Aquela com Quem Eu Sonhava escrita por Nike a deusa da vitoria


Capítulo 8
Em direção ao templo do Dragão...


Notas iniciais do capítulo

Todo mundo já sabe... O negocinho dos direito autorias e o a Nikolle e minha criaçã...



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Capitulo 8 – Em direção ao templo do Dragão

Nikolle, Hyoga e Shiryu foram dar a noticia a todos que era preciso se dirigirem a China para achar a ultima espada para que Nikc pudesse esconde-las em Zara de tal forma que as espadas ficariam inalcançáveis a qualquer ser maléfico que quisesse o mal de Zara ou o de Athena.

Todos ficaram muito surpresos pela amazona já ter encontrado a localização da ultima espada e todos os cavaleiros (os de ouros, os de bronze e as amazonas) se prontificaram a ajudar a deusa Nike em sua missão.

-Pode contar comigo Nikc! – foi o que todos diziam quando ela, Shiryu e Hyoga conversavam com os guerreiros de Athena.

Encontraram também com Seiya e Saori que estavam no jardim da casa de virgem conversando com Shaka. Nikolle contou a Athena o que tinha descoberto e pediu para que a deusa fosse com ela para Rozan, pois seria mais seguro que ficar no santuário.

-Quanto antes partimos, melhor! Alias já está na hora de resolver minhas diferenças com Apollo e isso não vai acontecer se eu ficar me escondendo no santuário! – disse Saori convicta.

-De jeito nenhum! A Saori fica no santuário! Aqui está muito melhor protegida! – disse Seiya colocando-se na conversa de Nikc e Saori.

-Seiya, quero que entenda que a segurança das espadas e tão importante quanto a da própria Athena! – explicou Nikc – É preciso que os cavaleiros me acompanhem, pois caso aconteça algo comigo um de vocês deve levar as espadas a Zara!

-Mas não vai acontecer nada com você! – interrompeu Shiryu um pouco alterado.

-Está mais do que na hora de vocês dois compreenderem a verdadeira missão de Nike e Athena na Terra! – interrompeu Shaka que já estava irritado com a falta de equilíbrio e autoconhecimento de Seiya e Shiryu – Por mais que elas sejam deusas olímpicas e onipotentes, elas caminham sobre a Terra em corpos mortais e um dia a morte virá busca-las e vocês como cavaleiros de Athena deveriam compreender isso melhor dor que ninguém!

-Shaka tem razão! – disse Nikolle explicando – Preciso de toda a garantia que essas espadas chegaram a Zara por tanto preciso do Maximo de cavaleiros possível para me auxiliar, só que eles vão ter sair do santuário para isso Seiya!

Então como o santuário vai ser um lugar seguro para Athena se não há nenhum defensor aqui para guarda-la?

-É não tinha pensado assim! – disse Seiya coçando a cabeça – Então tá resolvido! Agente vai pra Rozan!

-Então prepare as malas saímos daqui a 2 horas! – disse Hyoga finalizando aquela conversa.

Já era bem de tardinha e o céu da Grécia estava meio nublado, parecia prever que algo muito triste estava por acontecer. O céu dava um presagio de que dentro de dias o futuro da humanidade seria descidido entre os deuses.

O avião da fundação Natchios & Kido parou no Coliseu do santuário para aguardar os passageiros que já começavam a descer a escadaria das doze casas. Nikolle descia com Dohko, Izani e Shiryu, pois tinham saído juntos da casa da Libra.

-Minha neta, tenho a impressão que está mais preocupada do que deveria estar! Alguma coisa errada? – perguntou o atencioso mestre ancião.

-Acho que é cisma minha, mas tenho a leve sensação de ser observada! – disse olhando para o avô.

-Acha que pode ter algum traidor no santuário? – perguntou Izani alarmada.

-Creio que não! Ninguém se atreveria a tanto! – disse convicta.

-Será mesmo? Todo cuidado é pouco! Os deuses já provaram ser muito astutos quando querem! – disse o preocupado Shiryu.

-Shiryu, ninguém foge da vontade divina, nós apenas podemos desafia-la e se tivermos a força necessária podemos muda-la! – disse Nikc olhando nos olhos do rapaz.

