Shadow Kiss por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

A gente esse é o penúltimo capítulo! Não sei se fico triste pelo fim da fic ou por Dimitri...
Mas como o próprio Dimitri falou "Os livros são uma boa maneira de manter a mente longe dos problemas", então já comecei a escrever o pov de Dimitri para outro livro da série.
Tomara que vcs gotem!
bjs



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Quando retornamos, muitos dos guardiões aguardados já tinham chegado. Ninguém pareceu sentir a nossa falta. Eu e Rose agimos normalmente como qualquer professor e aluna, sem deixar transparecer todo sentimento que estava em nós. Para mim, era algo difícil de ser feito, mas necessário por hora.

A sala de reuniões estava agitada. A hora de sairmos para o combate se aproximava e todos os postos estavam traçados. Nunca tínhamos ouvido falar de um enfrentamento destes, entre guardiões e Strigois. O máximo que tínhamos ciência era de histórias lendárias de grandes guerras épicas em um passado muito remoto. Guardiões andavam de um lado para o outro, impolvorosos não só por estarem vivenciando um fato histórico, como também pela sede de vingança que estava em todos.

Todas as estratégias da missão já estavam meticulosamente traçadas. Alguns guardiões ficariam guardando a Academia, mas a grande maioria partiria para as cavernas. Foram selecionados uns dez novatos para irem conosco, os melhores nas avaliações dos professores. Rose estava entre eles. Morois, usuários do fogo, também iriam.

Nós entraríamos na maior câmara da caverna, onde provavelmente os Strigois estavam escondidos. Quinze guardiões entrariam lá e dez ficariam de fora dando cobertura, caso algum fugisse. Eu estava entre os que entrariam, mas Rose estava entre os que ficariam do lado de fora, o que não deixou de ser um alívio para mim. Assim eu poderia lutar sem me preocupar tanto com ela e manter meu foco de destruir o máximo possível de Strigois.

Nós partimos, nos movendo muito rápido. Levaríamos quase uma hora para cobrir todo o percurso até a caverna, mas tínhamos luz do dia suficiente para ir, lutar e voltar. Enquanto caminhávamos, eu não resistia em olhar para Rose de tempo em tempo. Ela sempre retribuía o meu olhar e eu podia sentir uma ligação densa e forte entre nós. Era uma cumplicidade que eu nunca tive com ninguém e eu acreditava que jamais teria. Como eu queria que tudo aquilo já tivesse terminado e que pudéssemos seguir com os nossos planos, nossos sonhos.

Os guardiões falavam pouco, visivelmente concentrados na missão. Quando chegamos à entrada da caverna, o nosso grupo se dividiu. O grupo que entraria estava liderado por Stan e Alberta. Uma parte entrou e depois a outra, sempre seguidos pelos usuários do fogo. Nós teríamos o elemento surpresa, mas não por muito tempo. Assim que percebessem o ataque, os Strigois dariam o alerta um para os outros. Rose ficou lá do lado de fora, junto com os demais designados para aquele posto, liderados por Emil. E eu entrei na caverna.

Todos os meus sentidos dhampir entraram em ação. Nada me passava despercebido. Eu segurava fortemente minha estaca com os olhos atentos a tudo. Não demorou até encontrarmos o primeiro grupo de Strigois. Não eram muitos, mas era mais do que acostumávamos a ver juntos. Com eles estavam alguns dos nossos prisioneiros. Imediatamente, entrei no meu modo combate, sentindo todo o meu corpo reagir aquela luta. Os Strigois sempre vinham primeiro na minha direção, por julgarem que eu era o pior inimigo. Como estávamos em maior número, conseguimos vencer aqueles, não de forma fácil, mas de forma rápida. Aos poucos, fomos libertando cada prisioneiro e mandando que eles corressem para fora da caverna. A cada minuto, novos bandos de Strigois apareciam. E como eram muitos.

A participação dos Morois usuários do fogo foi fundamental e de extrema valia naquele combate. Eles nos davam aos Strigois a distração que precisávamos na hora do ataque ou contrataque. Eu pude perceber que aquilo surpreendeu até os próprios Strigois. Eles nunca esperariam ver Morois lutando contra eles.

