05 - Harry Potter e as Fadas Arrepiadas escrita por alinecarneirohp


Capítulo 15
O BAILE




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Harry aplaudia o amigo freneticamente, deu uma discreta olhada em Hermione e viu que ela estava chorando. No palco, o professor Lockheart, enfiado entre Rony e Draco, dava as mãos aos dois, desmanchando-se em meneios e reverências exageradas. Finalmente, depois de muitos minutos de aplauso, o professor Dumbledore entrou em cena, dizendo:

            - Eu gostaria de agradecer ao professor Lockheart por seu belo trabalho e pelo empenho destes jovens talentosos que fizeram desta escola esta noite um teatro, nos trazendo uma das mais belas páginas da história da magia... mas antes de tudo, foi prometido um baile esta noite... os jovens querem ser festejados e abraçados por seu trabalho – Dumbledore fez um gesto, e num segundo as cadeiras desapareceram, dando lugar a mesas e a uma pista de Dança... havia muitas pessoas e Harry julgou que o salão fora alargado alguns metros. O palco foi esvaziado para a orquestra e os atores apareceram no salão, várias pessoas cercavam o elenco, principalmente Rony que era muito festejado e elogiado por sua atuação.

            Harry puxou Willy e Hermione para que eles falassem com Rony, abrindo caminho pela multidão. Este, desvencilhando-se da multidão, corria para abraçar sua mãe, que se debulhava em lágrimas, seguida pelo Sr. Weasley, que parecia orgulhoso e comovido. Foi neste instante que um bruxo corpulento abriu caminho e entregou a Rony um cartão de visitas, era Daniel Dubois, o grande gênio do cinema bruxo:

-         Me-Meu Jovem – Daniel era ligeiramente gago – Você tem muito talento. N-No verão eu vou rodar um filme... quero você no e-elenco... não é um papel principal, ma-mas isso é uma questão de tempo. Mande-me uma coruja para acertar os detalhes – Rony estava estupefacto. Ia trabalhar num filme bruxo! Quando finalmente conseguiu aproximar-se para abraçar o amigo, Harry ouviu a história toda e um comentário:

-         Vou perder as férias...

-         E isso importa? Rony, você vai ficar famoso!

-         Tanto quanto você?

-         Espero que mais! – Hermione olhava-o um pouco trás de Harry, quando este se afastou ela parou diante de Rony, sem saber o que dizer. A orquestra começou a tocar e Rony disse-lhe:

-         Bem na hora... quer dançar comigo? – Hermione apenas baixou os olhos e estendeu sua mão, para que ele pegasse. Rony começou a conduzi-la pelo salão graciosamente, sendo olhado por todos.  Começaram a dançar no centro da pista e foram aplaudidos. Hermione estava muito vermelha, mas Rony parecia tranqüilo:

-         Então... gostou da peça?

-         Foi maravilhoso... Rony, porque você nunca me disse?

-         O quê?

-         Que você sabia fazer tão bem tantas coisas... tantos feitiços complexos...

-         Tenho que confessar que não sei transfigurar uma pedra em cavalo... precisei de ajuda da professora Minerva nessa parte. Mas só nesta parte – Ele sorriu para ela, que devolveu o sorriso timidamente..

-         Me desculpe, Rony...

-         Porquê? Você não me fez nenhum mal...

-         Eu te julguei errado durante seis anos.

-         Eu também não me esforcei em subir no seu conceito nestes seis anos... – estavam agora próximos da entrada do jardim, Rony a puxou para fora e disse-lhe: - Hermione... essa noite não tomei poção de pés inquietos, creio que não vou conseguir dançar a noite toda com você... – ela levantou os olhos para ele, que a olhava – Vamos tentar de novo, Hermione? Eu prometo não sentir ciúmes do seu gato...

-         Se você não sentir ciúmes dele... eu prometo que esqueço os ciúmes que senti de Padma – Rony acariciava seu rosto, e ela abraçou-o com força. Seus lábios se tocaram, em poucos minutos, Hermione sentiu um perfume bom de rosas, mas era natural, afinal estavam do lado de uma grande roseira, mas ela não se lembrava de rosas... quando abriram os olhos, viram que a roseira ao lado deles estava coberta de rosas grandes como repolhos, que soltavam uma nuvem de perfume suave, enchendo o ar.