-Bom se você está dizendo... – disse o dragão desistindo do assunto, pois aquela puxada de orelha que Shaka tinha dado nele e em Seiya ainda estava viva na sua memória –Nikc? A espada da Lua se chama “Anjo das Sombras”, a do Sol “Luxor” e a de Dragão? Como se chama?

- “Destino Verde!” – disse em tom de nostalgia – Formam uma trindade! Passado presente e futuro! Fazem parte de um equilíbrio, fazem parte da magia de Zara!

-Então que a achar como Hyoga fez com Luxor disputa o trono zaariano com você? – perguntou com muito interesse o Dragão.

-Bom só disputarei se eu quiser um trono único para Zara! Só um pessoa mandando em tudo – disse explicando – Mas se eu quiser um trono duplo não entro na disputa, pois Zara pode ter um rei também, que por sinal não precisa ser casado com a rainha!

-Fala com se já soubesse que é um homem que vai achar a espada... – disse o dragão rindo.

-Eu estou falando com ele! – e abriu um largo sorriso para a cara de confusão de Shiryu – É verdade! Faz sentido, você e Hyoga são filhos de Anastácia e Kana, sacerdotisas de Zara, portanto o sangue de vocês é tão real quanto o meu e se o templo estiver mesmo debaixo da cachoeira de Rozan, você é o único cavaleiro que pode reverter o fluxo daquelas águas!

-Acho que tem razão! – e abriu um belo sorriso para a amazona.

Subiram a bordo do avião lentamente, pois Nikc que encabeçava a filha olhou bastante a sua volta para tentar tirar a cisma da cabeça de que alguém a observava. Olhou tanto que acabou frustrada por não achar ninguém.

Kiki foi pentelhando Nikc (que era a co-pilota) da Grécia até a China na cabine de comando, Alfred (que era o piloto e um poço de paciência) quase jogou o garoto pela janela. O mordomo e Lady ficaram bastante satisfeitos quando Shiryu veio a cabine e disse para Kiki que as aeromoças estavam servindo comida.

-Aproveitem porque vocês têm 20 minutos antes que ele devore tudo e resolva voltar! – disse o dragão dando uma piscadela discreta.

-Ufa! Em 20 minutos estamos pousando em Pequim! – disse Alfred provocando gargalhadas na jovem guerreira.

Quando chegaram a Pequim, tiveram alguns problemas com o sistema comunista do país que inibe a chegada de estrangeiros, mas tu do se resolveu quando a sociedade diplomática ouviu os nomes Kido e Natchios.

Em Jeeps, se dirigiram para as regiões montanhosas da China onde se localizava Rozan. Chegaram lá de madrugada o que causou o espanto dos habitantes da vila que pensaram estar sendo atacados. Dohko e Shiryu desceram do carro e disseram que estava tudo bem, que Athena e seus guerreiros vieram visitar a cachoeira da Rozan. . A surpresa dos aldeões foi tamanha que prometeram realiza dali duas noites uma festa em honra a chegada da deusa. Todos agradeceram e rumaram para a antiga casa do mestre ancião que embora humilde acolheria bem todos que ali se encontravam.

Nikolle estava mais inquieta do que nunca, mesmo ali em Rozan sentia que alguém a observava e calculava seus passos, por isso Nikolle pediu que os cavaleiros se revezassem como ela a noite e ficassem de guarda para que não tivessem nenhuma surpresa.

-Continua preocupada? – perguntou Kamus se aproximando a amazona que reconhecia o terreno.

- Mais do que antes! Não quero ser pega desprevenida! – disse olhando para o tio – Quanto antes pegarmos essa espada melhor! Avise Shiryu que vamos tentar entrar no templo amanhã bem cedo!

-Eu aviso! Pode deixar... – disse Kamus entrando na casa.

Nikolle ficou a noite toda acorda, estava inquieta ali! Sentia que algo muito importante estava para acontecer e que Rozan o palco do acontecimento. Temia que Apollo ou Alcion estivesse por perto e que poderiam fazer algum mal à Athena ou tentar reaver as espadas.

