Alugando Hermione Granger escrita por da_ni_ribeiro, thysss


Capítulo 17
Capítulo Dezessete




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Hermione abriu os olhos lentamente, ainda era dia, apalpou o colchão ao seu lado, mas não encontrou o que esperava. Sentou-se assustada na cama, com um puxão, trouxe o lençol consigo no momento em que se levantou da cama. 

- Te acordei?

                Hermione se assustou com a voz de Draco vinda do banheiro, e virou-se sorrindo. Ele havia conseguido levá-la para cama, pela segunda vez no mesmo dia.

- Achei que tivesse saindo. – disse ela apertando o lençol contra si.
- Não sei por que teima em tentar se cobrir – ele saiu do banheiro com um sorriso canalha no rosto. – Já vi tudo o que havia para ver.

- Não seja indiscreto, Malfoy – disse Hermione ruborizando levemente. – Aonde você vai vestido assim?

Draco estava vestido com uma calça social cinza, camisa branca e colocava a gravata escura com maestria de quem havia feito à mesma coisa diversas e diversas vezes na vida. Foi até o espelho e conferiu se tudo estava no devido lugar. Ajeitou melhor a gravata, e por fim, colocou o terno que estava estendido nas costas de uma das poltronas do quarto.

 - Preciso ir falar com William.

- Hoje? – perguntou Hermione descrente. – Eles estão em Lua-de-Mel, Draco.

- Ele me ligou há alguns instantes. Ele quer falar comigo antes de voltar para Anglesey.

- E por qual motivo eles iriam passar a Lua-de-Mel em Anglesey? – perguntou Hermione levemente curiosa. – Achei que eles fossem para um paraíso... Bem, eu não entendo nada sobre vocês.

Draco sorriu com o embaraço de Hermione. Ela parecia não querer lhe pressionar, mas também parecia curiosa. Os olhos castanhos de Hermione eram sempre vivos, mas quando ela estava interessada em algo tinham um brilho especial.

- Ele precisa voltar para a base – respondeu Draco abrindo o botão do terno e sentando-se ao lado de Hermione. – Pelo que sei, William trabalhará por algum tempo antes de sair em sua de mel.

- Oh me desculpe, não queria te deixar desconfortável, Draco – Hermione se apressou a dizer.

- Você não me deixou desconfortável – ele sorriu. – Agora devo ir, prometo não demorar muito.

- Não se preocupe comigo, Draco.

- Annelise deve aparecer aqui daqui a pouco, pedi que viesse lhe fazer companhia – Draco selou os lábios de Hermione com um beijo tranquilo. – Annelise certamente irá querer levar você para comprar alguma coisa, leve meu cartão – Draco apontou para algo em cima da mesa. – Deixei minha senha ali.

- Draco...

- Não vamos discutir sobre isso, certo? Nos vemos mais tarde.

- Boa sorte – disse Hermione ao ver Draco sair de seu campo de visão.

- Obrigado – respondeu ele educado. – Fique bem.

Ao chegar ao térreo do hotel, pediu ao gerente um dos carros do hotel. Precisava se encontrar com William que o esperava em um dos pubs da cidade.

- No momento, só temos um Mercedes para emprestar, Sr. Malfoy – disse o gerente após verificar os carros disponíveis.

- O carro é o que menos me importa. O chofer pode me levar?

- Se preferir, o senhor pode ir dirigindo o carro.

- Ótimo – respondeu Draco em seu tom frio e impessoal. – Irei eu mesmo dirigindo.

Em menos de 5 minutos, Draco estava dentro do belo e luxuoso Mercedes dirigindo calmamente pelas ruas de Londres. Encontrar William e o enfrentar não seria nada fácil, mas estava tranquilo. Não tinha nada pelo que temer. Em poucos instantes parou em frente a um estabelecimento que parecia fechado, mas Draco sabia, William queria privacidade. Com alguma sorte, só haveria os dois no lugar.

Estacionou o carro rapidamente, em uma vaga que havia em frente ao pub, abotoou o seu terno. Conhecia o lugar muito melhor do que gostaria de admitir. Colocou os óculos escuros que havia guardado no terno antes de sair do hotel, e seguiu.

