-       Eu vou... Vou me tornar uma princesa. – disse seria – Meu pai queria que eu fosse uma princesa para honrar o que ele criou e fez crescer quero fazer melhor.

-       Isso é ótimo! – começou Charlotte.

-       Mas tenho condições. – informei respirando fundo – Serei eu mesma, nada de fingimento nem mentiras, a garota que esta na sua frente vai continuar gostando de rock, ter a banda e fazer o que quiser na minha vida, nada de parecer uma patricinha mimada, não uma Barbie de caixa pra ser perfeita.

-       Então o que esta disposta a fazer? – perguntou minha mãe.

-       Aceito ir embora, estudar os modos da realeza, e todas essas baboseiras de princesa. – reclamei fechando a cara – Mas uma coisa é certa não vou obedecer todas as regras.

-       Não esperava mesmo isso de você. – riu Charlotte – Seu pai nunca me obedeceu.

-       Então é melhor se acostumar que sou muito pior do que papai. – avisei subindo para meu quarto.

Depois do almoço terminei de me arrumar para ir ver os últimos preparativos da viajem, não estava com nenhum animo para arrumar as malas, e como tinham comentado no jantar não precisava levar muitas coisas, pois compraria tudo novo. Quem tem dinheiro pode! Com uma roupa leve para o dia ensolarado de Los Angeles, coloquei uma calça com tiras rasgadas, blusa de frente única preta com uma corrente costurada na parte da frente dando destaque ao decote V, salto alto com um laçinho de detalhe, óculos de sol, pulseiras variadas, brinco de gancho com pedras pretas, e um anel com uma pedra negra grande incrustada com pequenas pedrinhas prateadas, a bolsa de mão completava o look despojado.

(Look) http://4.bp.blogspot.com/-J6fId_FN1KE/TipXdgnPOKI/AAAAAAAAADc/fYVBUFCZAZw/s1600/14.jpg

Desci tentando parar com a droga da dor no peito que teimava em me deixar pra baixo, como diria isso para os gêmeos? Vai ser difícil, mas vou precisar partir, não vai sei para sempre, eu espero que não seja...

-       Onde está indo? – questionou alguém me assustando.

-       Filho da mãe! Assustou-me! – reclamei colocando a mão no coração.

-       Sua avó mandou observá-la. – disse Dorian sorrindo de mim – Onde está indo?

-       Não te interessa! – bufei caminhando para a saída.

-       Devo acompanhá-la então. – resmungou seguindo do meu lado.

-       Nem vem neném! – briguei encarando-o – Estou a caminho da minha escola, para pegar a transferência, então nem ouse querer me encher!

-       Acompanharei a senhorita, ordens da rainha. – sorriu abrindo a porta do carro pra mim.

-       Gentileza de um garanhão? – ri entrando e fechando a porta.

-       Educação todos tem. – comentou ligando o carro.

-       É bom saber. – sussurrei encostando a testa na janela.

O silencio seguiu durante a metade do trajeto pra escola, ate certo momento que liguei o som, e para minha surpresa uma das nossas musicas estava tocando, aumentei o volume rindo.

-       De quem é essa musica? – perguntou ele me encarando.

-       Minha musica! – ri ainda mais – É a minha banda!

-       Hum...

-       “Hum” o que? Fala! – reclamei fechando a cara.

-       Ate que cantam bem. – sorriu brincalhão.

-       Eu canto bem! – chiei brava – Canto muito mais que você!

-       Sei. – ironizou sorrindo.

-       Ouça bem, vou lhe contar um pouco sobre mim mesma

        Eu tenho um problema que ninguém mais pode resolver

        Só você, e o que você pode fazer por mim

        Eu tinha uma vida comum, joguei tudo pro ar

       Agora minha condição pode assustá-lo, preciso de você agora

       Nada de amor, mas eu preciso de algo mais...

Continuei a cantar sem me importar com seu olhar admirado, a musica me acalmava e nada nem ninguém conseguiria tirar isso de mim, mesmo que minha vida mude a musica vai seguir comigo, o sucesso vai me fazer brilhar não uma coroa superficial. Depois de pegar a transferência com a diretora que se surpreendeu com minha decisão, ora
ou outra Dorian puxava assunto, mas freqüentemente dirigia em silencio, um homem tão bonito do meu lado sem me dar bola, isso já era de mais pra mim, agüenta coração!