Andou como uma sentinela envolta do território onde os amigos descansavam e em pensamento recebeu a visita de 2 ilustres personalidades. Dividiu o horário com Aldebaram, mas na hora de trocar com Mu e Shaka, não entrou e nem foi dormir ficou observando a cachoeira de Rozan até o amanhecer.

De longe o Dragão a viu e pensou “Nossa, Nikc já acordou?” e foi ao seu encontro pois tinha recebido o recado que ela havia enviado por Kamus.

-Nikc, já de pé? – chegou perguntando.

-Nem dormi! – disse com meio sorriso.

-Está tudo bem? – perguntou preocupado, pois sentia no cosmo da senhora das amazonas uma tristeza profunda.

-Não podemos abrir o templo hoje! – disse explicando – A grande Gaia e o grande Caos me pediram para esperar pela lua cheia depois de amanhã!

-Mas porque? Algum motivo concreto? – perguntou o Dragão se aproximando dela disfarçadamente.

-Pela influencia da Lua cheia estarei mais forte e Gaia e Caos nos protegerão! – disse olhando vagamente para a cachoeira – E Apollo também nos vigia...

-Apollo sabe onde estamos? – perguntou Shiryu indignado.

-O grande Caos me contou que há meses que ele me vigia! – falou olhando para o cavaleiro – Me disseram que só está esperando que pegue a ultima espada para vir me buscar e levar Athena ao sacrifício.

-Como assim buscar você? E levar Saori ao sacrifício? – perguntou totalmente confuso Shiryu.

-O verdadeiro motivo da guerra, não é só controle da ilha de Zara! – disse abaixando o olhar – Apollo vem para tirar Athena de seu trono como protetora da Terra e com isso levar a mim e a Zara como prêmio.

-Mas você disse que ele vinha atrás das espadas e que precisávamos esconde-las dele! – disse Shiryu quase aos berros – Porque nos fez vir atrás dessas espadas então deusa Nike?

-Achar as espadas também é muito importante! Mas eu também estava buscando uma forma de não ceder as chantagens de Apollo! – disse segurando a mão do cavaleiro – Ele me procurou no mês passado e disse que se eu não ficasse do lado dele, ele iria destruir tudo que eu amava e que ao invés de levar Athena a julgamento no Olimpo, mataria ela e seus cavaleiros na minha frente.

-Estava sendo chantageada esse tempo todo e não disse nada a ninguém? – perguntou o Dragão olhando para ela.

-Não, Dohko, Izani e Kamus sabiam! – disse fitando o chão.

-E o que pretende fazer? – disse Shiryu começando a se sensibilizar com a situação da amazona.

-O que pretendia desde o começo! – disse convicta – Achar todas as espadas e manda-las junto com Athena para Zara, onde Apollo não pode alcança-las sem a minha permissão.

-É um plano muito ousado! – disse Shiryu – E você acha que Athena se esconderia pra sempre?

-Não! Não seria preciso! – disse Nikc caminhando até a beira da rocha – Eu destruiria Apollo e ela poderia voltar a Terra!

-Se sacrificaria por todos nós? – perguntou o Dragão.

-Quantas vezes na eternidade forem necessárias! – disse sorrindo bem perto de Shiryu.

O Dragão ficou admirando os olhos verdes da Pantera e logo seu olhar desceu até os lábios da moça e obedecendo a um impulso enlaçou a amazona pela cintura e lhe deu um beijo ardente. Um beijo intenso que não pediu licença pra ser realizado. Um beijo que idealizava tudo o que ele sentia dentro de si mesmo por aquela mulher que estava em seus braços e que não oferecia resistência alguma as suas caricias.

E foi escutando risadas que voltaram a si e notaram que vinha gente.

-Venha; - disse ele a puxando pelo braço – vamos ajudar o vilarejo a arrumar a festa para a chegada de Athena.

Nikc o seguiu até o vilarejo onde muitos cavaleiros já se encontravam e foi ao encontro de Shina e Marin que pediam a sua ajuda. Já Shiryu foi ter com Seiya e os outros que ajudavam a erguer uma barraquinha. O povo de Rozan estava preparando um tipo de festival para honrar a Deusa Athena que contava história para as crianças enquanto todos trabalhavam.

Shiryu contou a história que Nikc havia lhe contado, causando espanto em todos de menos em Kamus que ajudava Hyoga com a lona da barraca:

-Eu disse a ela pra contar, mas Nikc é muito teimosa! – disse o cavaleiro de Aquário.

-Concordo e Nikc com certeza não fez por mal! Só queria nos proteger! – disse Shun.

-Teimosia! Uma qualidade admirável! Nikolle é uma mulher de fibra! – defendeu Seiya.

-Seiya? Sempre pensei que a sua favorita era a Saori! – alfinetou Ikki causando gargalhadas em todos.

-Bom Ikki, agora que eles estão namorando ele está fazendo charminho! – disse Hyoga, deixando Seiya vermelho.

-Namorando? – perguntou Shiryu surpreso.

-Eh, isso foi ontem! Eu a pedi quando chegamos aqui na China! – disse Seiya bastante sem graça.

-Cuidado em rapaz, tirando você, ela tem 87 cavaleiros bastante fortes e bravos para defende-la! É melhor não a fazer sofrer! – disse Shura com o apoio de Milo e Afrodite que o ajudavam a colocar enfeites.

-É claro que eu sei! – disse Seiya tentando se defender – Mas não é só que estou de namorada nova! Né, Ikki?

-Ah? Que? – disse Ikki desconcertado.

-Meu Buda, até tu brutos? – perguntou Shaka que chegava com Aiolia, Aiolos e Saga.

-Ah, gente os brutos também amam! – comentou Hyoga.

-Tá, tudo bem, eu amo a Pandora! Mas aqui parece que todo mundo senta no rabo pra falar do outro! Por exemplo aquele anel de compromisso no dedo da Freya não foi Papai Noel que trouxe, ou foi? – disse Ikki tentando sair do centro das atenções.

-Bom eu dei aquele anel por sugestão do Shun, no mesmo dia em que ele deu um de brilhantes para a June! – disse Hyoga literalmente saindo pela “tangente”!

-Que? Anel de brilhantes? O negocio está mais serio do que a June falou pra gente! – disse Seiya com um sorriso maroto.

-Isso mesmo pessoal! Eu sai na frente e estou noivo! – disse simplificando a conversa. – E hoje à noite vou comemorar!

-Quem diria em Shun! Você noivo... – disse Shiryu.

-É todo mundo apostou que você e a Shunrei iam ser os primeiros! – disse olhando para o prego que estava martelando – Mas a vida muitas voltas e quando se encontra uma morena alada pelo caminho, agente acaba tropeçando!

-Do que está falando? – disse Shiryu corando.

-Ah não mente pra nós cara! – disse Hyoga – Todo mundo repara com você fica derretido cada vez que você olha para aquele par de olhos verde esmeralda!

Todos riram da forma como Shiryu ficou desconcertado com aquela situação, até os cavaleiros de ouro acharam graça no papo dos bronzeados e começaram a perguntar também “Mas, Shiryu, porque você não toma uma atitude e diz pra ela o que sente?” ou “A Nikc é a mulher ideal, bonita, forte, espontânea, decidida! O que está esperando ainda?”

Na verdade Shiryu estava rindo da situação por dentro, pois se soubessem o que já tinha acontecido...

-Gente a Nikc no momento tem muita coisa pra resolver! – disse tentando sair da situação que Shun o havia colocado – Está muito ocupada com a segurança da Terra agora pra pensar em amor!

-AH então você admite que a ama? – perguntou marotamente Shun.

-Shun, pelo amor de Zeus! Se eu a amo ou não, é da minha conta! – disse o Dragão cuspindo farpas.

-E da conta dela! Shiryu meu futuro enteado, ninguém é feliz sozinho! – disse Kamus olhando para ele enigmaticamente.

-Não sei talvez... – disse Shiryu com se a ficha tivesse caído – Ei? Que história é essa de enteado?

-Há esqueci de te falar! – disse num gesto de esquecimento – Eu e sua mãe vamos nos casar...