- Estou aqui dentro, Draco.

                Em uma mesa, totalmente solitário, William estava sentado com um copo em mãos. Parecia ainda estar com a roupa do casamento. Draco se aproximou e sentou a frente do antigo melhor amigo, colocando os óculos de sol em cima da mesa. William parecia realmente cansado, havia enormes olheiras sob seus olhos. Aquilo não era bom sinal.

- Como você está? – perguntou Draco quebrando o silêncio esmagador que havia entre os dois.

- Por que você não me contou? – perguntou o homem brincando com o copo em sua mão.

- Contar o que, Will? – Draco mexeu-se incomodo na cadeira.

- Por que você nunca me disse que havia namorado Kate?

Sem falar nada, Draco se levantou, buscou um copo no balcão do pub e serviu-se da mesma bebida que William estava tomando. Não estava preparado para ter aquela conversa com seu ex-melhor amigo. Não estava preparado e não queria. Se pudesse sumir dali, sumiria sem nenhum tipo de peso na consciência, não era uma pessoa muito corajosa, definitivamente.

- Você presumiu que nós nunca havíamos namorado – respondeu Draco tomando um generoso gole de uísque antes de sentar-se novamente.

- Você ficou com ela enquanto estava comigo. – acusou William com raiva.

- Mentira – respondeu Draco sem alterar a voz, a raiva que um dia havia sentido, não existia mais. – Como você soube de tudo? Quem lhe contou?

 - Kate.

- E por qual motivo ela lhe contou?

- Ela apenas me confirmou a história – revelou William sem emoção. – Quem me contou não vem ao caso, no momento.

- O que você quer de mim?

- Quero que me diga o que realmente aconteceu, Draco. Você é a única pessoa em que eu confio... A única pessoa em que eu confiei a minha vida inteira.

- William, não me peça isso – murmurou Draco. – Tente ser feliz com Catherine, esqueça o que aconteceu, isso já não é mais importante.

- É importante sim! – respondeu William com a voz alterada. – Quero saber com quem eu me casei.

- O que aconteceu não pode ser mudado, Will. Então, deixe para trás, você a ama, e acabou.

- Eu preciso saber, quero começar esse casamento sem mentiras, Draco. Você me deve isso.

                Draco olhou com curiosidade para o líquido de cor âmbar dentro do seu copo. O que deveria dizer a William afinal? O que deveria esconder? Uma coisa ele tinha certeza, jamais tocaria no assunto do aborto, jamais falaria sobre aquela noite onde ele e William haviam dividido Catherine sem nenhum pudor. Aquilo morreria com ele.

- Eu namorei por um longo tempo com Catherine – comentou Draco tentando parecer o mais casual possível. – Depois de um tempo, ela passou a inventar desculpas... Logo depois você disse que estava namorando alguém. Nunca pensei que pudesse ser a mesma pessoa, William... Eu estava cego, estava apaixonado por Catherine de uma maneira que eu jamais pude imaginar estar por alguém. Chegava a ser doentio – Draco tomou um gole generoso do conteúdo dentro de seu copo. – Você se lembra daquela festa à fantasia? – William acenou positivamente com a cabeça, abastecendo seu copo em seguida. – Foi naquele momento que eu percebi o que realmente estivera acontecendo o tempo todo. E eu resolvi me afastar...

- Só que não foi isso que aconteceu, foi?

- Catherine veio me procurar um tempo depois que eu descobri que vocês dois estavam juntos... Infelizmente, eu não resisti. E por algum tempo, mantemos um relacionamento escondido. E quando eu percebi o que eu estava fazendo com a nossa amizade, eu simplesmente não quis mais vê-la. Eu me afastei de vez.

- Eu não sei o que pensar. – confessou William.

- Eu só apareci em seu casamento, pois havia lhe prometido há muitos anos atrás. Não queria constranger ninguém, e muito menos você, William. Sempre disse a mim mesmo que nossa amizade estava acima de tudo. Foi por esse motivo que eu me afastei.

- Você me traiu, Draco.

- Eu não posso me defender dessa acusação, William... Mas infelizmente, eu tenho a certeza que você faria o mesmo, se fosse comigo.

