Acampamento de Férias- Garotos X Garotas escrita por Meena Swan


Capítulo 15
Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!! Eus sei que eu demorei um pouquinho mesmo já tendo os 30 comentario....
*batemos a meta ~dancinha~*
Obrigada a todas que comentario no capitulo anterior!! Foi muito emocionante ler todos eles!
Não respondi todos ainda por falta de tempo... Mais eu promento que responderei todos! Juro!
*mão esquerda levantada*
Bem, eu fiquei de mandar o cap para uma leitora para ela corrigir, mas a caixa de email dela estava cheia então decidi postar logo!!!
O cap esta muito grande, esses foi uns do motivos de ter demorado. Para quem não sabe eu escrevo o cap no papel e depois eu digito, fica meio difícil!!! Entendem??
Bem, vou deixar de falar/escrever para que se saboriem com mais um cap.



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Capitulo treze: Acerto de contas

Pov. Edward

– Edward guarde isso em um lugar mais seguro. Não confio nessas coisas aqui. – Alice dizia enquanto me entregava as roupas do E.C.

Peguei as roupas e a mascara de E.C que estavam enrolados em uma grande capa preta, tirei as roupas que mal cabia lá dentro.

– Pode me dar alguma sacola? – Pedi a Alice.

– Tudo bem! – ela caminhou até o guarda-roupa – Mais eu só vou ter essa! – Ela ergueu uma sacola cor de rosa e florida.

– Serve!

Alice movimentou o biquinho que tomava seus lábios, aquilo significava que ela estava pensando.

– Não! – ela recou com a sacola – Faz disso, me dá o código do seu armário do vestiário que eu coloco as roupas lá.

– Porque não posso levar agora?

– Nessa escuridão, alguém poderia ver essa sacola a quilômetros, ainda dá pra enxergar alguma coisa.

– Me dá um papel então! – Pedi.

Rapidamente ela me deu o que eu pedi, anotei ali no branco os números que abririam o meu armário, fiz menção de entregar a senha, mas instantes antes dela pegar eu recuei.

– Nada de gracinhas, Alice!

– Você é meu irmão!

– E?

– Não confia em mim?

– Em partes! – Falei.

– Magoou. – Alice tomou o papel das minhas mãos – Agora vai!

Coloquei a capa sobre minhas costas e a arrumei. Sai do quarto da Alice com pressa. Meu rosto estava coberto pela o enorme capuz da capa.

A mascara preta estava em uma das minhas mãos. Escondia-a em minha capa e comecei o percurso. A noite não estava clara porque a lua não tinha surgido no céu, ele estava coberto por nuvens.

Comecei a caminhar na direção do meu quarto. Um minuto tinha passado e então eu comecei a ouvir passos que vinham em minha direção. Parei no mesmo instante. Não consegui identificar de onde vinha a pessoa só sabia que ela estava próxima.

Voltei a andar com mais pressa. Os acontecimentos seguintes aconteceram de forma rápida, meu corpo entrou em uma grande colisão com algo que ainda não tinha identificado.

– AHHH... – O gritinho me despertou para o que estava acontecendo.

Em um ato impulsivo segurei o corpo que sofreu mais com o impacto, meus braços envolveram sua cintura a impedindo que caísse. Um arrepio percorreu meu corpo quando a pele do meu braço tocou a pele dela, a pessoa que me fazia tão feliz.

A mascara que estava em minha mão caiu e eu fiquei me perguntando como eu juntaria naquela escuridão. Como em uma cena de filme o memento vivido acontecia no meio do acampamento.

Lentamente eu levantei o corpo da garota que mesmo me magoando eu não deixava de amar. Seu cabelo roçou em meu rosto fazendo cócegas, o cheiro dele invadiu-me, era doce e suave. Reprime o desejo de dar um beijo em seu pescoço.

Quase pude ver a expressão do seu rosto assustada, senti suas mãos agarrem minha blusa, ela puxou. Pude imaginar seus olhos fechados.

Logo ela estava de pé, sua cabeça estava baixa e suas mãos ainda seguravam com força minha blusa. A respiração irregular entregava meu nervosismo.

Bella segurou meu rosto com força e posicionou uma das mãos e meu pescoço me fazendo a me aproximar dela.

– E.C? É você?

Meu coração acelerou, a adrenalina tomava minhas veias e me fazia pensar em como sair daquela situação sem que ela descobrisse minha real identidade.

Rapidamente me abaixei e tateei o chão a procura da mascara, mas era em vão eu não a encontraria naquela escuridão.

– Onde você está? Não vejo muito bem!

Um instante depois eu estava em pé, não adiantava procurar, estava escuro demais.

– Eu sei que é você. O seu perfume é inconfundível... Porque não está me respondendo?

– Não posso ficar! – Falei tentando disfarçar minha voz.

– Preciso tanto de você!

Lentamente virei de costas e cobri meu rosto com o capuz. A luz poderia aparecer a qualquer momento apesar da lua está em uma fase que sua iluminação é pobre.

– Fizemos um trato lembra? Um mês. – Falei ainda tentando disfarçar a voz.

– Eu sei mais...

Bella não continuou a frase, porem, eu sabia muito bem o porquê dela estar daquele jeito.

– Por favor, espere o tempo... Preciso dele mais do que nunca.

– Tudo bem.

Houve um momento de silencio, no qual, fiquei me perguntando se tinha ficado sozinho.

– Eu posso fazer um pedido? – Ela perguntou pondo minha hipótese por terra.

– Claro!

– será que você poderia me deixar tocar em você? Tocar do tipo tentar ver suas feições com a mão...

Ela terminou a frase com um ar tímido, tão baixo que mal conseguir ouvir. Sorri diante daquele pedido, apesar de estar muito tentando em atendê-lo as chances de alguma coisa dar errado eram maiores.

