Say When escrita por JK2_Faberry


Capítulo 6
Finn's House Finn's Sister




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Rach: Você não vai acreditar no que eu fiz hj?

Lauren: o que? Desfilou na parada gay de Lima? Kkkk

Rach: haha muitoo engraçado, mas não. Ainda

Lauren: Então o que você fez de tão inacreditável?

Rach: Beijei minha melhor amiga.

Lauren: A Santana?

Rach: Siim, inacreditável ne?

Lauren: Super. Percebeu que você esperou 17 anos pra ficar com uma garota que vivia na sua casa?

Rach: Não tinha olhado por esse ângulo

Lauren: Pra mim parece que você perdeu ótimas possíveis noites de ménage com suas amigas kkkk

Rach: Droga! kkkkk... mas sabe ficar com Santana me abriu os olhos pra uma coisa

Lauren: Abriu só os olhos? kkkk...Desculpa brincar com coisa seria. O que abriu...seus olhos?

Rach: Você esta impossível hoje hein?! Mas o que percebi quando estava ficando com a Sant, foi que indiretamente eu só cheguei naquilo por causa da Quinn.

Lauren: Esta me dizendo que você ficou com sua amiga por causa da garota que você esta afim?

Rach: Exatamente

Lauren: Não entendi sua lógica

Rach: É simples. Eu acredito tanto que um dia vou ficar com a Quinn, que eu queria ser perfeita pra ela, e bom como eu seria se não soubesse fazer nada?

Lauren: Então se um dia vocês forem fazer sexo você vai pegar umas aulas com sua amiga primeiro?

Rach: Naooo, claro que não. Meu primeiro beijo pode não ter sido com Quinn, mas a minha primeira vez sera, essa é uma promessa. E o que quer que for, nos vamos aprender juntas.

Lauren: Rach eu preciso dizer isso, a cada dia que passa você esta ficando mais e mais lésbica kkkkkk

Rach: Você sabe que a culpa disso é sua ne?

Lauren: minha pq?

Rach: Porque? Esqueceu que foi você que jogou isso na minha cara? Se eu não tivesse te conhecido ia viver escondida o resto da vida

Lauren: Rach, um dia, querendo ou não você ia se descobrir...

—---//----

Era obvio que não iríamos terminar o trabalho em um dia e depois do que aconteceu na minha “suposta” aula de física, nem Santana e nem eu tínhamos realmente cabeça pra aquilo. Já era quarta e o trabalho precisava estar pronto antes do fim da semana, o que significava que só tínhamos aquele dia pra acaba-lo, porque na quinta tinha reunião do glee. Então combinamos de terminar o trabalho na casa de Finn depois da escola.

Todos os meus horários naquele dia eram insuportáveis de menos o ultimo que era de culinária, única aula que tinha com Quinn, ou arrumei um jeito de ter. Não gostava de cozinhar, não verdade não me importava muito com isso sendo vegan, mas era uma maneira de poder ficar na presença de Quinn. Mas parece que aquilo não iria acontecer hoje. Já haviam passado 20 minutos da aula e ela ainda não chegará o que eu achei um tanto suspeito afinal, eu a vi na hora do intervalo conversando com Sant. O que será que aconteceu?

Quinn era minha dupla, então aquele era o momento em que ficávamos mais próximas. Não que não tivessem outras pessoas querendo ser dupla a dela, mas como já nos conhecíamos, ela preferiu ficar comigo. Gosto de lembrar esse dia:

— Ei Gata, quer sentar comigo? – disse David fazendo uma cara que tentava ser sexy sem sucesso o que não impressionou Quinn. Ela olhou pro lado e me encontrou encarando-a disfarçadamente.

— Obrigada, mas vou sentar com a minha amiga – escutei e comecei a olhar pros lados procurando alguém que pudesse ser essa “amiga”. – Ei Rach posso sentar com você?

Oh meu Deus é comigo mesmo. Segurei a vontade de sorrir feito uma idiota e apenas sorri.

— Claro Quinn. Mas já vou avisando eu sou uma lastima na cozinha.

— Tudo bem, eu adoro cozinhar. Pode deixar que eu te ajudo.

— Bom, eu vou adorar e realmente precisar. - e foi assim que ela virou minha dupla.

Quando acabou a aula e me encontrei com Santana não pude deixar minha curiosidade de lado.

