Please, Love Me?! escrita por Stitch


Capítulo 1
Sofrimento!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! (;



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Levantei da cama sem precisar do despertador, isso era estranho, estava sempre atrasada, mesmo com o despertador.

Fui para o banheiro e logo que entrei ali, olhei para o espelho.
Pronta para o inferno, novamente?” Abaixei a cabeça só de lembrar o que eu teria que ver e escutar hoje ainda.

Odiava o colégio, assim como todas as outras pessoas do mundo, com certeza até nerds odiavam o colégio, já que eu era considerada uma nerd, eu deduzo que todos os outros também odeiem esse inferno.

Desci as escadas calmamente, já que não estava atrasada, e apenas peguei uma maçã na fruteira.

– Bom dia família! – Disse sorrindo. Era bom ver minha família reunida na refeição mais importante do dia.

– Bom dia! – Disseram.

– Bom saber que levantou mais cedo! Pensei que o despertador do seu celular nunca ia ser útil de verdade. – Disse meu pai rindo.

– Ah! Então ele ainda é inútil. Levantei por livre e espontânea vontade. – Disse vitoriosa.

– Parabéns filha, realmente é um milagre. – Disse minha mãe.

– O papo está ótimo, mas existe um lugar nas trevas chamado escola, onde os pais obrigam os filhos a ir para sofrerem e... – Olhei para o meu pai, e ele fazia aquela cara, tipo: Não vai rolar, colega! –... Ok! Não vai colar mesmo! – Bufei. Dei um beijo neles e saí.

Fui andando e comendo em direção a escola, estava sorrindo, mesmo não estando bem. Não queria encarar ninguém hoje, mas seria impossível.

– Oi! – Disse alguém andando ao meu lado.

Sorri, conhecia aquela voz em qualquer lugar do mundo. Poderia estar rouco, gritando, tossindo, mas ainda sim reconheceria sua voz.

– Tudo bem, Manolo? – Olhei para ele, e fiz um gesto de ‘mano’. Ele sorriu.

– Tudo bem sim, e você, Minola? – Era assim que a gente se tratava, sempre. Apelidos toscos, piadas idiotas, chutes, socos, tapas, mas ele era meu irmão, meu melhor amigo.

– Tem certeza que esta bem? Não estava pronta para sair de um feriado e voltar direto para a escola. Feriado, cadê você? – Choraminguei.

– Falando nisso, quando é o próximo feriado? – Ele perguntou realmente interessado no assunto.

– Eu mal sei o dia do seu aniversário, e você quer que eu saiba o próximo feriado? – Perguntei incrédula.

– Obrigada, você é uma ótima amiga. – Ele fez pirraça.

– Ok, bebê Percy, pode parar de cena, anda. – Disse mandona.

– Mas Annie, você foi muito má comigo. – Ele ainda estava que nem um idiota.

– Acabou a cena? – Perguntei brava.

– Já disse o quanto adoro o seu humor? – Perguntou ele bufando.

– Milhões de vezes. – Ri.

Chegamos no colégio e lá estava ela, sorrindo e correndo ao encontro de Percy. Olhei para o lado, para não deixar ele ver o quanto tudo aquilo me magoava. Percy sempre disse que meus olhos azuis sempre mostram o que eu sinto, mas na verdade, é assim com todo mundo.

– Bom, eu vou indo... Ér... Tchau! – Saí dali andando de cabeça baixa.

Sempre fui apaixonada por Percy, mas ele é lento demais para perceber. Porque, já que os meus olhos dizem o que eu sinto e penso, como ele não vê isso? Engraçado, não?

Fui para o meu armário, peguei alguns livros, e fui para a aula de biologia. Ainda não tinha batido o sinal, mas não tinha nada para fazer.

Sentei na última cadeira do lado da janela, onde eu sempre sentei.

Bateu o sinal e todos entraram na sala. Percy não fazia essa aula comigo, então, como sempre, não prestei atenção em nada, só pensava em Percy, Percy, Percy e Percy.

Só acordei dos meus pensamentos quando bateu o sinal para a segunda aula. E eu só pensava nele. Foi assim as três primeiras aulas, até bater o sinal para o intervalo.

Sentei embaixo de uma árvore na ala grama, como a gente chamava, as pessoas só iam lá para pensar e se isolar, mas eu sempre fiquei ali, então digamos que, eu tomei conta do lugar.

Peguei o livro que estava lendo há uma semana, e comecei a ler obviamente da onde parei.

– Como sou idiota! – Disse para mim mesma. – Amo alguém que só me olha como amiga e que tem como namorada, a garota mais popular de toda a escola. Por que ele olharia para a sua melhor amiga com outros olhos? Só queria ser amada pela pessoa que mais amo nesse planeta. – Sussurrei a última parte.

Uma lágrima escorreu pela minha face e caiu em meu livro. Fazendo eu me lembrar que estava no colégio e qualquer engraçadinho poderia estar vendo.

Olhei de longe, e vi ele com a Rachel, sua namoradinha e também com o Grover, seu melhor amigo, e uma das únicas pessoas que me entendem. Grover é uma figura. Ri de lembrar das besteiras que fazemos juntos.

Mas pensando nele, ele apontou em minha direção, fazendo com que Percy acenasse para mim com a mão esquerda, já que a mão direita estava nos ombros de Rachel, quando ela viu que ele acenava em minha direção, ela fez uma cara de nojo. Acenei de volta, e lá vem o Grover correndo em minha direção. Ri dele.

– E aí gata, tudo em cima? – Disse ele com a sua ‘melhor cara de sedutor’. Ri.

– Você sabe que não. – Sorri triste.

– Percy é lento mesmo, você sabe. – Ele disse fazendo uma careta.

– Sério? Nem tinha percebido! – Disse ironicamente.

– Amo o seu humor! – Disse ele sério.

– Eu sei, podia até ser comediante, né? – Perguntei feliz, ele me olhou com cara de reprovação.

– Você sabe que eu te amo, mas... Ainda bem que você vai ser arquiteta, porque se você dependesse do seu humor para viver... – Ele parou, e fez uma encenação. Colocou as duas mãos no pescoço, colocou a língua para fora e caiu para trás como se estivesse morrendo.

– Digo o mesmo para você. – Rolei os olhos.

O sinal bateu, e todos foram para suas aulas. Minha próxima aula era com o Percy, não sei se ficava feliz ou se ficava triste.

Já que eu sento no mesmo lugar em todas as aulas, lá estava eu, no meu canto, na única matéria que me interessava, depois de artes, claro, era matemática.

Percy tinha alergia só de ouvir a palavra matemática, mas ele sabe que precisa daquela ‘maldita matéria’, como diz ele.

– Já estou com alergia. – Disse ele sentando ao meu lado e rindo.

– Ah! Não é tão ruim assim. – Sorri.

– Ah! Falou a garota mais inteligente em matemática. – Disse ele zombando.

Depois daquilo todas as aulas passaram rápido e eu fui para a casa, sem o Percy. Ele ia com a namorada dele para algum lugar.

Eu só rezava para eu não desabar no meio da rua. Era só o que eu estava pedindo naquele momento.

Cheguei em casa, subi as escadas correndo, e abri a janela, mas a janela da frente estava fechada. Olhei para baixo e comecei a chorar.

Eu nunca abria a janela, só quando eu queria respirar ou olhar para o céu magnífico que tinha ali, mas normalmente só abria a janela para ver se Percy estava ali.

Deitei na cama e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, qualquer sugestão, qualquer crítica, qualquer comentário, mande por reviews. Mande reviews também, só para dizer que esta lendo. risos ~ Beijinhos!