– Parece uma ideia ótima, mas como pode me assegurar que não verá meu rosto?

– Eu sempre ando com um lenço, pode usá-lo como venda.

Não pude impedir o assalto de um sorriso aos meus lábios. Vir-me-ei em sua direção e ergui a ao em forma de um pedido, tomei cuidado com a pouca luz que vinha da lua.

Bella desfez o nó que prendia o lenço no seu pescoço, arrastou uma das pontas e ele deslizou por seu pescoço. Instantes depois o lenço estava suspenso no ar sendo segurando apenas por uma de suas delicadas mãos.

Peguei-o de sua mão, me virei de lado e dobrei o lenço até deixá-lo bem forrado e no tamanho ideal. Segurei suas extremidades com as mãos e me aproximei dela.

Devagar encostei o lenço em seus olhos que estavam fechados e com paciência amarrei as duas extremidades dando um nó suficiente para segurar o lenço. Bella suspirou fundo.

Devagar peguei sua mão esquerda e a levei ao meu rosto, logo a outra mão fez o mesmo percurso. Suas mãos caminharam por meu rosto até chegarem ao capuz que ainda cobria meu rosto, então suas mãos o removeram.

Senti o ar frio passar por todo o meu rosto suas mãos desceram por meu cabelo e permaneceram em minha nuca. Um arrepio prazeroso percorreu meu corpo e eu sei que ela percebeu isso. Instantes depois sua mãos estava em meu rosto, fechei os olhos sentindo os seus toques.

A luz da lua permanecia ativa sobre nós o que deixava a pele dela mais branca do que o normal; comparo a uma porcelana, frágil, delicada e linda. Um dos seus polegares parou em meus lábios.

– Você é lindo!

O sussurro dela me fez ficar nervoso. Com passos lentos e curtos eu me aproximei dela, segurei suas mãos que estavam em meu rosto e as retirei dali. Depositei um beijo nelas antes de segurar seu rosto, sua boca era convidativa.

Nossos beijos sempre aconteciam na escuridão da noite e acho que esse era o fato que deixava as coisas mais românticas e com ar de perigo, mas eu me perguntava quando pararíamos de nos encontrar as escondidas na escuridão da noite.

Apertei sua cintura e a trouxe para mais perto, pretendia aproveitar cada momento que tivesse com Bella porque eu sabia que quando ela descobrisse quem E.C realmente era... ainda tinha o admirador secreto que tinha acabado de entrar em sua vida.

Falando nisso... Eu precisava dar umas broncas na Alice. Inocentemente ela tinha colocado “S2” no final da carta do admirador, é claro que eu não concordei com isso, mas Alice não me escuta!

Deixei esse pensamento de lado e me concentrei no que estava fazendo, beijar Bella. Apertei os braços em volta de sua cintura a trazendo para mais perto até nossos corpos ficarem colados assim iniciando um beijo muito desejado, por um instante deixei seus lábios e desci roçando meus lábios por seu maxilar até chegar em seu pescoço, precisava sentir sua pele em mim.

Dei uma mordiscada ali, entre meus braços eu senti seu corpo estremecer. Comecei a distribuir beijos por seu pescoço que a fizeram arrepiar. Subi novamente em direção a sua boca, ainda beijando todo o percurso. Bella gemeu próximo ao meu ouvido o que me deixou mais excitado.

– Você está muito assanhado. – Ela sussurrou em meu ouvido.

Estranhei o seu tom, era sarcástico, porem, não dava a entender que não estava gostando.

– Você me deixa assim. – Sussurrei.

Mordi seu lóbulo e outro tremor a atingiu seguido por um arrepio. Com euforia voltei para seus lábios com um desejo ardente maior. Beijei-a com euforia e mais desejo como se o mundo fosse acabar naquele instante. Sinceramente eu precisava reconquistar aquela mulher.

Fui pegue de surpresa quando senti minha cintura ser enlaçada, segundos depois percebi que eram as pernas dela. Suas mãos agarraram meus cabelos assim nos prendendo um ao outro.

De vez em quando eu beijava seu pescoço por dois motivos. O primeiro era a falta de ar, precisávamos de oxigênio, mas eu não queria me afastar. O segundo era que eu adorava ouvir seus gemidos... E eu adorava ouvi-los. O momento ficava cada vez mais quente quando Bella parou o beijo.

– Pare, por favor! – Ela pediu.

Com relutância atendi seu pedido, eu não podia forçar ela a fazer nada e se ela não queria, eu não podia estupra-la. Bella se afastou. Em minha mente se formou a possibilidade da venda ter caído e ela ter descoberto minha identidade, no entanto, ao mesmo tempo pensei no jeito doce e calmo no qual ela falou, se ela tivesse descoberto com certeza estaria me espancando.

Olhei para ela e o alivio tomou todo meu ser. Por incrível que pareça a venda ainda estava em seu devido lugar.

– Desculpe, mas as coisas estavam indo longe demais. – Seu sorriso era tímido.

– Tudo bem. Eu que perde o controle.

Coloquei o capuz novamente em minha cabeça, pois tiraria a venda dos seus olhos. Aproximei-me e desfiz o nó do lenço, Bella piscou algumas vezes e então olhou para mim, sorriu.

– Sexo só depois do casamento. – Seu tom era desafiador. Decidi entrar no seu jogo.

– Espero um dia te encontrar no altar, então.

Seu sorriso aumentou, ela ficou surpresa com minha resposta. Permanecemos sorrindo por alguns instantes até ouvimos sussurros e passos.

– São as meninas do dormitório. – Bella falou.

– Bem, está na minha hora de ir embora. – dei um passo na direção oposta a ela, mas antes de dar outro parei – Bella?

