Pets escrita por Kin-chan


Capítulo 3
2.Será que meu professor é um pedófilo?


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei ah trazer pois minha revisora sumiu e está sendo meio difícil organizar as minhas ideias ultimamente.
Boa leitura.



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— Alice leia o capitulo três para sala, por favor.
Eu resmunguei alguma coisa, mas nada que desse pra entender enquanto eu erguia a cabeça pra olhar para o professor, levantei-me e olhei rápido de relance para a carteira ao lado da minha folheando rápido o meu livro até chegar ao capitulo três.

— " ... O homem de terno escuro atravessou ao salão com os olhos em brasa, não bastou muito mais que isso para que o outro com vestes baratas levantasse-se de sua cadeira e os dois começassem a discutir. A balburdia logo tomou conta do salão e não se ouvia nada alem de palavras de baixo calão, não muito longe dali em um quarto do bordel, Annabeth soltava as pregas de seu vestido, um pouco acatada era assim que se fazia para ganhar os clientes...".

— Obrigado, Alice, pode sentar-se.
Foi o que eu fiz. Era mais um dia extremamente chato como todos os outros deveriam ser, aquele filho da mãe tinha me acordado agora eu nem ia conseguir mais dormir, sempre tive problemas com insônia era difícil conseguir pegar no sono e mesmo assim acordava muito fácil e simplesmente era quase impossível fazer isso a noite.
Já que não poderia fazer o que precisava comecei a olhar meus desconhecidos de sala, algumas garotas matraqueavam na fileira ao lado da porta, na frente garotas de quadro olhos e umas outras de saia curta olhavam fixamente pra o professor, a única diferença era que umas queriam os conhecimentos dele e as outras uma coisa um pouco mais para baixo, nas ultimas carteiras se aglomeravam os meninos menos empenhados em seus estudos. Nunca conseguiria guardar em minha mente o rosto de cada um deles, muito menos os seus nomes e talvez eles pensem o mesmo de mim. Porem enquanto fazia este processo inútil, percebi que grandes olhos castanhos avermelhados, para não dizer de todo vermelho, me fitavam quase como se fosse fazer um buraco através de mim.
Era um garoto, por assim se dizer, com face arredondada, mas não rechonchuda, parecia algo meio afeminado e seus cabelos eram curtos e, veja só, brancos, não digo loiro quase branco, e sim branco, branco com um brilho prateado, mas tirando isso ele se sentava na fila ao lado da minha a uma carteira na frente e me olhava com o corpo completamente virado para trás. Como raios o professor não fazia nada?
O sinal tocou e com ele todos os alunos se levantaram deixando suas carteiras. Levantei-me rápido para tentar ir atrás dele, mas ele já tinha ido, voltei para a sala vendo meu professor sentado na mesa forrada de papeis, bem não custa nada perguntar.
— Com licença, professor, mas o senhor poderia me dizer quem era o garoto que estava virão me encarando?
— É aluno que chegou hoje, o apresentei na frente da sala, você não ouviu?
— Me desculpe professor eu deveria estar dormindo. O senhor poderia me dizer o nome dele e algo que saiba sobre ele?
— Certo, certo, eu sei como é, também não consigo me acostumar a dormir a noite bem isso não importa muito. Se nome é Dorian Witheshop, ele mora perto da minha casa, mas é melhor você não ir lá por enquanto
— Professor...
— Não precisa me chamar de professor, pode me chamar por Yuu. Só não faça isso na frente da sala, elas podem te matar, são piores do que a minha família quando ficam quase um mês sem comer isso não importa. Mas você dorme a maior parte do tempo então não tem com que se preocupar.
— Profe... Yuu a sua família deve ser estranha.
Ele sorriu, entendi agora o porque das meninas de saia curta comendo ele com os olhos. Tinha os olhos cor de mel profundo, e o cabelo era algo entre a cor dos olhos e um ruivo queimado, meio longos como se dificilmente fossem cortados ou penteados e modo decente. Como contratavam um professor assim? Eu não ia dar em cima do Professor, isso é nojento. De qualquer forma ele é um cara bem estranho.
— Minha família não é estranha, pelo menos não para nós, eu acho... -  ele parou de falar enviando os dedos no meio do cabelo  - Bem, eu vou te levar para sua casa, já está ficando tarde e sua mãe deve estar preocupada.