Já no Crush Bar, ele estacionou e infelizmente entrou comigo, achando que ia fugir de um lugar tão publico? O dono do bar estava como sempre um gato, e Deus me faça ter coragem pra recusar tanto charme! Carlos Wolk era extremamente charmoso, apesar de ter vinte e cinco anos herdara dos pais o bar ao qual cuidava mais do que seus outros bens, com um corpo extremamente malhado, barba por fazer, os olhos penetrantes e uma boca que da vontade de morder! Ui! Estou ate sem ar, só de olhar pra esse cara!

(Carlo) http://cam-gigandet.net/imgs/displayimage.php?pid=1017&fullsize=1

Carlo me olhou de cima a baixo me puxando logo para um abraço apertado com direito a beijo no pescoço, alem de gato era safado, assim que eu gosto! Olha que eu gamo! Afastei-me sorrindo quando Clara e Dark chegaram com duas garrafas nas mãos, já estavam enchendo a cara novamente, eles não prestam.

-       Ei Eva! O Carlo estava ensinando a gente a fazer caipirinhas! – riu Clara balançando a garrafa na mão – É tipo perfeito não aquelas ruins que o Dark tenta fazer.

-       Você bebe e não reclama! – contestou ele fechando a cara.

-       Porque é álcool! Eu sempre quero me embebedar não importa a bebida que tenha teor alcoólico já basta. – riu ela me abraçando – Então trouxe seu pingüim de guarda?

-       Foi o jeito, minha avó queria que ele ficasse de guarda, então... – dei de ombros pegando sua garrafa – Aposto que o Carlo vai me ensinar também não vai?

-       Claro. – sorriu sedutor – Colocarei as bebidas em suas mãos.

-       Que delicia! – seduzi sorrindo também.

-       Princesa. – chamou Dorian estragando minha sedução.

-       Diga. – reclamei encarando-o.

-       Preciso do formulário de transferência. – disse com a mão estendida.

-       Que formulário? – questionou Clara seria – Ó não! Você vai mesmo embora!

-       Agora não é assunto para isso. – sussurrei brava – Mais tarde conversamos.

-       Certo. – disseram sem animo.

-       Ei! Alegria! – puxei os dois para um abraço – Não façam essa cara! Eu ainda vou estar com vocês, só que a longa distancia.

-       Não é a mesma coisa você longe. – declarou Dark beijando minha testa – Nossa irmã vai partir.

-       Que coisa deprimente! Não quero pensar nisso agora, vamos curtir o tempo que temos juntos. – decidi rindo deles – Não façam essas caras meus amores, eu vou ser sempre a Eva que vocês estão vendo agora. Não é por causa de uma coroa que vou mudar drasticamente.

-       Você já esta mudando, pra longe de nós. – confessou Clara prestes a chorar.

-       Não fica assim! – sussurrei melancólica – Prometo que coloco os dois escondidos nas minhas malas! Afinal é só uma despedida de leve, não vou embora para sempre, Los Angeles é meu lar, e não vou abandonar vocês.

-       Eva! – chorou ela me abraçando apertado – Não vai não!

-       Preciso ir flor, mas não se preocupe. – ri tentando não chorar – Agora pare com isso! Não chore agora, espere eu ir.

-       Você vai fazer falta. – completou Dark sorrindo – Sabe que pode contar com nós sempre.

-       Claro que sei! Somos trigêmeos sempre, nunca vai acabar essa amizade, vocês são minha família. – confessei quase aos prantos – Agora parem com essa frescura, esta na hora de beber e encher a cara! Não é tempo de melancolia!

-       Concordo com ela... – disse Carlo sorrindo novamente – Aproveitem enquanto Eva esta aqui, e a melhor pedida é um Drier Martine bem caprichado que faço questão de ensinar para você Eva.

-       Com muito prazer Senhor Wolk, depois faço questão de te ensinar uma coisa – completei sedutora – Mas em particular.

-       Estou disposto a aprender. – riu ele já aos meus pés.