Por um momento, os dois homens ficaram calados. De alguma maneira, William sabia que o que Draco havia acabado de falar era verdade. Se o papel fosse invertido, ele iria fazer a mesma coisa. Catherine era um vício, ela provocava os mais primitivos sentimentos em ambos. Infelizmente quem havia perdido na história havia sido Draco.

                William levantou e passou as mãos pelos cabelos levemente ruivos. Havia mais um problema para ele resolver agora. Mais uma coisa para pensar. Draco bebericou novamente a bebida enquanto olhava o amigo andando de um lado para o outro, sem dizer uma única palavra. Sentiu-se péssimo, mas não havia o que fazer, não dava para mudar o passado. Se desse, ele evitaria Catherine de todas as maneiras possíveis.

- O que pensa em fazer agora? – perguntou Draco depositando o copo vazio em cima da mesa.

- Ficarei com ela, Draco – respondeu William fazendo um esforço sobrenatural. – Eu a amo, e tenho certeza que ela me ama.

                Draco surpreendeu-se com a última frase proferida por William. Como ele poderia ter certeza que Catherine o amava? Aquela mulher não amava ninguém além de si mesma. Havia brincando com os dois melhores amigos, e por final, decidido qual deles seria mais interessante ficar. E esse alguém não havia sido com Draco. Por algum motivo ainda não conhecido, Draco agradecia por estar com outra pessoa qualquer que não fosse com Catherine Middleton. Na realidade, Draco agradecia por estar com alguém como Hermione Granger.

- Você ainda sente algo por ela, Draco? – William encarou Draco com intensidade.

- Eu não sinto mais nada por Catherine, William – respondeu Draco com precisão e clareza. E aquilo era verdade, não sentia nada além de desprezo por Catherine. – E já faz algum tempo.

                Um lampejo de tranquilidade passou pelos olhos do príncipe, e Draco sentiu-se feliz por isso. Nunca quisera perder a amizade de William, ainda mais por uma mulher. Talvez, com o tempo, fosse capaz de retomar a antiga amizade que eles haviam tido um dia.

- Manterei Catherine longe – disse William percebendo a inquietação de Draco. – Nossa amizade é muito importante, Draco, e não quero perdê-la de novo.

- Há muita coisa envolvida, Will. Não podemos simplesmente retomar tudo, como se nada houvesse acontecido. A situação será constrangedora, não quero isso para Hermione.

- Ela sabe?

- Contei hoje a ela – William arregalou os olhos, parecia chocado com a atitude de Draco. – Não posso manter esse tipo de segredo com alguém que quero para futura esposa. Hermione é uma mulher sensata, e saberá manter segredo.

- Confio em sua palavra – declarou William. – Como eu disse, manterei Catherine longe. Não quero lhe causar problemas, e prezo muito nossa amizade. Nossa amizade, como já disse, está acima de qualquer mulher.

                Com um gesto que selava novamente a paz entre os dois amigos de infância, William serviu Draco e logo depois se serviu de uma quantidade generosa de uísque. E sem trocarem mais nenhuma palavra, fizeram um brinde mudo. Por algum tempo, a paz estava instalada entre os dois.

Hermione tomou uma ducha rápida, Annelise poderia aparecer a qualquer momento. E não seria nem um pouco elegante de sua parte não estar vestida quando a irmã de seu namorado chegasse. Lavou os cabelos e os secou sem muita perfeição.  Não tinha trazido roupa, e isso seria um grande problema. Enrolou-se na toalha, talvez houvesse uma roupa dentro do armário.

Abriu as portas rapidamente, no dia anterior não havia tido tempo de explorar todas as portas do armário. Em uma delas, havia vários conjuntos de roupas, todas de altíssima costura. Draco sempre pensava em tudo. Olhou peça por peça, cada uma mais bela do que a outra. Não sabia o que vestir, não estava acostumada com aquele tipo de coisa ainda. Precisava de ajuda, mas não havia ninguém por perto que pudesse lhe dar um help.

Batidas na porta despertaram Hermione, assustou-se ao perceber que tinha apenas a toalha enrolada no corpo. Atônita, procurou seu roupão rapidamente. Deveria ser Annelise. Com vergonha, abriu a porta e a irmã de Draco entrou, com toda sua elegância, no apartamento do hotel. Annelise sorriu ao ver Hermione e parecia não se incomodar com o modo como a castanha estava vestida.