– Hum?

– Não se preocupe, nos encontraremos novamente.

Corri com toda a velocidade que eu tinha precisava chegar logo em meu dormitório. Os pensamentos chegavam em minha mente de forma rápida. Parei de modo súbito ao me lembrar de algo.

Olhei na direção de onde tinha vindo. Meu coração acelerado por causa da descoberta.

Que droga! Esqueci minha mascara lá! – Pensei.

Pov. Alice

Encarei-me no espelho analisando a minha pele aparentemente bem tratada. Estiquei a parte superior do rosto, próximo aos olhos e aproximei-me da superfície refletora.

Decidi passar uma mascara de pepino. Peguei o pote do creme o abrindo, peguei uma mão cheia do conteúdo. Espalhei a quantidade no rosto, o deixando verde.

Estava pronta para me deitar e dormir quando alguém entrou de forma brusca. Fitei Edward de forma incrédula e assustada.

– Vem aqui Alice!

– Por quê?

– Vem logo!

Sai do quarto me esquecendo do meu estado; tamanha a preocupação. Caminhamos para um lugar isolado. A preocupação já estava me consumindo.

– O que aconteceu Edward?

– Bella está com minha mascara!

– O quê? Como isso aconteceu?

– É uma longa história.

Ergui uma sobrancelha em uma pergunta silenciosa. Exigia explicações.

– Por um acaso nós nos encontramos perto do prédio da tesouraria, perdi minha mascara lá, tive que sair correndo e esqueci de procurar a mascara antes.

– Que droga, Edward!

– Eu sei!

– O que devo fazer? – Perguntei.

– Você precisa pegar a mascara dela e a colocar no meu armário junto as roupas.

– Só isso?

– Só! Agora vai, elas estão perto de chegar.

Ele desapareceu na escuridão da noite. Voltei para o dormitório e tirei o creme do meu rosto, não podia executar uma missão dessas com o rosto verde. Deitei na cama e fingi está dormindo. Não demorou muito para a algazarra começar.

– Xiii – Bella começou – Alice está dormindo.

– O quê? Impossível. – A voz de Jane era inconfundível.

– É a mais pura verdade! – Rose concordou.

– Bella o que é isso em sua mão? – Perguntou que me pareceu ser Katy.

– Uma mascara!

– De quem? – Dessa vez foi Yasmim quem perguntou.

– Não vou dizer?

– BELLA! – houve um grito uníssono e eu me mexi virando para o lado oposto.

– Calem a boca Alice está dormindo! – Bella sussurrou – E eu não vou dizer nada. Vamos dormir!

O barulho continuou por longos minutos até que tudo se acalmou, lutei contra o sono que tentava me fazer sucumbir, porem, enfiei em minha cabeça que eu precisava me manter acordada!

Quando eu tive certeza que todas dormiam me levantei. Usei a pequena lanterna do meu celular e comecei a andar pelo o quarto. Cheguei até a cama da Bella a fim de procurar a maldita mascara.

Abri a primeira gaveta do criado-mudo e felizmente ela estava lá. Retirei-a com cuidado, fechei a gaveta devagar a fim de não fazer barulho. Depois peguei as roupas de E.C que estavam debaixo da minha cama.

Segurei firme o papel que estava em minhas mãos, era o código do armário do Edward. Levantei meus pés vagarosamente até chegar à porta.

Eu tinha medo de fazer algum ruído ou barulho, por isso, pisava com a menor pressão possível. Cheguei à porta, peguei na maçaneta e a rodei. A lufada de vento arrepiou meus pelos por causa da temperatura. Coloquei meu corpo inteiro para fora do cômodo fechando a porta atrás.

Apertei os braços em minha volta a fim de espantar o frio, a roupa que usava também não ajudava em nada. Dei um laço nas tiras do meu roupão na tentativa de fiar mais quente.

Coloquei meus pés para andarem. Tinha que voltar mais cedo possível para minha cama, quase pude ouvi-la sussurrando meu nome, implorando para que eu não a deixasse. Quase desistir quando ela argumentou que aquilo faria com que passasse menos tempo com ela...

Meus passos eram longos do que o de costume. Sempre achei deselegante uma mulher andar as presas. Seu caminhar se tornava desengonçado. Mulher tem que andar sempre com leveza. Minha mãe sempre dizia que jogaria fora esse conceito quando me tornasse adulta de verdade, quando tivesse que trabalhar para me sustentar.

Parei ao chegar onde queria. Finalmente faria uso da minha flexibilidade adquirida nos anos de ballet. Flexionei um pouco meus joelhos e dei um impulso. Segurei-me em algumas barras e empurrei meus pés a pequena janela que havia acima da porta.

Cai do outro lado de forma não muito confortável, mas que foi a melhor maneira que encontrei já que tinha perdido a prática. Levantei meio que sem jeito esfregando a bunda que tinha servido de amortecedor. Recuperei-me rápido precisava agir rápido.

Direcionei-me para os armários e sem perca de tempo procurei o armário do meu irmão. Minhas mãos soavam e minha testa começava a ficar umedecida.

Encontrei o que procurava e sem hesitação, coloquei a sequencia a qual acabaria logo com aquela aflição. Certifiquei-me de que aquele era o armário de Edward e depois coloquei seus pertences ali.

Respirei fundo. Estava acabado. Eu só esperava que Edward não fizesse mais nenhuma besteira e muito menos que alguém me achasse fora do dormitório. Sentia-me em um filme de ação, enquanto a mocinha tem lutar por sua vida. Era quase uma missão impossível o que eu tinha que fazer!

Aproximei-me da porta e olhando para o alto vi a única saída que tinha.

