Vida de Semideusa escrita por Jkws


Capítulo 11
O deus ferreiro dá a dica.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Tentei ao máximo ser fiel ao Hefesto do livro. =D



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Como vamos achar Hefesto? – perguntei. Ainda estávamos na frente do Empire State.

– Ele deve estar na forja dele. – respondeu Luca.

– Certo mas onde fica?

– Não sei.

– Ótimo.

Olhei para uma poça de água no chão e vi que a bênção de Zeus havia sumido.

– Olha. – ele virou para mim e disse: - vai ficar tudo bem, acredite em mim.

Eu sorri.

– Valeu.

David pigarreou.

– Hefesto tem várias forjas. E esse não é o maior de nossos problemas. Hefesto não nos ajudará numa missão para Hera. – achei engraçado, eu tinha pensado nisso minutos antes. – E caso ajude... bom, Ládon tem cem cabeças. Héracles conseguiu pegar os pomos. Algumas versões dizem que ele pediu que Atlas o fizesse.

– Um problema por vez - falei tentando imaginar um dragão com cem cabeças, totalmente bizarro. - Como podemos achar Hefesto?

Luca andava de um lado para o outro com a mão no queixo, pensando.

– Podemos mandar uma M.I para um deus? – ele perguntou.

– Uma mensagem instantanea? – perguntei

– Não, uma mensagem de Íris.

– Ah – eu não gostava de passar por burra.

– Não sei mas, não custa tentar. Embora provavelmente não vá funcionar.

– Provavelmente. – concordou Luca. – Mas é só o que temos.

E começou a andar. No caminho falou que estávamos indo para o lava-jato, e que era difícil que Hefesto atendesse nossa M.I. Os deuses são ocupados.

Depois de uma longa procura achamos um lava-jato. David pôs uma moeda lá, a água começou a jorrar da mangueira. Só observei, não sabia o que eles estavam fazendo, mas não queria passar por burra de novo. Luca segurou a mangueira e David jogou um dracma no ar, onde tina um pequeno arco-íris e disse:

– Ó Íris, deusa do arco-íris, aceite a minha oferenda. – O arco-íris brilhou. - Hefesto... ãnh, onde quer que ele esteja.

Todos prendemos a respiração, esperamos.

Uma imagem apareceu como se fosse projetada. Um homem disforme e feio apareceu no ar. Tinha como plano de fundo um lugar que me pareceu ser um forja.

Hefesto, o deus ferreiro.

Nenhum de nós sabia o que dizer, não esperávamos que fosse funcionar, Hefesto mexia em um tipo de metal e olhou para nós.

– Creio que tem um pedido a me fazer. – ele disse.

Eu abri a boca para falar algo mas não sabia exata mente o que dizer, e a cara dele não estava me ajudando.

– Sim senhor Hefesto, temos um pedido. – disse David. Me deu um empurrãozinho, me estimulando a falar.

– S-sim – falei e respirei fundo para me concentrar. – Hera nos mandou, senhor Hefesto.

– Sim, eu soube da sua missão, por isso decidi que vou ajuda-la.

Nos olhamos. As notícias corriam rápido no Olimpo.

– Sério? Mas você e Hera... – comecei a falar.

– Sim, eu não gosto da minha mãe, exatamente por isso irei ajuda-la.

– Como assim? Não entendi.

– Ela mandou que viesse pedir ajuda a mim por que ela sabe que eu não ajudaria nenhum meio-sangue que viesse em nome dela. Ela quer que você fracasse logo no começo, por isso vou ajudar vocês.

Franzi o cenho. Tinha entendido mais ou menos.

– Ãnh... – Pensei um pouco. Nunca entederia os deuses. – Obrigada.

Ele falou:

– Claro, mas não se acostume. – ele falou arrogantemente e murmurou algo sobre autômatos não precisarem disso. – na verdade, o que vou te dizer poderia ser dito por qualquer um. Pegue o táxi das irmãs cinzentas, elas a levarão ao jardim das Hespérides. Boa sorte.

E passou a mão na mensagem de Íris que desapareceu.

– Ãnh... O que foi isso? – Perguntou David.

Dei um passo para frente, eu também não tinha entendido muito bem, repassei a conversa na minha cabeça. Então entendi.

– Hefesto é um gênio. – Afirmei.

– Como assim? – Perguntou David.

– Hera nos mandou perguntar a Hefesto uma coisa que todos sabiam. – Falei.

– Só por que ela imaginava que ele não nos ajudaria por ser uma missão pra ela. – Completou Luca.

– Mas Hefesto sacou tudo e nos ajudou. O que vai deixar sua madrasta bem zangada. – Entendeu David.

Agora eu odiava quando lembravam que ela era minha madrasta. Eles ficaram falando sobre os garotos do chalé de Hefesto, eu não sabia nada sobre o assunto então resolvi dar uma volta pelo lava-jato.

Andando olhei para a água que estava acabando de jorrar da mangueira, agora eram só gotinhas. Uma sombra foi se prolongando acima de nós, no começo achei que fosse uma nuvem tapando o Sol. Mas foi crescendo e percebi que a nuvem tinha uma forma meio humana.

Parei de andar.

Virei lentamente e vi uma pessoa enorme. Primeiro só vi os pés enormes. Fui subindo o olhar devagar, as pernas eram grandes e gordas, usava uma tanga. A barriga era redonda e dura. O cara devia ter cinco metros fácil. Ombros largos e uma cortina de cabelos, mas ainda dava pra ver seus olhos.

Espera.

Olhos não. Olho. Um único olho bem no meio da testa.



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