Emily Van Dame - os Grilhões de Prometeu escrita por emilydefarias


Capítulo 7
Do nada, tudo fica escuro


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo está bem mais complexo. Espero realmente que gostem.



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Tudo estava prometendo perfeição e alegria. Parecia que meu cérebro estava conspirando contra mim, pintando imagens de uma família feliz e perfeita. Ou quase, Rafael estava morto e isto era um fato terrível e irrevogável; e aquilo parecia mais real que tudo aquilo ali, o carvalho azul petróleo, o caminho de pedras e a casa branca. Nem mesmo a mochila em minhas costas ou o chão sob meus pés parecia sólido e real. Eu havia imergido em uma onda de estupor desde que Luciana acenara, parecia que alguém andava por mim. A dormência era sem fim. E de repente tudo ficou escuro.

Acordei deitada em algo sólido mais macio, um sofá pensei. Eu estava cercada de vultos murmurantes que aos poucos se tornaram duas mulheres. Uma de cabelos grisalhos e olhos amarelos, envolta em um chalé de tricô verde oliva; a outra mantinha uma postura ereta, trajava roupas elegantes e de matriz neutra, tinha também um rosto bastante fino, cabelos muito escuros e tinha olhos tão negros quanto seus cabelos.

Quando me viram acordar, a segunda mulher deu meia volta e saiu.

 - O que aconteceu? – Era uma pergunta idiota, mas foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Assim que perguntei notei que sabia a resposta, eu tinha desmaiado. Estava começando a ficar sério, era a décima terceira vez que isso acontecia. Esses desmaios estranhos começaram após a morte de meu pai, ou melhor, quando fiquei sabendo que teria que vir morar aqui. É, estava começando a ficar sério, logo teria que ir à um médico se tudo isso não parasse. Exatamente, eu não estava só desmaiando com uma freqüência extraordinária, estava sem fome quase o tempo todo (o que poderia estar causando os desmaios, já que eu pouco comida, podia apostar que já tinha perdido uns sete quilos), estava com crises de arrepios, quase não tinha sono (minhas antigas olheiras estavam mais fortes do que um dia já estiveram, até quando fique sem dormir por 48 horas inteiras graças a uma aposta com uma idiota da minha classe na 7ª série) e as crises de tontura.

 - Você teve uma queda de pressão querida; e acabou desmaiando. – Respondeu Darlene.

- Hum… – quanto ao desmaio, eu já havia à muito deduzido sozinha, mas deixei aquela passar; a coincidência de ter acontecido aquilo justamente quando eu vi Luciana (nem mentalmente eu conseguia chamá-la de mãe) estava me pertubando.

 - Eu vou deixá-la sozinha. – disse ela. – Este é o seu quarto, espero que goste. Suas malas estão debaixo da janela. Se precisar de alguma coisa ou tiver fome, toque a campainha ao lado do interruptor. – Darlene apontou para traz, deu meia volta e saiu dali por uma porta de mogno, alta e entalhada de aparência antiga.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Me esforcei muito mais neste que nos outros e busquei umas brechas pra tornar tudo mais composto. Se gostaram, avisem ;)



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