. Por isso se sobrecarregava no trabalho, tentando ajudar mais crianças do que realmente conseguia. E, nas horas em que não havia crianças precisando de ajuda, ele se desdobrava para prestar os primeiros socorros a qualquer pessoa que precisasse.

Era um exemplo a ser seguido. Um cara de fibra, que não se cansava de fazer o bem; mas seu máximo nunca parecia ser o suficiente para ele. Emmett sempre achava que podia mais, e ficava frustrado quando era provado que aquilo não era verdade.

-Ed? – ouvi a voz de alguém atrás de mim e, apesar de preocupado com meu melhor amigo, um sorriso singelo escapou de meus lábios quase sem querer ao notá-la ali.

-Oi Bells. – demos um beijo de leve, mas um vinco em sua testa me alertou que ela estava preocupada com alguma coisa. – O que houve?

-O hospital todo já está sabendo do Emmett. – ela afirmou, e suas palavras foram como martelos em minha cabeça. Não podia acreditar no que acabara de ouvir.

-Está brincando? – resolvi pedir confirmação; meu interior todo torcendo para que minha namorada desse uma risada e dissesse que tudo não passara mesmo de uma brincadeira, mas a expressão de Bella ainda era completamente séria.

-Não. – ela respondeu, meneando a cabeça em sincronia com suas palavras. – Parece que Jessica ouviu a conversa atrás da porta e, bem, você sabe como as notícias voam por aqui... Todo mundo já sabe.

Fiz uma careta.

-Meu pai vai ficar sabendo disso. – afirmei, apesar de não querer ter que dizer aquelas palavras. Era filho do chefe, sim; mas nunca tinha precisado apelar para aquilo antes. Era infantil demais.

-Ela vai ter o que merece, Ed. – Bella colocou uma mão em meu ombro, demonstrando apoio. – Sei que não gosta de delatar ninguém, mas foi muito inconveniente, até mesmo para ela. Imagine o que as pessoas já estão pensando de Emmett!

Deixei minhas pernas cederem e sentei-me no corredor onde estava, afundando minha cabeça em minhas mãos logo a seguir. Bella acompanhou meu movimento e me abraçou de lado.

-Também estou preocupada com ele. – ela confidenciou baixinho.

Eu tinha crescido com Emmett, estudado junto com ele. Sempre fomos melhores amigos, e essa amizade não alterou em nada com a chegada de Bella no último ano do ensino médio e o meu pedido de namoro a ela. Nada tinha mudado; Emmett e eu éramos verdadeiros irmãos.

Eu sentia a necessidade de vê-lo feliz, porque sabia que ele merecia aquilo; por isso ficava tão triste a ponto de querer chorar. Mas eu tinha que ser forte. Forte por nós dois. A barra já estava difícil demais para Emmett aguentar sozinho. Eu apenas torcia para que Rosalie o apoiasse do jeito que estava fazendo até então; e Bella e eu faríamos a nossa parte também. Meu melhor amigo não estaria sozinho.

Levantei o rosto e encarei a expressão preocupada de Bella ao meu lado.

-Está livre hoje à noite? – perguntei-lhe. Bella franziu a testa, o que significava que fazia contas em sua cabeça, e então um sorriso lindo se abriu em seus lábios.

-Sim. – ela confirmou. – Meu turno hoje acaba às sete horas.

-Convidei o Emmett e a Rosalie para saírem com a gente. – atualizei-a. – O que você acha?

-Perfeito. – ela manteve o sorriso em seu rosto.

Rosalie POV

Algo de muito desagradável tinha acontecido na sala de Carlisle, mas Emmett não queria me contar. Eu, apesar de preocupada, não iria obrigá-lo a falar. Ele o faria quando quisesse, se o quisesse.

-Acho melhor ver se as coisas estão bem entre os pais de Alice. – virei-me já em direção à sala de espera, depois de ter ficado sem resposta para minha última pergunta. Aparentemente nem ele mesmo sabia, de fato, porque não podia confiar em mim logo de uma vez.

Senti quando Emmett puxou meu braço para ele, mas, gentilmente, me desvencilhei do toque. Estava magoada demais. Por que tinha que ser a última a saber das coisas dele? Depois de assumir esse relacionamento, nunca mais tinha escondido nada de Emmett, a não ser essa falta de cuidado exagerado com a gravidez. Por que ele tinha que fazer isso comigo, então? Não era justo.

-Rosalie... – ouvi-o chamando, mas eu já seguia o meu caminho e não parei até começar a ouvir as vozes de minha família.

Minha mãe e Grace não estavam ali, felizmente. Não estava com a menor paciência para nenhuma discussão entre os pais de Alice, que pareciam não conseguirem ficar no mesmo cômodo sem trocarem pelo menos meia dúzia de farpas.

-Travis, Ella – chamei meus dois filhos, que estavam sentados folheando uma revista cada um. O papo entre George e meu pai parecia não atrair atenção nenhuma. – Podemos ir?

Os dois levantaram do sofá sem dizer nada. Estavam cansados e aquilo era bastante nítido. Tinham levantado cedo demais naquela manhã de segunda-feira, e no dia seguinte não poderiam faltar a aula novamente, então era melhor que descansassem mesmo.

Despedi-me de meu pai e de George, desejando que mandassem um beijo para minha mãe, Grace e Jasper, que àquela altura deveriam estar com Alice. Sem mais delongas, segurei a mão de Ella e a de Travis e os guiei até o elevador, onde paramos somente para esperá-lo.

Quando este finalmente chegou e nós conseguimos entrar na cabine, Emmett apareceu de uma hora para a outra, mas eu nem mesmo quis trocar olhares com ele.

Sem querer dizer nada também, assim que chegamos ao estacionamento, joguei as chaves do carro em sua direção antes que ele pudesse reclamar de alguma coisa.

O resto do caminho se passou do mesmo jeito: silêncio absoluto. Ninguém ousou pronunciar palavra alguma durante todo o trajeto até nossa casa.


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Notas finais do capítulo

Como sempre, espero que tenham gostado e deixem os reviews que eu taaaanto gosto! Vou respondê-los todos, me desculpem pela demora :)