A Deusa do Medo escrita por Ana e Mah


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Ana Falando
sem nada para fala
aaaaaaaah leiam porra!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151601/chapter/38

Uma onda de alívio invadiu mri corpo quando vi os olhos de Charles se abrindo vagarosamente. Ele estava vivo.
Eu e Kathy o abraçamos. As lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto. Não conseguia imaginar o que seria de minha vida sem Charles.
Disse a ele tudo que havíamos feito para acordá-lo, todo o desespero que havia sentido ao ver que não sentia sua pulsação.
– Acho que ainda não se livraram de mim, ein? - brincou Charles.
Dei uma risadinha e Kathy me acompanhou.
– Onde estamos? - perguntou meu irmão.
– Em Halifax, mais precisamente em um quarto de hotel - respondeu Luke - Há um porto há alguns metros daqui.
Charles assentiu e se levantou rapidamente.
– Então o que estamos esperando? O mundo está prestes a acabar vamos logo para esse porto!
– Tem razão! - concordou Kathy - Vamos lá!
Saímos clandestinamente do hotel, pois não tínhamos dinheiro para pagar o aluguel do quarto, e fomos caminhando em direção ao porto.
– Charles... De noite, você falava coisas estranhas... Com o que estava sonhando? - perguntei.
Ele hesitou por um momento majs em seguoda respondeu:
– Sonhei com Circe - ele hesitou novamente - Ela disse que vem me observando desde que me deu "poderes", seja lá o que isso signifique. Depois ela me mostrou algumas cenas da nossa viagem - ele revirou os olhos meio envergonhando - Quando Kathy me beijou no Cassino e depois quando Bia me beijou... Bem, ela não gostou muito dessa última... Disse que eu estava me tornando igual aos homens comuns...
Kathy soltou uma risadinha.
Charles virou-se para ela.
– Continue - disse a garota tenando segurar o riso.
– Circe disse que se eu continuasse assim, perderia meus poderes - continuou Charles.
– Quando ela diz "poderes" ela está se referindo ao que você fez com o vendedor lá no terminal de Fredie Ricton? - perguntou Luke.
– Eu não sei, ela disse apenas para eu "ouvir meu coração". - respondeu meu irmão imitando a voz da feiticeira.
– Ela disse maus alguma coisa? Sobre algum de nós ou sobre nossa missão? - perguntei.
– Sim - ele virou-se para Luke. - Ela falou de você.
– De mim?! - espantou-se Luke.
– Sim. Disse que você é um herói - Luke suspirou aliviado - Mas disse para tomarmos cuidado, pois você adora brincadeiras, qualquer tipo de brincadeiras...
Luke revirou os olhos e depois desviou o assunto.
E assim fomos, conversando e galando besteiras atê chegarmos ao porto.
– E agora? - perguntou Charles observando os barcos ancorados - Nenhum dos barcos é adequado para nos levar até o norte. Sem contar que não temos comida e nem suprimentos para a viagem.
– Tem razão - disse Kathy - Esses barquinhos de madeira não aguentariam até o Norte. O único barco que seria pelo menos sensato viajarmos é aquele navio enorme ali, mas acho que seria meio impossível roubá-lo.
– Talvez não precisemos roubá-lo exatente... - disse Luke pensativo.
– Como assim? - perguntei.
– Esperem aí - disse ele corendo em direção a um homem que trajava fardas de marinheiro, á alguns metros de distancia de nós. 
Ele parou o homem e os dois começaram a conversar, conversa da qual não conseguíamos ouvir daquela distância. Então Luke agradeceu ao homem e em seguida correu em nossa direção novamente.
– O moço disse que aquele Navio vai cruzar toda a costa norte da Europa - informou ele - poderíamos pegar uma carona até a Dinamarca.
– Ótimo - concordei - mas tem um pequeno detalhe: NÓS NÃO TEMOS DINHEIRO PRA EMBARCAR EM UM CRUZEIRO!!
– Eu disse que poderíamo pegar carona, não que iríamos pagar as passagens - retrucou Luke abrindo seu sorriso malicioso irresistível.
Charles sorriu.
Kathy sorriu.
Eu sorri.
– O navio parte daqui três horas - disse Luke.
Sentamos em um banquinho de madeira e começamks a conversar sobre assuntos incrivelmente bestas enquanto esperávamos.
Quando deram as três horas de espera, e as pessoas já começavam a embarcar, fomos caminhando em direção á entrada do navio.
– Luke, segure minha mão, Charles, segure a mão de Luke e Kathy, segure a mão de Charles - falei - Vamos desapareer em meio a multidão. Literalmente.
Eu nos deixei invisíveis e nós nos misturamos a multidão que entrava no cruzeiro, conseguindo assim, entrar sem sermos vistos.
Fomos adentrando o navio, tomando o maior cuidado para não fazer nenhum barulho, pois qualquer ruído poderia nos denunciar. E acredite quando digo que atravessar o salão do navio, tendo que desviar de todas aquelas pessoas que andavam feito loucas para lá e para cá com suas malas, e ainda por cima sen produzir um ruído sequer, não é nada fácil.
Precisávamos arranjar um lugar para nos esconder até que o tumulto passasse. O primeiro ligar que avistei foi o banheiro feminino.
Fui guiando Kathy, Charles e Luke para dentro. Pude sentir a resistência dos dois garotos ao ver que entrávamos em um banheiro feminino, mas mesmo assim continuei puxando-os para dentro.
O banheiro parecia aparentemente vazio, por isso, soltei a mão de Luke, este soltou a mão de Charles, que por sua vez, soltou a mão de Kthy, fazendo nossa corrente de invisibilidade se quebrar e nossos corpos reaparecerem.
– Melhor nos escondermos em um dos boxes - sugeriu Kathy.
Concordei com a cabeça. 
– Ainda não acredito que estou me escondendo em um banheiro feminino - murmurou Charles.
Dei uma risadinha.
– Vamos lá - falei entrando no maior dos boxes, destinado aos cadeirantes. Kathy, Charles e Luke entraram logo em seguida. Fechei a porta.
Ficamos dentro do boxe sem dizer nada durante o que pareceram horas. Diversas vezes ouvimos o barulho dos sapatos de salto das mulheres que entravam e saiam do banheiro.
– Será que já podemos sair? - perguntei.
– Acho que sim - respondeu Charles abrindo a porta.
Ele ia saindo do boxe, mas de repente parou.
– Charles? O que aconteceu... - comecei a perguntar, mas então reparei en quem Charles estava encarando.
A garota de cabelos negros e lisos, com os lábios perfeitamente delineados. Bia.
– Charles?! - espantou-se Bia - O que está fazendo aqui?
– Bom, é uma história complicada, de como cheguei no navio, mas... - meu irmão começou a explicar.
– Não falo do navio! O que você faz no banheiro feminino?! Por acaso virou gay?! Isso seria uma perda e tanto... Mas explicaria o fato de você não ter ficado muito a vontade quando nos beijamos...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!