-         Ora, ora, - disse Rony – não é que tivemos uma emissão mágica involuntária? Não tão forte a ponto de fazer cair um raio, mas acho que isso é porque não somos tão explosivos quanto Sirius e Sheeba .

-         Um encontro de almas! – murmurou Hermione, notando maravilhada que não apenas aquela, mas todas as roseiras do jardim estavam cobertas de flores. A primavera chegava de vez a Hogwarts.

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            Distante dali, Draco Malfoy encontrava seus pais. Sua mãe ainda tentou elogiá-lo, mas foi seu pai que o interpelou, ríspido:

            - Você não tem vergonha?  Em séculos de história nenhum Malfoy participou de nada deste tipo... uma encenação... e como um patético herói de cabelos compridos... e você largou o quadribol por causa desta droga, vou acabar com esta história idiota! E eu não vou permitir que você seja ator... vou te tirar daqui e conseguir uma vaga em Durmstrang... lá eles vão te ensinar a ser homem

            Draco olhava o pai atônito, nunca imaginava que ele fosse capaz de tanta crueldade, o êxito do filho na peça em nada o comovia:

-         Pai... é apenas uma peça de colégio. Eu nem sei se quero ser ator bruxo.

-         E é bom que não queira! Eu não te sustentei todos estes anos para vê-lo se comportar como um idiota, com estes estúpidos cabelos de fadinha... se você insistir nesta baboseira, eu fecho esta escola, não sou  mais membro da diretoria, mas a escola ainda depende das minhas doações... juro que fecho Hogwarts se você insistir!

-         Antes, Lúcio, você vai ter que passar por cima de doze assinaturas, inclusive a do ministro da magia – a voz potente do Professor Dumbledore soou atrás dele, que virou-se enfurecido, para dar de cara com um pergaminho cheio de assinaturas – Todos os membros estão aqui esta noite, Lúcio. E todos eles assinaram este documento aprovando o incentivo cultural do grupo de Teatro, independente de suas doações.

-         Dumbledore, você reuniu as assinaturas para me prejudicar, você sabia que eu não aprovaria isso!

-          Não Lúcio, eu imaginei que você se orgulhasse de ter um filho com talento, mas me enganei. Agora, tente demover o conselho da idéia. A escola pode sobreviver sem suas doações, você pode perfeitamente ser considerado indesejável – Lúcio se assustou, sabia que aquilo seria um grande arranhão na sua imagem proba e íntegra, uma imagem falsa que mantinha os olhos do ministério da magia fechados para suas óbvias ligações com o lado das trevas, desligar-se de vez de Hogwarts seria quase uma confissão de culpa. Branco e furioso, saiu arrastando a mulher, que ficou olhando para Draco, com lágrimas nos olhos. Foi só quando o grande carro mágico negro dos Malfoy saiu dos portões da escola e aparatou noas arredores de Londres que Lúcio lembrou-se que não tinha feito nada para manter a trouxa irritante longe de Draco. Agora era tarde.

            No salão, o professor Dumbledore olhava para Draco que estava de cabeça baixa.

-         Draco... Eu não quero que você pense que não é benvindo na escola. Seu pai não se comportou bem com você, você tem muito talento, não pense o contrário.

-         Professor, eu não quero sair de Hogwarts.

-         Não se preocupe, Draco, eu tenho meios de deixar que você fique por aqui, você não vai para Durmstrang. – o professor disse isso e saiu. Ele ficou sozinho no meio do salão, então, Sue veio em sua direção, correndo, ele ainda não a vira e sentiu o impacto da visão da menina no vestido de baile cor de pêssego, ela estava linda.