—Sant você sabe se aconteceu algo com a Quinn. Tínhamos aula juntas no ultimo horário, mas ela não apareceu.

— Ela me disse que sairia mais cedo, algo sobre fazer uma surpresa pro Finn, mas não sei o que era. Só sei que tem a ver com a primeira noite deles. - Santana falava como se fosse à coisa mais normal do mundo. Aquilo oficialmente acabou com meu dia.

—Ah. Ela comentou com você também? – perguntei olhando pra baixo e ajeitando uma mecha do meu cabelo.

—Sim. Não é nenhuma novidade, namorando quem ela namora, não é algo que iria demorar a acontecer mesmo. E é melhor calar a boca que ele ta vindo

—Oi princesas. Hoje é na minha casa?- Finn disse passando o braço em volta de Sant e de mim.

— Muito engraçado Finn. Vamos logo terminar essa droga de trabalho.

— Uool alguém esta de mau humor hoje?

— Você não faz ideia Finn.

—--//-------

Chegamos na casa de Finn, subimos as escadas e por algum motivo a porta estava aberta.

—Minha mãe não deve ter ido trabalhar hoje.

Entramos e Finn notou que o jaleco da sua mãe não estava pendurado atrás da porta onde ela gostava de deixar pra não esquecer de leva-lo.

— A louca deve ter saído as pressas pra fazer algum parto e nem se preocupou em fechar a porta - Essa foi a obvia conclusão de Finn.

— Então vamos subir pro seu quarto e começar logo? – Disse Sant

—Isso é um convite Sant? – Finn falou rindo e recebeu um soco no ombro de Santana

— Vai sonhando Hudson alias nem em sonho, não esquece que você namora minha amiga. – Obrigada Santana por me lembrar que alem de ser apaixonada por uma garota hétero, essa garota é totalmente apaixonada pelo idiota do Finn. A e eles namoram.

—Hello gente. Trabalho, química, é pra hoje ainda? – essa era eu implorando para eles mudarem de assunto o que parecia ser impossível porque ou eu estava realmente muito apaixonada por Quinn ou aquela casa tinha o cheiro dela em todos os lugares.

— É vamos terminar logo com isso.

Então nos três subimos para o quarto de Finn que era um tanto quanto arrumado, quero dizer, por ser um quarto de homem. Tinha um cheiro esquisito como se alguém tivesse acendido alguma vela ou incenso. Olhei pro chão e pude notar perto da mesinha do computador um papel avulso. Esforcei-me pra ler o que era, mas só pude ver umas palavras do tipo “encontrp” “amor” “inesquecível” e me senti mal pensando que aquilo só poderia ser de Quinn, mas mesmo assim a curiosidade me obrigou a pegar o papel.

— Me da esse papel - Finn correu na minha direção e tomou o papel da minha mão.

— Calma

— Que estranho, isso não deveria estar aqui. Esse papel estava guardado na minha gaveta. Alguém deve ter entrado no meu quarto. - Finn disse rasgando o bilhete e começou a rodear o quarto procurando por mais alguma coisa fora do lugar. E eu continuei sem saber o que estava escrito naquele papel.

— Relaxa Finn. Sua mãe deve ter vindo  pegar alguma coisa abriu a gaveta e tiro o bilhete sem perceber. Esta faltando mais alguma coisa? – perguntou Santana deitando na cama de Finn.

—Não. Aparentemente

— Viu, se não roubou nada não é ladrão. S pode ter sido realmente sua mãe

—É, você tem. - Finn relaxou e pegou nosso trabalho.

—---//---

— Temos que fazer essas moléculas se agruparem ainda mais, mas como?

Finn e Santana discutiam o trabalho enquanto eu olhava pela janela uma garoinha teimosa que começava a cair.

— Nossa esta começando a esfriar. – disse na esperança que Finn se tocasse e me oferecesse um blusa.

— É isso Rach. Frio. - Finn parecia entusiasmado mas eu realmente não entendia o que de tão importante eu tinha dito. - O que precisamos fazer para essas moléculas agruparem é colocá-las em uma temperatura bem baixa. – A era isso?

— Verdade. Talvez se colocarmos, sei la,algumas pedras de gelo? Acho que pode dar certo. - Agora era Santana

— Vou buscar na cozinha.- Finn ja estava levantando da cama quando eu resolvi pará-lo. Eu precisava sair um pouco daquele ambiente.