POV. Bella

Acordei com o som irritante do despertador. É eles tinha colocado um despertador no meu dormitório.

*revirando os olhos*

Ainda com os olhos fechados dei uma tapa no aparelho que gritava de forma escandalosa. Virei para o outro lado sentindo o conforto dos lenções. De volta as profundezas do meu sono quando outro som alto e perturbador me fez acordar. Dessa vez ele foi mais alto e irritante e então me lembrei de que não estava em casa.

Abri meus olhos em um rompante e o problema era que não havia muito espaço para aqueles movimentos bruscos e eu acabei de bunda no chão.

[...]

Fechei o meu armário com um sorriso bobo nos lábios. Encostei as costas no armário de cor cinza. Lá dentro deixei outra carta do meu admirador secreto.

Suas palavras eram intensas e doces, me faziam derreter e ficar no modo mogol por tempo indeterminado. Eu não podia ver seu rosto, mas suas palavras eram tão intensas e familiares ao mesmo tempo em que até parecia que eu sabia quem ele era.

As roupas leves da aula de exercícios cobriam meu corpo. Um short curto – não tão curto tá gente, não pensem que sou uma vadia que anda por ai mostrando a bunda – cobria o suficiente das minhas coxas que tinham aumentado de tamanho desde o começo dos meus treinos de muay-thay e uma camiseta branca cobria o meu tronco.

Estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi que alguém tinha entrado no vestiário, o pior é que essa “pessoa” me viu com cara de mongol.

– Sempre soube que tinha uma cara de mosca morta, mas desse jeito é inédito. – Tânia me irritou com aquela cara de projeto do inferno.

– Ah meu Deus! – disse irônica – Nem abri vaga para cuidarem da minha vida e você já está querendo o cargo?

Toma, essa eu aprendi com a Paola Bracho, ela é uma ótima professora. Quem quiser aprender ser sarcástica é só se matricular na escola dos Brachos que você sai de lá formado.

– Eu não quero cuidar da sua vida! Ela é patética!

Eu estava a ponto de começar a ter um ataque de risos, mas me controlei porque eu precisava deixar aquela vaca no chão. Sorri torto.

– Tem certeza? – baixou em mim a senhora ironia – Então, porque você vive dando palpite nela? E pior! Porque sempre fica me observando o que e faço ou deixo de fazer?

Eu calei a boca daquele encapetada. Tânia parecia surpresa, tinha percebido que eu tinha mudado e muito. Se ela sabe ser sarcástica? Eu posso ser bem pior, fui aluna da Paola Bracho.

– Eu não fico prestando atenção no que faz! Sua vida é patética!

Tânia soltou um sorrisinho de quem achava que estava por cima, retribui o sorriso fazendo com que o dela desmoronasse.

– Não foi o que pareceu quando fez o comentário sobre minha cara de “mosca morta”!

Cruzei os braços sentindo o gosto da vitória. Tânia fechou a porta do seu armário com força e saiu pisando duro. Fiquei olhando a vadia andar em direção a porta com muita força. Eu não me importaria se o pé dela se partisse no meio, nem que a porta do armário dela caísse pela a força que ela a fechou.

Eu sabia que aquela raiva acumulada viria como um tsunami para mim em um determinado momento, todavia, estava preparada para sobreviver aquele tsunami chamado: Tânia.

– Idiota! – Sussurrei.

Certifiquei-me que meu rabo de cavalo estava em seu devido lugar e então sai do vestiário indo em direção a quadra. Meus passos eram firmes, porem, se tornaram incertos quando avistei uma silhueta diferente na posição de instrutor.

Bem, a mulher rabugenta não estava no centro da quadra com um apito na boca e uma prancheta na mão, pelo o contrario, o apito estava caído sobre o peito definido e a prancheta não estava sendo utilizada.

O gato do professor de Educação Física dos meninos tomava a pose de instrutor. Aproximei-me do multado de meninas onde ele parecia está explicando algo.

– A professora de vocês está doente, acho que é virose... – disse ele pensativo – Por isso, hoje e somente hoje serei seu professor. – ele sorriu amarelo – Coisa que é uma pena. – Ele terminou de falar com um biquinho.

– A professora rabugenta bem que poderia adoecer mais vezes. – Rose suspirou ao meu lado.

– Eu não trabalho com serie de exercícios e por esse motivo praticaremos uma atividade chamada: Carimba.

Tudo o que conseguíamos fazer era olhar uma para a cara da outra. Aquele tipo de atividade nunca tinha acontecido. Meus olhos passaram sobre Tânia e eu soube que aquele momento não seria apenas uma atividade recreativa, mas sim uma espécie de vingança. Cá entre nós, quem nunca descontou a raiva nesse jogo?

Sorri para a Tânia. Não estava a fim de perder, depois que comecei a praticar muay-thay meus reflexos ficaram uma maravilha, também seu que fiz vocês pensarem que eu era sedentária mais a verdade é que eu realmente era.

A escola onde eu reino tinha entrado de férias e quando eu permaneço em casa por mais de quatro horas é inevitável a velha Bella não voltar.

– Você e você! – ele apontou para Alice e Tânia – Escolha o time de você.

– Bella! – Alice falou rapidamente.

Caminhei em direção a pequena de cabelos espetados. Tinha certeza que em algum momento Tânia arranjaria um jeito de me humilhar, bem esse momento tinha chegado e diferente do que ela imaginava eu era tão boa naquele jogo quanto Maicon Jordan era no basquete.

Não retirei dos lábios o sorriso e de certa forma estava ansiosa para que começasse aquele jogo. O desejo de mostrar a todos o quanto eu mudei crescia a cada minuto, era quase como se fosse um troféu. Poder provar que era melhor que Tânia. Igualzinho há quatro anos.

De uma a uma as meninas foram sendo escolhidas. Rose tinha ficado no meu time juntamente com as meninas do dormitório mais isso não significa que outras não tivessem entrado. Era muita menina e cada time terminou com mais ou menos quinze integrantes.

Alice e Tânia se aproximaram uma da outra.

– Par! – Alice disse.

– Impa!

Alice jogou seus dedos no ar pondo dois dedos. Tânia também jogou seus dedos pondo um dedo.

– Impa! – o professor gritou. – Elas ficam com a bola.

Murmurei mentalmente não deixando meu pensamento penetrar minha expressão, esta tinha que permanecer imutável. Caminhei em direção ao lado esquerda da quadra me preparando psicologicamente para o que viria.

Um sorriso se alastrou por meus lábios, aquela atividade seria mais do que um simples jogo e eu estava ansiosa para ele. Tânia segurava a bola e caminhou para a linha imaginaria que separava os times. O som do apito penetrou nossos tímpanos. Era a carta branca para o inicio do jogo.

Estreitei o olhar e rodopiei para a direita, a bola passou centímetros de mim. Parei de frente enquanto uma das meninas foi buscar a bola. Meus olhos brilhavam em desafio e Tânia percebeu isso, pois vi seus olhos cerrados.

Alice caminhou em direção a linha imaginaria e arrevesou a bola. Alice só era pequena mais tinha uma força... A bola acertou em cheio uma menina.

Enquanto ela caminhava para o lugar determinados ser dos “mortos” nosso time comemorou. Tivemos que parar quando a garota arremessou a bola. Dei um pulo alto, agarrei a bola no ar e sem perca de tempo arremessei contra o time adversário carimbando mais uma.

[...]

O jogo já passava dos vinte minutos só restava eu e a Tânia. Aquela vaca. Aquela vaca tinha conseguido carimbar Alice, Rose e todas as meninas, menos eu. Sempre fui melhor do que ela em tudo menos nos esportes, no entanto, a situação tinha mudado.

Sorri debochando e eu sabia que ela se lembrava do quanto eu era péssima em esportes, ela também tinha certeza que se eu pegasse a bola ela estava morta.

*sorrindo internamente*

Entenderam a piada?

Respirei fundo tentando diminuir a ansiedade da vitória e a irregularidade da minha respiração. Eu iria carimbar Tânia nem que fosse a ultima coisa feita na minha vida.

Minha inimiga segurou a bola de forma concentrada, se preparou para jogar a bola, me preparei para intercepta-la. Tânia lançou a esfera. Ela podia ser tudo, porem, seus arremessos eram baixos e isso facilitava a minha vitória.

Pulei o mais alto que eu consegui, já mencionei que já joguei vôlei?

Sem hesitação joguei a bola, ela voou com muita velocidade não dando tempo de Tânia se desviar. A bola atingiu em cheio as suas costas e um urro uníssono das garotas invadiram meus ouvidos me informando que eu tinha ganhado da Tânia.

[...]

Eu estava no vestiário feminino com Alice, Rose e as meninas do dormitório. Todas estavam impressionadas com minha performance na quadra. Jane estava até simpática por isso.

– Bella, você é uma caixinha de surpresas! – Jane falou – Tem esse estilo meio patricinha, mas é revoltada por dentro.

– Eu não sou patricinha! – Falei.

– Eu disse meio, significa metade sabia?

– Não! Sou tão burra que não sei disso. – Tentei responder na mesma moeda. Eu sei não deu certo. Não tenho culpa se tem as pessoas com quem consigo ser acida. Geralmente preciso está com raiva.

– Sinceramente! Você não sabe ser sarcástica. Quer umas aulinhas? – Jane falou.

Estava prestes a responder a sua pergunta quando escutei um estrondo enorme. Permaneci imóvel tendo a certeza do furacão que estava vindo. Sorri. Se Tânia podia ser um furação eu podia ser bem pior, causando um estrago de um furacão, terremoto e tsunami juntos.

Ela pegou meu braço me obrigando a virar. Relaxei tentando não armar um barraco.

Você acha que eu vou ficar quieta em relação ao que aconteceu na quadra. - Tânia me ameaçou.

– Foi só um jogo. Não tenho culpa se sei jogar melhor que você.

– HÁ. HÁ, HÁ,Á! - ela gargalhou sem emoção - Aquilo foi golpe de sorte.

– Tão golpe de sorte que não me conseguiu me carimbar ao invés disso foi carimbada. Que estranho. - Ironizei - Ah Tânia sinto muito mais não tenho tempo pra jogar fora e é isso que estou fazendo falando com você.

Virei-me voltando a ficar de frente para as meninas.

– Volta aqui, não terminamos nossa conversar.

A ignorei.

– Vire-se logo, cover da galinha pitadinha.

Não! Ela não tinha dito isso...

Virei-me lentamente em sua direção, a expressão mais cruel do mundo estava em meu rosto.

– Repete! - Desafiei.

– Cover da galinha pitadinha!!!

Senti como se um vulcão entrasse em erupção dentro de mim. Cerrei o punho e sem responder pelos os meus atos voei em cima daquela rapuquenga. Ela tinha pedido a morte.

Um instante depois eu estava com os apliques loiros em minhas mãos. Não estava em mim o único pensamento que vinha em minha mente era o que aquela vaca tinha feito comigo e naquele momento eu só pensava na minha vingança.

Subi em cima daquela vaca, olhei bem para ela que tentava fugir. Cerrei o punho e o ergui.

– NÃO! NÃO! NO ROSTO NÃO!

– ESSA É POR QUATRO ANOS ATRÁS!

Baixei o punho com toda a minha força acertando em cheio o seu rosto. Seu olho ficou imediatamente roxo. Tive vontade de esfregar a cara dela no chão até chegar ao osso.

