Aquela com Quem Eu Sonhava escrita por Nike a deusa da vitoria


Capítulo 9
Chegando aos extremos


Notas iniciais do capítulo

Nem vou falar nada!



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Capitulo 9 – Chegando aos extremos.

Nikolle acordou ao lado do Dragão de madrugada e saiu sutilmente para não acorda-lo. Foi para a varanda da casa do mestre ancião ver o sol nascer, pois não conseguia dormir pensando na noite anterior.

Tudo foi perfeito, mas Nikc tinha suas duvidas quanto ao futuro do que tinha feito. Como sempre estava preocupada com o futuro e temia com que podia vir a acontecer.

Chegando a varanda tomou um susto ao encontrar Shaka de pé fitando o nada as 5:00 horas da matina.

-Shaka? Bom dia! Aconteceu algo? – perguntou a deusa Nike preocupada.

-Não! Só não conseguir dormir! – disse o cavaleiro de virgem se explicando – Eu estou inquieto, pressinto algo ruim...

-Eh Shaka! Talvez acontece algo ruim hoje... – disse enigmaticamente.

-Previu alguma coisa? – perguntou curiosamente – O que esconde menina?

-O que eu previ prefiro guardar pra mim! Não há porque sofrer por uma coisa que não aconteceu! – disse indo até o cavaleiro – E fazia muito tempo que você não me chamava de menina... Não viu que eu já cresci?

-Me desculpa! Sabe que eu gosto muito de você, como se fosse uma irmã caçula! – disse o cavaleiro pegando na mão da guerreira – Você sempre teve um gênio indomável e quando sua avó constatou isso me chamou para ir a Zara para ver se eu conseguia dar um jeito em você! Bem não adiantou muito pois você continua a mesma rebelde de sempre e eu sempre vou te ver como aquela menininha travessa que nunca me deixava meditar...

-É, eu sempre fui assim! Rebelde e revolucionaria! – disse rindo – Conseguia até perturbar a paz do homem mais equilibrado de todos... Ah, eu fiquei sabendo que você conheceu uma chinesa especial ontem... Quem é?

-Err, bem! O nome dela é Yuka! É simplesmente fantástica... – disse sonhador e corou ao ver o sorriso maroto de Nikc – E você menina? Está de rolo com o Dragão e nem conta nada pra gente...

-Bom Shaka, o problema é o seguinte, nem eu mesma sei o que fazer...Shiryu é uma pessoa especial, mas com que está pra acontecer é melhor ficarmos separados...

-Nikc, menina! Quem vive com medo, vive pela metade! Não deixe Apollo ditar seu destino e nem comandar seu coração, alias... – e foi interrompido por Nikc que o derrubou no chão para que uma flecha não o acertasse.

-Mas que diabos é isso? – perguntou a amazona observando a flecha, mas logo teve que ser abrigar, pois uma chuva delas vinham em sua direção.

Shaka se levantou e começou a elevar seu cosmo chamando a atenção dos cavaleiros que ainda dormiam e com telecinese parou as flechas no ar e as fez voltar para os arqueiros que as dispararam.

Nikolle enquanto isso já tinha sacado a espada Anjo das Sombras e pulado da varanda para a área na frente da casa para combater os agressores. O combate estava sendo relativamente fácil, pois aqueles homens não eram guerreiros bem treinados e logo Nikc e Shaka os espantaram para a floresta.

-Está tudo bem Shaka? – disse se aproximando do cavaleiro.

-Sim, mas o que foi aquilo? – disse olhando para a floresta.

-O que houve? – foram interrompidos por Saga e os outros cavaleiros que saíram de pijama (só de calça sem camisa “meu Zeus!”) da casa por sentirem os cosmos de Nikc e Shaka se alterarem.

-Fomos atacados por guerreiros que mal sabiam lutar... – explicou Shaka – Estranho pareciam que queriam alguma coisa!

-Como assim atacados? Vocês estão bem? – perguntou Shiryu se aproximando de maneira mais intima de Nikc.

-Talvez só queriam nos distrair... – disse Nikolle olhando para uma flecha que estava no chão e ignorando a pergunta de Shiryu – Esse tipo de flecha é usado pelos capangas da minha mãe! Ela sabe que estamos aqui e o que viemos fazer!