- Você precisa de ajuda, estou certa? – perguntou Annelise indo direto para a porta do guarda-roupa de Hermione. – Draco pediu que eu comprasse algumas coisas, espero que você goste.

                Annelise estava elegante em sua calça jeans escura, de cintura alta, a camisa branca por dentro da calça, uma sapatilha graciosa nos pés, e um bonito prendedor de cabelo. Hermione suspirou, quando é que iria aprender a se vestir como a irmã de Draco?

- Eu vou te ajudar, Hermione. Não se preocupe – sorriu Annelise tirando uma calça jeans tão escura quanto à dela do guarda-roupa. – Você vai aprender rápido.

                Com muita rapidez, Annelise separou uma saia de cintura alta preta, uma regata branca e uma sapatilha preta, com um pequeno laço na lateral. Hermione pegou as peças, foi até o banheiro e rapidamente voltou vestida. O traje era tão simples quanto o de Annelise, mas elegante na medida certa.

- Ao lado de Draco você precisa ser discreta, e sempre elegante. Peças como essa que você está vestindo, são básicas e ótimas para usar durante o dia. Calça jeans escura pede sempre uma camiseta mais clara, e mais larga, mas não use nada muito chamativo, sempre cores neutras como pastel, bege entre outras. Outra coisa, nada de minissaias ou roupas curtas. Tanto os vestidos, quanto as saias precisam terminar um pouco antes do joelho.

- Nunca usei roupas curtas – informou Hermione.

- Melhor ainda! Assim você não sentirá falta.

Não havia muitas peças dentro do guarda roupa, três conjuntos e nada além. Hermione prestava atenção enquanto Annelise lhe explicava como usar cada peça de roupa sem que se tornasse indiscreta. A garota parecia feliz em poder estar ajudando, e falava de maneira empolgada de cada peça que havia no armário.

- Agora precisamos ir às compras – disse Annelise após falar da última peça de roupa que havia no guarda-roupa. – E nem adianta falar que não, foram ordens expressas do meu irmão.

- Anne, eu não acho certo gastar um dinheiro que não é meu – respondeu Hermione sem graça. – Me sinto uma aproveitadora.

- Mas você não é – retorquiu Annelise com um sorriso sincero no rosto. – Draco está com você porque gosta de você, e quer poder lhe apresentar sem que você se sinta embaraçada. Meu irmão não está com você apenas por diversão, Hermione.

                Ainda relutante Hermione pegou o cartão e a senha que haviam sido colocados em cima de uma mesinha de canto e saiu com Annelise. Antes de colocarem os pés para fora do hotel, Hermione parou. Havia muitos e muitos fotógrafos na porta do local.

- Não se assuste – disse Anne entendendo o medo de Hermione. – Agora isso será constante em sua vida. Apenas passe por eles e não responda a nenhuma pergunta. Deixe que tirem fotos, é só isso que eles podem fazer. Mantenha-se firme.

- Certo.

                Com passos mais determinados, Hermione saiu do hotel, e um mundo de flashes vieram de tudo quanto era canto. Annelise não se intimidou e continuou sua trajetória e Hermione a imitou, sem parar nem uma única vez.

- Onde estamos indo?

- Siga-me – disse Annelise com um sorriso. – Precisamos comprar algumas peças de roupas, não muito, mas o suficiente para que você, caso venha a precisar, passe mais alguns dias aqui.

- Eu e Draco voltaremos para Cambridge ainda hoje.

- Às vezes surgem imprevistos, por isso, você precisa estar sempre muito bem preparada.

                Não havia andado muito, e Annelise entrou na primeira loja, a partir desse momento não pararam mais. Acabaram comprando muito mais do que Hermione havia previsto, mas Annelise parecia realmente contente com as aquisições. Entre aquelas roupas, pares de sapatos e óculos de sol, não havia lugar para marcas desconhecidas. Chanel, Marc Jacobs, Victor Hugo, Jimmy Choo, Victoria Secret’s eram marcas indispensáveis no guarda-roupa de qualquer mulher, de acordo com Annelise.

