Diário Aberto, Amor Secreto escrita por Hina Townsend


Capítulo 4
Solução


Notas iniciais do capítulo

Harry Potter não me pertence, essa fic é apenas um meio dessa fã sádica se divertir às custas dos personagens criados pela tia Jo. Se Harry potter me pertencesse podem ter certeza de que o final seria muito diferente daquele.



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Cap. 4 – Solução

Poeira. Livros. Hermione Granger. O que normalmente contem esses três elementos?

A biblioteca de Hogwarts.

Porém, excepcionalmente naquela tarde, a biblioteca também continha um quarto elemento: Draco Malfoy. Hermione não estava nem um pouco satisfeita com aquela presença inesperada.

“Ah, mas isso é ótimo. Simplesmente fantástico. Eu venho para cá à procura de um pouco de sossego, de distração e quem tinha que aparecer logo agora? Ele! Eu decididamente já tive semanas melhores.” a garota pensava amargamente.

Felizmente Malfoy parecia tão absorto na leitura de um velho livro de feitiços que não havia nem se dado conta da presença da grifinória.

“Pelo menos isso.” Hermione pensava enquanto escolhia uma mesa para sentar, o mais distante o possível de Malfoy, e pegava um livro qualquer para ler. “Só vou esperar que tudo se mantenha desse jeito. Queria saber o que ele está lendo...”

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A última coisa que Draco queria era que Hermione soubesse o que ele estava lendo, mesmo que ele não tivesse consciência da presença da garota na biblioteca, muito menos dos pensamentos dela. A atenção do garoto estava inteiramente voltada para o livro em suas mãos. Ele tinha encontrado.

Era um feitiço simples. Muito simples. Porém, por via das dúvidas, ele resolveu que seria melhor levar o livro com ele para o dormitório da Sonserina. Afinal, para que Granger não suspeitasse da troca, todos os detalhes teriam que ser perfeitos. Nada poderia dar errado naquele plano.

Enquanto esperava que Madame Pince, a bibliotecária, anotasse seu nome na ficha do livro, Draco deixou seu olhar vagar pelo espaço da biblioteca. Nada chamou particularmente a sua atenção, até que avistou, na mesa mais distante da mesa em que estivera há alguns minutos, o motivo de todos os cuidados que estava tomando com o plano. Hermione Granger.

Ela estava curvada sobre o livro mais grosso e empoeirado que Draco já vira em toda a sua vida. Mesmo aparentando estar concentrada na leitura, o loiro poderia afirmar o contrário, visto que os olhos da garota não se moviam. Esses mesmos olhos apresentavam uma coloração levemente avermelhada, passando a impressão de que Hermione estivera chorando. A expressão da garota também refletia um estado de tristeza e desânimo.

Mesmo sabendo que ele era o motivo de toda essa tristeza, Draco, por um milésimo de segundo, sentiu pena de Hermione. Claro que, uma vez que esse milésimo de segundo passou, ele se repreendeu por ter sentido aquilo e voltou a se focar no plano que tinha em mente, desviando o olhar da garota de cabelos castanhos. Ele voltou o rosto para Madame Pince, que agora entregava-lhe o livro junto com uma descrição bastante específica das coisas que aconteceriam com ele se o livro fosse danificado ou perdido.

Ignorando as palavras da mulher, Draco simplesmente colocou o livro na mochila e retornou para a sala comunal da Sonserina, onde daria início à primeira fase de seu plano.

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No dia seguinte, Hermione se arrependeu verdadeiramente por não ter estudado mais para a prova de História da Magia. Ela provavelmente deve ter conseguido apenas a nota 8 em 10. Preocupada com suas notas e determinada a não deixar que a perda de seu diário causasse impacto em sua vida escolar, Hermione estava inteiramente concentrada nos estudos naquela noite, na sala comunal. Talvez tenha sido por isso que ela levou um susto tão grande quando Rony adentrou a sala chamando por ela e carregando uma sacola.

- Rony eu não sei o que você quer, mas isso vai ter que esperar um pouco. Eu estou muito ocupada... - Hermione começou a avisar, mas sentiu sua curiosidade aguçar quando viu um sorriso estranho do amigo, como se ele estivesse extremamente satisfeito consigo mesmo. - O que foi?

- Advinha o que tem na sacola? - Rony desafiou, o sorriso ficando ainda maior.

- Rony, eu não tenho tempo para joguinhos! Eu já te disse que preciso estudar!

- Você não vai ficar tão zangada comigo quando descobrir o que eu encontrei. Acho que você vai fazer o meu dever de casa pelo resto do ano como agradecimento.

- Você pode parar com... - de repente, Hermione percebeu do que Rony estava falando. Não poderia ser. Era bom demais para ser verdade. Mesmo assim, a garota se permitiu ter um pouco de esperança - Rony, não vai me dizer que você achou o meu diário?