Tânia tentou se defender. Segurou meu nariz me impedindo de respirar, peguei sua mãozinha e entortei todos os seus dedos.

– AHHHH! SUA VAGABUNDA!

– COMO É QUE É? VOCÊ DEIXA DE ESTUDAR PARA VIVER DE SOMBRA E ÁGUA FRESCAR NA CASA DA SUA MÃE, E EU SOU A VAGANUNDA? QUERIDA VOCÊ ESTA INVERTENDO OS VALORES!

Dei-lhe uma tapa que a palma da minha mãe ficou ardendo. Ela tentava proteger o rosto com as mãos e eu não me cansava de bater naquela vaquinha mesmo que minha mãe estivesse vermelha e dolorida.

Minhas unhas estavam grandes aproveitei para rasgar a pele daquela sem vergonha mesmo que depois precisasse tomar um banho esterilizante para tirar o seu DNA repugnante. Depois era só tomar uma vacina contra doenças transmissíveis por vadiazinhas que se fingem de santas.

Finquei minhas unhas nos ombros daquele ser que se dizia ser humano. Tânia soltou um urro de dor. Dei mais uma tapa naquilo que ela chamava de cara.

As pessoas em nosso redor nem ousavam se aproximar. A coisa parecia seria e levando pelo o nível da minha raiva eu só tinha começado minha terapia. Ela não sairia dali consciente, talvez em coma ou morta. Não estava ligando para as consequências.

Algo envolveu minha cintura me arrastando para longe da vaquinha. Comecei a me debater na tentativa de voltar ao meu posto anterior, ainda não tinha acabado com a raça daquela rapuquenga*.

(N/A: Rapuqunga, misturas dos nomes rapariga e quenga).

– Meu Deus Bella! Você perdeu o controle. – Ouvi a voz ao longe de quem me parecia ser a Alice.

– Me solta Alice, me deixa acabar com a raça dessa ai.

– BELLA! – Alice berrou no meu ouvido.

– O QUÊ? – Gritei de volta.

– VOCÊ QUEBROU UMA UNHA!

Revirei os olhos.

– DEIXA ALICE! EU POSSO QUEBRAR MAIS ALGUMAS NA CARA DELA!

– Calma Bella! Já foi o suficiente. – Carol me acalmou.

Tânia não estava desacordada, me olhava de forma raivosa, mas eu não tinha medo. Querendo ou não ela tinha que admitir. Eu era melhor do que ela. Minha respiração começou a se normalizar então o meu ser voltou ao normal.

Virei de costas pronta para deixar aquele episodio para trás quando eu ouço um grito seguido por uma dor forte em meu braço. Olhei para Tânia que estava com os dentes atracados em minha pele.

A raiva voltou a correr em minhas veias causando um calor sobrenatural. Ela iria pagar caro por aquilo, a Bella violenta tinha voltado e não me responsabilizava pelos os atos dela.

Minha perna direita atendeu ao comando do meu cérebro. Coloquei toda minha força no chute que a deixou com pouco oxigênio. Ela se afastou alguns centímetros, sem hesitação cerrei o punho e com toda minha força acertei o rosto da vaca que caiu desacordada.

Observei a situação por alguns segundos antes de perceber o estrago que eu tinha feito.

– AH MEU DEUS! – olhei para minhas mãos sujas de sangue – EU QUEBREI OUTRA UNHA!

[...]

– O QUÊ?! – Eu gritei.

– Isso mesmo! Você terá que pagar pelo o que fez com sua colega campista fazendo serviços aqui no acampamento.

– Mais foi ela que provocou! – esbravejei – Não sabe o que eu passei nessa porcaria há quatro anos e sou obrigada a viver o pesadelo de novo? Eu estou avisando que não vou aguentar tudo calada. Eu vou me defender.

O homem se remexeu na carteira.

– Tenho consciência do que aconteceu com você há quatro anos e é por esse motivo que não vou expulsá-la do acampamento, mas você nocauteou a garota.

– E se ela continuar com as piadinhas faço de novo! E porque não me faz um favor? Me expulsa logo dessa porcaria porque eu nunca quis está aqui! – Aumentei o tom de voz.

Sai caminhando até a porta, meus passos eram pesados e barulhentos. Bati a porta com toda minha força e vi que a estrutura de madeira foi balançada.

Olhei para o meu braço que tinha uma mancha roxa, os dentes dela tinha ferido e até tinha sangrando, mas meu sorriso voltava e a dor desaparecia quando me lembrava do corpo desacordado e totalmente roxo.

Valeu a pena levar uma mordida e quebrar duas unhas porque eu tinha me vingado por todos esses anos. Claro, que eu teria que tomar uma serie de vacina como para a raiva e fazer alguns exames. Vai que ela tenha me passado alguma doença.

O meu castigo começaria no dia seguinte, teria que trabalhar na cozinha durante um mês, não me importava de pagar com aquilo, não era eu que estava na enfermaria desacordada.

O resto do dia foi normal, pelo menos quase, todos me olhavam diferente. A noticia tinha corrido mais rápido do que eu imaginava. Isso só podia ter uma explicação e ela se resumia a Jane. Ela ficou impressionada com que eu fiz e saiu contando pra todo mundo.

Eu não sabia o que iria acontecer no dia seguinte, entretanto, tinha quase certeza que iria dar merda. Até porque eu teria que acordar 05h30min, mal acordava às 07h00min imagina 05h30min. Bem agora é esperar pra ver...

[...]

O som estridente do despertador me acordou. As meninas gemeram em protesto e gritaram para eu desligar. Toquei a mão naquela caixa do inferno ainda com os olhos fechados. Obriguei-me a levantar, fiz minha higiene matinal e sai em direção à cozinha.