-         Draco... desculpe, eu não quis me aproximar de você enquanto você estava com seus pais. – Draco a olhou e sem dizer uma palavra, arrastou-a para um lugar sossegado, próximo ao jardim. Então, abraçou-a e ficou longos instantes assim. Ela passava a mão pelos compridos cabelos dele, pegou seu rosto entre as mãos e perguntou:

-         O que houve, Draco?

-         Meu pai, ele me tratou mal, me humilhou... Eu não sei porque não quebrei a cara dele, estou forte a ponto de surrá-lo. Mas eu não tive coragem

-         E isso não é necessário, Draco, você não precisa se igualar a ele, não precisa ser também um monstro que humilha quem é menos forte que você... – Draco olhou-a nos olhos:

-         Sue... eu enfrentaria meu pai e sua mania de puro sangue se você me desse um motivo, um só motivo para isso... Sue, você quer ficar comigo? Não importa a distância, fique comigo, vamos ficar juntos, no ano que vem eu me formo em Hogwarts...

-         Draco, eu vou voltar para a América. – o brilho nos olhos dele se apagou, ele baixou a cabeça, triste.

-         Então é verdade, você realmente não me ama, só se divertiu comigo.

-         Não, eu te amo. Eu te amo como nunca amei ninguém, mas eu tenho que voltar para a América, eu preciso estudar, me formar, estou matriculada em uma universidade, vou passar os próximos seis anos estudando para ser médica, faz parte dos atributos de uma Van Helsing, mas isso não impede que você fique comigo.

-         E o que você quer que eu faça? Passe anos esperando você?

-         Venha para a América quando acabar Hogwarts... – ele olhou-a impressionado

-         Você quer que eu vá para a América?

-         Dá para ser um bruxo na América, não dá? Existem muitos em Nova Iorque... aliás, você já foi a Nova Iorque?

-         Nunca. Meu pai diz que lá é a metrópole dos bruxos decadentes.

-         Pois dane-se seu pai, dê um jeito, minta, passe as férias em Nova Iorque comigo.

-         Você está falando serio? – Draco olhava a menina nos olhos, ela sorria para ele.

-         Eu vou esperar você em Nova Iorque a partir de treze de Julho... fuja. Me encontre neste endereço – deu a ele um cartão com o emblema da irmandade. Ele a olhou mais uma vez e sorriu:

-         Eu darei um jeito – disse, baixando o rosto para beijar-lhe a boca, quando estavam quase se beijando ele parou – e aquela história de que eu estava ridículo?

-         É a mais pura verdade, lindo deste jeito é ridículo que você esteja longe de mim – ela pendurou-se em seu pescoço, beijando-o com paixão.

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            Harry perdera-se de Willy no momento que fora encontrar-se com Rony, estava agora procurando-a pelo salão. Repentinamente, Silvia Spring pulou em sua frente, falando rápida e atabalhoadamente numa voz esganiçada, demorou quase um minuto para ele entender o que ela dizia:

-         A sua madrinha, Harry, o bebê vai nascer, Sirius a levou para a ala hospitalar!

            Harry disparou junto com ela na direção da ala hospitalar, quando chegou na porta, deu de cara com Sirius, Lupin e Willy que esperavam do lado de fora, Sirius parecia muito mal humorado:

-         Não posso ver meu próprio filho nascer!

-         Nessas horas homem só atrapalha, Sirius! – Silvia olhou-o com censura e Lupin fez sinal para que deixasse para lá.

-         Os trouxas assistem o parto dos filhos que eu sei! John Van Helsing me contou que estava lá quando todos os seus oito filhos nasceram. Essas bruxas são muito antiquadas! Neste ponto até os trouxas estão mais avançados – neste momento Sheeba deu um grande grito do lado de dentro e ele empalideceu, Silvia o consolou:

-         Calma, Sirius, é assim mesmo... se você estivesse lá dentro ela já estaria xingando você a essa hora...

-         Porquê?

-         Porque vocês fizeram o filho juntos e você não está sentindo nada... – a bruxa disse bem humorada – fique calmo, ainda vai demorar um tempo... partos demoram...

-         Mas começou na hora da peça!