A confusão estava feita e literalmente o amor estava no ar! Logo outros casais entraram em evidencia, Saga e Anastácia,Izani e Dohko, Shina e Shura, Aiolia e Marin, Milo e suas mil e uma namoradas... No final do papo estavam todos rindo e Shiryu gostou da idéia de ter Kamus como padrasto. Foram interrompidos por Nikolle e Shunrei que os chamavam para o almoço.

Depois do almoço, trabalharam (quer dizer se divertiram) no vilarejo preparando a festa para Athena.

Shiryu e Nikolle estavam particularmente próximos e todos notaram a mudança e começaram as piadas que ao invés de chatear a amazona, a fez pensar: “Será que eu estou fazendo a coisa certa de negar e fugir de uma coisa que eu sei que sinto e é inevitável?” e foi com esse pensamento e com a lembrança do que o Caos lhe disse “Tempos difíceis estão por vir minha querida Vitória!”, que aquela noite ela daria chance a seu coração falar mais alto e ser feliz do jeito que desejava pelo menos uma vez na vida, afinal não tinha mais nada pra perder, ou até tinha, mas deixaria as coisas e pessoas que amava longe da batalha que viria.

Para o festival todos vestiram trajes tipicamente chineses e se dirigiram em grupos para o vilarejo. O local ficava bem diferente à noite, lamparinas (no estilo oriental) foram acesas e deram um ar místico ao local, a lua quase cheia iluminava e dava um tom prateado bastante singular. Flores e velas davam um ar sagrado e uma fogueira central dava um sentido de que a festa era em honra a um deus. Os moradores prepararam musicas e danças em honra a deusa Athena e animaram a festa com comidas e bebidas típicas da região de Rozan.

Nikc e as amazonas em homenagem aos moradores da aldeia dançaram um dança zaariana (que toda amazona sabia mesmo que nunca tivesse pisado em Zara, pois fazia parte do treinamento) que evidenciava a fertilidade da terra e trazia a bênçãos dos deuses para o lugar. A magia da dança era evidente, pois os cavaleiros e Athena sentiram seus cosmos interagiram com os das amazonas e com a energia vital da terra de Rozan.

Após a pequena exibição das amazonas de um forma muito peculiar um alegria e uma energia se estabeleceu no ambiente trazendo risos e danças, afinal estavam ali para festejar.

Shiryu andava entre as pessoas observando a expressão de felicidade no rosto de cada um, mas o que mais lhe chamou atenção foi o sorriso de Nikolle. Estava diferente, estava mais leve e descontraído, a amazona pelo menos aquela noite tinha libertado sua mente dos demônios que a atormentavam.

A rainha de Zara estava sentada em uma roda com as sacerdotisas, algumas amazonas e alguns cavaleiros de ouro. Estava vestida em um belíssimo quimono de cor branca finamente bordado com um fio acetinado de cor verde água, que era um presente muito especial do seu avô.

Shiryu se aproximou atraído pelas risadas de todos, pois Kana e Nikc estavam contando história de Zara e começou a ouvir o que contavam...

-...ela era impossível! – disse Anastácia arrancando risos – No treinamento para sacerdotisas ela desenvolveu primeiro que as outras a habilidade de conjurar chamas com a mente! Então toda aula era um tormento, pois Nikc, aos quatro anos, achava lindo por fogo em tudo!

-A Nikc sempre foi uma garota muito peculiar! – disse Kana sorrindo para a discípula – Ela nunca aceitou o uso da mascara e quando tinha 6 anos de idade eu e Izani lhe contamos que ela era a reencarnação da deusa Nike e sabem o que foi a primeira coisa que ela disse?

Todos perguntaram curiosos, pois uma coisa do tipo vindo de Nikolle Natchios deveria ser totalmente surpreendente.

-Ela mandou um escrivão redigir um documento onde a deusa Nike ,em toda sua graça e esplendor, abolia o uso da mascara para amazonas e que ela queria punir severamente aquele que tinha imposto essa lei! – contou Kana causando gargalhadas em todos.

