Os Campos de Hera escrita por Matheus MB


Capítulo 11
Uma aventura pelo reino do meu tio-avô Poseidon.


Notas iniciais do capítulo

Tá ai mais um capítulo! Espero realmente que gostem.



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Tyson dirigiu-se para a sua mala e pegou uma concha e um prisma. Ele encheu a concha de água, e fez o reflexo do sol refletir na água, formando um arco-íris. Tiago jogou um dracma de ouro na água e Tyson falou:

- Íris, deusa elegante do Arco-Íris. Mostre-me Poseidon, onde ele esteja, por favor, oh, Ísis do Arco-Íris – Tyson falou sorrindo.

Antes que ele acabasse de falar, um homem com chapéu de pesca com uma barba rala e olhos verdes como o mar apareceu na água, e escutou a ultima frase de Tyson. Ele abriu um sorriso e falou:

- Certo Tyson, não precisa tudo isto. Olá, amigos do Tyson.

- Oi – Wendi falou e depois eu e Tiago a acompanhamos dando um cumprimento.

- Papai! Eu preciso te pedir uma coisa... Uma coisinha que vai ser melhor pra nós dois. – Tyson começou.

- Fale, Tyson. – Poseidon incentivou.

- É que nós estamos realmente perdidos. Mas temos um plano, que só se realizará se você nos atender. – Tyson continuou, e Poseidon começou a coçar o queixo – Lembra do Great Salt Lake? Que você precisava protegê-lo de inimigos e mandar tropas para lá, mas não tinha como?

- Lembro, lembro – falou Poseidon, com uma cara de preocupado.

- Pois benzinho, é o lugar mais próximo do Peak Pikes que nós podemos chegar. Ah, papai, nós estamos numa missão para chegar no Peak Pikes, passar a ponte de Éolo e chegar aos Campos De Hera, mas nos perdemos, então precisamos chegar no Great Salt Lake, para irmos ao Colorado, para irmos ao Peak Pikes. Ai eu ia te pedir para... Bom, para abrir um túnel entre o Great Salt Lake e o mar. Mas depois que sua tropa e nós chegássemos você fechava o túnel, sem problemas – Tyson falou, se explicando e balançando a cabeça sorrindo.

Poseidon soltou uma gargalhada.

- Tyson, você é ciclope mais genial que eu conheci! Como não tinha pensado nisso? Vou fazer agora mesmo. Mandarei tropas ficarem no início do túnel, à sua espera. O mar vai guiar vocês três, e depois, as minhas tropas tentarão ajudá-los. O Great Salt Lake não foi explorado pelos deuses, por isso pode ter muitos monstros. Mas eu conseguirei conquistá-lo. Tenho certeza. Agora vão, não quero que aquele túnel fique aberto por muito tempo, pois libertaria muitos monstros que se escondem por lá. Coitada da pessoa que estiver em cima do túnel, sofrerá um pequeno terremoto – ele riu mais uma vez e voltou a falar – Boa sorte, meninos.

Poseidon balançou a mão na água e a imagem desapareceu. Tyson estava realmente animado, mais animado do quê no dia da reunião do conselho. Ele guardou o material da mensagem de Íris na mala, pegamos nossas coisas e fizemos o check-out no hotel. Nos dirigimos à praia. Todos estavam animados e ansiosos por esta passagem na nossa missão. Sim, nós sabíamos que enfrentaríamos os monstros marinhos agora. Mas seriamos acompanhados por um exército de soldados do deus dos mares! Isso era incrível, cara. Entramos no mar. Atravessamos o arrecife que dividia a praia do mar e Tyson assoviou, em cima das pedras. Vi barbatanas aparecerem na água, vindo em nossa direção. Pensei o pior, pensei que tubarões vieram nos fazer de jantar, por causa do barulho que Tyson fizera. Sim, eram tubarões.

Tyson pulou na água com a maior tranquilidade e logo Wendi também pulou.  Eu gritei, e pulei logo em seguida, para tentar puxá-la dali. Eles iam morrer, ou nós. Uma cápsula de bolhas se formou ao meu lado quando Tiago pulou. Os tubarões olhavam para nós. Tinham 4 tubarões, um para cada. Estávamos fritos. Então, meus pés começaram a afundar, eu estava me afogando. Gritei socorro no fundo do mar, um tubarão nadava para mim. Ia ser meu último minuto. Eu ia morrer por um tubarão. Nada de ser cremado e meus restos serem jogados num troféu de corrida, como eu queria. Gritei socorro novamente.

- Calma rapazzz, eu não mordo – eu ouvi.

Estava ficando maluco? O tubarão falou? E como ele me escutou? Meus deuses, o tubarão falou comigo! Ah, socorro!

- Você me escuta? – perguntei.

- Não sssó te ressspondo porque tenho imaginação fértil, rapazzz – o tubarão respondeu, sua voz era como alguém afiando lâminas. – Agora sssegure na minha barbatana, e eu te levarei até os malditosss cavalosss marinhosss!

- Certo.

Segurei na barbatana do tubarão, e os peixes que ficavam em volta dele começaram a fazer cócegas em mim. Eu ri, e percebi que estava respirando normalmente. Olhei em volta. Uma bolha circulava a minha cabeça, como um santo. Isso devia ser uma pequena parte dos poderes de Poseidon. Então vi uma corrente de água passar rapidamente por mim. Correção: Uma microscópica parte dos poderes de Poseidon. O tubarão passou por cima da corrente e eu consegui enxergar meus amigos, com seus respectivos tubarões. E então, o tubarão parou. A água estava mais cristalina onde ele parou, eu via muito mais do que via antes. Vi tartarugas, arraias, peixes-vaca, até mesmo os ouriços eu conseguia ver. Três cavalos marinhos grandes estavam postados à nossa frente.

- Aqui eu deixxxo vocccê, rapazzz. Essspero que tenha ficado felizzz de nadar com o famoso Humpf. – o tubarão falou  e eu achei ter percebido ele estufar o peito...

- Humpf... – eu falei rindo – Sim, foi um prazer. Meu nome é Rafael, mas pode me chamar de Rafa.

Ele olhou para mim.

- Que nome essstranho, não, Affê? – ele perguntou ao tubarão que trazia Tiago.

- Total, Humpf! – ele respondeu.

Eu ri ainda mais com o Affê. Até parecia que a mãe deles chegou na maternidade e quando a enfermeira perguntou o nome ela falou “Affê”... Eu ri loucamente naquele momento. Mas não havia tempo para isso. Tyson logo saltou de seu tubarão para o cavalo marinho gigante. Pensei ter ouvido ele gritar “ARCO-ÍRIS!”. O cavalo marinho que estava na minha frente veio em minha direção, na hora em que Humpf ia embora.  Subi em suas costas e segurei firme. Um impulso surgiu do nada, e logo Humpf, Affê e os outros tubarões sumiram lá atrás. Os corais surgiam e desapareciam numa velocidade impressionante. A única coisa que eu pude realmente destacar, foi uma baleia com seu filhote. Nessas horas que eu pediria a Wendi uma máquina fotográfica aquática. Passamos por milhares de coisas inimagináveis. Animais realmente estranhos, polvos e lulas, estrelas-do-mar, algas muito grandes, golfinhos, arraias, tubarões, etc. Então, meus olhos começaram a fechar, e a fechar. A última coisa de que me lembro foi de ver um tritão passar por mim. Sim, um tritão.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews!