Dear Love escrita por Satsu Neko


Capítulo 8
Capítulo 8




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Depois da briga, fomos para as salas. Maya era da mesma sala de Sany. Admito que fiquei com um pouco de medo daquela discurção ridícula.  Mas sabia que iríamos vencê-las, e o melhor, vencê-las juntas. O Sinal do intervalo tocou. Sai da sala e fui para o ‘nosso’ cantinho, era onde normalmente passávamos todos os nossos intervalos.  Não demorou muito tempo para Sany e Maya chegarem, mas admito que fiquei meio impaciente. Por mais que eu soubesse que aquela foi uma discursão ridícula e sem propósito, fiquei com medo de que talvez elas tentassem ameaçar Sany.  Mas tinha a tranqüilidade e a certeza de que com Maya perto, isso não aconteceria.

- Yunna! – Sany veio em minha direção e me abraçou.

- Sany. – Sorri tentando disfarçar um pouco de minha preocupação, afinal, eu não sabia nem o porquê de estar preocupada. – Como foi sua primeira aula Maya?

Ela sorriu e coçou a cabeça.

- Foi... Vamos dizer, até que boa.

- Ela nem assistiu a aula direito, ficou o tempo todo dormindo. – Sany fez uma careta ao falar isso.

Rimos.

- Acho que os professores não tiveram uma primeira impressão muito agradável sobre você, não é Maya? – Comentei.

- Um dia eles iam descobrir. – Ela mostrou a língua.

Nos sentamos nos bancos de pedra e ficamos conversando o intervalo inteiro. Até que infelizmente, o sinal soou.

Fomos para nossas salas. Felizmente tivemos a sorte de não encontrar aquele grupo de patricinhas filhinhas-de-papai no caminho para as nossas respectivas salas.

O resto da aula foi normal... A mesma chatice de sempre. Mas que me obrigava a ter o esforço de prestar atenção. Minhas notas haviam caído um pouco, admito. Mas fiz o possível para fazê-las aumentarem novamente. Não queria que minha mãe achasse que o motivo das notas baixas fossem Sany. Afinal, passava todo meu tempo livre com ela. O que não me arrependo nem um pouco de fazer. Mas não quero que ela se sinta culpada também. Sei que ficaria magoada se soubesse que minhas notas caíram muito... Por isso durante a aula tentava ficar o tempo todo concentrada, para que não precisasse estudar em casa. Isso é um bom método para passar mais tempo com ela.

Finalmente acabou a aula. Sai da sala e caminhei até o portão principal, e ali fiquei, observado as árvores de Sakura se balançando com o vento. Até que Sany e Maya chegaram. Felizmente não tivemos que agüentar aquele grupinho ridículo fazendo ameaças otárias para tentar acabar com a nossa felicidade. E com certeza, eu não deixaria isso acontecer...
- Maya, nós vamos para minha casa hoje. Quer vir também? – Disse Sany com um sorriso no rosto.
- MAIS É CLARO QUE EU QUERO! – Os olhos de Maya brilharam como se ela tivesse ganhado na loteria.
 

Nós rimos e seguimos para a casa de Sany. Tudo parecia ter voltado ao normal. Nós nos divertimos muito na volta para casa, se é que eu já posso chamar de minha casa. Com Maya fazendo suas brincadeiras e piadas. Finalmente chegamos na estação da casa de Sany.
Descemos do trem e fomos andando para a casa dela. Incrivelmente, o céu estava claro, mesmo que o clima ainda estivesse ameno. Mais cedo o céu estava incrivelmente nublado. Não tive a impressão de que o tempo iria virar tão rápido.
- Vamos passar primeiro em algum supermercado. Acho que não tem lanche em casa... – Disse Sany enquanto parava subitamente de caminhar.

- Então vamos, o supermercado está no caminho ainda... 

- Vamos! – Disse Maya com animação.

Então seguimos para o supermercado. Compramos alguma comida e fomos para a casa de Sany. Já estava na hora do almoço, e meu estomago estava gritando por comida.

O supermercado não era muito longe da casa de Sany, então não demoramos muito para chegarmos lá.