— Nós nem conversamos dez minutos direito, não está ficando tarde, e minha mãe não vai se preocupar.
— Ah, não? - O que você é professor? Algum tipo de pedófilo? -  Eu não ia te mostrar onde o coelho mora mesmo...
— Coelho?
— Que coelho? Eu disse coelho? Quis dizer Dorian.
— Sei... Deixa para lá Professor Yuu, eu falo com ele amanhã.
Nunca tinha reparado que me professor era estranho assim, tanto faz, melhor eu tomar o caminho de casa antes que esse louco queira me agarrar. Como se ele pudesse.
— Como vai seu pai? - foi o que ele perguntou quando eu estava na porta.
— Não tenho um, professor.
Sai batendo a porta pra dizer que me magoei com a pergunta. Na verdade eu não tenho um sentimento certo sobre esse fato de eu ter ou não um pai, mal tenho uma mãe, como se isso fosse fazer diferença na minha vida, eu posso ter tudo o que eu quero, basta fazer uns pequenos empréstimos e depois cobrar mais caro dizendo que são os juros, jogar também é bem fácil de se conseguir uma grana, do resto eu tenho minha tia para me arrumar. Apesar dela me odiar e cuidar de mim só por ostentação.
Quando virava no ultimo corredor para chegar à porta principal, ouvi uma voz chamar pelo meu nome e pedir que esperasse. Com a minha leve experiência de vida, sabia que isso era tudo que eu não poderia fazer, mas lá não tinha uma multidão para que eu possa me esconder do perseguidor, nem um buraco que possa me enfiar, só me restava ignorá-lo. Tarde demais. Uma mão segurou meu ombro me parando e obrigando com que eu me virasse, fiz isto recuando dois passos.
— Com certeza não é um cachorro - O que raios ele quis dizer me chamando de cachorro? - Bem, isso não importa para...
— É obvio que eu não sou um cachorro. E se continuar a me seguir vou falar com a direção!
Ele riu sem graça enquanto coçava a cabeça.
— Desculpe, eu não queria que isso parecesse um assedio. -  Quem ele quer enganar? - Bem, mas você queria saber sobre o coelho, não é?
— Você chamou o Dorian de coelho de novo
— Chamei? - acenei que sim com a cabeça - Sabe o que é - Não, não sei e pare de tentar me enrolar -  Ele sempre pareceu um coelhinho para mim. Não acha?
— Talvez um pouco. Certo, então vamos, professor.
— Vamos e pare de me chamar de professor me dá arrepios.  - Começamos a andar para fora do prédio, com ele me guiando.
— Se te dá arrepios por que estão resolveu ser professor?
— Ah! É uma historia emocionante! - Duvido -  Quando eu estava no segundo ano do colegial eu estava andando pela rua pesando que logo eu precisaria escolher uma faculdade e arrumar um emprego, foi quando eu estava pela altura de um parque onde vi um grupo de crianças do fundamental em circulo gritando, no centro havia uma menina um pouco ruiva e um garoto com os cabelos espetados brigando, vendo aquilo eu achei formidável, pensei que ser professor deve ser ótimo se todos os alunos forem assim cheios de energia então resolvi me tornar professor e descobri que é um pé no saco e os alunos não são assim principalmente algumas alunas que só dormem e não prestam atenção...
— Mas tira uma das melhores notas da sala!
— Certo, certo você venceu vou deixar dormir nas minhas aulas.
Ele pode ser tudo menos professor, nós continuamos conversando enquanto andávamos, cabei descobrindo que me professor era praticamente um adolescente como eu, que não conseguia dormir a noite e passava o tempo treinando lutas corporais, o que condizia com o seu físico, quando perguntei o quando ele dormia me respondeu que em qualquer momento que não seja noturno nem no período que dá aulas.
Quando chegamos à orla de uma floresta, eu pensei comigo "droga estava na cara que ele era um pervertido" ele me levou até o começo de uma estrada de terra batida.
— Espere aqui eu já volto.
— Por que não posso ir com você?
— Uma porque você pensa que eu vou te atacar no meio do caminho, duas porque a minha família mora de um lado da estrada e ela é um pouco problemática e do outro lado é a família do Dorian que é muito grande e bagunçada. Se alguém perguntar enquanto eu estiver longe de você diga: um gato grande me trouxe aqui. Bye bye.
Ele está se gabando muito e o que ele está pensando em me deixar sozinha aqui?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^