Mia e Michael escrita por jamifrossard


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Fortes emoções para esse capítulo ;)



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Segunda, 16 de setembro, 08:30, banheiro da faculdade.

PÉSSIMO. HORRÍVEL. MENOS UM, NUMA ESCALA DE ZERO A DEZ.

Assim começou o meu dia. O MEU dia. Dia do lançamento do meu livro. Meu primeiro livro. Livro este que levei um ano e meio escrevendo. E tinha que começar me fazendo lembrar de uma época não muito agradavel.

Nunca pensei que fosse conseguir sentir raiva dele, mas muito obrigada Michael Moscovitz você conseguiu essa coisa tão inédita.

Certo, vou explicar o que houve.

Estava no carro com Michael que tinha desviado um pouco o percursso para dar carona a Midori. Peguei meu iPhone e pluguei no som do carro e a música que estava tocando era “Good life” do One Republic, aliás, passei a ouvir bastante desde que escutei pela primeira vez no próprio carro de Michael.

“Bom dia!” Midori disse ao entrar no carro.

“Bom dia” eu e Michael respondemos juntos.

Fiquei cantando a música em voz alta e fui acompanhada por Michael. Quando me dei conta de que fazia tempos que não o escutava cantar tão empolgado, sabe, balançando a cabeça, as pernas e braços como se estivesse realmente tocando. Bem, ele só balançava um pouco a cabeça, porque senão teríamos batido o carro! E ele nem podia balaçar a cabeça tanto assim!! Mas ficava tamborilando no volate!

Ele se empolgava mais na parte do “Oh! This has gotta be the good life, this has gotta be the good life, this could really be a good life, good life. Say oh…”.

“Não sabia que cantava senhor Michael Moscovitz!” disse Midori, divertida com o fato de Michael cantar.

“Você não faz idéia...” eu respondi e recebi uma bela olhada repreensiva dele.

“Como assim??” Midori começou a se interessar pelo assunto, chegando mais pra frente, apoiando os braços entre minha poltrona e a de Michael.

“Não é nada...” ele respondeu.

A música mudou e a seguinte era “I´m shaking’ da Skinner Box que peguei em meu computador antigo e coloquei no iPonhe.

Michael me olhou um tanto surpreso e eu segurei minha vontade de rir. . “ O que essa música esta fazendo ai?” ele perguntou.

“Eu achei no meu computador antigo, já faz um tempinho isso”. Midori estava completamente alheia a nossa conversa, curtindo a música.

“Ai Mia...” Michael resmungou.

“O que tem Michael? A música é bem legal! O cara tem uma vz até parecida com a sua!” não me aguentei e começei a rir loucamente com a inocência dela.

“Uhm... Que bom que ele parece com ele mesmo!” eu disse.

“Como assim?” passaram-se alguns segundos até ela assimilar a informção. “É VOCÊ QUE ESTA CANTANDO?” Midori berrou em meu ouvido, apesar de estar se referindo a Michael.

“Sim sou eu e isso já faz muito, muito tempo!”

“Ah Michael, nem tanto assim. A banda acabou pouco antes de você ir para o Japão!” eu respondi chamando a atenção de midori para uma palavra em especial.

“Você teve uma Banda? Michael Moscovitz, conte-me tudo e não me esconde nada!” ela estava eufórica e eu, assinando minha sentença. Só não estava entendendo o porque ele queria tanto esconder que teve uma banda. Michael não é do tipo que se envorgonha do seu passado. Além do mais, a banda era realmente boa.

“Tive uma banda na época da escola. Gravamos umas músicas mais para nós mesmos do que pára fins comerciais. Poucas pessoas tinham a demo, só uns amigos mais chegamos e como eu tenho a sorte (ele deu ênfase nessa palavra) de conhecê-la desde sempre...”.

A música mudou e foi para “Princess of my heart” ao que Midori facilmente reconheceu a voz de Michael.

“Você também tem ESSA?”

