Num dia chuvoso e frio de inverno, uma bela moça, com cabelos cor de mel e olhos da cor do mais lindo lago cristalino, estava em sua casa de campo para um merecido descanso, pois trabalhara arduamente em um caso complicadíssimo. Ela era uma detetive de altíssimo nível, muito habilidosa e inteligente e claro, com um pouquinho de sorte, conseguia resolver a todos os casos que lhe era entregue.

Em uma tardezinha, quando o sol estava se pondo, uma visão magnífica aos olhos daquela jovem, que há muitos anos vivia na cidade. Ela observava atenta a cor levemente alaranjada no céu, que se formava à medida que o sol ia se deitando. Havia muitas árvores, todas banhadas com aquela cor que era jorrado do pôr-do-sol. Perto de sua casa havia um pequeno lago, onde Relena fora caminhar para melhor observar as magias da mãe Natureza.

Chegando perto daquele pequenino lago, a jovem vê que aquele magnífico show da natureza dava lugar a uma terrível cena. Sentado de baixo de uma árvore estava um rapaz com cabelos da cor da terra na qual estava sendo coberta por aquela noite que caia, estava em completo estado de choque, todo machucado e ensangüentado. Relena se aproxima com cautela daquele rapaz que ali estava para poder saber o que havia se passado e o porquê de seu estado lamentável.

A jovem vendo que não havia resposta por parte dele, pede desesperadamente por ajuda, mas no mesmo momento de seu apelo aos anjos se dá conta que estava completamente sozinha naquele lugar que ainda era estranho para uma pessoa da cidade. Relena, mesmo com o choque do susto, tenta carregar o podre rapaz, mas não consegue, então, talvez por graça dos anjos, ou apenas o destino, aparece um lindo homem que aparentava ter uns 21 anos, que mais parecia ser um anjo mandado para seu socorro, com longos cabelos dourados, lindos olhos azuis que iluminava aquele momento de desespero, aparentava ser tão bom e gentil quanto o mais dócil animalzinho daquela pequena floresta, ele vem ao socorro daquela linda garota.

O simpático rapaz a ajuda levando aquele jovem inconsciente para sua casa, muito alegre e falante pergunta tudo sobre a vida daquela jovem a quem ajudava e que dividia sua visão entre a estrada que percorria. Ao chegarem, o bondoso anjo acomoda o garoto desconhecido em um sofá que estava no meio da sala, perto de uma lareira de pedras, que naquele momento se encontrava acessa, aconchegando todo o local em um gostoso calor, diferentemente de como estava fora da casa, o rapaz então se despede e se retira silenciosamente, Relena agradece a grande ajuda que acabara de lhe dar, despedindo-se, estava tão preocupada e assustada com o que acontecera com aquele jovem que simplesmente esqueceu-se de perguntar o nome daquele a quem agora só poderia chamar de anjo.

Lá fora a noite já era densa e com um leve ar assustador, com uma lua cheia tão bonita e brilhante que parecia um farol a guiar todos os pequeninos seres daquele lugar escondido da humanidade insana.

Relena passa toda a noite cuidando daquele inesperado visitante, com toda sua atenção e carinho. Apesar de tudo que acontecera, Relena só conseguia admirar a beleza daquele jovem, ela sentia muito carinho por ele, mesmo sem nunca tê-lo visto, o que a deixava extremamente intrigada.