Mal conseguia ficar em pé. Estava debruçada sobre uma mesa quando acordei de um susto.

– Acorda menina! – Alguém gritou me balançando.

Acordei desnorteada.

– Vamos! Temos muito que preparar o café.

Dali em diante foi uma correria. Não tenho certeza como consegui cumprir tudo, até porque era trabalho para 300 pessoas.

As 07h:00min da manhã tudo estava pronto, passei a costas da minha mão esquerda na testa úmida. Minha barriga roncava, mas eu só podia comer depois que tudo acabasse, ou seja, depois que os cavalos se alimentassem.

A boa noticia é que eu bati tanto na Tânia que ela não conseguia nem comer.

Estava sozinha na cozinha, então decidi cochilar um pouco antes que a tiazinha voltasse berrando por mim. Encostei-me A e na mesa e aos poucos me debrucei sobre ela. Logo a sonolência me atingiu e os ruídos passaram a ficar distante.

Um som estrondoso me fez pular da cadeira, tive tempo suficiente para ver o pé do responsável por todas as panelas no chão sumir.

– OH MEU FILHO VOCÊ NÃO TEM VERGONHA, NÃO? – Gritei.

Ele não tinha ouvido o meu grito, levantei disposta a arrumar a bagunça antes que alguém visse quando vi o envelope sobre a mesa. Rapidamente peguei o papel nas mãos, virei o verso e passei as pontas dos dedos nas letras que formavam: “Admirador secreto” antes de ser interrompida pela a tia.

[...]

– Bella, ponha somente duas folhas dessa planta, somente duas! – A tiazinha cozinheira me advertiu.

– Tudo bem! Eu já entendi.

Era sacanagem! Dessa vez eu estava preparando o almoço pros cavalos, ops, quero dizer campistas. Estava cansada, com sono e meus ouvidos doíam de receber ordens.

– Agora tenho que ir ali! Tenho que encontrar os outros.

Ela saiu resmungado algo como: “Só eu que tenho que fazer as coisas”. Esperei o liquido da panela, ferver para colocar as folhas. Tinha colocado uma folha quando um barulho me chamou atenção.

Virei em direção ao individuo que estava com a mão na massa. Ele tinha uma carta nas mãos quase a depositando nas minhas coisas. Era o meu admirador secreto.

Infelizmente ele me viu antes que eu visse seu rosto, pois ele cobria a cabeça com o capuz do casaco. Não desisti de descobrir quem era, corri atrás do individuo.

Ele tinha mais vantagens, pois estava mais próximo da porta, pulei sobre o balcão chegando mais perto dele. O estrondo da porta batendo foi alto, parei imediatamente, não consegui chegar a tempo.

O vidro era fusco e não permitia que eu visse a pessoa do outro lado. Tentei abrir a porta mais ele segurava a maçaneta. Fixei meus olhos no seu rosto e a única coisa que conseguia ver foi um par de olhos verdes.

[...]

Que droga, quantas folhas eu coloquei, mesmo? – Pensei desesperada.

– Já colocou as folhas Isabella?

A cozinheira já estava chegando.

– Já!

Seja o que Deus quiser! – Pensei colocando mais duas folhas.

– Quantas? – Ela perguntou.

– Duas! – Sorri amarelo.

Eu acho! – Completei em pensamento.

[...]

– Abri logo essa porta Jane! – Alice batia ferozmente na porta.

De um modo estranho, todo mundo estava com fininha ou dormiam de um jeito sobrenatural sobre as coisas. Passava por meio-dia, pouco depois do almoço as pessoas começaram a endoidar.

– SAI DO MEIO!

Alice passou por mim correndo com algo nas mãos.

– AONDE VOCÊ VAI? – Gritei de volta.

Alice parou de forma brusca e virou em minha direção de forma diferente e robótica.

– Tenho que ir ao matinho, né minha filha! Não vou fazer minhas necessidades nas calças.

Alice voltou a correr em direção a porta, correndo como uma louca, logo estava do lado de fora. Segundos depois ouvi a descarga, Jane abriu a porta e eu quase morri de mau cheiro.

Sai correndo na intenção de sair daquele ambiente poluído mais antes vi a cara de alivio daquela louca. Encarei a acampamento, horrorizada. Senti-me naquelas serie pós-apocalíptica, tirando os zumbis. Muitos campistas dormiam/coma sobre o chão, um sono tão profundo que nem o sol no rosto incomodava. Outros faziam uma fila enorme no banheiro, outros caminhavam devagar com a mão na barriga.

– O que aconteceu com esse povo?

Meu estomago produziu um estranho ruído. Não tinha almoçado, aqueles vândalos tinham comido tudo. Cruzei os braços e sorri de modo estranho.

– Quem mandou serem esfomeados! –Praguejei.

– ISABELLA SWAN! – Uma voz conhecida gritou, ela me lembrava de quando minha mãe estava brava comigo.

Virei-me em direção ao individuo dando de cara com a tiazinha cozinheira. Ela estava acompanhada do dono do acampamento.

– Você quer matar os campistas?! – O chefão perguntou.

– O que foi que eu fiz? – Perguntei inocente.

*olhos brilhando*

– VOCÊ SUA LOUCA! – a tiazinha gritou – EU MANDEI VOCÊ COLOCAR SÓ DUAS FOLHAS E VOCÊ COLOCOU MAIS DE DUAS. QUALQUER PESSOA QUE COMEU DAQUELA SOPA ESTÁ INTOXITICADO! – Ela estava muito alterada.

– Qualquer pessoa? – O dono daquela porcaria falou.

– Sim! – A mulher respondeu.

O chefão rolou os olhos na orbita e caiu aos meus pés. Em um sono inquebrável.