“Obvio! Essa mais que todas!”. Ele ficou um tempo pensando.

“Mas essa eu só te dei a letra e só eu tinha o áudio...”

“Uuuhm... digamos que eu tenha catado do seu computador ou pedido a Lilly para fazer...” eu disse meio temerosa por ele ficar sabendo que eu tinha invadido o seu computador.

“Quando foi isso??”

“Pouco depois do meu aniversário”.

“Mas eu não tenho essa música no meu acomputador atual...” michael pareceu pensar um pouco “esperaí... Foi no aniversário de 16 anos?”

Eu sorri timidamente, confirmando sua pergunta.

“Você tem essa música a todos esses anos?!”

“Tenho! Como você acha que eu passei a sua estadia no Japão?!” De repente eu vi a merda que tinha falado. Michael sabia bem como eu tinha passado o tempo dele no Japão, só não sabia que eu ia a um analista que só me contava sobre mustangs e a noite ficava ouvindo “Princess of my heart” só para de alguma forma ouvir a voz dele.

“Nós sabemos muito bem como você passou esse tempo!” sua voz saiu completamente agressiva e diferente da que eu sempre escuto, o que fez meus olhos encherem de lágrimas que eu estava lutando para que não caissem. Não esperava essa resposta dele, pensei que fosse ficar quieto ou mudar de assunto. Qualquer reação, menos essa. Pude sentir Midori arfar e só então me lembrei de sua presença. Não me lembro de já ter discutido com Michael em público. Aliás, eu queria saber como essa conversa virou uma discussão.

Michael percebeu o efeito de suas palavras em mim, logo depois de te-las dito, mas já era tarde e ei já estava segundo o choro e prendido a respiração.

“Mia...” ele disse mais calmo, mas eu ainda não conseguia olhar para ele e para minha sorte, vi que tinhamos chegado a faculdade. Não sei se aguentaria mais algum segundo ali dentro. Olhei para a janela e vi Lars parado nas escadas. Não pensei duas vezes e resolvi sair dali. Quis dar adeus a Midori que não tinha nada a ver com a história, mas vi que se eu falasse qualquer coisa, choraria, entao apenas abri a porta e sai do carro. Passei rapidamente pelo Lars e apenas lhe dei um curto “Oi” pelas mesmas razões que não falei com Midori, e corri para o banheiro para poder chorar em paz.

O que deu em Michael? Nunca pensei que fosse jogar isso na minha cara. Talvez falasse meio de brincadeira tipo “ É, mas pelo menos não arrumei nenhuma namorada enquanto estavamos separados”  ou como quando estavamos conversando assim que ele chegou do Japão, e eu disse que precisavamos mesmo de um tempo para respirar e ele disse “ Um tempo para respirar. Você não tinha que sair por ai e ficar noiva de um cara enquanto isso.” Não foi agressivo, depois ele riu discontraindo o que tinha acabado de dizer, para tentar dissipar o ciume ou sei la o que ele estava sentindo naquela hora. Mas Michael não riu hoje. Nao tentou dissipar nada. Vai ver ele descobriu que não tinha que ter disspado quando disse isso assim que voltou.

Fiquei tão chocada que nem consegui falar nada. Cade a Tina?? Essa é a hora em que ela entra no banheiro e conversa comigo.

Droga de dia tranquilo esse que eu pretendia ter.

Mas também, por que eu tinha que falar aquilo? Tudo bem que eu nunca quis contar a ele sobre o Dr. Loco, sobre os bilhetes que eu li e re-li escondida até de mim mesma, depois de muito relutar e jurar que não abriria nossa caixa de recordações que eu fiz pouco antes de terminarmos e, principalmente, todas as vezes em que tive saudade de ouvir sua voz e por não querer me esquecer dela, eu peguei a música que ‘roubei’ do computador dele para ouvir e lembrava do dia em que ele cantou para mim, na sala de aula, mesmo sabendo que levaria uma advertência. 