-Tem certeza? – perguntou Shun ao analisar a flecha na mão da amazona.

- Tenho! É melhor nos prepararmos para o pior! – disse olhando especificamente para o cavaleiro de Dragão – Temos que entrar naquele templo antes dela!

Quando a amazona foi em direção a casa sentiu um frio na espinha e uma presença muito familiar. “Ele também veio” pensou. E com isso o céu ficou nublado e raios começaram a cair no horizonte distante anunciando que alguma coisa já não ia bem e que os deuses estavam com o humor sensível...

Todos os cavaleiros vestiram suas armaduras e Athena buscou seu báculo. Posicionaram-se em frente a grande cachoeira de Rozan e esperaram pelo cavaleiro de Dragão, pois no fundo todos sabiam que quando a ultima espada fosse achada, a guerra começaria pra valer.

Shiryu se posicionou e com o golpe “Cólera do Dragão” reverteu o fluxo da cachoeira de Rozan, revelando o grande paredão de pedra que a queda d’água escondia. Nikolle observou e não encontrou entrada alguma e logo começou a pensar em uma solução para o problema.

-Nikc? Sabe o que fazer? – perguntou Aioros que estava preocupado com a demora da amazona para tomar uma atitude.

-Deixe-me pensar! Meus mestres sempre me disseram que quando não sabe a resposta de algo, procure-a na própria pergunta – disse pensativa – Pense Nikolle Natchios! A resposta do enigma, está no enigma...

-O elemento do Dragão é o enigma! – disse Shiryu de repente – Água é a resposta!

-É obvio! – disse rapidamente – Basta dizer água em zaariano!

-O que? – disseram os cavaleiros juntos, mas Nikc não deu explicação e apenas elevou seu cosmo e disse “milinda” e uma grande porta se formou na pedra nua que antes havia ali. Os cavaleiros ficaram estarrecidos com o poder a da garota e lhe deram os parabéns.

-Bom achamos a porta! – disse a Shina – Agora como se abre ela?

-Shina sua estraga prazer! – disse Milo num muxoxo –Eu tava achando que agente já ai entrar...

-Ela está certa! Como vamos entrar? – disse Athena –Nikc? Já tem a resposta também?

-Calma Saori! Me consideram um gênio, mas ainda eu não superei Einstein! – disse a amazona refletindo.

-Nikc? Não é por nada não ,mas... Esse templo está bem mais difícil que o outro! – disse Hyoga.

-É porque a espada não estava em seu templo original! Alexandre, o Grande já tinha atravessado as barreira mais difíceis por nós! – disse a deusa explicando a situação.

-E eu que achei aquilo difícil! – disse Ikki com ares de desanimo.

-Ih! Você não viu nenhum terço do problema! – disse Nikc olhando a porta.

Em um impulso impensado a deusa abriu suas asas e voou em direção a parte mais alta da porta observando os mínimos detalhes. Foi ai que viu um inscrição em zaariano arcaico...

-Só a deusa que possui Vitória pode dar passagem! É o que está escrito acima da porta! – disse antes mesmo de voltar ao chão.

-Bom, a deusa que possui a vitória é Athena! – disse Kamus – E Vitória é você Nikc!

-Por acaso eu tenho cara de chave, tio? – perguntou indignada.

-Bom eu tenho a Nikolle e o meu báculo! Os dois representam a mesma coisa! – disse Saori dando uma idéia.

-Claro! – disse Nikc – O báculo é a chave! Saori ordene o báculo a abrir as portas!

-Que essas portas sejam abertas em nome de Athena! – gritou Saori erguendo o báculo que emanou uma estranha luz azulada e fez com a porta se movesse dando passagem.

Assim que a porta deu passagem suficiente os cavaleiros começaram a pular da rocha em que se encontravam para dentro do templo. A entrada era ornamentada com estatuas de Athena e Nike. Imagens de Dragões e serpentes foram talhadas nas paredes para espantar os maus espíritos cristais brotavam do chão em sua forma bruta como flores brotam nos jardins.

