Adoções e Adoções? escrita por Te-chan


Capítulo 2
No orfanato...




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Já estavam todos a caminho do orfanato escolhido por Miyavi, chegaram lá e foram direto a recepcionista.

- Olá... Eu gostaria de saber, se nos podemos dar uma olhada nas crianças...? – Kai falava todo atencioso, e sorridente para a moça, que estava a escutar música que por sinal era de sua banda.

- É...é...é claro!Só... Só me deixa avisar a irmã! – e saiu correndo de lá

- Moça simpática não? – Miyavi olhava os outros e o silencio mortal reinava sobre aquele recinto

- Desculpe, mas quem quer ver as crianças? – uma freira entrou na sala de recepção

- Todos nós! – Miyavi falava feliz

- Nossa... Que sorte a de vocês, estamos bem no dia de visitas e todas as crianças estão aqui! – a freira falou calmamente, apesar de por dentro estar se remoendo de medo daquele grupo tão, exótico, digamos assim.

- Então nós podemos os ver? – Uruha falou sorridente

- Claro moça! Se quiserem vir, por favor, me acompanhem!

- Ebaaa... – Miyavi saiu alegre atrás da pobre freira

- Shit! – Aoi resmungava a Reita

- Digo o mesmo meu caro!

- Hey, os dois ai...andem logo - Nao apressava os dois outros que ficaram pra trás

- Já estou indo, já estou indo! – Aoi falou e puxou Reita que já estava dando meia volta – se eu vou lá, você vai junto!

Enquanto andavam por aquele corredor notava-se que havia vários desenhos colados na parede, fora o aspecto infantil do papel de parede que dava um ar gracioso aquele lugar que era lar de crianças que possuíam histórias nem tanto felizes...

Chegaram a uma grande porta rosada.

- As crianças estão aqui! Fiquem a vontade! – e no seu pensamento um: “não machuquem ninguém”. Abriu a porta revelando uma enorme sala cheia de crianças brincando e gritando.

- Isso é demais para os meus ouvidos! – Reita reclamava enquanto dava meia volta

- Pode voltar aqui! Ou fique sabendo que terá prazer sozinho! – a freira olhou assustada

- Voltando! – já ia entrando junto com Miyavi e Kai que pareciam reluzir ao olhar aqueles pequenos seres baixinhos a sua frente.

- Crianças fofas... Quero todas para mim! – Miyavi falava a Kai que apenas concordava, os dois estavam encantados com as pequenas criaturas as suas frentes.

- Bem, eu vou indo, daqui a pouco eu volto para ver como vão as coisas! - e fechou a porta, os sete ficaram parados olhando tudo, analisando um por um, não sabiam em qual ir primeiro ou não queriam ir...

- Moça, moça! – uma pequena garotinha batia na coxa do Uruha

- Já é a segunda vez que me chamam de moça! – olhou para baixo e viu aquela garota com um olhar meigo e um pente na mão

- Quer brincar de ‘cabelelela’ comigo! – Uruha apertou as bochechas dela

- nhá...que fofinha...nem consegue dizer tudo certo! É claro que a titia [?] brinca com você! – ela por sua vez pegou na mão dele e o puxou até um lugar daquele salão

- Olha Nao, que bebês lindos! – Kai falava

- é parecem até lutadores de sumo em miniatura! – Nao falava despreocupado

- vamos lá! – e o puxou

Aoi e Reita limitaram-se a irem sentar num banco que havia ali, Ruki por sua vez vagava pelo meio daquelas crianças olhando uma por uma, estava encantado e Miyavi, bem...

- Truco! – o garotinho gritava

- Seis! – Miyavi gritava dessa vez

- Nove! – novamente o garotinho gritava.

- Doze! – Miyavi bateu a mão no chão e jogou as cartas na frente do garoto

- Droga...

- Olha o palavreado menino!

- Sim, Tio! – Miyavi afagou os cabelos do pequeno e esse deu um leve sorriso antes de juntar as cartas e sair correndo.

-Reita! Reita! – Ruki chegava todo empolgado com uma criança no colo – olha que fofinho! – sorria de orelha a orelha – pega! – e colocou a pequena criança no colo de Reita, a qual não mediu esforços em começar a chorar ao olhar aquele ser a sua frente.

- Não... Não chora! Titio Reita tira faixa! Que tal? – e abaixou a faixa fazendo com que a criança começasse a chorar a puros pulmões - toma Aoi. Eu não levo jeito com crianças! – e empurrou a pobre criança ao colo de Aoi que instantaneamente parou de chorar – wuoow! Foi mágica!

- É que ninguém resiste a minha beleza... – Aoi falava

- É tanto faz! – arrumava a faixa no lugar enquanto pensava em como exterminar Miyavi e suas malditas idéias.

-WAAAAAAAAAAAAAHH!! MOLEQUE FILHO DA...!

- AOI NÃO FALA PALAVRÃO É SÓ UMA CRIANÇA!