Mesmo assim, à medida que entrávamos na caverna, a quantidade de Strigois nos surpreendia. A escuridão estava contra nós, o que tornava tudo mais difícil. Não tínhamos tempo se quer para respirar, com a sucessão de ataques. Alberta enviou uma mensagem pelo rádio para que os guardiões que estavam na entrada fossem para dentro, nos dar reforço. Eu senti meu corpo ficar ainda mais tenso. Rose entraria na caverna e minha preocupação cresceu.

Logo, escutei um grande barulho. Os Strigois tinham bloqueado uma das passagens derrubando pedras, na esperança de nos prender ali dentro. Mas nós tínhamos mapeado bem o lugar, então contávamos com outras saídas, menores, é claro, mas eram uma opção. Mas para chegarmos até elas, teríamos que acabar com cerca de doze Strigois que nos cercaram, já que a passagem para a outra câmara era bem estreita. Eu, Alberta e mais cinco guardiões começamos a lutar contra eles e conseguimos matar dois. Mas ainda restavam dez Strigois. Era um número bastante desfavorável. Não existiam usuários do fogo conosco, o que deixava o cenário ainda pior. Paracia um pesadelo daqueles que a gente não consegue acordar. Pela minha visão periférica, vi Rose e Stephen se juntarem a nós, na luta. Eu teria a mandado sair dali se tudo não tivesse se tornado tão caótico. Mas eu tive que reconhecer que a entrada deles na briga tinha dado um reforço a mais. Rose era rápida e letal. Logo, o número e Strigois começou a diminuir, o que tornou tudo mais fácil. Ou bem, não tão difícil. O espaço para luta era mínimo e vez por outra, acabávamos batendo um nos outros. Quando só restavam dois Strigois, Alberta fez sinal para que os outros começassem a sair, enquanto eu e ela permanecemos lutando contra o último. Eu ainda pude ouvir a voz de Stephen.

“Rose, eles estão mortos. Parece que tem mais Strigois bloqueando a saída aqui. Vamos terminar com eles, antes do sol se por.”

Quando passei para a outra câmara, pude olhar aliviado para Rose por termos escapado daquela etapa. Tudo parecia tão irreversível, mas tínhamos conseguido derrubar um grande número e Strigois. Ela também me olhou com um breve alívio que não durou muito tempo. Logo estávamos em combate novamente. Corremos por um longo túnel, próximo à saída para encontramos o restante do nosso grupo e não demorou para nos depararmos com eles lutando contra mais Strigois. Nós avistamos Janine que se esforçava para vencer três Strigois. Com a nossa ajuda, a luta se terminou logo.

“Já acabou por este grupo. Mas parece que tem mais aqui do que pensamos. Acho que eles deixaram alguns para trás e foram atacar a escola. O resto do nosso pessoal – que sobreviveu – já saiu.”

“Tem outras sessões na caverna” Alberta falou “Pode ter Strigois escondidos lá.”

“Sim, pode ter.” Janine concordou “alguns sabem que estão vencidos e então, vão só esperar nós sairmos para escapar. Outros poderão vir atrás de nós.”

“O que vamos fazer?” perguntou Stephen “Vamos matá-los? Ou vamos nos retirar?”

Todos olharam para Alberta. Ela tinha que dar uma difícil resposta de forma rápida e certeira. Ela hesitou por poucos segundos. Mas quando falou novamente, era extremamente decidida.

“Nós vamos nos retirar. Pegamos o máximo que podíamos e o sol já está se pondo. Precisamos voltar para dentro das wards.”

Nós começamos a nos mover rapidamente para a saída, Rose caminhava ao meu lado, nossas respirações eram ofegantes. E eu estava aliviado por tudo já estar quase acabado e estarmos bem.

“Eddie saiu?” ela me perguntou.

“Sim. Tivermos praticamente que o obrigar a sair. Ele queria ficar para lutar.”

“Eu lembro desta curva.” Falou Janine “não estamos longe, logo veremos a luz do dia.”

Nós estávamos tão cientes da nossa vitória, que não percebemos quando sete Strigois pularam à nossa frente, nos pegando totalmente de surpresa.


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