PVO Silena

    --- Sejam bem vindos à unidade de Fredie Ricton do Hotel-cassino Lótus! --- disse garçom que havia acabado de chegar para recolher nossos pratos do jantar.

   --- Hotel – Cassino Lótus... acho que já ouvi esse nome antes... --- comentei.

   --- Talvez já tenha ouvido, mas quem liga? --- disse Charles dando uma risadinha.

   --- Tenho certeza que os senhores vão querer brincar um pouco em nosso Cassino, por isso, aqui estão 4 cartões com o saldo infinito. Podem jogar a vontade com eles. Vamos peguem! --- disse o garçom nos oferecendo os cartões.

     --- Acho melhor não --- falei.

     --- Por que não? --- insistiu Charles --- Vai, por favor, Si, deixe a gente se divertir um pouco!

     --- Tah --- concordei, pegando um dos cartões.

     Kathy pegou na mão de Charles e juntos foram caminhando até a sala dos jogos.

      Sorri para Luke.

      Ele ajoelhou, pegou minha mão, a beijou e disse:

       --- Milady! Me concede essa honra de acompanhar-la?

       --- Claro!

       Sorrimos e corremos para a sala de jogos.

        Joguei que nem uma louca, acho que já tinha jogado mais ou menos uns dez jogos, até eu escutar uma coisa que me fez acordar para a realidade.

        --- Disseram que faria sol no dia 27! --- disse uma mulher à outra ao seu lado. As duas pareciam ter acabado de chegar no Cassino --- Ainda é maio, era para ser primavera, mas -13 graus C é muito!

          Caminhei até elas.

           --- Perdão senhoras, mas... que dia é hoje? --- perguntei.

           --- 27 de maio querida, por que? --- respondeu ela.

           --- Ah nada não --- disse meio sem graça.

           27 ? Como poderia ser dia 27? Havíamos entrado no Cassino dia 18! Não faziam nem 4 horas que estávamos ali!

           E então tudo fez sentido. Cassino Lótus. Havia ouvido aquele nome de uma das histórias de mamãe e papai. O lugar onde o tempo parece não passar. Precisava avisar os outros.

           Encontrei Luke jogando um jogo chamado “God of war” no X-Box.

            --- Luke vamos!

            --- Calma aí, to jogando.

            -- Luke, vamos agora! --- disse com mais firmeza.

             --- Espera, eu to matando um deus! --- disse ele ainda sem tirar os olhos da tela

              --- O que? Nesse jogo você mata deuses?

             --- Sim, deuses gregos.

             Dei um tapa em seu ombro. Nem mesmo com isso ele tirou os olhos do vídeo game.

             Gritei, esperniei, fiz o maior escândalo. E ele nem ao menos se virou para mim.

             Desisti.

             Já ia saindo quando encontrei Kathy. Ela correu até mim e me abraçou.

             --- Me ajude Si! Eu sei que lugar é aqui... O Cassino onde o tempo passa mais rápido. Precisamos sair daqui, antes que percamos Odin! O problema é que Charles não sai daquele jogo!

              --- Espere ai, eu tenho uma ideia --- falei.

              Fui até Luke e o empurrei da cadeira. Ele caiu e me fitou, confuso. Já ia voltar à jogar, mas eu me joguei em seus braços e o beijei.

               Ficamos assim por alguns minutos, eu teria ficado mais se não tivesse lembrado de Kathy.

               Afastei-o delicadamente e cochei em seu ouvido:

               --- Luke, este lugar é enfeitiçado. Temos que ir embora. Agora.

                Ele assentiu e se levantou.

                 Juntos, fomos ao encontro de Kathy, esta parecia desesperada.

                 --- O que vou fazer, Si? Não posso deixar meu Charles ai, mas também não consigo tirá-lo de lá...

                 --- Você realmente ama meu irmão? --- interrompi.

                 --- A-a-a-cho que sim --- respondeu ela meio sem jeito.

                 --- Então você sabe o que fazer.