Caminhos para o Inferno escrita por Nynna Days


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo de Emily Twist e suas aventuras. Estou pensando se posto a continuação, só que mais tarde. Por enquanto aproveitem esse capítulo.



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Capítulo 20

Dei um pulo de uns cem metros para cima. Colin continuou rindo enquanto eu me preparava para o ataque. Droga! Tinha esquecido a minha faca em casa, mas eu também não sabia como matar um demônio. Então teria que ser na sorte.

Cheguei um pouco mais perto sem que ele percebesse e tentei dar um chute em seu rosto. Tive um pouco de pesar com a ideia de machucar seu rosto lindo, mas no caso da sobrevivência, estava valendo tudo.

Mas antes que o meu pé chegasse ao seu rosto, Colin já o havia segurando com maior facilidade. O meu pé estava a um centímetro do seu rosto sorridente e sua mão estava no meu tornozelo o segurando.

Ele usou meu pé de impulso e meu fez, literalmente, girar no ar. Cai de boca na neve, enquanto ouvia o riso macabro de Colin. Me arrastei para longe com a ideia de ter mais tempo, mas eu sabia que era inútil.

Por que eu tinha que ter aberto a minha boca? Não podia viver a minha vida e deixá-lo que seguisse a sua rede de maldade? As respostas vieram junto com as perguntas. É , claro que eu tinha que ter feito isso. E é claro que eu não poderia deixá-lo vivo nessas circunstancias.

“Emi, você é tão tolinha.”, Colin disse. Quase não consegui reconhecer a sua voz. Era fria e amarga e levava sentimentos ruins pelo meu corpo todo. Aquele era o garoto doce de dois minutos atrás?

“Todo esse tempo e você nem desconfiou.”, ele continuava dizendo. Meu corpo implorava que eu levantasse e andasse. A neve estava muito fria e estava fazendo o meu corpo arder conforme eu me arrastava sobre ela.

“Sua mãe e seu guardião foram bem mais espertos. Na verdade, me surpreendi por eles não terem lhe contado nada.”

Em falar em guardião, onde estava aquele desgraçado. O trabalho dele não era me proteger? Então ele deveria estar aqui quebrando a cara do demônio, certo?

Me arrastei até chegar a uma árvore e m obriguei a virar o corpo. Mesmo Colin estando bem longe de mim, ainda consegui sentir a maldade de emanava dele. A aura dele era negra. Seu olhos, vermelhos. Seu sorriso era macabro.

Droga! Tudo nele era do mal. Eu daria tudo para que tivesse ajuda agora. Deveria ter ficado em casa. Deveria ter ouvido a minha avó. Mas, não. Tinha que ter o senso o aventura e adrenalina.

“Pequena Twist.”, a voz de Kris ressoou em meus ouvidos.

Levantei minha cabeça e o vi também encostado na árvore. Se sobrevivesse , perguntaria como ele aparecia em lugar e depois no outro. Também queria aprender o truque.

“Kris.”, eu disse me levantando.

Mas Kris não estava prestando a atenção em mim. Seu olhar estava em Colin, mesmo ele estando uns bons metros de distância de nós. O sorriso de Colin, havia se fechado em uma careta assim que os olhares deles se encontraram. Testosterona estava no ar, me deixando enjoada.

“Você está bem?”, Kris me perguntou , mas sem tirar os olhos de Colin.

“Sim.”, eu respondi. Senti o corpo de Kris ficar tenso, e ele deu um passo para mais perto de mim se colocando quase na minha frente.

Quando olhei de novo para Colin, percebi que ele estava mais perto. Bem mais perto, na verdade. Droga! Até ele era rápido. Ele estava a uns dois ou três metros da gente.

“Você tem que me obedecer , vampiro.”, ele disse apontando para Kris. Kris colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para o seu peito, me protegendo.

Os olhos de Colin ficaram mais vermelhos do que antes. Sua expressão mostrava o ódio que ele sentia naquele momento.

“Você me ouviu, vampiro. Eu quero que você me obedeça e suma.”, Colin gritou.