– NUNCA MAIS QUERO VER VOCÊ NA COZINHA!

A tiazinha virou as costas para mim e se mandou.

– O quê? Eu fui demitida! – Falei correndo atrás dela pulando por cima do chefão em coma.

[...]

Os dias tinham passado, mas eu não tinha me livrado do castigo. Ainda posso me lembrar dos médicos do acampamento atendendo os campistas. Eles nunca trabalharam tanto.

As marcas que eu deixei ainda não tinham sumido do rosto de Tânia e eu estava adorando. Melhor ainda foi saber que eu deixaria cicatrizes leves mais deixaria.

– ISABELLA! – Um dos responsáveis me chamou.

– O quê? – Perguntei sem emoção.

– Mais respeito garota! – fui repreendida – Vá procurar um desses apoios. – Ele ergueu um pedaço de pau.

– Onde encontro isso? – Perguntei na maior educação. Serio! Eu fui educada.

– Procure! – Ele disse arrogante.

– Idiota! – Murmurei ao sair.

Depois da tentativa falha de trabalhar na cozinha fui enviada para trabalhar na montagem das coisas da gincana. Só então entendi o porquê delas estar demorando tanto. Era coisa demais.

A boa noticia era que estávamos na reta final era ultima barraca que montávamos. Eles não entendiam que eu não sabia fazer absolutamente nada.

Sai a procura daquela porcaria, não era boa a achar as coisas, eu precisava dá minha mãe para aquilo, era impressionante, ela achava as coisas menos de cinco segundos e eu para achar a mesma coisa levaria a eternidade, ou seja, nunca.

Rodei por mais de 10 minutos procurando o tal apoio. De alguma forma que não sei explicar meus pés toparam em algo duro. Cai de quatro no chão. Praguejei enquanto segurava meu pé esquerdo com força. Parei de xingar a praga que tinha me derrubado quando vi o que procurava na minha frente.

Puxei o apoio sem me preocupar se ele estava sendo utilizado ou não. Corri até o responsável rabugento.

– Isabella?

– Hum?

– Onde pegou esse apoio? – Ele perguntou passando os dedos no contorno preto da madeira.

– Sei lá.

Mal fechei a boca e um vento forte bateu na barraca, sua estrutura balançou coisa que nunca tinha acontecido, um rugindo alto sucedeu e a estrutura metálica entortou.

Segundos depois minha vista escureceu por causa do tecido-plástico que fazia o teto caiu sobre minha cabeça.

– ISABELLA! – Ouvi o grito reprovador do responsável.

[...]

As notas musicais entravam em meus tímpanos mais estava nervosa demais para saber que música era.

O meu admirador secreto tinha marcado um encontro comigo na festa do mês. Lembra-se que no ultimo sábado de cada mês o acampamento oferece uma festa? Bem, é nela que eu estou agora.

Em uma das cartas enviadas a mim, ele dizia que queria me encontrar na festa. Fiquei indecisa, não queria deixar de encontrar o E.C. Descobrir quem era o admirador me deixava apenas duas escolhas: ou ele ou o E.C.

Mesmo assim eu fui. Esperei-o ansiosa, porem, ele estava atrasado demais. Comecei a ouvir ruídos, mas eles não pareciam vir do chão e sim do... Ar?

Comecei a ficar assustada mais me mantive firme, uma coisa que eu não sou é covarde. As batidas do meu coração podiam ser escutadas dentro dos meus ouvidos. Batidas fortes e rápidas.

Algo caiu do alto.

– AHHHHH! – Gritei.

Gritei de novo quando vi uma mascara de esqui. Fiz o impulso de correr.

– Espere! – A voz me fez parar.

Voltei assustada e surpresa. Não acreditava que de trás da mascara tinha um homem. Ele estendeu um papel, lentamente eu o peguei. Virei à carta e minhas suspeitas foram confirmadas. Aquele era o tal admirador secreto.

Passei meus olhos por seu corpo, ele estava pendurado por uma corda. Corri em sua direção mais ele simplesmente subiu desaparecendo na escuridão.

Sentei no chão ainda em choque, segurei firme o papel sentindo que havia algo a mais que um papel com um verso.

De repente tudo que era pensamento veio em minha mente. Não entendia o porquê eles fugiam de mim. Porque queriam esconder suas identidades? E.C e o “admirador secreto”...

Por muitas vezes pensei em deixa-los para lá, no entanto, algo me impedia, era mais forte do que eu. Quase como se fosse a mesma pessoa... Eu gostava dos dois, ou melhor, dos três. Edward, E.C e o Admirador secreto.

No meio de todos aqueles pensamentos eu me lembrei de que faltava apenas uma semana para o prazo do E.C terminar. Ele teria que me revelar sua identidade, querendo ou não, caso o contrário, teríamos que acertar as contas. Não sou muito amável nos meus acertos de conta.

N/A: Hoje não teve próximo capitulo, prefiro deixar tudo no mais puro silencio.
Ú.Ú.
Nem adianta fazer essa cara, da minha boca não sai nada!
Capitulo passado passamos de 30 comentario!!!
*dancinha*
Dessa vez a meta é de 40!
O.o
Nem adianta fazer essa cara! Eu tenho o direito de aumentar meta até porque meu numero de leitores aumentaram, nada mais justo nãoa acham???
Pois é! Eu sou má!
*risada malefica*
cof, cof, cof...
To com problemas na garganta!
*dando de ombros*
Façam-me felices com comentarios e recomendações.
Poxa faz quase um ano que não recebo uma recomendação novo... E olha que vocês fazem cada declaração de amor pra fic...
*olhos esbugalhados*
Façam essa leitora feliz!!!



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Notas finais do capítulo

Boa noite!!!