-Ela está certa Kana! A mascara era só mais uma forma de opressão! – disse Shina indignada.

-Ai, ai! Mais uma rebelde para o clube! – respondeu a sacerdotisa do Dragão – Mas foi por isso também que Nikc foi aclamada rainha quando voltou com a espada Anjo das Sombras, pois em uma ilha comandada por mulheres guerreiras banir o uso de mascaras era praticamente soltar todas as amarras que nos prendiam!

-O que? Zara é comandada por amazonas? – perguntou Milo incrédulo.

-Sim, Milo! É uma sociedade matriarcal, onde todas nós descendemos de Hipólita e seu clã! – disse Nikolle explicando – Só mulheres defendem a ilha e seus habitantes! Homens só são permitidos na ilha central quando Athena vai escoltada por seus cavaleiros pra que ela e Nike reafirmem o pacto de amizade, e isso só acontece uma vez a cada mil anos!

-Então como vocês fazem pra... – perguntou corando o escorpião – E os bebês que nascem homens?

-Zara é formada por três ilhas, Milo! – explicou Marin – A ilha central ou ilha da Lua, que também é chamada de ilha sagrada é permitida apenas para mulheres! Já as ilhas do Sol e do Dragão pode viver homens e crianças!

-Nossa que exclusão social! – disse o cavaleiro inconformado – Aposto que é nessa ilha central que fica aquelas bonitas sacerdotisas que a Nikc falou!

-Ah, Milo! Você não toma mesmo jeito! – disse Nikc se levantando – Vou dançar! Alguém me acompanha?

-Seria um prazer! – disse Shiryu fazendo-se notar apenas agora.

A senhora das amazonas abriu um largo sorriso e estendeu a mão para que o Dragão a conduzisse até onde as pessoas dançavam. Tocava uma música animada e com ritmo marcante, mas ao estilo chinês. Juntaram se a Saori e Seiya que dançavam e logo foram surpreendidos por June, Shun ,Ikki e Pandora que dançavam alegremente.

Nikolle se divertiu como há muito tempo não fazia. Deixou que todas as preocupações da sua mente fossem transferidas para o amanhã e foi com essa atitude que se viu de mãos dadas com Shiryu as margens da cachoeira de Rozan.

-Nick? Você está feliz hoje, não está? – perguntou o dragão com uma voz bem melodiosa.

- Sim estou muito contente! Não me sinto assim desde que meu pai morreu! – disse olhando para a cachoeira – Ele partiu para uma expedição e nunca mais voltou...

-Você acha que sua mãe o matou? – perguntou curiosamente o cavaleiro.

-Eu não acho! Tenho certeza! – disse Nikc tirando um relógio de bolso das vestes – Ele sempre carregava com ele e logo após o desaparecimento dele isso me foi entregue com o sangue dele e um bilhete que dizia que era só o começo, depois disso ela foi atrás da sua mãe, da Anastácia... Você já conhece essa história!

-Mas o que teria gerado tanto ódio? – perguntou observando a final peça que tinha em mãos.

-Simplesmente Shiryu, algumas pessoas nascem assim! Ruins, malvadas! E não adianta quantas chances você dá, ela sempre vai te apunhalar pelas costas! – disse com uma lagrima no canto do olho.

-Bom mais eu sei que onde estiver seu pai vela por você e tem muito orgulho da mulher que você se tornou! – disse sorrindo sedutoramente.

-É bom escutar isso! – disse abraçando o cavaleiro – Sabe de uma coisa? O tempo poderia parar agora que eu não ligaria!

-Mas eu sim! Você é uma coisa boa que aconteceu na minha vida e as coisas boas são feitas pra serem vividas! – disse olhando no fundo dos olhos da amazona e encostando sua testa na dela –Por isso essa noite,.quero que seja minha! Apenas minha! Sem se importar com que pode acontecer amanhã ou quantos deuses e divindades tenhamos que enfrentar, apenas que você pelo menos por essa noite!

Nikc apenas sorriu e consentiu em ser levada pelos beijos e as caricias do cavaleiro. Não se importavam com mais nada naquela noite pertenceriam um ao outro.

Continua...

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