— Não. Pode deixar eu pego.

—Okay

Sai do quarto e fui descendo as escadas o mais devagar que podia e serio o cheiro da Quinn estava impregnado naquela casa. Fui ate a cozinha e abri o freezer da geladeira, peguei uma forma de gelo e a coloquei na bancada. Abri de novo a geladeira procurando por um suco ou qualquer coisa para beber. Depois de pegar uma garrafa de água, peguei também a forma de gelo em cima da bancada. Quando me virei, senti meu corpo se chocar contra algo, ou melhor, contra alguém.

A forma e a garrafa cairam no chão junto com a toalha que enrolava o corpo da garota, agora completamente nua, que estava parada na minha frente.

— Que merda garota, quem é você? – ela perguntou não parecendo incomodada de expor seu corpo. Também com aquele corpo não havia razões pra se incomodar.

— Quem sou eu? Você aparece do nada completamente pelada na cozinha da casa do meu amigo e ainda me pergunta quem sou eu? Quem é você?

— Seu amigo? Droga o Finn já chegou.- A garota recolheu a toalha do chão e se enrolou nela novamente. Fiquei meio sem saber se agradecia ou protestava.

— Você sempre faz isso? Fica andando por ai “seminua” na casa dos outros?

—Quando estou na minha casa, sim.

—Sua casa? Ah claro. Você deve ser uma dessas vadias obcecadas pelo Finn, que invadem a casa dele e ficam nuas no sofá esperando ele chegar – disse com extrema grosseria.

— Garota é melhor ter cuidado com essa boca. Não sou nenhuma vadia do Finn. Sou a irmã dele.

—Han? – Irma do Finn? – De repente fui atingida pela memoria.

Finn havia nos contado uma vez que antes de casar com a sua mãe, Thomas Hudson, seu pai era casado com outra mulher. Ela estava grávida e a mãe dele Carole, era a responsável pelo parto, mas houve algumas complicações. A criança nasceu prematura com seis meses, mas os médicos conseguiram salva-la. A mulher não teve a mesma sorte. Thomas contou com ajuda de Carole e a avó da menina pra cuidar dela e foi assim que eles se apaixonaram e dois anos depois Finn nasceu. Como eles cresceram juntos, Finn tinha muito carinho pela irmã, que agora por causa da faculdade morava com sua avó em Nova York, mas sempre passava as férias com ele e Carole que era como sua segunda mãe e praticamente sua família, ainda mais depois de Thomas morrer em um violento acidente de carro.

—Caramba é verdade. O Finn fala muito você. Como é mesmo o nome Alisson, Ashley?

— Alex – ela disse, muito mais calma do que eu, erguendo a mão em um cumprimento

— Isso, Alex. Prazer Rachel Berry – cumprimentei tentando não pensar que ela estava só de toalha e totalmente nua há 2 minutos atras. - Me desculpa pela vergonha, e por ter te chamado de vadia, eu estava meio nervosa

— Tudo bem. Já te disseram que você fica linda assim?

Não nunca me disseram isso, mas Finn havia me dito algo antes que eu acabava de lembrar. A sua meio irmã era meio gay também. Não, não era meio gay, era completamente gay e inclusive namorava uma garota da faculdade dela e há algum tempo já pelo que Finn me contou. Ele aceitou na boa quando ela o contou, como disse Finn era um cara legal e mesmo sendo um pouco galinha, como amigo não podia reclamar dele mesmo ele namorando a garota que eu gostava. Falando em garota voltei pra realidade e para garota que só então percebi, ainda segurava minha mão. Puxei-a e comecei a olhar para o chão envergonhada.

— Acho que o Finn realmente falou bastante sobre mim não é? – Olhei pra ela por um segundo e voltei a encarar o chão com um sorriso no canto da boca. Okay eu já aceitava que era gay e tal, mas uma coisa é aceitar outra é receber cantada de uma mulher e agir naturalmente com isso

— Relaxa garota. Você não faz meu tipo mesmo. - Essa doeu. Olhei pra ela de novo surpresa ou nervosa, não sei. — Mas você fica linda nervosa – Ela piscou pra mim- Ate mais Rachel Berry - disse saindo da cozinha em direção ao quarto de hospedes. Me perdi acompanhando o movimentos daquelas pernas. Alex não era tão alta como Finn, mas pra mim qualquer pessoa é alta; Tinha longos cabelos negros e olhos azuis, bem azuis, e sua pele era morena clara, não tanto quando a de Quinn. Seu rosto tinha uma expressão forte e ao mesmo tempo serena. Paz e tormento juntos. E caramba, ela era muito bonita.