Uma luz azulada fraca emanava do final do templo deixando bom parte dele na penumbra. Nikc se concentrou, elevou seu cosmo e com um estalar de dedos fez com que as tochas do templo se acenderam e mostram a arquitetura deslumbrante do lugar. Ninguém ousava falar. O lugar era totalmente majestoso e calmo. O imponente dragão no altar principal do templo passava respeito e divindade e foi reparando esse dragão que Nikc viu...

-A espada! A Destino Verde! – disse apontando para o dragão.

-Eu vou busca-la! – disse Milo que estava mais perto, mas logo foi lançado ao lado oposto do templo por trombar em uma espécie de parede invisível – Ai! Doeu!

-Uma barreira mágica! – disse Nikc se aproximando com cautela e lendo a inscrição no teto próximo.

-Pode desfaze-la? – perguntou Shiryu, que não saiba explicar mas sentia um desejo sobrenatural de possuir aquela espada, sabia que ela havia sido feita para ele.

-Não! Aqui diz: “Só sangue da geração mais jovem da ilha de Zara pode passar”! – disse apontando para o teto – Isso significa que só eu, você e Hyoga podemos passar!

-Mas querida, não sabemos o que existe atrás dessa barreira realmente! – disse Izani se aproximando da neta – Podem precisar de nós!

-Precisando ou não, só nós podemos passar e eu não vim até aqui pra desistir agora! – disse caminhando em direção a barreira, quando chegou não hesitou e não teve medo e com a cabeça erguida atravessou o limite mágico e nada lhe aconteceu – Venham Shiryu e Hyoga! É seguro!

Os dois tomaram coragem e atravessaram também. Seiya e Ikki tentar m acompanhar, mas foram lançados longe com Milo a alguns minutos atrás.

Os três notaram que o altar principal era bem mais espaço do que aparentava do lado de fora da barreira e o dragão com a espada estava bem mais longe do que parecia. Quando começaram a caminhar em direção ao dragão, este ganhou vida e aumentou muito de tamanho se colocando entre a espada e os cavaleiros. Os outros que ficaram de fora começaram a gritar de preocupação e pediam para que eles saíssem dali, mas os três decidiram ir até o fim e avançaram mais.

-Sou o grande Deus! Dragão!Quem vem perturbar o meu sono? – perguntou o grande animal se colocando imponente em frete dos guerreiros.

-Sou a deusa Nike e vim buscar o que pertence a Zara! – disse Nikolle avançando mais que os outros.

-Insolente criatura! – disse o dragão dando uma patada em Nikc a arremessando com violência contra uma parede – Mesmo que tu fosses a grande Deusa Gaia, não levarias Destino Verde!

-Como ousa agredir a deusa da vitória seu animal inescrupuloso? – disse Hyoga sacando a espada Luxor e partindo para cima do animal mitológico. Com um pulo preciso e movimentos rápidos o cisne atinge o Dragão na pata da frete causando fúria ao animal que também o arremessa contra a parede e o cavaleiro cai desacordado.

-Hyoga! – grita Nikc que sai em socorro ao cavaleiro de cisne que seria pisoteado se ela não o tirasse de onde estava –Shiryu tome uma atitude! Shiryu?

Mas Shiryu não respondeu, parecia ter entrado em transe e não ouvia o sentia o que estava acontecendo a sua volta. O dragão do templo nota presença de Shiryu e parte para ataca-lo, mas Nikolle corre e pula em direção ao dragão gritando “Garras da Pantera” e fere o focinho do bicho.

Irado o Dragão cospe lascas de gelo bastante afiadas que ferrem a asa direita e o abdômen de Nikc seriamente. Escutando os gritos de angustia da amazona Shiryu acorda e se põe entre a amazona e o deus Dragão.

-Não vai feri-la! – disse imponente elevando o seu cosmo – Eu sou o merecedor da espada! Eu sou herdeiro da linhagem dos dragões, portanto dono legitimo da espada!

-Qual o seu nome guerreiro? – disse o grande Dragão sentindo a energia que emanava de Shiryu.

-Sou Shiryu de Dragão! E desejo minha espada de volta! – disse em tom de arrogância.

-Shiryu o que deu em você? Porque ficou parado tanto tempo? A Nikc está seriamente ferida! – disse Hyoga amparando a amiga que sentia muita dor pelo ferimento na asa e no abdômen.