- Eu achei o seu diário! Bem, pelo menos o que sobrou dele. - Rony finalmente admitiu, seu sorriso diminuindo um pouco.

Hermione não conseguia parar de sorrir. Aquilo era bom demais para ser verdade. Depois ter quase três dias de desespero, o pesadelo finalmente acabava. "Espera um pouco..."

- O que você quer dizer com "o que sobrou dele"? - Hermione indagou, desconfiada.

- Bem, eu encontrei o diário perto da cabana do Hagrid. – Rony parecia um pouco apreensivo agora, sua voz fraquejando e o sorriso murchando. – Parece que o Canino gosta muito de livros...

Sem dizer mais nada, Rony se dirigiu a uma das poltronas da sala comunal e despejou os restos do que, um dia, tinha sido um diário. O ruivo não se atrevia a olhar para Hermione.

“Ela deve estar uma fera” pensou encarando a lareira. Por que ele não tinha procurado pelo livro na cabana do Hagrid antes? Ele devia ter estado lá esse tempo todo. Talvez, se ele tivesse sido encontrado antes, o diário não estivesse completamente destruído agora. Rony estava tão perdido em seus próprios pensamentos que demorou pelo menos 30 segundos para assimilar que Hermione estava sorrindo para ele.

- Isso é... Perfeito! Perfeito! Rony, me lembre de comprar biscoitos para o Canino na próxima vez que formos para Hogsmeade. – a garota falava, sorrindo de orelha a orelha.

- Hermione, você está bem? – Rony não podia deixar de considerar a possibilidade de que a destruição do diário tivesse sido algo traumático demais para Hermione e que esta tivesse enlouquecido de vez.

- Eu estou ótima! Nunca estive melhor, graças a você! Na verdade, graças ao Canino! – Hermione parecia ignorar o olhar exasperado que recebia de Rony. – Eu nunca mais vou ter um diário!

Dizendo isso, jogou os restos do diário na lareira.

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Todos os dias de prova em Hogwarts eram iguais. Era possível ver alunos comparando anotações, alguns roendo as unhas nervosamente e outros, como Neville Longbottom, tentando aprender o máximo que podem na última hora, frequentemente fazendo perguntas a Hermione em um ritmo frenético. Tudo isso à mesa do café da manhã, no Salão Principal.

O dia da prova de História da Magia apresentava o mesmo cenário. Exceto que, desta vez, ao invés de estar ajudando Neville, Hermione estava comparando anotações com seus colegas e, se aquilo era possível, parecia mais nervosa do que Neville, que parecia decididamente perdido sem a ajuda de Hermione.

- Eu me dei muito mal na última prova! Tenho que me recuperar hoje! – Hermione dizia sem parar, mesmo que ninguém lhe desse ouvidos.

- Mas você tirou nota 9 de 10! – Rony exclamou, indignado.

- Nem tenta. – Harry disse – Eu já disse isso pra ela pelo menos umas dez vezes. Você conhece a Mione...

Um mês e meio havia se passado desde que Rony encontrara o diário de Hermione. Nesse tempo, a garota tinha voltado a ser o que era antes da perda do diário, com a única diferença de que, agora, ela era muito mais carinhosa com Canino, para a surpresa de Hagrid.

Hermione tinha voltado a se preocupar apenas com os estudos. Na verdade, ela estava tão concentrada fazendo isso naquela manhã que literalmente pulou da cadeira de susto quando uma coruja que circulava o Salão há alguns segundos deixou uma carta cair na frente dela na mesa de café da manhã.

Hermione pegou o envelope à sua frente e examinou-o cuidadosamente, sob os olhares curiosos de Harry e Rony. A única coisa escrita no envelope era "Para Hermione", escrito com uma letra caprichosa e rebuscada que Hermione não identificava como sendo de ninguém que ela conhecia.

- O que é isso? - Harry perguntou, enfim cedendo à curiosidade.

- É uma carta. - Hermione respondeu, sem tirar os olhos do envelope.

- Nós sabemos que é uma carta! Quem enviou? - dessa vez foi Rony quem perguntou.

- Não faço idéia, não tem remetente. - Hermione finalmente desviou o olhar do envelope para fitar Rony.

- Isso é estranho. As únicas pessoas que você conhece que te mandariam uma carta pelo correio-coruja estão aqui. - Rony disse, indicando ele e Harry com um gesto.

- Não estão não! - Hermione disse, soando um pouco irritada.

- Ah é? Então me diz, quem mais te mandaria uma carta por coruja? - Rony cruzou os braços e desafiou Hermione com o olhar.

- Bem... tem a... A sua mãe! - Hermione disse, triunfante.

- Por que a minha mãe te mandaria uma carta?

- Mione, eu não sei se você deveria abrir esse envelope - Harry disse de repente, dando um susto nos dois amigos que estavam tão ocupados discutindo que tinham esquecido da presença dele. - Você se lembra da última vez que abriu uma carta sem remetente?