Quando a vejo sumir pra dentro da casa corro em direção ao quarto.

— Finn, acho que descobri o motivo da porta aberta. A sua irmã esta ai.

— Alex já chegou? Pensei que ela só viria no fim de semana. Vou mexer com ela e já volto.

— A e trás o gelo.

— Ue você não foi buscar?

— Esqueci na bancada. - No chão, quis dizer.

— Ok.

Finn mal saiu pelo corredor enquanto eu entrava no quarto sentando na cama do lado de Sant e ela ja começou o questionário investigativo .

— O que aconteceu la embaixo que você ate se esqueceu do gelo? Viu um fantasma?

— Só se os fantasmas agora andam enrolados em toalhas muito curtas.

—Você trombou com a irmã do Finn enrolada numa toalha?

—Literalmente nos trombamos. EU topei com ela quando estava pegando o gelo e deixamos tudo cair. Gelo, água, toalha – junto com o que me sobrava de heterossexualidade.

— Não acredito que eu perdi essa cena. Como eu queria ver a sua cara.

— De acordo com ela era linda.

— Sem chances. Você ainda tomou uma cantada da irma do Finn? Ela pelo menos é gostosa? - Sim, muito.

— Sei la, ela tinha um corpo bonito.

— Quer dizer que a senhorita deu uma checada no corpo da irmã do Finn? - Santana ria

— É Alex o nome dela e ela tava pelada na minha frente, como eu não iria reparar?

— Fechando os olhos? Virando de costas? Fingindo de morta? - Santana pego o copo de água que estava bebendo, puxou a parte de trás da minha blusa e jogou todo o liquido em mim.

— Mas que porra Santana, quer me matar é?

— Você esta precisando de um banho frio Rach, esta exalando excitação. - ela disse rindo.



—-------- // ---------

No andar de baixo Finn entrou no quarto de hospedes e encontrou Alex já devidamente vestida e os dois se abraçaram por longos segundos.

— Ai que saudade de você. Quando você chegou? Pensei que só vinha no final de semana, por que não ligou pra mim? – ele enfim largo a irmã

— Também estava com saudades de você maninho. Cheguei hoje de manha, mas você já estava na escola. Ainda encontrei sua mãe saindo pro trabalho, mas nem conversamos direito.

— Saiu apressada ne? Largou ate a porta aberta.

— Não, não largou não. Eu vi quando ela saiu ate batendo a porta na verdade. Parecia com raiva do patrão no telefone. Normal.

— Eu estou cismado que ela entrou no meu quarto e mexeu nas minhas gavetas. Ainda por cima, meu quarto esta com um cheiro de incenso muito estranho. Achei que ela tinha parada com isso. – Finn sabia que sua mãe não tinha entrado no seu quarto, muito menos acendido um incenso ou o que quer que fosse que deixou aquele cheiro, e também sabia que Alex não iria deixar ele acusar Carole se na verdade tivesse sido ela a entrar no quarto do irmão, mas falou aquilo pra ver se a irmã confessava.

— Não acho que ela tenha feito isso. Desde que o papai morreu, ela não gosta de vela e essas coisas. – Carole achava que velas e incensos lembravam funerais.

—Então, foi você que entrou no quarto?

— Eu cheguei, conversei com sua mãe, cai na cama e dormi Finn, só acordei agora pra tomar um banho.

— Mas quando eu cheguei à porta estava aberta, e alguém tinha mexido na minha gaveta de cd´s, eu achei o papel no chão e...

—Finn, por que eu faria isso?

— É deixa pra la. Paranóia minha eu acho. Vou terminar meu trabalho com as meninas depois conversamos mais.

—Tudo bem, vai la.- Alex acenou pra Finn que saiu do quarto pensativo.

Alguma coisa naquela historia não se encaixava.


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Notas finais do capítulo

Deu tempo de revisar não então não reparem erros...



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