-MAS ELE ARRANCOU MEU PIERCING! – a pequena criança brincava com o piercing e dava risada – da isso aqui! – e arrancou da mão da pobre criança, que o olhou com uma cara de choro e bem, começou a berrar! – Ta... Ta... eu compro outro! – e entregou ao pequeno em seu colo

- bilhaaa...! – o pequeno estava fascinado com a jóia

- É... é...brilha...- olhou para Reita – sabe Reita,estou mudando minha opnião sobre ter filhos!E é por isso que eu não terei filhos!

- É...eu também!

- Tenho dó do Gackt!!!

- Sim...ainda bem que o Ruki não quer adotar...se não...

- AKI!!! Olha só que bebe mais lindo! – Ruki estendeu os braços mostrando um belo bebê gordinho, provavelmente mestiço, pois seus olhos eram de um azul tão profundo – eu quero adotar! Ele não é fofo!

- maldito Miyavi! – Reita pensara – Ruki me entenda! Nos mal sabemos cuidar de nós mesmos!

- mas Aki-chan...eu sou bem responsável...eu adoraria adotar e dividir meu amor com mais uma pessoa! – Ruki tentava argumentar

- Ruki, você mal consegue controlar a quantidade de nicotina que você ingere...

- Mas Aki...você também seria um bom pai.- Ruki o olhava carinhosamente

- Eu mal sei cuidar da minha própria cerveja! Quanto mais de uma criança!

- Nós podemos mudar ficarmos mais responsáveis... Vamos Aki...faça isso por nosso relacionamento!

-Ruki, entenda, não temos estrutura para isso, as empregada mal agüento ficar 2 meses com nos!Um bebê é responsabilidade de mais!

- Entendo! – e saiu triste com o bebe em seus braços

-Tadinho dele Reita!- Miyavi que estava perto e escutara tudo se pronunciava

- Mas seria pior se eu deixasse!

- É! Bem...talvez nem tanto.

- AHHHHHHHHHH! MEU CABELO! – Uruha gritava freneticamente – SUA... PIVETA!!!

- o...ou! – Aoi colocou o pequeno ser baixinho no chão e foi ver o que estava acontecendo

- ahh! Meu lindo cabelo – Uruha pegava duas mechas que estavam no chão e tentava os repor – como pode meu senhor!  - tirou um espelho de sua bota e se olhou passou a mão no cabelo – olha até que não ficou tão ruim assim, você tem dotes minha cara! – e deu leves batidas na cabeça da pequena.

- ‘bigada’ Tia! – sorriu

- que foi Uru? – Aoi chegou rapidamente para socorrer seu amado – gostei do cabelo!

- eu também! – Uruha falava sorridente, enquanto se virava para ele dando um leve selinho, mas seus olhos foram para direto numa pequena garotinha de no máximo 8 anos, de short e camiseta bem colada ao corpo os cabelos e olhos cor de mel meio arrepiados com algumas mechas maiores sobre seus ombros, um rosto tão bonito, e umas coxas apalpáveis, normais para crianças...mas a pele era branquinha, tudo naquela garotinha lembrava o Uruha – ó my god!

- Uru? O que foi! – Aoi perguntava preocupado enquanto o mais alto saiu em direção àquela garotinha e a abraçou

- Minha filha! Eu tenho certeza disso! Eu sei que aquela noite com aquela puta tinha acontecido algo mais. Não se preocupe, papai ta aqui pra te proteger! - Uruha a apertava de tal forma e chorava

- é... Você ta bem?

- Nunca estive melhor! – a olhou nos olhos – minha pequena!

- Tio...você vai me adotar? Sabe... pra isso você tem que ta sóbrio viu!

- eu não bebi hoje! Eu tenho certeza disso! Eu tenho certeza que você é minha filha! Papai não vai abandonar você que nem a sua mãe! Papai não sabia de você, mas agora que sabe... papai quer você! Papai quer ficar com a filhinha dele...

- ta bem... - a garotinha falou

- como é seu nome? – seus olhos reluziam felicidade

- bem... todos me chamam de Fuu!

- eu gostei desse nome!Agora me chama de papai!E me da um abraço? – os olhos de Uruha cintilavam. Tamanha sua felicidade ter encontrado sua filha perdida (a qual ele não sabia da existência...)

- claro pai! – e o abraçou – eu sempre quis ter um pai! – esboçou um largo sorriso cheio de janelinhas

- Yuu! Essa é nossa filha! – a pegou no colo – ela não é linda... Como o papai!

-ela é? Essa eu não sabia! – falava assustado – eu não colaborei na hora de fazê-la, pelo menos não que eu saiba.

- Quem é esse tit... Papai?

- olha Yuu ela me chamou de papai!Não é fascinante...? – Uruha não conseguia conter sua felicidade – aquele moreno alto e bonitão ali... -aponta - é o seu outro papai!

-eu tenho dois pais??? – a garota pensava confusa

- tem sim...