-Eu estava me lembrando; - disse relembrando – Eu mesmo vim aqui em vidas passadas com a sacerdotisa do dragão e lacrei essa espada.

-Sim! Pude sentir seu cosmo mestre! – disse o dragão fazendo uma desajeitada reverencia por causa do seu tamanho.

-Agora preciso que você me dê a espada! – disse Shiryu em tom mais brando.

-Como queira! – disse o Dragão estendendo a espada para o guerreiro.

-Agora quero que com seu cosmo e cure a asa da Deusa Nike que é a máxima guardiã dessas espadas! – disse caminhando em direção a Nikolle.

-Não é necessário que seu novo animalzinho de estimação me cure! – disse Nikc sentindo dor – Ele não tem poder para isso!

Ao ouvir isso o grande Dragão se transformou em um jovem bastante másculo de cabelos longos e prateados e olhos vermelhos como rubis e avançou para Nikolle elevando seu cosmo.

-Sou um Elemental da Natureza e posso cura-la sim Deusa Nike! – disse com tom de piedade na voz.

-Sei que é muito poderoso, Elemental das cachoeiras! Mas não pode me ajudar! – disse se levantando e seguindo em direção aos outros cavaleiros que esperavam aflitos do outro lado da barreira mágica.

-Nikc, querida está ferida! – disse Kana a ajudando a se locomover – Eu, sua avó e Anastácia vamos dar um jeito nisso!

-Obrigado, mas não podem! – disse fechando os olhos, segurando a lasca de gelo que ainda se encontrava atravessada em sua asa e no seu abdômen e com força a puxou sozinha dando um grito de dor.

-Nikc! Porque não quer ajuda? – perguntou Aioria que ajudou Kana a segurar, pois a garota quase desmaiou de dor.

-Eu fiz um trato com Hades algum tempo atrás! – disse surpreendendo a todos – Ele me daria carta branca para eu ressuscitar que eu precisasse para defender Athena, que devolvia a princesa Ephemeron que estava presa no Tártaros para ele!

-Mas o que isso tem haver com não podermos te ajudar? – perguntou Anastácia sem entender.

-Quando nós fizemos esse trato, interferimos no ciclo natural da vida e diretamente no destino dos humanos! Eu fui castigada pelos deuses a não poder ser curada por magia alguma! – disse triste – Meu dom se transformou na minha pior maldição! Posso curar todos e trazer mortos a vida, mas não posso curar a mim mesma!

-Como vamos fazer então? – perguntou Shun segurando preocupadamente a mão da amazona.

-Deixar que se cure naturalmente, como eu tenho feito sempre! – disse sorrindo para Andrômeda – Um dia Shun, todas as feridas se fecham e todas as lagrimas secam! É nessa perspectiva que eu me agarro para poder seguir em frente.

-Foi você quem nos trouxe de volta então? – perguntou Dohko condenando a neta com o olhar.

-Foi sim! E eu não me arrependo do que eu fiz! – disse se levantando – Vocês são necessários a Athena e se fosse preciso tinha trocado de lugar com vocês! Ficaria no reino de Hades para você viverem...

-Ah minha neta! Essa sua teimosia contra o destino ainda vai te causar mais problemas! – disse Dohko dando o braço para ajuda-la a sair do templo.

-Com certeza papai! – disse Alcion chamando a atenção de todos na entrada do templo – Essa fedelha bastarda devia ter morrido aquela vez em que eu cravei um punhal na garganta dela! Mas ela é teimosa até na hora de morrer!

-Sua maldita! Você me paga! – gritou Nikc segurada pelo avô que tentava a todo custo impedir que a neta partisse para cima da mãe ferida daquele jeito.

-Não queridinha, quem me paga é você! – disse avançando rapidamente em direção de Dohko e Nikolle.

-Você não vai tocar nela! – disse Shiryu com a espada Destino Verde nas mãos se interpondo entre a mãe e a filha – Lute comigo! Também temos contar a acertar!

-Ah está precisando de um cavaleiro másculo de armadura pra te defender agora Nikolle? – disse Alcion ironicamente sacando a espada – Não pensei que fosse tão fraca! Mas como queira! Venha lutar Dragão!

-Alcion! Não toque em ninguém! – disse uma voz imperiosa que vinha da entrada da caverna.

Continua...

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