Olá meu nome é Yunna, tenho 15 anos.
Era uma sexta feira, estava eu caminhando para a escola como fazia todos os dias, sempre sozinha. Durante quatro longos anos, naquela escola onde eu felizmente não era vista, que ficava em uma rua inclinada. O dia estava com uma rala neblina, pude ver ao longe uma garota bonita de cabelos pretos que voavam junto ao vento. Estava na porta da escola, provavelmente esperando o portão abrir. Eu sempre chegava naquele lugar muito cedo, quando ainda ninguém havia chegado. Era a primeira vez que via alguém no portão aquela hora, naturalmente séria uma novata.

Passei devagar pela frente dela, nós duas nos olhamos ela estava encolhida no chão ao lado do portão.

- O portão só abre daqui meia hora garota. – disse a encarando.

- Mesmo? – Fez uma cara de tristeza – Na minha outra escola o portão abria mais cedo, mais porque está aqui a essa hora então?

- Sempre chego antes de todos.

- E, você fica esperando o portão abrir?

- Não, vou para o galpão de onde eu tenho a chave.

- Posso ficar esperando lá com você?

- Pode. – Desviei o olhar rapidamente e comecei a andar em direção ao galpão.

Chegando lá, abri a porta e me sentei em uma das muitas caixas que aviam ali, e vi aquela garota me olhando, aparentemente confusa.

- Não vai sentar?

- Ha... Haii! – Ela se sentou – Vo... você estuda aqui a quanto tempo?

- A 4 anos.

- Nossa!

- Como você chama – A olhei.

- Sanny, e você?

- Yunna.

- Nome bonito! – Ela sorriu graciosamente, e no momento que a olhei me vi encantada com aquela garota, e corei um pouco, nunca senti isso antes, oque será?

Ficamos conversando lá por um pouco mais de meia hora, naqueles minutos não consegui olhá-la novamente.

- Acho melhor nós já irmos para o colégio.

- Haii – Ela sorriu de novo e naquele momento a olhei acidentemente.

Nós fomos para as salas e nos dirigimos para nossas respectivas salas, ela era do 9º ano, e provavelmente não conseguiria vê-la durante o intervalo. E durante a aula fiquei pensando no que poderia ser aquilo que senti quando a vi sorrindo.

Quando bateu o sinal, fui embora como todos os dias iria, sozinha, quando olhei para o céu, a neblina avia sumido e um lindo sol estava lá.

- Na previsão não disse que haveria sol hoje.

Continuei a caminhar e quando cheguei no portão senti alguma coisa se pendurando sobre mim, era Sanny.

- Oláá! - corei

- O... olá.

- Posso te acompanhar??

- Pode sim, mas vai pra onde?

- Vou para a estação, e você?

- Também, mas gosto de ir pelo caminho mais longo, tem certeza que quer ir comigo?

- Hai haiii!

Fomos conversando durante todo o caminho. Nunca tinha sido tão bem recebida assim por alguém antes, isso realmente mecheu comigo.