Please, Love Me?! escrita por Stitch


Capítulo 11
Não Tenho Mais Coração!


Notas iniciais do capítulo

PS. Eu escrevi esse capítulo quando eu estava bem triste, por isso ele está tão... Deprimente.
PS². Eu até chorei escrevendo esse cap.
Mas espero que gostem, né (;



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Lágrimas também caíam, eu tinha medo do que iria acontecer a seguir.

Rachel sorriu ao ver o garoto de olhos azuis. Já ele não estava tão animado em vê-la, e em apenas um segundo meu coração se sentiu melhor, mas passou, e rápido.

Rachel olhou em minha direção, e deu seu sorriso de superioridade. E eu senti que aquilo não seria bom.

Enquanto Percy falava, Rachel apenas olhava em minha direção, e faria algo que iria resultar em coisas ruins, talvez para mim, ou melhor, com certeza para mim.

Ela se aproximou dele, colocou o braço em volta de seu pescoço, e o beijou.

O que eu senti? Não sei dizer, era a pior dor do mundo, doía tanto.

Era como se tivessem arrancado meu coração e pisado nele como se ele fosse papel.

Eu estava triste, chateada, brava, eram tantos sentimentos, eu achava que era impossível alguém sentir tantas coisas ruins de uma vez só. Uma avalanche de dor tinha caído sobre mim, e eu ainda estava de pé. Por que eu era a pessoa mais forte que eu já conheci? Por que eu era a melhor pessoa que eu já tinha conhecido? Na verdade, eu sentia que eu seria a pessoa mais forte apenas por enquanto.

Coloquei a mão no coração e lágrimas caíam como a chuva cai quando as nuvens estão escuras, ou seja, eu era uma nuvem escura.

Talvez o pior de tudo não tenha sido o beijo que ela deu nele forçadamente, o pior foi ele ter colocado o braço em volta de sua cintura e retribuir o beijo.

Meu mundo começou a girar, eu estava tonta e não enxergava mais nada. Me sentia mal, com dores e sensações ruins.

Me apoiei no muro da casa em que estava em frente, e as dores pioravam. Por que eu também era tão burra?

Fechei os olhos para tudo aquilo acabar, mas aquilo não era um sonho em que no momento em que eu abrisse os olhos, tudo estaria do meu jeito. Aquilo era a vida real, onde o amor não é algo bonito.

O amor é a máscara de todos os sentimentos ruins. Não existe amor, é apenas uma palavra em vão.

Eu descobri naquele momento que o último pedaço do meu coração tinha caído. E o que aconteceria agora? Eu era uma pessoa sem coração. A única coisa da qual eu tinha certeza era que meu futuro seria sombrio, e com certeza sem o amor. Na verdade, isso seria até bom.

As lágrimas ainda rolavam, e eles se separaram do beijo. Rachel olhou em minha direção e percebeu que seu objetivo tinha sido realizado e com sucesso. Ela estava sorrindo vitoriosa. Percy sorriu e resmungou algo sobre o beijo, e continuou sorrindo, feito um idiota. Eu ainda chorava, e até mesmo o espaço vazio, que até alguns segundos atrás ficava o meu coração, doía. Mas como?

Percy olhou em direção para onde Rachel sorria, ele olhou em minha direção. Sua reação era como se a energia tivesse acabado na melhor parte da música. Do feliz ele foi para ‘quase morrendo’. Eu via isso em seus olhos, mesmo a alguns metros de distância.

Talvez agora os pedaços de seu coração também estejam caindo. Talvez agora ele saiba como é ficar sem coração. Talvez ele saiba como é sentir tantos sentimentos ruins ao mesmo tempo. Mas só talvez, porque ele não estava preocupado, ele até correspondeu ao beijo, e isso significa que ele não sente nada por mim, e agora eu não sinto mais nada por ninguém, até porque eu não tenho coração mesmo.

Ainda chorando, minha expressão mudou para o ódio. Se eu tivesse um coração eu sei que aquele seria o maior ódio já sentido por mim, ou até mesmo por alguém.

– Annabeth?! – Sua voz estava fraca.

Eu voltei à expressão de tristeza, virei às costas e corri. As lágrimas caíam cada vez mais. Como uma pessoa pode ter tantas lágrimas para cair?

– Annabeth! – Eu ouvi gritos atrás de mim. Grover e Percy continuavam a me chamar.

Continuei correndo, eu não sabia exatamente para onde eu estava indo, apenas queria ficar longe de tudo e de todos. Queria nunca mais ver Percy outra vez, porque senão rolaria mortes, e eu garanto, não seria eu a pessoa que morreria.

Corri até chegar a umas árvores. Ótimo! Eu não sabia a onde eu estava. Sentei em baixo de uma árvore, e coloquei a cabeça entre as pernas, e não parei de chorar por nenhum segundo.

Passou-se algum tempo e o céu já estava escuro. Nuvens pretas de tempestades chegavam cada vez mais perto de minha direção. Não demorou muito e a tempestade logo veio. Sorri. Essa era a única coisa boa em horas.

Resolvi ligar para os meus pais, eles estariam quase morrendo de preocupação. Disse que estava bem e que dormiria na casa de uma amiga. Mas na verdade, a minha única amiga hoje seria a solidão. Ainda me perguntei como o meu celular ainda pegava depois de eu estar toda molhada?

Andei pelas ruas vazias e escuras. Não tinha perigo, até porque, ninguém estaria em uma rua escura, vazia no mesmo momento que uma tempestade esta ocorrendo. Eu era a única.

Andava e chutava as pedras que apareciam em meu caminho. Avistei um parquinho, e corri em direção a ele, sentei no balanço e voltei a chorar. Mas agora eu não sabia distinguir lágrimas de chuva.

Me balancei ali até cair na areia e machucar o joelho. Ri da minha dor.

– Joelho, você não dói tanto quanto perder um coração! – Continuei rindo sem vida.

Deitei na areia ainda rindo do mesmo jeito frio de antes. Tentei fazer um anjinho que nem as pessoas fazem na neve, mas com areia molhada é bem diferente, não fica exatamente um anjinho.

Fechei os olhos e agora a única coisa que sentia eram os pingos gelados da chuva caindo sobre mim.

Adormeci, com o propósito de acordar e que tudo aquilo não tivesse acontecido, que tudo aquilo não passasse da minha imaginação fértil, que tudo aquilo tenha sido um dos piores pesadelos, eu só queria que aquela imensa dor que eu sentia passasse, e que tudo voltasse a ser como era antes. Por mim poderia voltar até o dia em que eu conheci Percy...

– Vamos conhecer novos amigos, Annie. – Disse minha mãe contente.

– Adoro fazer novos amigos, mamãe. – Sorri.

Caminhamos até o nosso novo vizinho, ele tinha acabado de se mudar.

Tocamos a campainha. Uma moça nos atendeu. Ela falou algo, mas eu não entendi, porque eu estava muito ocupada acenando para o menino de olhos azuis que se encontrava ao seu lado.

– Meu nome é Percy e o seu? – Disse ele envergonhado.

– Annabeth. – Sorri tímida.

A partir daquele dia, não nos largávamos mais, éramos os melhores amigos para sempre.

... E principalmente, voltar a ter um coração.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que esse cap. estava meloso demais.
Mas está aí... Quase nem teve diálogos, foi mais um TEXTÃO.
Mandem reviews! *-*



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