-         Eu sei disso, estava do seu lado lembra? Quer ficar calmo, Sirius? – Agora Lupin o interrompia. Enquanto Lupin tentava distraí-lo com uma conversa banal sobre qualquer assunto, tarefa dificultada pelos eventuais gritos de Sheeba, Harry puxou Willy para um canto, atrás de um móvel e perguntou:

-         Então, Willy? A peça já acabou.

-         Harry... se eu não quisesse te perdoar, não deixaria que você pussesse a pulseira no meu braço, mas eu não vou te beijar agora... não no corredor da ala hospitalar.

-         Está bem, - Harry disse conformado. E eles sentaram-se novamente, Willy apoiou a cabeça no ombro dele e disse:

-         Porque você se arrependeu?

-         Porque fui um idiota. Porque no instante seguinte ao que você me deu o fora eu me senti tão sozinho quanto me sinto na casa dos Dursleys... porque sei lá... tem um milhão de motivos.

-         Que bom, eu pensei que você tivesse se arrependido porque eu fiquei mais bonita...

-         Não, você não ficou mais bonita...

-         Não?

-         Não, está tão linda como sempre foi, a diferença é que nos últimos dois meses resolveu esfregar isso na minha cara...

-         Kakaka! Harry, você não tem jeito mesmo. – Neste momento um choro de criança fez todos se levantarem, Sirius começou a andar de um lado para o outro na frente da porta, Silvia batia palminhas sem som, sorrindo com uma cara meio boba, Lupin parecia calmo como sempre. Depois de cerca de meia hora, a porta se abriu e Madame Pomfrey saiu:

-         Pode entrar, Sirius. Vá conhecer a sua filha. – Sirius entrou rapidamente, sem ouvir o que ela dissera. Madame Pomfrey segurou todos os outros do lado de fora.

            Sheeba tinha nos braços um bebê miúdo e branco, com um tufo de cabelos negros muito espesso sobre a cabeça, ele olhou-a , com um cara fascinada, depois para Sheeba, a quem disse:

-         Espero que você não tenha me xingado muito durante o parto, Srª Black.

-         Só cada vez que doeu... – Sheeba deu um sorriso cansado. – com quem ela parece, Sirius?

-         Ela? É uma menina?

-         Claro que é, seu idiota. Madame Pomfrey lhe disse!

-         Uma menina – ele sorriu bestificado.  – é uma menina! – Sheeba sorriu novamente

-         Sim, senhor Black, livre da sua maldição... porém, veja, olhe entre os dedinhos dela...

            Sirius tomou-a entre os braços cheio de medo e olhou entre os dedos... entre o polegar e o indicador da mão direita havia um pequeno sinal em forma de foice. Ele olhou Sheeba de volta, que tinha um sorriso triste nos lábios.

-         A sua marca, Sheeba... a marca do Prometeu

-         Sim, luvas refletoras, medo e desconfiança por onde passar para o resto da vida. 

-         E a mesma força, sabedoria e talento da mãe. Como vamos chamá-la?

-         Hope. – Sheeba sorriu

-         Sim, Hope. É um lindo nome. – disse ele devolvendo o bebê a Sheeba e dando-lhe um beijo carinhoso no alto da cabeça – Agora há duas pitonisas para eu amar.

            Neste momento todos os outros entraram e ficaram admirando Sheeba e o bebê, até que foram expulsos por Madame Pomfrey, que novamente deixou apenas Sirius do lado de dentro:

-         Vão para o baile... aqui não é lugar de festa, há um bebê tentando dormir.

            Harry conduziu Willy de volta para a festa, notou com um certo incômodo que agora além de Snape, Silvia Spring também parecia de olho nele. Para aborrecê-lo ainda mais, Colin Creevey quis tirar uma foto dele e de Willy juntos, concordou ligeiramente aborrecido, Colin não perdia esta mania de fotos. Levou Willy para o jardim, na tentativa de namorar em paz e viu que entre os casais que estavam por ali havia conhecidos demais. Deu de ombros e pegou Willy nos braços, afinal, agora Snape não podia perseguí-los, era dia de festa. Estavam se beijando quando tudo aconteceu.


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