Mas Michael não sabe de nada disso. Nem ele nem ninguém. Para todo mundo eu estava no ápice da felicidade com JP. Muitas vezes até eu acreditava que estava nisso. Mas, quando parava pra escrever sobre Hugo Fitzstephen, não era em JP que eu lembrava, e muito menos me inspirava. Não era dos momentos com JP que eu me lembrava. Geralmente tinha um lampejo de lembrança de meus momentos com Michael e usava os bilhetes, músicas e afins para me martirizar um pouco por ter terminado com ele. Mas por alguma razão eu nunca quis contar isso pra ele, assim como não sei de fato como ele passou o tempo lá.

“Mia?!” ouvi uma voz me chamar e após o susto, reconheci ser de Mariana. “Mia, está tudo bem? Lars pediu para eu vir aqui ver como você esta... ele esta preocupado, disse que não entendeu nada, você saiu transtornada do carro de Michael, correu e se trancou ai a sei la quanto tempo...” ela fez uma pausa, talvez esperando uma resposta. “Mia, esta ai??”

“Es-s-tou” minha voz saiu exatamente como eu não queria: chorosa.

“Ai meu Deus! Você esta chorando? Mia Thermopolis, sai dessa cabine e me diga o que houve!”. Eu ri da mistura de autoridade de Lilly com preocupação de Tina.

Limpei meu rosto o melhor que consegui ( não que tenha conseguido muita coisa, já que estava vermelha e inchada. Quando sai Mariana não conseguiu disfarçar muito bem o estado lastimável em que me encontrava)

“O que houve com você?!” ela se referiu ao meu estado física, mas me limitei a responder: “ Briguei com Michael!” e isso acho eu já foi uma boa explicação para o meu estado.

“Suspeitei desde o princípio!” acho que ela pretendia que eu achasse graça de uma coisa, mas aparentemente, só ela conhecia. Ignorei essa parte e voltei ao assunto principal.

“Meu fim de semana foi tão perfeito, tinha que acabar assim??”

“Mia, o que houve?”. Contei a ela tudo o que tinha acontecido e as vezes tinha que voltar a alguns meses atrás para ela compreender a história toda.

“Olha, eu não conheço o Michael, mas pelo que já ouvi falar, e não foi pouco...Ele não me parece ser do tipo que quisesse de fato falar isso pra te ofender.”

“Eu sei, e é justamente por isso que eu estou assim. O Michael não é agressivo assim e se ele falou aquilo é porque pensa isso, só nunca falou por senso de que era ofensivo, mas na raiva perdeu essa noção, mas ele pensa isso Mari, sei que sim! É a segunda vez que fala algo parecido, mas na primeira, conseguiu levar na brincadeira, hoje não.”

“Ai Mia, não fica assim, mais tarde vocês conversam!!”

“Mais tarde que horas? Quando eu estiver no lançamento?”

“Olha, agora você tem uma aula para assistir e se preparar para apresentar um trabalho mais tarde. Tem que sair daqui Mia.”

Eu tinha mesmo que dar uma revisada na apresentação, mas minha vontade era de me jogar na cama e tampar os ouvis cantarolando qualquer coisa, igual Rocky faz quando quer fingir que esta me ignorando. Mas também queria ir até a Pavlov me entender com Michael. Na verdade mesmo, eu queria é descobrir que sonhei com tudo isso, mas como nada disso vai acontecer, eu vou sair daqui e tentar me concentrar na aula.


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Notas finais do capítulo

Beem, estou pensando num POV de Michael, mas como nunca li um que realmente parecesse ser o Michael e a Meg nunca escreveu nada relacionado, então nao sei muito bem como fazer, mas vou TENTAR!
Alias, eu ja li um siiim! no proprio blog da Meg, mas NAO foi ela quem escreveu! é numa parte destinada a fanfics, entao foi alguma fã que escreveu e estava em ingles...
enfiiim, vou TENTAR fazer! se conseguir, nao prometo ficar muito bom, afinal, nunca escrevi como um menino! hauhauua



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