Chegando lá, a comida já estava pronta. Para minha felicidade. Logo sentamos e comemos, demoramos bastante por causa da conversa, e piadas seguidas de risos. Mas o dia estava muito divertido. Acho que graças a Maya. Ela é bem agitada e engraçada. Era disso que precisávamos para nossos dias ficarem mais felizes, eu presumo.

Depois do almoço, que estava uma delícia. A mãe de Sany era uma cozinheira de mão cheia.  Fomos para o quarto de Sany. Ficamos lá vendo televisão e conversando durante duas horas.

- Já cansei de ver televisão. Não querem sair pra fazer alguma coisa? – Disse Maya, com uma incrível cara de tédio.

- Pode ser. – Respondi.

- Claro! Mais vamos fazer o que? – Perguntou Sany.

- Podemos ir ao shopping. – Sugeri.

- Claro! – Parece divertido.  

Nos arrumamos, e seguimos para a estação. O trem não demorou muito para chegar.  Chegamos logo no shopping.  

- Tá, o que vamos fazer agora? – Perguntou Sany.

- Não sei...

- Vamos no parque?? – Perguntou Maya eufórica com a idéia.

Nós rimos. E seguimos para o parque.

- Sany, porque você não vai comprando os passaportes? – Sugeri.

- Claro! – Sany sorriu.

Puxei Maya para longe, onde Sany não nos ouviria.

- Quero comprar um presente para Sany, será que você pode distraí-la?

- Posso sim, claro! – Maya deu uma piscadinha para mim. Então eu me apressei para ir para uma joalheria.  Não demorei muito, já tinha em mente meu presente.
Estávamos juntas há quase um mês. E eu queria dar um presente que simbolizasse nossa união.  

A mais ou menos um mês atrás, minha vida mudou. Desde que eu a conheci, nada mais me atinge. Tenho me sentido muito mais forte. Não tenho mais me sentido solitário, graças a Sany. Tenho sido feliz, pela primeira vez na vida.

Quando voltei, elas já tinham comprado os passaportes. Entramos no parque e ficamos perdidas, diante de tantos brinquedos. Vi então, um lugar que seria perfeito para entregar a Sany meu presente. A roda gigante. O sol estava quase se pondo. Então resolvi chamá-las para ir em outro brinquedo antes. Fomos no twister.
Depois que saímos, achei que já era uma boa hora para irmos à roda gigante. A puxei para a fila. E dei uma piscada discreta para Maya.

- Er... Vou comer alguma coisa. Me encontrem depois na fila da montanha russa! – Disse Maya já se distanciando.

Ficamos na fila, abraçadas. Até que chegou nossa vez. Não demorou muito. Não sei se era porque estava abraçada com ela. Ou porque realmente não demorou. Entramos então. 

Demorou um pouco para chegarmos ao topo da roda. Mas a visão de lá, era linda. O céu estava laranja, e o sol, quase não aparecia. Hora perfeita!

- Sany...

- Eu.

Abri uma sacolinha, e tirei de lá uma caixinha vermelha em formato de coração com uma fita preta e um laçinho.

- É pra você. – Eu estendi a caixa para ela. E a olhei.

Ela olhava para a caixa com lágrimas nos olhos. Estava emocionada, eu acho. Pelo menos, eu estaria no lugar dela.

- Yunna, meu deus! Não precisava comprar um presente pra mim.

- Eu quis Sany. Abra e veja o que é...

Ela pegou a caixa. Suas mãos estavam trêmulas, parecia nervosa. E a abriu, devagar.

Dentro havia dois colares. Os dois tinham metade de um coração, que juntos, se completavam.

Ela os olhou, e começou a chorar. Eu a abracei e acariciei sua face.

- Isso é para nós Sany. Porque só junto de você eu estou completa...

- Meu deus Yunna... – Ela chorava muito. - Eu também só estou completa com você, meu amor!

- Você é minha vida Sany. – Eu ergui seu queixo, para que seus lábios estivessem no alcance dos meus. Então eu lhe dei um beijo. Depois de nos separarmos, peguei um dos colares, e coloquei em seu pescoço. Ela fez o mesmo comigo.

E ali ficamos, abraçadas. Trocando caricias. Esse dia foi realmente perfeito. Tão perfeito quanto todos os outros dias que passei ao lado dela.

Dias como esse, se repetirão muito, meu amor.


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Notas finais do capítulo

Reviews? '.'



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