- Como eu poderia esquecer? Mas eu não acho que esse seja o caso, Harry. O envelope não parece estar muito cheio. Acho que é só uma carta.

- Então por que não tem remetente? - Harry não queria parecer pessimista mas, se tinha uma coisa que ele tinha aprendido desde que se descobriu um bruxo era que nunca se podia ser prevenido demais.

Hermione olhou de Harry para o envelope em suas mãos. Então, decidindo que o envelope parecia inofensivo, ela começou a abri-lo, ao que Harry fez um sinal de "é por sua conta e risco".

Dentro do envelope estavam algumas folhas. Nessas folhas havia anotações sobre História da Magia, todas escritas com a mesma letra caprichosa com a qual tinha sido escrito o nome no destinatário do envelope. Junto às folhas havia um pequeno bilhete com os dizeres "Espero que ajude. Boa Sorte!".

- É só isso? Anotações? Pra que esse mistério todo? - Rony estava visivelmente decepcionado.

- Não são só anotações. São as melhores anotações que eu já vi. A pessoa que fez isso não anotou só a que foi dito em aula. Quem quer que tenha sido, pesquisou bastante para montar isso.

A garota, então, começou a olhar em volta, procurando qualquer pessoa no Salão Principal que estivesse com uma atitude suspeita ou que estivesse olhando para ela. Sem achar nada de extraordinário, ela deu de ombros, voltou a sentar-se em sua cadeira e passou a ler as anotações recebidas, enquanto comia uma torrada. Harry e Rony se entreolharam, estupefatos, mas não fizeram ou disseram nada.

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Nas duas semanas que se seguiram, Hermione recebia, na manhã de cada prova, um envelope contendo anotações referentes àquela matéria. A grifinória tinha desistido de tentar descobrir quem era seu benfeitor secreto, mas aproveitava as anotações sempre que chegavam. Ela tinha considerado brevemente a idéia de mostrar uma das anotações a seus professores na esperança de que algum deles reconhecesse a letra nas anotações e nos envelopes. Ela acabou por descartar a idéia, imaginando que, quem quer que fosse a pessoa, acabaria mandando uma pista de quem era mais cedo ou mais tarde. Era interessante esperar pela próxima carta.

Hermione tinha tirado nota máxima em todas as provas que fizera desde que tinha começado a receber as cartas. Não que ela não conseguisse fazer isso sem as anotações que recebia, ele conseguia. A verdade é que Hermione simplesmente se sentia mais segura fazendo as provas sabendo que alguém se importava com ela o bastante para se dar ao trabalho de lhe enviar aquelas cartas todas as manhãs.

Isso não significava, é claro, que ela estava se dedicando menos aos estudos do que antes e se acomodado à idéia de receber as anotações. Pelo contrário, agora ela estudava mais do que nunca, principalmente para fazer valer à pena o trabalho de quem lhe mandava as anotações.

Por esse mesmo motivo, ela estava usando o máximo de sua concentração na aula de Poções, na qual teve que fazer dupla com ninguém menos do que Draco Malfoy. Já era a quarta vez naquele semestre que ela era obrigada a fazer dupla com o sonserino, será que Snape a odiava tanto assim?

Porém, para a surpresa de Hermione, Malfoy não tinha provocado ela, chamado-a de sangue-ruim ou mesmo olhado feio para a garota. O loiro se limitava a debater com Hermione sobre o melhor modo de preparar a poção. A cada palavra que dizia, Draco olhava para Hermione rapidamente, como se buscasse a aprovação da garota. Draco apenas seguia preparando a poção quando essa aprovação era explicitada por um aceno positivo de Hermione, o que surpreendia ainda mais a grifinória.

A poção deles foi a primeira a ficar pronta, como sempre acontecia quando os dois faziam dupla. Assim que terminaram, Draco se ofereceu para lavar os instrumentos utilizados na preparação. Assim que ele se levantou, Hermione olhou rapidamente para o pergaminho no qual Draco tinha copiado os ingredientes da poção.

Ela reconheceu instantaneamente aquela letra caprichosa e rebuscada.

Continua...

OK, OK, eu sei que eu devia ter atualizado essa fic há algum tempo, mas eu estive enrolada na escola, juro! Hoje mesmo eu tive prova de Química e Geometria! Terceiro ano realmente sucks! Porém... Mesmo estando completamente enrolada eu não iria deixar essa fic chegar ao ponto que chegou antes, de ficar um ano sem atualização.

Desculpas à parte, eu espero que tenham gostado desse capítulo. Acabou ficando meio curto, mas era pra ser assim mesmo. Esse cap. Foi mais sobre o lado da Hermione nessa história toda, no próximo eu vou mostrar mais o Draco.

Então é isso! Até!


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