Kris apenas riu enquanto dizia tranquilamente. “Acho que você tem assistido muito ' Poderoso Chefão' , nesses últimos dias.”

Por um momento , eu pensei que Colin iria nos atacar, mas tudo o que ele fez foi me olhar. O olhar dele mostrava ao mesmo tempo ódio , ciúme e ... amor.

“Eu vou voltar. E quando voltar, não vai ser para brincadeira.”, ele disse se dirigindo a Kris. Depois seu olhar se centrou apenas em mim. “Nos veremos logo, baby.”, ele sorriu e piscou.

E no momento seguinte, sumiu.

Suspirei, aliviada. Kris me agarrou pelos ombros e me olhou de baixo para cima, me estudando e vendo se eu tinha em machucado sério. Depois de ver que eu estava inteira , me abraçou. Aquele foi o único momento a noite toda que eu me senti segura.

“Onde está o seu guardião, Emi?”, ele me perguntou quando nos afastamos.

Eu não sei.”, respondi honestamente.

Ele olhou no relógio e depois de volta para mim. Ele tinha algo para fazer, mas não queria me deixar sozinha. Coloquei uma mão em seu rosto e sorri docemente.

“Pode ir, Kris. Eu vou ficar bem.”

“Tem certeza?”, ele me perguntou colocando a sua mão por cima da minha . Era tão aconchegante.

“Claro. Vou para casa, me deito e durmo. Nada de perigoso.”, tentei fazer uma piada.

“Tudo bem , mas caso aconteça alguma coisa, você”, ele parou procurando algo em seu bolso. Várias possibilidade passaram pela minha cabeça e eu não tive vergonha de expressá-las.

“Eu te assobio, bato palma, grito, dou o sinal do Batman?”, agora eu estava fazendo uma piada.

“Não.”, ele finalmente achou que estava procurando. “Me liga.”

Ele me entregou um cartão de um bar chamado “Inferno de Gelo”, ficava a uma boa distância dali, mas não seria mal visitar.

“Você trabalha lá?”, eu perguntei enquanto tentava gravar o número de cabeça.

“Eu sou o dono.”, levantei meu olhar com uma interrogação bem exposta. “Seu pai paga bem , pequena Twist.”, ele riu. “Agora” , ele soltou o meu ombro e começou a se afastar. “Tenho que ir. A muita bagunça para ser limpada.”

Mas antes de ir, Kris se inclinou e me deu um beijo de despedida. Um leve roçar de lábios, mas o suficiente para fazer o meu corpo todo tremer. Eu sabia que era apenas tesão o que eu sentia por Kris, mas era o suficiente para em fazer querer mais.

Só depois ele começou a verdadeiramente a se afastar. Consegui segurá-lo pela manga do casaco de couro e o vi sorrir. Acho que Kris pensou que eu queria que ele me beijasse de novo. De fato, eu queria isso mesmo, mas esse não foi o verdadeiro motivo por tê-lo puxado de volta. Tinha que jogar a minha última carta. Era tudo ou nada.

“Quem é ele , Kris? Quem é o meu guardião?”, perguntei. “Eu já te contei, Emi.”, ele desviou o olhar de mim. “Lucio Del Fin Dênior.”

“Eu não quero saber o nome dele e sim o que ele é. Para ser o meu guardião ele tem que estar perto de mim, certo? Então. Quem é ele ?” , eu estava quase implorando , só faltava me ajoelhar.

“Você vai em complicar , pequena Twist.”, vi que ele estava quase me contando, só faltava mais um pouco. Então, era a hora de pressionar de verdade.

“Kris, você me ajudou esse tempo todo. Por favor, me ajude só mais dessa vez. Quem é o meu guardião?”, perguntei com a voz mais persuasiva que conseguia. E, finalmente, funcionou.

Kris me olhou nos olhos e disse as quatro palavras que eu pensei que nunca ouviria.

“É o seu gato.”


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Notas finais do capítulo

Deixem Reviews. Sexta que vem a nova história. Sociedade Carmim.



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