- tem? – Aoi também estava confuso

- tem, sim, Yuu! – e o olhou fuzilante

- pelo jeito, sim, pequena! – Aoi a pegou no colo – pelo jeito sim!

- legal!

- é...bem legal...

Bem, enquanto essa linda família feliz conversava um garoto de, também, aparentemente 8 anos, com uma gola alta que cobria seu nariz deixando apenas os olhos para fora sentava ao lado de Reita no banco.

- oi? – Reita tentava puxar conversa

- oi...

- como você respira com isso?

- pergunto o mesmo!

- bem eu já to acostumado...

- eu mais ou menos!Mas porque você usa essa faixa?

- não gosto do meu nariz – o olhou – e você?

- também não!

- quer uma faixa?

- é mais fácil de respirar?

- com toda a certeza!

- eu aceito!  - Reita retirou do bolso sua faixa reserva enquanto o garotinho abaixou a gola e pegou a faixa na mão de Reita agradecendo e amarrando-a – é...é bem mais fácil de respirar...

- eu disse! – e o silencio reinou entre os dois por um bom tempo só sendo quebrado pela gritaria de Ruki que chegara extasiado na frente de Reita

- Reita! Você disse que um bebê é muita responsabilidade e enquanto conversava com Miyavi – Reita novamente pensara “Maldito Miyavi” – eu decidi que nós adotaremos uma criança de 7 anos para cima...o que achas?

- e desde quando você decidiu por mim?

-oras... Reita! – Kai passou com dois bebes gordinhos em seu colo e Nao com duas crianças de mais ou menos 5 anos de idade de mãos dadas...

- hey...onde vocês vão com tudo isso? - Ruki perguntava intrigado

- Vamos adotar – Nao respondeu todo sorridente

- É nós entramos num acordo de adotar essas crianças eles tem uma história tão linda....- Kai falava antes de sair por aquela porta junto com Nao e Miyavi correndo atrás dos dois, Ruki desfere um tapa a cabeça de Reita

- Porque não podemos ser como eles???- falava bravo

- Porque talvez não tenhamos um duplex, não sejamos responsáveis o suficiente, e não sabemos cozinhar? – e Ruki bufou bravo, seus olhos correrem por aquele banco, e caíram direto sobre aquele garotinho que olhava timidamente os seus sapatos, retirou de seu bolso da calça um pequeno álbum de fotos de Reita e foi vendo foto por foto, até encontrar uma de Reita pequeno – Hey...garotinho...- o pequeno o olhou – fica assim! – colocou a foto ao lado do rosto do pequeno – Reita! Reita!

-o que é dessa vez Ruki?

- o fruto de sua traição...! – Aponta para o garotinho – qual seu nome?

- Akira , Suzuki Akira Segundo – o garoto falou constrangido

- porque desse nome? – agora Reita estava intrigado

- não sei...tudo que sei que quando cheguei aqui, havia uma carta de minha mãe dizendo que esse era meu nome...- o garoto se expressava bem, apesar de corar ao sentir o olhar daqueles dois

- Reita! é o fruto de sua traição! – Ruki falava a ele – é muita coincidência, pro meu gosto!

-que fruto de traição?

- lembra? Briga, Uruha e você bêbados, quarto de mote, PUTAS!

- É, agora isso faz sentido!Será mesmo? Não, não...eu me previno contra isso...

- é a minha chance de adotar – era o que Ruki pensava – Reita, olhe isso, a criança é a sua cara...tudo se encaixa perfeitamente, é o filho que eu nunca vou poder lhe dar, Reita...você vai abandonar essa pobre criança...seu próprio filho...como você pode fazer isso...como você pode ser tão...tão cruel...- Ruki fazia um grande drama

- certo Ruki...você venceu...aquele ali é o meu filho – apontou pra ele – e eu não vou ser tão cruel assim...

- isso!

- Mas com uma condição! – Reita se impôs.

- O que?

- Você vai cuidar dele como se fosse seu! – Reita fora abraçado por Ruki.

- Rei-rei...eu vou, vou sim! – seus olhos brilhavam.

No corredor onde Miyavi se encontrava, pois havia se perdido de Nao e Kai, passeava lentamente, sempre com muita atenção a espera de algum sinal que mostrasse a localização dos dois amigos.

Foi passando sala por sala, tudo estava em completo silêncio, até chegar à sala de coordenadoria onde a freira estava ao telefone.

- Eu sei... Mas bem...eu não tenho como, não temos mais condições, nosso antigo padrinho deu para trás e bem...eu não queria fazer isso mas...vou ter de dividir as crianças para outros orfanatos e aqui, como não está mais pago será destruído e o terreno vendido. – e ela continuava a falar enquanto Miyavi atônito apenas pensava.

“Minhas crianças. Querem me separar de minhas crianças!”

Retirou seu celular rapidamente e discou o numero de seu herói, o grande Gackt.


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Notas finais do capítulo

capitulo grande não?bem...atualizei...xDespero que tenham gostado...n.npois eu adorei...XDDbai bai...n.n/reviews?