Caminhos para o Inferno escrita por Nynna Days


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Aqui ta mais um capítulo, e esse traz muitas revelações sobre a família de Emily.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151004/chapter/7

Capítulo 6

No começo eu achei estranho as coisas que minha mãe escrevia. Ela tinha uma ótima imaginação. Lobisomens , vampiros, fantasmas , zumbis. Tudo quando tinha a minha idade. Mas comecei levar a sério quando li um a página que falava da minha avó.

1 de maio.

Descobri que minha própria mãe é um tipo de mediadora. Um tipo de pessoa que leva almas o além ou algo assim. Ela me disse que eu não era igual nesse requisito. Não sou mediadora, graças a Deus. Já muito peso ser caçadora, quem dirá ser mediadora. Sabe lá quantos fantasmas eu já despachei para o inferno , ou o céu, tanto faz.

Minha avó era uma mediadora? Por isso, as vezes eu a via conversando sozinha em seu quarto. Pensava que era apenas coisas da idade, sempre rezando para que nunca acontecesse comigo.

Minha mãe também me proibia de ir ao quarto de minha avó quando ela estava trancada. Agora isso fazia sentido. Na verdade, bastante sentido. Também tinha o fato de quando eu ia ao quarto da minha avó chamá-la para o almoço , sempre estava um frio desgraçado lá dentro. Minha avó sempre disse que era o aquecedor quebrador e eu sempre ignorava.

Mas com essa prova, era bem diferente. Isso envés de acabar com as minhas dúvidas, só estava me deixando ainda mais confusa. Passei para outra página tentando achar ainda mais respostas.

4 de julho.

Hoje era para ser um dia de festas. É 4 de julho. Fogos de artifícios para todo o lado e muita gente comemorando, o que dificultou o nosso trabalho. Vampiros não conseguem seguir uma vez as regras? Nada de sangue de um humano vivo. Apenas de animais ou vá a um banco de sangue. Mas eles simplesmente não entendem e acabam mortos. Tivemos que correr atrás dele no meio da multidão. Foi difícil, mas conseguimos. Para matar um vampiro não precisa de crucifixo ou alho, apenas lhe cortar a cabeça ou atear fogo. Nós preferimos a primeira opção. Não tínhamos fogo, então eu peguei a faca de prata na minha coxa ( que eu sempre carregava ali para o caso de encontrarmos lobisomens, metamorfos ou zumbis) e cortei de leve seu pescoço. Com o susto, deu tempo de Mey segurá-lo e eu terminar com o serviço. Só depois de fazermos os curativos conseguimos aproveitar o 4 de julho.

Quem será essa Mey? Deve ser bastante amiga da minha mãe pelo jeito que ela diz no diário dela. Mas se fosse, eu já não teria conhecido? Procurei na minha mente por esse nome de não achei ninguém que me lembrasse chamada Mey.

O diário da minha mãe me lembrava um dos livros que eu leio frequentemente. Mesmo sendo dez vezes melhor. Perdi a noção do tempo e nem havia terminado o diário. Na verdade, nem estava no meio e já eram meia noite.

Me levantei, mas levei o diário comigo para o caso da minha

avó esvaziar o quarto.

“Emi, o que é isso na sua mão?”

Me virei lentamente par encontrar minha avó na porta do quarto olhando para o diário em minhas mãos. Envés de ficar na defensiva, ataquei sem mais , nem menos.

“É exatamente o que a senhora está vendo. O diário de Elizabeth Twist.”, eu disse balançando-o no ar. “Mediadora, em?”, dei um sorriso de zombaria para ela.

“Emi, não é o que você está pensando.”, minha avó tentou se aproximar de mim, mas recuei.

“Essa frase já está clichê, vó.”, ri sem humor nenhum.“Quanto tempo você iria esconder isso de mim? Até que eu morresse igual a minha mãe? Ou preferia que escolhesse o mesmo caminho que você?”, continuei atacando sem dó.

“Nenhuma das duas, Emi. Apenas iria te contar na hora certa. E com certeza não é essa.”, ela suspirou e tentou colocar a mão no meu ombro, mas eu recuei.

“Até que eu não saiba realmente sobre o mundo onde estou vivendo, ou sobre as pessoas que eu conheço, prefiro ficar sozinha.”, disse saindo do quarto.

Por mim, continuava lendo o diário, mas estava tão cansada que nem me permiti. Apenas o escondi no fundo da minha estante, caso minha avó quisesse pegá-lo de volta e acabar com as evidências.

Me joguei na cama , consciente de Snickssah entrando pela janela. Meia-noite. Snickssah era sempre pontual nas suas saídas e entradas de volta a casa. Tranquei a porta do meu quarto e joguei a chave na mesa de computador.

Me joguei na cama, ignorando o Mistério na Avenida 16 e o jogando no chão. Um menos de um minuto, o sono já havia me invadido e me levado.

Ela estava correndo.

Eufórica e sem parar para olhar para trás. Éramos duas em uma. Sentíamos tudo o que a outra sentia. A sombra continuava nos perseguindo, mas eu não me dava por vencida.

Em afugentei em um beco, mas ele não tinha saída.

“Parabéns, Emi”, eu pensei. “Muito esperto da sua parte entrar em beco SEM SAÍDA”.

Tudo o que poderíamos fazer era entrar na parte mais escura e nos encolhermos, esperando que a vida seja justa o suficiente para nos manter viva.

A sombra continuou se aproximando. Era assustadora e ao mesmo tempo familiar. Era como se eu já o tivesse visto antes, mas nunca o tinha conhecido. Deveria ser o sentimentos de minha mãe pairando sobre mim.

Ela estava tão perto que sua forma estava diminuindo significadamente. Me encolhi no canto esperando que ele acabasse logo comigo. E quanto mais essa sombra se aproximava, mais eu sentia um vazio e uma dor dentro de mim. Como se eu tivesse sido traída ou alguma coisa assim.

Acordei gritando com todas as forças que tinha nos pulmões. Mas o meu quarto era longe demais para meu irmão e minha avó ouvirem. Não podia dizer o mesmo de Snickssah. Ele deu um pulo da cama e saiu pela janela.

Espera aí. Eu jurava que tinha fechado a janela de noite antes de dormir. Talvez minha avó tenha aberto para entrar um ar ou coisa assim. Mas como ela havia entrado se tinha trancado do lado de dentro?

Era melhor ignorar isso tudo.

Hoje era o enterro da minha mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caminhos para o Inferno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.