Get Back ! escrita por Carolis


Capítulo 26
Café com o Joe


Notas iniciais do capítulo

AAA, esse capítulo eu fiquei eufórica só de escrever! *-* Espero que gostem... E não se decepcionem.
PS: Vou começar a montar um plano. Vou dar motivos para Demi ter criado cada uma das músicas do novo CD, e explicar. Vai aparecer em próximos capítulos. Ok? Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/152502/chapter/26

Adentrei o elevador ao fim do corredor e toquei minha testa, mas ela ainda latejava, resultado da minha bebedeira exagerada. Pensava em maneiras de agir como aulta, mas todos os fatos apontavam para aquela situação constrangedora. Eu, Joe, o quarto do hotel... Sozinhos. E eu nunca havia ido tão longe com nenhuma outra pessoa. E não sei se estava preparada para dijerir isso. Eu não lembrava de nada, nem ao menos relances em minha cabeça. Só lembro daquele beijo e depois as lembranças apagam.

–Como será que foi? - mordi o lábio inferior imaginando algumas cenas entre mim e Joe, e confesso, sorri escondida - Espera... O que eu to pensando! - gritei a mim, enquanto o elevador deletava minha saída.

Apalpei os bolsos e encontrei minhas chaves e pus-me a dirigir. Ajeitei os cabelos rebeldes pelo retrovisor e o vestido. Coloquei um chale xadrez e minha jaqueta de couro, que normalmente sempre estavam jogados no banco do meu carro, pra minha sorte naquele dia. Tudo para disfarçar o fato de estar usando o vestido do meu aniversário e estava torcendo para não cruzar com nenhum fotógrafo ou paparazzi. Chegar a cafeteria não foi grande problema, o trânsito estava ótimo e eu mantia-me respirando fundo e contando até 10 constantemente. Avistei a cafeteria e meu coração palpitou sem controle. Manobrei meu carro e me dirigi a cafeteria. O sino da porta tocou ao abri-la e retirei meu óculos. Olhei para as mesas e bancadas e não o encontrei. Bufei, e virei, quase em direção a porta de saída, desistindo, quando vi ele sentado numa mesa, com o café, sorrindo a mim. Caminhei em sua direção, controlando meus passos, afinal, minhas pernas traíras podiam me levar ao chão. Aproximei-me e sem nenhuma palavra, me sentei, controlando meu coração rápido.

–Oi - ele disse, a voz rouca amistosa e tomou um gole de café e sorriu a mim.

–Oi - completei, dando um sorriso no fim dos lábios, quase invisível.

–Dormiu bem? - ele sorriu.

–Sim - ouvir aquilo era estranho demais.

É, definitivamente a situação era estranha. Ele não dizia nada, somente tomava café e me olhava.

–Então - ele disse limpando a garganta - O que voce queria comigo?

–Bem, er - gaguejei. Iria dizer o que? "Bom, então Joe, nós fizemos sexo ontem. Foi bom pra você? Porque eu não me lembro de nada... Você poderia clarear minha memória". Pensamento bobo. E nunca usei a palavra "sexo". Para mim, tudo que envolve duas pessoas próximas desse jeito, é amor. Puro amor. Mas pra minha falta de sorte, o que aconteceu naquele quarto de hotel, não foi amor.

–Então..? - ele persistiu.

–É que... - Improvisei uma desculpa - Você esqueceu sua gravata - entreguei-a e ele ergueu uma sombrancelha.

–Então você queria me ver só para entregar minha gravata?

–Sim -sorri. Eu não iria falar, eu sabia disso.

–Esta certo - ele sorriu - Obrigado então - agarrou a gravata. Joe sabia que não era só isso, ele me conhecia muito bem.

Nos encaramos por um tempo enquanto ele tomava o café. Ele estava prestes a ir embora.

–Tchau Demi, a gente se vê por aí - ia se levantar.

–Espera - como um reflexo rápido, agarrei sua mão e ambos olhamos para nossas mãos juntas - Joe...

–Sim... - ele agora estava sério.

–O que... - relutei fechando os olhos, mas continuei - Aconteceu ontem?

Ele me encarou.

–Não lembra de nada?

–Não - respondi confusa - Sei que te beijei na festa... - senti minha voz falhar e minhas bochechas queimarem. Mas nada demais para o que viria.

–É - ele escapou um sorriso pequeno em seus lábios, mesmo tentando escondê-lo.

–E nós... - perdi a voz e limpei a garganta - Nós... Dormimos juntos, não é? - tudo saiu numa bomba, as palavras desentalaram de mim.

–Sim... - ele disse calmo e meu coração morreu por alguns segundos - Mas, espera... - ele continuou se aparentando confuso - Dormir... Como?

Não havia nenhuma parte do meu corpo que não estava vermelha, mas não iria andar pra trás agora.

–Joe, você sabe, se nós fizemos... - fui interrompida por ele.

–Espera... Sexo? - ele ergueu uma sombrancelha.Afirmei com a cabeça, deixando todo meu ego cair - Claro que não!

Meus olhos se abriram ainda mais, e eu ainda não acreditava no que ele havia dito. Senti um peso sair de meus ombros e uma confusão se formar em minha cabeça.

–Demi, nós dormimos na mesma cama, mas nada além disso. - ele dizia, com firmesa.

–Mas... Meu vestido estava aberto. sua gravata jogada igual meu salto... E você foi embora antes de eu acordar - as dúvidas saiam tão rápidas que não sobrava tempo para respiração.

–Olha Demi, depois de me beijar, você ficou zonza, bêbada demais para fazer qualquer coisa, então Hanna me disse do hotel alugado ao lado. Te levei pra lá, você ficou com calor e abriu seu vestido e tirou seu salto. Eu ia embora, mas você não deixou, então tive que esperar você dormir, deitado ao seu lado, e depois fui embora - ele me olhava com seriedade.

Era muita informação para mim, minha cabeça ainda doía, mas depois, tudo fez sentido! Ele ainda me encarava e eu me sentia ainda com mais vergonha, mas tinha uma última dúvida em minha cabeça e não havia mais nada a esconder, então lancei:

–Mas... Eu queria? - disse olhando em seus profundos olhos.

–Acho que sim... Acho que foi por isso que você arrancou minha gravata - ele deu uma risada e eu soquei seu braço de leve e revirei os olhos.

–E você? - continuei.

–O que?

–Você queria? - mordi o lábio inferior esperando a resposta.

–Você quer mesmo saber? - ele franziu o cenho.

–Está certo - balancei a cabeça, afastando esse pensamento.

Ele se levantou e se aproximou de mim.

–Não se preocupe, eu nunca tentaria nada com você, eu não iria estragar sua primeira vez - ele sorriu.

Como ele sabia? Corei imediatamente.

–Eu sei que você nunca fez isso, você está esperando a pessoa certa, você sempre foi assim, e eu adoro isso - ele sorriu amigavelmente - Tchau minha pequena - ele beijou minha testa e saiu da cafeteria.

Fiquei ali pensando nas palavras dele, principalmente no "minha pequena". Esse era o Joe que eu sentia falta...

Sem ao menos perceber, meu rosto estampava um sorriso enorme.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Não gostaram? Faça o coração da boba aqui mandando um review, que tal?