- Não aguento mais – disse Annelise enquanto sentavam-se à mesa de fora de um café. – O bom é não ter que carregar aquele monte de sacolas.

- Ainda acho desnecessário aquele monte de roupas e sapatos – disse Hermione incomodada.

- Não é muita coisa, Hermione – disse Anne sorrindo.

                Um garçom, muito bem trajado, entregou as duas mulheres, o cardápio do café.

- Apenas um cappuccino – disse Hermione entregando o cardápio novamente ao garçom.

- Quero o mesmo – disse Anne. – Não se preocupe com as roupas, isso é o de menos. Pense que essas roupas são condizentes com o que você vive agora. Ser namorada/noiva/esposa de Draco trás esse tipo de responsabilidade. Não sei se você sabe, mas Draco é o 5° na linha de sucessão do trono.

- Isso é sério? – perguntou Hermione assustada.

- Claro. Por isso que é importante que você esteja sempre bem vestida. Daqui por diante, você terá que ir a todos os eventos que Draco for, a menos que queira que boatos comecem... – Annelise abriu um sorriso radiante. – Falando em Draco.

                Hermione se virou rapidamente para olhar para o ponto onde estavam os olhos de Annelise. E lá estava Draco, fechando a Mercedes com toda a displicência possível. Infelizmente, seus óculos escuros tampavam seus lindos olhos cinzas. Por um momento, a castanha teve medo de não conseguir levantar. Aquele homem era seu, pelo menos por enquanto.

- Boa tarde – disse ele sorrindo, para a irmã e logo em seguida beijando os lábios de Hermione com carinho. – Espero não ter demorado.

- Conseguimos fazer tudo o que precisávamos – respondeu Anne sem esconder um sorriso. – Aproveitei e comprei algumas coisas para mim.

- Sem nenhum problema – respondeu Draco para a irmã. – Como andam indo as coisas em casa? – Draco desabotoou seu terno e sentou ao lado de Hermione.

- Eles querem arranjar meu casamento... – comentou Annelise com tristeza. – Só tenho 18 anos, e já querem que eu case.

- Falarei com eles sobre isso, Anne. – Draco mostrou-se sério repentinamente. – E com quem eles esperam que você se case?

- Com Harry – murmurou Annelise bebericando seu café logo em seguida.

- Isso não é nada bom. – disse Draco. – Bem, não vamos ficar falando sobre isso, certo? Tentarei conversar com nossos pais, Anne. Tente, por hora, não pensar nisso.

                Aquele era o Draco que Hermione gostaria de ter presente o tempo todo: carinhoso, preocupado com as pessoas que amava terno. Mas infelizmente, aquele homem só se mostrava presente em momentos como aquele.

- Vamos? – perguntou Draco levantando após pagar a conta. – Ainda temos que partir para Cambridge.

- Vocês vão hoje? – Annelise se mostrou repentinamente triste.

- Precisamos – responder Draco. – Vocês vão ficar por aqui?

- Mais um ou dois dias ainda. – comentou Annelise seguindo do lado esquerde do irmão, enquanto Hermione prostrava-se do outro lado. – Temos alguns eventos para ir. Achei que ficaria também.

- Só voltaremos para a partida de polo oficial que acontece daqui a três meses e meio. Até lá, ficaremos por Cambridge – declarou Draco.

                A conversa durante o percurso, até o hotel onde Annelise estava hospedada, junto com os pais, foi ameno. Assim que deixaram a irmã caçula de Draco, Hermione pode notar a feição do loiro ficar pesada, repentinamente.

- O que aconteceu, Draco? – perguntou Hermione preocupada.

- Eu tive uma conversa séria com William – revelou o loiro. – Muito mais séria do que eu achava que iria ter.

- Não me diga... – começou Hermione entendendo, repentinamente, sobre o que Draco estava falando.

- Isso mesmo que você está imaginando. Não sei como, William descobriu uma parte do que aconteceu. E bem, me colocou contra a parede, como era o previsto – murmurou Draco parando no semáforo. – Não foi à conversa mais fácil que tive em minha vida.

- Posso imaginar. E como ficaram as coisas entre vocês?

