Sem Pov.

As garotas pegaram as bolsas, o livro e desceram para o saguão do hotel para ir a tal editora.

Ao chegarem lá em baixo arrumaram uma pequena confusão. Quatro garotos com sabe-se lá quantas mil malas – como disse Fernanda mais tarde – estavam esperando o elevador. Quando as garotas saíram de dentro dele, eram tantas malas que elas não conseguiam sair, nem eles conseguiam entrar.

-Dá pra vocês passarem logo?! – disse o garoto mais alto, tinha cabelos e olhos pretos e era um tanto mal humorado, ele falou em inglês mais não tinha jeito de ser Estadunidense de verdade.

-Ei estressadinho – Fernanda disse irritada com atitude do garoto – são vocês que estão bloqueando a passagem do elevador se não percebeu.

O garoto mais baixo riu.

-É Diego nessa você se deu mal – ele continuava rindo e falou em português.

-Sabia! Vocês são brasileiros que nem agente – disse Renata de repente.

Os quatro olharam pra ela.

-Mais e ai como vai ser? Quanto mais rápido vocês derem passagem mais rápido agente passa – Fernanda disse com um olhar estressado direcionado para Diego.

-calma não se estressa não. Desculpa pelo nosso amigo mal humorado – falou um garoto loiro de olhos de um azul profundo. – Prazer eu sou o Pedro – disse e virou para trás. – esse baixinho aqui é o Lucas, o caladão aqui atrás é o Jefferson e o estressado é o Diego.

Renata apresentou as garotas.

-Eu sou a Renata e essas são a bruna e a Fernanda.

Bruna deu um sorriso e Fernanda fingiu dar um sorriso.

Os garotos deram um jeito de segurar a maior parte da bagagem.

-Vamos meninas, não ficar perder mais tempo, temos muita coisa pra fazer!

-Ei espera ai – o mais baixo, Lucas, disse – seria bom se tivéssemos alguém que fala nosso idioma pra mostrar a cidade.

-Sabe – Renata disse – nós precisamos ir à editora primeiro, mais depois acho que agente pode mostrar o que conhecemos da cidade até agora pra vocês.

-Esperam agente guardar as malas, ou melhor, jogar as malas no quarto?

-Claro - ela disse.

No saguão:

-Renata e sua simpatia – Fernanda disse ainda irritada.

-Sabe, até que eles são bonitinhos – Bruna falou com um sorriso malicioso.

-É, e eu aposto que a Renata já ficou caidinha pelos olhos cor de mel do Lucas!

-Claro que não! Não se pode mais ser simpática hoje em dia?

No corredor em frente ao quarto dos meninos:

-Agente podia muito bem conhecer a cidade sozinhos – Diego disse.

-A cara relaxa! Quer saber, vai ser muito melhor andar pela cidade com aquelas garotas, que cá entre nós são lindas, do que sozinhos – falou Lucas.

-Falou o cara que ficou todo sorridente pra tal da Renata!

-Fiquei nada e é melhor agente descer que elas tão esperando.

Os sete foram andando até a editora que não era muito longe de lá. Todos iam conversando e rindo das piadas que Lucas contava. Os únicos que não se falavam era Fernanda e Diego, digamos que eles tenham começado com o pé esquerdo e fossem um tanto teimosos para pedir desculpas um pro outro.

Fernanda deixou uma cópia do livro na editora e depois que eles saíram de lá Jefferson perguntou:

-E agora pra onde?

-Que tal se agente for à calçada da fama? – Disse Bruna com os olhos brilhando.

-Ia ser perfeito! – os olhos de Fernanda também brilhavam – finalmente você teve uma boa idéia!

-O que vocês acham?- Bruna se virou para os meninos.

-Calçada da fama então! – disseram os três (Diego não disse nada)

Eles pegaram um taxi – claro que não cabem 7 pessoas em um taxi, mais pra eles tudo era possível.

A situação foi a seguinte: Diego foi no banco do carona na frente. Atrás foram Jefferson, Lucas e Pedro sentados no banco, Bruna e Fernanda sentadas bem apertadinhas no chão – sim isso é possível – e Renata foi meio sentada meio em pé segurando na parte de trás do banco da frente com Lucas segurando ela sempre que passavam por um paralelepípedo.

E assim eles chegaram á calçada da fama.

Tiraram fotos, andaram, cantaram e tudo, enquanto as pessoas passavam e olhavam como e se eles tivessem algum problema.

Mais tarde foram a uma lanchonete e tiveram que juntar as mesas para ficarem todos juntos.

Quando decidiram ir embora, não pro Hotel mais pra outro lugar, olharam para os taxis passando na rua e fizeram caretas.

-Vamos pegar um ônibus? – Renata perguntou.

-Convenhamos meninos – Fernanda disse – 1 é confortável, 4 é bom, mais 7 é um pouco demais para um taxi. Concordo com a idéia do ônibus.

-Mais convenhamos meninas – Lucas disse – 1 é chato, 4 é bom, mais 7 é muito mais divertido!

Todos riram e foram pegar o ônibus, pois 7 pessoas de taxi, nunca mais!