- Decidimos preservar nossa amizade, e pelo bem de todos, William tentará manter Catherine longe de nós.

                Um sorriso brotou involuntariamente no rosto de Hermione. Ter Catherine longe de Draco lhe trazia tranquilidade, lhe deixava em paz. E aquilo a impressionou. Desde quando sentia ciúmes de Draco com outra mulher? Catherine não era, exatamente, outra mulher. Independentemente de quem quer que ela fosse tê-la longe de Draco era uma notícia realmente boa.

- Vá subindo enquanto eu entrego a chave do carro – disse Draco a Hermione. – A propósito... – ela se virou para ele antes de seguir em frente. – Você está linda.

                Draco notou-se suspirar quando Hermione lhe sorriu radiante. Sentia-se seguro com ela, e seu lado protetor parecia dez vezes mais aflorado após o começo do namoro com a castanha. E o único pensamento que lhe vinha à cabeça, no momento, era tirar aquela roupa do corpo de Hermione e lhe fazer sua mais uma, duas, três, vinte vezes que fosse.

- Espero que tenha feito bom proveito, Sr. Malfoy – disse o gerente do hotel após Draco entregar a chave do carro.

- Fiz bom proveito, sim. Agradeço. Peço que nos avise quando as compras de Hermione chegarem.

- Irei avisar senhor.

                Assim que entrou no quarto, encontrou uma Hermione adormecida, em cima da cama. Parecia cansada, os dias haviam sido agitados demais para quem não estava acostumado com esse tipo de rotina. Draco resolveu deixá-la descansar, poderiam ir para Cambridge pela noite, caso fosse necessário. Não havia nenhum problema.

Pegou seu laptop, hoje teriam muitas notícias interessantes para ler. Em um dos tabloides, logo embaixo de uma notícia que falava sobre o casamento Real, estava uma reportagem onde ele aparecia com Hermione. Aquilo sim interessava. Com dois cliques no mouse, entrou na página. Era uma coluna sobre fofoca, como o esperado. Um sorriso brotou nos lábios de Draco. Havia conseguido o que almejava.

“Draco Malfoy leva nova namorada para o Casamento Real”.

                Ontem, tivemos uma grande surpresa, ou talvez nem tão grande assim. Afinal, os boatos que corriam na alta sociedade acabaram-se confirmados: Draco Malfoy está namorando.

                Draco Malfoy, aos 27 anos, parece ter largado sua vida boêmia em nome do novo relacionamento. Infelizmente ainda não sabemos muita coisa sobre a namorada de um dos possíveis sucessores do trono. Hermione Granger, 21 anos, é estudante de Direito na Universidade de Cambridge, e pelo que tudo indica os dois se conheceram em uma das aulas.

                Pelo pouco que vemos da Srta. Granger, ela mostra ser uma mulher discreta e elegante. Apesar de não estar acostumada com os fotógrafos e com o assédio, ela mostrou-se madura o suficiente e conseguiu lidar com todos eles sem nenhum problema. A seguir, vocês podem conferir o look da Srta. Granger durante o casamento Real, e a noite, para o Jantar Dançante oferecido pelo Príncipe Charles. “

A matéria não havia sido longa, mas aquilo não importava. O nome de Hermione havia sido lançado. E todos já estavam cientes de quem ela era, e a quem ela pertencia. As coisas estavam saindo exatamente como Draco havia previsto. O único problema que precisaria lidar, num futuro próximo, era com os seus pais, que não iriam aceitar Hermione facilmente.

Desligou o laptop e o deixou ali mesmo, na poltrona. Depois iria se preocupar em arrumá-lo. Tirou o terno, e a camisa jogando-os em um canto qualquer. Apesar de estar mais acostumado com esse tipo de maratona que Hermione, sentia-se imensamente cansado. Deitou-se ao lado da morena, aconchegando-se junto ao corpo dela. E rapidamente caiu no mundo da inconsciência.


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Notas finais do capítulo

n/a: dessa vez não teve erro! o dia mal começou e já estou aqui deixando um capítulo novinho para vocês
:)
os reviews já estão respondidos, hein?! então aproveitem o feriadão para se atualizar e comentem aqui hihi
beijos.